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Um SPEL é um Sistema Político e Econômico Local formado por um grupo de pessoas que se conhecem e convivem, com um papel moeda próprio, pessoalizado e válido localmente, chamado de trinheiro. Cada SPEL é uma pequena célula de uma nova e solidária economia com valores humanos baseados na família, fraternidade e espiritualidade. Os SPELs são unidades econômicas auto-sustentáveis que no espírito do Fórum Social Mundial, podem ser uma alternativa para o egoísmo materialista que erroneamente valoriza o prazer temporário e o dinheiro impessoal mais do que as pessoas de nossa família humana. Você também pode formar um SPEL com as pessoas mais próximas do seu círculo de convivência e amizades.
Com ajuda da Internet, serão organizados os fórums públicos de diálogo, votação e decisão política de um SPEL. Cada Sistema Político e Econômico Local, possuirá um representante político. Estes representantes dos vários SPELs locais, também elegem seu "porta-voz". Um sistema escalonado de representação em cascata da "democracia do futuro", possibilitaria por exemplo, que os representantes dos SPELs familiares, elegam um representante de um SPEL do condomínio, estes elegam escalonadamente representantes do bairro, e da cidade, do estado, do país e finalmente deste planeta urantia (terra). O ideal é organizar cada localidade em um Sistema Político e Econômico Local, com trinheiro e representantes eleitos.
Uma possível forma de organizar os cooperadores inteligentes de um SPEL, seria estruturar cada Sistema Político e Econômico Local com 3 representantes ordenados em 7 escalas de representatividade, com um número de pessoas correspondendo aos itens múltiplos de 7, da transcendental sequência matemática que gera a razão de ouro1.
Em termos práticos busquemos formar um Sistema Político e Econômico Local com um número de pessoas pertencentes à série de Fibonacci que gera a razão de ouro. Esta série é formada por números que correspondem a soma de seus dois antecessores. Assim temos 0+1=1, 1+1=2, 1+2=3 e sucessivamente 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13 seguido dos próximos sete itens 21, 34, 55, 89, 144, 233, 377. E então somando cada dois itens, encontramos o próximo, desta série que gera a razão de ouro. Assim obtemos os próximos 7 itens: 233+377=610, 987, 1597, 2584, 4181, 6765, 10946.
Esta é uma proposta para se formar SPELs com 7 ordens de grandeza e tendo cada um 3 representantes políticos. Resumidamente podemos organizar grupos com um número de pessoas correspondentes a um dos 49 primeiros itens da série matemática de Fibonacci que gera a transcendental razão de ouro:
Item da Série | Número de Pessoas | Representatividade |
7 | 13 | Família |
14 | 377 | Condomínio |
21 | 10.946 | Bairro |
28 | 317.811 | Cidade |
35 | 9.227.465 | Estado |
42 | 267.914.296 | Nação |
49 | 7.778.742.049 | Planeta |
Podemos nos organizar para que sempre haja um trio de representantes em cada escalão de representatividade. O recém-eleito na última votação, irá se dedicar exclusivamente as questões internas dos seus eleitores. O representante mais antigo do trio, se dedicará exclusivamente as questões externas dos parceiros de uma região política e geográfica maior. O representante do trio entre o mais antigo e o mais recente, faz a interface entre o novo eleito com questões internas, e o mais antigo do trio com questões externas dos Sistemas Políticos e Econômicos Locais (SPELs) que representam.
A Internet pode ajudar muito na comunicação de um Sistema Político e Econômico Local (SPEL). A Internet permite que a comunicação entre os seres humanos transcenda a matéria, assim como a imprensa, escrita e fala permitiu a comunicação humana transcender a lentidão, o tempo e o espaço respectivamente. Qualquer questão política, econômica e social pode ser amplamente resolvida em um fórum de diálogo, exposição, pesquisa, votação e decisão pela Internet.
Suponhamos por exemplo, que um Sistema Político e Econômico Local (SPEL) dos moradores de uma localidade geográfica, vá eleger um representante. Pela Internet, todos os candidatos e eleitores podem expor livremente seus princípios, ideais e planos sobre qualquer assunto. Na Internet todos podem pesquisar este material exposto de qualquer pessoa envolvida com a eleição. Em fórums de diálogo na rede, esta comunicação e conhecimento será ampliada. Finalmente teremos a votação pela Internet. Cada um poderá votar em qualquer outro candidato ou em uma opção referente à uma questão do grupo. O voto deverá ser livre e universal. O voto da maioria, irá determinar em qualquer assunto, as decisões de qualquer Sistema Político e Econômico Local ou grupo de SPELs. Assim, graças a Internet, todas as interações políticas serão públicas. Poderemos finalmente alcançar o ideal de união de toda humanidade em uma só nação do planeta urantia (terra).
Os Sistemas Políticos e Econômicos Locais são sempre organizados baseado nas coordenadas geográficas do local de convivência de seus participantes. No trinheiro deverá constar o nome da pessoa e a localização geográfica do grupo. Somente assim as relações econômicas, políticas e sociais deixarão de ser anônimas. E conhecendo pelo menos o nome e o local de convivência das pessoas, poderemos chegar à uma fraternidade entre os seres humanos.
Os SELOs são Sistemas Econômicos Locais Organizados, com um papel moeda próprio do SELO, chamado de trinheiro porque é um documento com três aspectos:
(∫) SELO Urantia (Terra) 2021 |
Sistema Econômico Local Organizado |
Memorando de |
José Filho |
por _________________________________ |
Data: ____ / ____ / 2021 |
Saldo Anterior: _____ Reais MT |
Trinheiro de _________ Reais MT |
Saldo Atual: ________ Reais MT |
(∫) SELO Urantia (Terra) 2021 |
Sistema Econômico Local Organizado |
Recebi de |
José Filho |
em troca de _______________________ |
_____ Reais Minutos de Trabalho |
Data: ____ / ____ / 2021 |
Assinatura: |
(∫) SELO Urantia (Terra) 2021 |
Sistema Econômico Local Organizado |
Cheque de |
José Filho |
para _________________________________ |
valendo _____ Reais MT |
Data: ____ / ____ / 2021 |
Assinatura: |
Enviar para Banco Local |
Cada Sistema Econômico Local Organizado (SELO) é um grupo de amigos que possui um papel moeda próprio chamado trinheiro válido no Banco Local, que funciona como o dinheiro do Banco Central, com a diferença que é controlado pelos próprios participantes do SELO, de forma economicamente auto-sustentada. Para fazer funcionar um Sistema Econômico Local Organizado (SELO), são preciso três trabalhos, que podem ser executados por três pessoas, enumerados a seguir:
Sequencialmente um Sistema Econômico Local Organizado (SELO) é um grupo de estudos, de trabalho e de convívio constituído por amigos, colaboradores e familiares localizado no colégio, na cidade e no condomínio.
O amadurecimento de um SELO passa por três etapas enumeradas a seguir:
Existem distorções de valores na economia motivada pelo lucro egoísta. As pessoas do corpo social perdem o contato e se enclausuram no anonimato. Não é possível haver fraternidade, se nem ao menos sabemos o nome do irmão anônimo. O trabalho deixa de ser o principal valor e muitos ganham dinheiro porque tem dinheiro e não por trabalharem. Finalmente, quando o banco central emite mais papel moeda, o dinheiro de todos é desvalorizado. Um Sistema Econômico Local Organizado (SELO) com papel moeda próprio válido localmente é uma alternativa humilde para o problema do trabalho motivado pelo lucro egoísta individual. O trabalho deveria ser motivado pelo desejo de servir à irmandade humana, filha de Deus único. Por isso, as três principais vantagens de um SELO são:
Explicaremos nesta seção que para formar um Sistema Econômico Local Organizado (SELO), é preciso em termos práticos:
Para pessoalizar o papel-moeda local de um SELO, basta preencher este trinheiro pré-elaborado, com o nome das pessoas cadastradas no Sistema Econômico Local Organizado. O responsável imprime o trinheiro pessoalizado e entrega para cada membro do grupo desta "economia fraterna". Assim, todos os participantes deverão possuir o trinheiro pessoalizado com seu próprio nome. Este papel-moeda local serve para organizar as trocas. Um prosumidor3 produz e consome no SELO, intermediando as trocas pelo trinheiro.
Ao usufruir dos ensinamentos, trabalho e bens do outro, um participante do SELO, emite e assina um recibo para o trabalhador que lhe serviu, um cheque para o Banco Local do grupo, ficando com um memorando deste intercâmbio econômico. Cabe ao trabalhador encaminhar o cheque para o responsável pela compensação, no Banco do Sistema Econômico Local Organizado. Então se atribui para o trabalhador, créditos em reais minutos de trabalho. O responsável pelo Banco Local, deverá também contabilizar débitos proporcionais, para aquele que usufruiu do trabalho e emitiu o cheque pessoalizado do trinheiro.
Essencialmente um Sistema Econômico Local Organizado (SELO), é uma economia entre amigos, colaboradores e conviveres, que possui um papel moeda próprio, válido localmente e chamado trinheiro, para organizar as relações econômicas entre os participantes do SELO. O trinheiro funciona como o dinheiro convencional. A diferença é que o trinheiro tem valor apenas entre os membros do SELO.
Assim como a unidade de valor do dinheiro do Brasil é o real, a unidade de valor do trinheiro dos SELOs é um minuto real de Trabalho. Um real do trinheiro, vale justamente um minuto de trabalho humano considerando também o trabalho de estudo, planejamento e desenvolvimento de um serviço ou bem. Para garantir o equilíbrio entre dar e receber de cada membro do SELO, existe o Banco Local. Periodicamente, o grupo de amigos que compõe o SELO, se encontram e compartilham os cheques do trinheiro, com a pessoa responsável pela compensação dos minutos de trabalho Reais, dos participantes do Sistema Econômico Local Organizado (SELO) em questão.
Os encontros, fóruns, a Internet, e o trinheiro de um SELO, são meios para organizar política e economicamente, a comunidade de aprendizagem e convivência, de um bairro, quadra ou localidade. O ponto fundamental é que o trinheiro é sempre composto por um memorando, um recibo e um cheque. Nele consta o nome e o local de encontro, da pessoa humana do SELO, que recebe o ensinamento, serviço ou bem de outro participante do grupo. Além disso no trinheiro o valor é dado em reais minutos de Trabalho.
Talvez a diferença principal entre o trinheiro dos SELOs, e o dinheiro do Banco Central, é a valoração das pessoas e do trabalho. Repare que o dinheiro de um cheque de banco é um documento duplo com um memorando no canhoto e um cheque para o banco. O que falta no dinheiro de duas partes para se transformar em um trinheiro de três partes? O recibo do trabalhador! O trabalhador foi esquecido e desvalorizado no dinheiro impessoal dos cheques dos banqueiros anônimos.
Muitos sociólogos e economistas explicam, que o real valor na sociedade humana, reside na pessoa e no trabalho. O trinheiro dos SELOs contém a terceira parte que faltava: o recibo do trabalhador. Por isso o trinheiro é um documento íntegro que inclui a parte esquecida do servidor da vida. Realmente é uma idéia tri-legal!
Repare que neste sistema, o meio de troca é emitido no momento da troca econômica. Por isso, neste sistema não existe acúmulo de capital. Em um SELO só existe trabalho organizado por um meio de troca pessoalizado chamado trinheiro. O principal valor de um SELO são as pessoas e o trabalho. Um Sistema Econômico Local é uma micro economia de amigos. Sabendo ao menos o nome das pessoas que servimos e que nos servem, podemos iniciar relações econômicas amistosas e fraternas. Temos que ao menos saber o nome do outro para iniciar uma amizade fraternal. É impossível uma irmandade se nem ao menos sabemos o nome do irmão ou irmã, e interagimos com um dinheiro impessoal e anônimo. Sinteticamente podemos dizer que o trinheiro é um dinheiro pessoalizado com o nome das pessoas que o utilizam.
As pessoas tem potencialmente valor in-finito, não-finito, eterno. Porque as pessoas humanas podem mediante a fé em Deus, experimentar a ressurreição nos mundos celestiais, e iniciar a vida eterna pela graça de nosso Pai Universal. Todo ser humano, potencialmente eterno e não-finito, tem valor in-finito em potencial. Por isso, um sistema econômico que valorize a pessoa humana e o trabalho, é um estimulador para organizarmos economicamente uma sociedade que permita aflorar o natural amor entre irmãos unidos no Espírito de nosso Criador. A principal intenção destes Sistemas Econômicos Locais, é organizar economicamente a irmandade dos seres humanos, que se baseia na Paternidade/Maternidade de Deus.
A quarta parte do livro de urantia revela a vida e os ensinamentos de Jesus. Em certo momento, a pedido de um homem rico e sincero, Jesus dá conselhos sobre como administrar uma grande fortuna de forma responsável. Primeiramente, o Mestre conduz seu rico aprendiz à analisar as origens de sua riqueza. Jesus enumera dez formas de se acumular a riqueza, a décima forma é pelo trabalho. Nas palavras de nosso pai-irmão:
"Livro de Urantia", parágrafo 132.5_12: ... A riqueza ganha - riquezas derivadas diretamente de teu próprio trabalho pessoal, a recompensa justa e honesta dos esforços diários de tua mente e teu corpo.
Então, o amado Jesus, aconselha sobre o destino responsável de cada parte da fortuna do homem rico, conforme suas distintas origens. O mestre afirma que a riqueza proveniente do trabalho verdadeiramente nos pertence. Nas palavras deste exemplar trabalhador calmo e feliz:
"Livro de Urantia", parágrafo 132.5_24: ... Aquela parte da tua fortuna que representa os ganhos dos teus próprios esforços mentais e físicos - se o teu trabalho tem sido feito com justiça e equidade - verdadeiramente te pertence. Nenhum homem pode impugnar o teu direito de manter e usar tal riqueza da forma como tu julgares adequada, desde que o teu exercício desse direito não cause dano aos teus semelhantes".
Por estas e muitas outras referências e fontes de estudo, baseamos a afirmação do valor inestimável das pessoas e importância do trabalho humano. Acreditamos também que os Sistemas Econômicos Locais Organizados - SELOs, podem contribuir para organizar uma micro economia que valorize a pessoa e o trabalho humano e posicione a família como uma célula social, econômica e política de nossa civilização.
Um ambiente óbvio para se formar um SELO é o de uma sala de aula. Por isso o lema: "cada sala um SELO". Os estudantes que se encontram semanalmente, podem prontamente organizar um SELO com trinheiro próprio, ajustando as trocas de conhecimento e saber em aulas mútuas pessoalizadas.
Outra situação é a de organizar um SELO em uma escola de ensino médio ou fundamental, ou ainda dentro do Centro Acadêmico de um curso universitário de uma faculdade. Nestes dois casos estudantes em diferentes etapas de um mesmo curso podem estar sempre ajudando os que estão em um nível anterior ao seu e sendo ajudados pelos que estão em um nível mais avançado do curso.
O SELO com "moeda" própria organiza as aulas de forma que todos ensinem e aprendam de forma igualitária. Isso possibilita o equilíbrio entre dar e receber enfatizado no livro "A Simetria Oculta do Amor" sobre as "Constelações Familiares" de Bert Helling.
Não apenas nas escolas, mas também no bairro de moradia, no ambiente de trabalho e até mesmo familiar, existe um "clima" propício para formação de um micro SELO. E este "clima" sempre existirá onde houverem pessoas se encontrando regularmente. Um sistema econômico organizado localmente nestes grupos, no mínimo será muito informativo, sobre o significado e funcionamento como um todo, do meio de troca chamado dinheiro. Além disso toda troca fortifica a amizade e possibilita cada um dar e receber. Um SELO tem potencial para estimular estas trocas mútuas, doações e recebimentos dos valores humanos, de forma que cada vez mais possamos estar conscientes de todos na semente do todo onde tudo de bom, todos os eus4 estão unidos em Deus.
Os SELOs de estudo mencionados anteriormente, numa segunda etapa, podem se transformar em SELOs de trabalho. E qualquer grupo, no qual já exista conhecimento mútuo, diálogo e suficiente afinidade, pode começar um SELO de trabalho. De acordo com sua criatividade, você pode organizar o grupo de amigos e das pessoas que você mais gosta em um SELO. Neste tipo de grupo heterogêneo muito provavelmente, existirão pessoas com perfis para diversos tipos de trabalho. Assim, cada um dentro da sua especialidade, pode trabalhar a serviço de todos no SELO.
Nesta situação é possível buscar o estimulante objetivo de tornar cada Sistema Econômico Local Organizado auto-suficiente. Ou seja, que cada vez mais todos os trabalhos necessários para a vida do dia a dia possam ser realizados por pessoas do SELO formado. Valorizando cada minuto de trabalho com um real do trinheiro, e convertendo em média, cada hora de trabalho ao valor de uma grama de ouro, obtemos um fator de conversão que permite imediatamente substituir o dinheiro do banco central, pelo trinheiro do SELO. Desta forma, voltaremos a equidade do padrão ouro em todas as trocas econômicas.
Ambientes universitários ou de faculdade são os mais férteis para se formar um Sistema Econômico Local Organizado (SELO). Amigos estudantes de diversos cursos podem se organizar localmente, de forma que cada grupo seja não apenas de estudo, mas também de trabalho estagiário. Estudantes que ainda não estão imersos no "mercado de trabalho", podem já ir exercendo suas futuras profissões, não como mercadorias de um mercado, mas como seres humanos íntegros de um SELO, que fundamentalmente respeita a pessoa e o trabalho de cada um, como sendo um sacro ofício, um sacrifício de uma "célula humana", pelo bem do "organismo vivo" de um SELO, inserido no corpo social. Lembramos que existem inúmeros trabalhos do dia a dia universitário, como estudo, alimentação e transporte, que podem ser facilitados por um sistema micro-econômico íntegro de um SELO.
Por fim, o objetivo convencional de um Sistema Econômico Local Organizado é também o de clube de trocas. Numa feira de trocas sem moeda social são trocados livros, CD's e os mais diversos bens. A moeda social de um SELO pode permitir ir além do escambo de uma feira de trocas convencional. O trinheiro possibilita que alguém dê ou receba bens em troca de créditos no Banco Local de compensação dos SELOs. Podemos unir o útil ao agradável realizando as reuniões mensais dos SELOs dentro de uma feira de trocas.
Já pensou que legal, se mensalmente, fosse realizada uma grande feira de trocas. E que além disso, todos os SELOs que forem formados, fizessem sua reunião de contabilidade mensal do Banco Local, neste evento. O diferencial deste tipo de micro-economia local é a relação de amizade entre os participantes. Por isso se o grupo ficar muito grande pode-se particioná-lo para se manter o "calor humano" entre os integrantes. Além disso é possível também organizar trocas entre membros de diferentes SELOs.
O funcionamento diário de um Sistema Econômico Local Organizado é muito simples. Em resumo, os participantes livremente se procuram e realizam trocas de saberes, serviços e bens mediadas pelo trinheiro. Tudo é muito parecido com as trocas econômicas diárias dos cidadãos do país. A diferença é que em vez de utilizar o dinheiro do banco central, utilizamos o trinheiro com o nome do usufruidor, recibo do trabalhador e cheque para o Banco Local do SELO. Este sistema só se torna útil se existe um número suficiente de participantes interessados que realizem as trocas com frequências.
Por isso, é muito importante que o organizador de um SELO, comece por identificar uma necessidade real de troca entre os futuros participantes do grupo de economia local que pretende formar. Se não acontecerem as trocas mediadas pelo trinheiro, o trabalho de organização não frutificará. Ocorrerá a frustração da não-realização, como ocorreu para alguns no Sistema Econômico Local Organizado Solidário - SELO-Sol. As trocas não aconteceram e o grupo se esvaziou depois do sonho não realizado. A pessoa que pretende criar um novo SELO, não perde tempo em mostrar este material informativo e "dialogar em mesa redonda" com o grupo de amigos que pretende congregar. Mesmo que seja um grupo de estudantes de cinco pessoas, que dividem a matéria de estudo e usufruem mutuamente de aulas pessoalizadas. É importante que as trocas aconteçam.
Dito isso, outra sugestão prática dos que conhecem o "caminho das pedras" é a de estabelecer um máximo e um mínimo de reais minutos de trabalho, que cada novo participante pode ter, de crédito e débito respectivamente. No caso do SELO-Sol este limite era 2000 reais. Isto representa 2000 minutos, o que equivale aproximadamente a 33 horas de trabalho. Em outras palavras, todos os participantes do SELO poderiam doar ou usufruir de no máximo 33 horas de trabalho de outros membros do grupo. Em palavras de contador, o saldo de cada um poderia ser no máximo 2000 reais minutos de trabalho e no mínimo -2000 reais. Assim todos iniciavam com seu saldo neutro e supostamente deveriam ensinar e aprender, servir e ser servido, doar e receber de forma equilibrada para nunca extrapolar o crédito máximo ou o débito mínimo concedido pela "família do SELO".
Uma sugestão, é que também haja uma forma de recompensar os que trabalham para o SELO como um todo. Cada Sistema Econômico Local Organizado é como uma república, os que trabalham para o SELO são como servidores públicos desta república. É mais do que justo que recebam um pagamento em reais do trinheiro, pelo seu tempo de trabalho, e estes reais devem ser divididos entre os membros do SELO como contribuições aos "servidores públicos" desta "república" familiar.
Fazendo assim um Sistema Econômico Local Organizado passa a ser não apenas uma micro-economia, mas também uma pequena república, com contribuições grupais e trabalhos do grupo como um todo. Isto é um exercício da verdadeira democracia, que só existe onde todos se conhecem face a face de igual para igual.
Um SELO em uma sala de aula é um laboratório e uma aprendizagem de economia, de diálogo, de trocas e de vida para os estudantes. Contudo estas coisas só funcionam na mão dos que tomam iniciativa e fazem. Não vai dar certo se tivermos a atitude passiva de espectadores de televisão, ou a atitude preguiçosa de deixar o outro fazer. Vamos em frente com a energia e a vontade dos criadores de uma nova, humilde e auto-suficiente economia, uma política fraterna e uma comunidade íntegra.
Um Sistema Econômico Local Organizado (SELO) deve começar a partir de uma necessidade real das pessoas. A necessidade vital de todos os seres vivos é sobreviver como comprovado pela Cientologia5. Nosso lema favorito é "o amor une, a união faz a força e os mais fortes sobrevivem". Um SELO pode também ser visto como um grupo de pessoas unidas principalmente pelo amor e não pelo dinheiro. Existe um livro que define amor perfeito como sendo a união de todos os corpos. Assim nas três etapas da vida de um Sistema Econômico Local Organizado (SELO) ocorre a união pelo amor respectivamente:
A palavra a-mor pode ser interpretada como não-morte. Ou seja, amor é o contrário de morte. Neste sentido amor é sinônimo de vida. De verdade a nosso vida começa no amor dos nossos pais, contudo por essa interpretação, tudo que gera vida6 é amor. Os pais que alimentam os filhos possibilitam a vida e isto é um exemplo do "Amor da Família" como no seguinte verso da poesia com este nome:
O principal objetivo dos SELOs aqui definidos é a vida, a sobre-vida a sobrevivência de seus participantes fortificados pelo poder unificador do amor. A seleção natural seleciona os mais fortes. Os mais fortes são os que se unem de forma harmônica, adaptados mutuamente com os outros seres vivos de seu berço ecológico. Assim em direção a sobrevivência as células se uniram no corpo dos organismos pluricelulares. Similarmente a espécie humana se uniu e sobre-viveu.
A comunidade humana pode ser vista como um corpo organizado unido. Só que atualmente a maioria das pessoas trabalham unidas pelo poder do dinheiro. A maioria vai trabalhar principalmente em busca do dinheiro e não trabalharia somente pela motivação do serviço. Em resumo as atuais corporações da sociedade humana se mantém unidas pelo poder do dinheiro. Os Sistemas Econômicos Locais Organizados - SELOs - também usufruirão do poder da união, só que esta união ocorrerá pelo poder do amor. E quando o "poder do amor for maior que o amor ao poder" haverá paz.
Vimos que o amor une e fortifica os que sobrevivem. A amizade é um tipo de amor que une o corpo mental. A troca de saberes e conhecimento une os amigos pelo diálogo. Por isso, a primeira motivação para se formar um SELO deve ser sempre o compartilhar de saberes e conhecimento em um ambiente de aulas pessoalizadas entre seus membros. Mesmo que o SELO não seja composto de estudantes, a união e conhecimento mútuo de seus participantes só é possível com o diálogo.
Além disso só poderemos formar um Sistema Econômico Local Organizado íntegro e auto-suficiente se cada membro deste SELO for em certa medida inteiro e íntegro em si mesmo. E uma das coisas que divide a consciência das pessoas é a excessiva especialização e parcialidade de seus conhecimentos. Através da troca de conhecimentos possibilitada por um SELO, cria-se um ambiente aonde se pode aprender nas diversas áreas do saber humano dos membros do grupo.
Suponhamos que se crie um SELO com os aprendizes em uma universidade. Neste ambiente haveria um enorme grupo de educadores, médicos, engenheiros, advogados, psicólogos, matemáticos, nutricionistas e profissionais de diversas áreas ensinando e aprendendo os assuntos que interessarem a cada um. Cada participante de um SELO como este teria a oportunidade de participar de uma espécie de Universidade Aberta no espírito da Universidade da Paz. Usando o trinheiro do Sistema Econômico Local Organizado para aprender e ensinar, as pessoas podem cada vez mais acessar uma consciência mais íntegra e holística em todas as áreas do conhecimento e cultura humana.
Podemos formar um SELO com os membros de um curso universitário, com os aprendizes em uma sala de aula, com os estudantes de um colégio ou ainda com as pessoas de diversos cursos que se formaram em uma faculdade em determinado ano. Me sinto intelectualmente estimulado só de imaginar as possibilidades de aprendizagem na escola da vida se for organizado na cidade vários sistemas econômicos locais com moeda própria.
Contudo, a nossa motivação com todo este trabalho, é muito mais a vida como um todo do que o conhecimento intelectual isolado. É importante saber qual é a alimentação natural do ser humano. É possível viver mais de 100 anos com saúde. Apesar disso, indivíduos na faixa de 40 anos estão falecendo de ataque cardíaco. É de se ficar indignado. Mesmo tendo estudado muito, temos dificuldades em ajudar as crianças e os jovens que estão se tornando deficientes mentais pelos efeitos tóxicos das drogas psiquiátricas. É tanta propaganda pró-lucro e anti-vida, tanta desinformação, que muitos padecem de doenças degenerativas que podem ser evitadas pela medicina nutricional preventiva.
Buscando contribuir para dissipar esta ignorância estamos participando do Grupo de Aprendizes da Informação Aberta (GAIA). É urgente proteger os direitos humanos das crinças, jovens e pessoas que estão sendo agredidas por substâncias tóxicas e drogas psiquiátricas.
Este é um dos motivos importantes para o término da fase editorial do GAIA na área de espiritualização da mente. Alguns livros e organizações importantes sobre o assunto são:
Dianética significa literalmente através da alma, ou através da psique. Este livro, escrito por L. Ron Hubbard, é na minha leitura, uma síntese prática do conhecimento humano sobre a mente e a psique. Especialmente as pessoas espiritualistas deveriam estudar esta ciência, pois é as vezes difícil conhecer o verdadeiro Deus interior, com um corpo mental obscurecido por traumas passados de dor e inconsciência. Em Dianética Hubbard propõe uma psique-terapia chamada audição, que nos permite ir clareando a mente reativa e inconsciente e trazendo este material para mente analítica e consciente. É uma técnica precisa de auto-conhecimento e clareamento de nossas vivências passadas dolorosas, que sufocamos no nosso inconsciente, como a parte submersa do grande iceberg que é nosso corpo mental.
No século passado, após a publicação do livro "Dianética: A Ciência da Saúde Mental", seguindo o princípio ético de "Expôr e ajudar a abolir todas e quaisquer práticas que causem danos físicos no campo da saúde mental", foi fundada em 1969, a Comissão dos Cidadãos para os Direitos Humanos: CCHR. Esta organização tem efetivamente trabalhado na defesa da integridade mental das pessoas humanas, contra os que envenenam e matam as células cerebrais das vítimas de eletrochoques, lobotomia e principalmente drogas psiquiátricas. Portanto torno público o desafio, de instituir na nossa cidade, uma extensão da Comissão dos Cidadãos para os Direitos Humanos (CCHR), para trabalhar a favor da saúde mental de todos os habitantes.
E qual a relação de tudo isso com os Sistemas Econômicos Locais Organizados - SELOs? É que podemos utilizar a moeda local dos SELOs, para realizar audições para clareamento e autoconhecimento de todos os seus membros. O trinheiro se adequa principalmente as trocas de saberes e serviços, que são trabalhos puros sem necessidades de bens materiais.
Um real do trinheiro vale um minuto de trabalho. Um professor que ensina ou um auditor que ouve, realiza um trabalho puro, que pode ser contabilizado diretamente em minutos no Banco Local do SELO. De acordo com a Dianética, uma pessoa clareada das vivências de dor e inconsciência, acessa toda a sua experiência de vida e muitas vezes o espírito no centro criador da própria alma. Isto significa que todos nós que não temos este autoconhecimento, memória e lembrança, precisamos ser clareados destes traumas passados e inconscientes que bloqueiam nossa psique, chamados de engramas por L. Ron Hubbard. Não conseguirei expressar em um parágrafo a importância desta ciência de psique-terapia e clareamento que é a Dianética. Você pode aprender mais lendo o livro supra-citado e vendo também o vídeo com este mesmo nome.
Neste contexto, quero ressaltar que a técnica de audição e clareamento pode ser realizada por qualquer duas pessoas inteligentes, mesmo que ainda não tenham sido clareadas. Por exemplo, no seu livro, Hubbard cita um casal que se clareou em uma terapia mútua. Em um período dos encontros ele ouvia e auditava ela, e na outra metade do tempo, ocorria o inverso. Muitos são clareados com menos de 700 horas de audição e trabalho. O trinheiro de um SELO, poderia organizar o trabalho de audição para clareamento, psique-terapia e saúde mental de seus participantes.
Uma das principais diferenças das psicoterapias convencionais e de uma audição de Dianética, é que na primeira o terapeuta e o paciente tem papéis determinados. Na Dianética o auditor de uma sessão pode ser o que está sendo clareado na seguinte. Os papéis podem ser permutados, em um momento somos o "paciente" que fala e no outro o "terapeuta" que ouve e orienta o clareamento das regiões obscuras da mente.
Concluímos, que uma economia organizada localmente, poderia favorecer a troca de saberes em aulas particulares, a saúde mental pelos trabalhos de audição e clareamento, e a saúde física pelo conhecimento da alimentação natural, e organização de cooperativas de produção, transporte, processamento e consumo de alimentos orgânicos, sem os venenosos agrotóxicos.
De fato, as doenças degenerativas anti-naturais, causadas em parte por substâncias tóxicas, está provocando a morte de muitos. Acredito que nós poderíamos viver até cerca de 120 anos se respeitássemos a biologia do corpo humano e ingeríssemos somente alimento natural vegetariano, cru, integral e orgânico. Como citado no livro "A Revolução Anti-Envelhecimento", a décadas que se conhece a causa e a cura preventiva da maioria destas doenças degenerativas provocadas principalmente devido a alimentação anti-natural.
A maioria da população está desinformada do poder curativo da alimentação crua, dos malefícios do açúcar e da acidez provocada por alguns alimentos.
Os médicos pouco sabem que algumas drogas psiquiátricas matam estimadamente mais de 10 milhões de células cerebrais por dia!7 Se os próprios profissionais da área de saúde ignoram estas informações tão fundamentais, imagine os profissionais de outras áreas e o humilde trabalhador sem estudos. Muitos poderiam viver bem com saúde até mais de 100 anos e morrer naturalmente conforme previsto na teoria do envelhecimento programado geneticamente.
Em suma, os SELOs devem ser criados prioritariamente para estudo, aprendizagem e troca dos conhecimentos vitais de alimentação, saúde e vida. Isto é libertador pois liberdade não é apenas poder fazer o que se quer, mas antes disso saber o que se pode fazer. Talvez por isso, a palavra livro e livre se parecem. O conhecimento e a sabedoria libertam. Quando o anjo deva perguntou ao iluminado qual a noite mais escura ele respondeu: "a noite mais escura é a ignorância". Uma das coisas mais elevadas na troca de conhecimentos e saberes é que o doador de um conhecimento não o perde. Um bem material dado deixa de ser possuído pelo doador. O conhecimento dado é multiplicado!
Trabalhemos para que cada Sistema Econômico Local Organizado possa ser um berço para troca e multiplicação dos conhecimentos de seus membros. Assim que os SELOs possam ser como as velas da meia noite da lua cheia de maio, no festival de Wesak de comemoração do aparecimento do iluminado8. Nesta noite acende-se uma vela. E o fogo e luz de uma única vela vai acendendo todas as velas na mão de todos os devotos da luz do mestre interior, que para alguns é como um oceano de sabedoria cuja essência é pura misericórdia. Avante!
A motivação principal da primeira etapa de formação de um Sistema Econômico Local Organizado (SELO), é a troca de conhecimentos e saberes entre seus participantes, principalmente nos temas vitais de alimentação e saúde, de forma que todas as pessoas possam viver felizes e com saúde física e mental por mais de 100 anos, livre das doenças degenerativas causadas pelo modo de vida anti-natural.
Ao pesquisar o assunto de alimentação e saúde ficamos indignados com os venenos e tóxicos adicionados à comida. Para corrigir isto o consumidor vai em busca de alimentos orgânicos sem agrotóxicos9. Obviamente podemos pensar em uma economia local com o trinheiro de um SELO, formado por agricultores e moradores urbanos, que pudesse facilitar as trocas econômicas entre o campo e a cidade, independentemente do dinheiro convencional do banco central. Contudo, uma cooperativa é o passo intermediário para este tipo de iniciativa.
Veja por exemplo a compilação do livro "Após o Capitalismo", que fala das cooperativas em Maleny na Austrália, cooperativas de alimentos orgânicos, cooperativas de troca e cooperativas ambientais. Este exemplo bem sucedido de economia local, mostra a real possibilidade de unir produtores e consumidores de alimentos orgânicos em uma estrutura cooperativista e futuramente em um SELO com moeda local.
Certa vez, após um filme sobre permacultura, alguém falou: "tínhamos uma proposta alternativa de permacultura e convívio harmônico com a natureza, contudo por praticidade, trabalhamos com os meios do sistema vigente para revolucionar este mesmo sistema em direção a um modo de vida mais ecológico". Tenho a forte intuição que a estrutura cooperativista do sistema vigente, é um passo intermediário para uma nova economia com moeda local, pela qual prontamente podemos inter-conectar produtores e consumidores de alimentos orgânicos da cidade. As cooperativas, como os SELOs, são também uma forma de organização que prioriza o trabalho e o ser humano. Além disso uma cooperativa é uma forma simples de organizar pequenos agentes econômicos em uma atividade maior como a produção e consumo de alimentos orgânicos.
No espírito do Fórum Social Mundial, buscamos a cristalização de uma nova sociedade a partir dos cinco pilares: 1-educação eco-consciente; 2-saúde integral; 3-economia solidária; 4-permacultura; e 5-bioconstrução. O impressionante é como os diversos profissionais de uma cooperativa de forma simplificada e desburocratizada se tornam rapidamente novos cooperados independentes e responsáveis sem encargos para organização.
Assim uma cooperativa pode organizar os pequenos produtores orgânicos, as pessoas que fazem o transporte do alimento, os beneficiadores deste alimento na cru-zinha10, o responsável pelo armazenamento em frezers, os distribuidores e comerciantes e finalmente os consumidores deste alimento orgânico e saudável. Concluímos que as cooperativa são dentro do sistema econômico vigente, uma etapa intermediária para formação de um SELO de trabalho com moeda própria válida localmente.
Poderia parecer uma divagação escrever tanto sobre alimentação, saúde e ecologia em um artigo sobre Sistemas Econômicos Locais Organizados (SELOs). Contudo não é demais enfatizar, que os SELOs que nascerão são apenas um meio para se chegar em um objetivo. A meta é a vida longa, saudável e feliz. Talvez possamos dizer que muitos problemas da sociedade humana atual são causados pela desconexão da natureza, natural e natal do nascimento do ser vivo que somos.
Lembramos que os SELOs são uma alternativa para organizar a troca de conhecimentos e saberes, que nos permita emergir deste mar de ignorância, que mantêm nossa consciência desconectada do todo, que na forma de uma semente habita no coração do corpo de luz de nosso ser divino. Assim imersos na luz do fogo da vida11, possamos juntos trabalhar para defender Gaya, a mãe terra.
Para se entender a importância de uma moeda local, é instrutivo ler sobre as experiências que ocorreram na Áustria e outros países:
"Citações: Após o Capitalismo", Seção 8: Sistema monetário de PROUT O dinheiro foi desenvolvido para facilitar o comércio, que antigamente era feito com base na troca de mercadorias. Ele é uma ferramenta social para facilitar a atividade econômica de uma comunidade. Quanto mais ele circular, maior será o número de pessoas beneficiadas.
Um exemplo interessante de uma moeda local aconteceu em 1931 em Worgl, Áustria. Aquela cidade, bem como toda a Europa e a América do Norte estavam sofrendo com a depressão econômica da época. Havia um alto índice de desemprego, estradas e pontes necessitando de reformas, e os cofres públicos estavam vazios porque as pessoas não podiam pagar os impostos.
O burgomaster ("prefeito") local, percebendo que o único problema era a falta de dinheiro, decidiu emitir "certificados de trabalho" numerados, apoiados por uma reserva de moeda austríaca no banco local. Quase imediatamente a economia da cidade reagiu, e dentro de dois anos Worgl se tornou a cidade mais próspera da Áustria. Tão bem sucedido foi o esquema que mais de 300 outras cidades começaram a emitir suas próprias moedas locais.
Naquele ponto, o Banco Nacional Austríaco, vendo seu monopólio em risco, forçou o governo a proscrever todas as moedas locais.
Pode-se concluir, que uma moeda local como o trinheiro de um Sistema Econômico Local Organizado (SELO), pode resolver as causas da depressão, mencionadas nas considerações econômicas do livro:
"Citações: Após o Capitalismo", Seção 3: Quatro causas das depressões econômicas P.R. Sarkar explica que há quatro causas principais para as depressões econômicas:
- concentração da riqueza;
- bloqueio na circulação de dinheiro;
- redução do poder de compra;
- desvalorização da moeda;
Observe que em um SELO, com moeda local pessoalizada e própria, estes quatro problemas ficam resolvidos, pois: