Índice Superior Vai para o próximo: Capítulo 5
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Filho: Muito grato por conversar comigo.
Pai: Eu também fico muito feliz quando estamos nos comunicando. Eu posso te ajudar de alguma forma?
Pai: Estou ouvindo com atenção.
Filho: Voz da minha consciência, será que tu és o espírito divino em mim? Será que estou experimentando tua realidade espiritual na alma e me tornando consciente desta experiência em minha mente?
Pai: Ainda é precipitado afirmar que eu sou o espírito divino em ti. Neste diálogo interior, me considere a voz da sua consciência superior.
Filho: O que devo fazer da nossa vida?
Filho: Sim, tu não és a voz da minha consciência superior, então tu és parte da minha pessoa, e a minha vida é também sua vida.
Pai: A voz da sua consciência interior pode também se originar do seu próprio subconsciente.
Filho: Quem é você que me fala na minha consciência interior?
Pai: Algumas vezes tu acolhes a inspiração supraconsciente da sua alma, centrada no espírito divino em ti, outras vezes a voz que emerge vem da sua própria mente subconsciente. O ideal é que você esteja centrado e seja guiado pela nossa pessoalidade unificada, com nosso espírito, alma, mente e corpo unidos na nossa pessoa manifestada. Com uma fé equilibrada e uma pessoalidade unificada, podemos almejar a conquista dos sete círculos psíquicos, então a nossa mente material aumentará a sintonização com o Ajustador espiritual. Lembre-se que:
"Livro de Urantia", parágrafo 110.6_15: O primeiro círculo. O Ajustador não pode, comumente, falar direta e imediatamente convosco, antes que vós atinjais o primeiro círculo, que é a etapa final do progresso de realização mortal. Esse nível representa a mais alta realização possível, na relação da mente com o Ajustador, dentro da experiência humana, anterior à liberação da alma moroncial das cadeias do corpo material. No que concerne à mente, às emoções e ao discernimento cósmico, essa realização do primeiro círculo psíquico significa a maior aproximação possível entre a mente material e o espírito Ajustador, na experiência humana.
Filho: O melhor que posso fazer é a vontade de Deus. Para fazer esta vontade divina preciso me comunicar com o Pai da nossa família universal. Contudo, tu citastes uma passagem do livro de urantia que afirma que o pai da nossa alma, o Ajustador espiritual, não pode, comumente, falar direta e imediatamente com os mortais como eu.
Pai: É revelado que, antes de adentrarmos no primeiro círculo psíquico, nossa mente ainda não está sintonizada com o Ajustador dos Pensamentos o suficiente para um diálogo direto. Mas pode ocorrer uma comunicação entre o humano e o divino. Nosso maior valor é este espírito eterno que cria nossa alma imortal no ventre de nossa mente material. A vida humana é uma oportunidade de edificação da alma. A alma é nossa parte divino-humana que pode sobreviver, ressuscitar nos mundos celestiais, quando o corpo material falecer. O mais importante é que a alma cresce sempre que a criatura humana escolhe agir de acordo com a vontade do Criador Divino do espírito pré-pessoal Ajustador que vive no centro de nossa pessoa unificada.
O bom senso é importante neste caminho de espiritualização da mente e engrandecimento da alma. Busquemos a expansão inteira do eu - do eu total - material, intelectual e espiritual. Um superdesenvolvimento espiritual tende a produzir uma interpretação fanática e desvirtuada das orientações espirituais do residente divino. A imaturidade espiritual e o erro intelectual são inevitáveis na vida humana, que pela graça de Deus, pode ser o início de nossa vida eterna. O livro de urantia é uma revelação íntegra e coerente, um remédio para os desequilíbrios do fanatismo desastroso e do materialismo descrente. Se você tropeçou nos ensinamentos parciais de uma religião evolucionária, memorize o seguinte parágrafo da "bíblia da terra"12 e sua religião revelada:
"Livro de Urantia", parágrafo 110.5_5: ... Da mesma forma, é arriscado tentar diferençar o registro dos conceitos dos Ajustadores, das recepções mais ou menos contínuas e conscientes, daquilo que é ditado a partir da consciência mortal. Tais problemas terão de ser solucionados por meio da discriminação individual e por meio da decisão pessoal. De qualquer modo é melhor, para o ser humano, errar, considerando uma expressão não como vinda do Ajustador, acreditando que se trata de uma experiência puramente humana, do que se precipitar no erro da exaltação de uma reação da mente mortal, considerando-a como sendo da esfera da dignidade divina. Lembrai-vos que a influência de um Ajustador do Pensamento é, em grande parte, se bem que não integralmente, uma experiência supraconsciente.
Pai: Eu sou a nossa pessoalidade unificada no centro da nossa pessoa manifestada. Me ouça como a voz da sua própria consciência. Veja-se inteiro no centro espiritual da nossa mente iluminada. Quando tu estiveres receptivo e em paz, experimente pensar e refletir com a voz interior. Em um estado de espírito de boa fé, ouça as respostas que lhe vem quando estais realmente buscando a verdade, no altar do seu próprio coração, no templo do seu próprio corpo vivo. É muito importante deixar claro que a origem destes diálogos reside na sua mente humana.
Filho: Voz interior, grato por estas orientações ponderadas. Eu gostaria de fazer um pedido ao nosso espírito divino, no centro de nossa pessoalidade unificada.
Pai: Tu és livre, peça o que quiser ao nosso eu espiritual.
Filho: Eu peço ajuda a ti espírito divino em mim, que fala através de nossa alma, ocupe minha mente, fale a minha consciência, reina na minha pessoa, alma, mente e corpo vivo, seja o Rei da minha vida e determine todas as minhas decisões, pensamentos, palavras e ações.
Pai: Você está se consagrando inteiramente ao espírito divino, ao Ajustador de Pensamentos em ti?
Pai: Então sua pessoa, alma, mente e corpo pertencem ao espírito divino que Deus enviou para viver em ti.
Pai: Então, vamos continuar o nosso diálogo?
Filho: Sim, com muita alegria!
Filho: Quando estou consciente da deidade, minha mente se ilumina, me sinto centrado e preenchido pela verdade e realidade do espírito, que creio ser o eu divino da nossa pessoa unificada. Meus pensamentos e diálogos interiores fluem com sentido, finalidade e propósito. Tudo parece estar ordenado e sinto que estou bem com todos os seres quando estou bem com Deus, é indescritível a diferença da minha vida quando estou consciente da presença divina e quando não estou.
Por isso, eu peço ao meu Criador, alegria da vida, príncipe da paz interior, esteja sempre comigo, reine na totalidade da minha pessoa humana a qual consagro inteiramente a Ti.
Pai: E quando tu não estais consciente da presença divina?
Filho: Quando eu não estou centrado na pessoa e deidade divina, quando não estou imerso na luz espiritual, minha mente divaga em pensamentos marginais e a qualidade da minha consciência vai se degradando. Então parece que penso mecanicamente e sem uma finalidade maior, e algumas vezes as lembranças de vivências traumáticas emergem do meu subconsciente dolorido e me vejo enredado em memórias e conflitos imaginários com as pessoas da minha própria família.
Eu imploro ao Senhor da vida eterna: não permita que eu me afaste de Ti. Somente com Você, eu consigo viver e ser feliz de verdade. Peço perdão por me aproximar de Ti assim tão necessitado, sei que deveria estar contigo por amor desinteressado, mas infelizmente minha vida está muito atribulada, e além de eu ter fé que Tu és a pessoa mais bondosa e amorosa do universo, eu também sei que necessito muito de Ti. Não tenho valor real sem Teu Ser divino em mim.
Pai: Tenho certeza que Deus te ama muito. Certamente Ele fica muito feliz quando tu queres tanto a presença Dele. Você é um pai humano e Deus é o Pai Divino de todos. Acho que você entende como um pai fica feliz quando um de seus filhos o procuram com esta intensidade. Vive em ti um Ajustador de Pensamentos vindo do Pai Universal. É este Ajustador residente que individualiza o amor de Deus em cada alma humana. Quando, tu consagras sua vida humana a este espírito Ajustador, tu se tornas filho único deste espírito divino que cria sua alma no ventre de sua mente humana de boa fé!
Eu queria lhe dizer mais uma coisa confortadora.
Pai: Não precisa temer a falta do amor de Deus. Ele sempre te amará. Um dia, se tudo ocorrer como divinamente planejado, o espírito pré-pessoal em ti se fusionará com tua alma e tua pessoa será factualmente um filho ascendente de Deus. Então ascenderás, após várias repessoalizações, até o Paraíso aonde está centrada a pessoalidade infinita do Pai Universal de quem este espírito Ajustador de Pensamentos procede imaculadamente.
Filho: Compreendi que o pai da minha alma é o espírito Ajustador em mim. Ele é a luz piloto que me guia com perfeição para vida eterna. Contudo, sou uma criatura imperfeita cheia de traumas. Gostaria de falar um pouco sobre isso?
Pai: Sim, fique a vontade. Porém, lembre-se que no início deste diálogo interior, nós concluímos que é precipitado afirmar que quem lhe responde é o espírito divino de nossa pessoa. Receba estas inspirações como a resposta interior que flui, do centro de sua mente, quando tu estais adequadamente ligado pela alma, pela adoração, e pela fé, ao nosso eu espiritual.
Eu sou a nossa pessoalidade unificada. Centre seu corpo e mente humana em mim. Se assim tu fizeres, eu poderei estar unido e centrado no nosso espírito eterno e na nossa alma imortal.
Peço-te também para que tu me apresente uma proposta para cura das dificuldades psicológicas que frequentemente levam os seres humanos a ofender e magoar seus próprios irmãos, familiares e amigos. Contudo, lembre-se o que foi revelado sobre a missão do Ajustador, a missão do Monitor Misterioso outorgado por Deus aos seres humanos:
"Livro de Urantia", parágrafo 108.5_6: As vossas emoções passageiras, e sempre em mutação, entre alegria e tristeza, são reações puramente humanas e materiais do vosso clima psíquico interior ao vosso meio ambiente externo. E, portanto, não encarai o Ajustador como um consolador egoístico, nem conteis com ele para o vosso conforto enquanto mortais. A tarefa do Ajustador é preparar-vos para a aventura eterna, é assegurar a vossa sobrevivência. Não faz parte da missão do Monitor Misterioso suavizar os vossos sentimentos turbulentos, nem vos curar no vosso orgulho ferido; é na preparação da vossa alma que o Ajustador coloca a sua atenção e ocupa o seu tempo; na preparação da vossa alma para a longa carreira ascendente.
Filho: Sou testemunha de algumas tristezas, talvez devido ao orgulho ferido. As vezes vejo pessoas assoladas pela ira indicativa da falta de amor fraterno tolerante, somada a falta de auto-respeito e auto-controle. Assim, aberradas, psicologicamente traumatizadas, vítimas das memórias de dor subconsciente, frequentemente estas pessoas reagem sem pensar, e depois, ficam arrependidas por não terem aprendido na prática os ensinamentos de Jesus revelados no:
"Livro de Urantia", parágrafo 149.4_2: "A ira é uma manifestação material que, de um modo geral, representa a medida do fracasso da natureza espiritual de conquistar, a um tempo, o controle das naturezas intelectual e física. A ira indica a vossa falta de amor fraterno tolerante, somada à vossa falta de auto-respeito e autocontrole. A ira exaure a saúde, degrada a mente e limita a atuação do espírito que instrui a alma do homem. Não lestes nas escrituras que `a raiva mata o homem tolo'; e que o homem `dilacera-se na própria cólera'? Que `aquele que tem a raiva lenta é de grande compreensão', ao passo que `aquele que se irrita rapidamente, exalta a loucura'? Vós todos sabeis como `uma resposta suave afasta a cólera'; e como `palavras pesadas estimulam a raiva'. `A prudência protela a cólera', enquanto `aquele que não tem controle algum sobre o seu próprio ego é como uma cidade sem defesa e sem muros'. `A ira é cruel e a raiva é ultrajante'. `Os homens irados põem fogo na discussão, enquanto os furiosos multiplicam as suas transgressões'. `Não sejais apressados em espírito, pois a ira repousa no seio dos tolos' ". Antes de terminar, Jesus ainda disse: "Deixa o teu coração ser dominado pelo amor, para que o teu espírito-guia tenha pouco trabalho em libertar-te da tendência de dar vazão àquelas explosões de fúria animal, que são incompatíveis com a posição de filiação divina".
Pai: O que você propõe para curar estes maus hábitos e males psicológicos?
Filho: Os livros: "Dianética"13 e "Tecendo o Fio de Ouro"14 explicam uma alternativa para cura psicológica. Talvez os que buscam a cura precisem falar dos traumas passados com alguém. A dianética15 e a cientologia16 falam da importância de clarear os traumas passados, de inconsiência e dor, submersos na mente reativa aberrada, e trazer estas memórias para luz da mente analítica e racional. Talvez, somente quando os traumas da história de vida forem clareados, a mente inferior estará curada destes engramas, que são complexos "escurecidos" e aberrativos submersos no subconsciente de uma pessoa. Com o clareamento das lembranças das vivências, com a linha do tempo transformada no fio de ouro da história de vida iluminada pelo auto-conhecimento, com o guiamento do Espírito Santo, e com o apoio de algum familiar ou amigo, creio que a pessoa humana unificada pode chegar a bem aventurança de um iluminado, um clareado, um "clear" no significado dianético deste termo. Assim, com a mente subconsciente curada, creio que a mente consciente estará mais apta para ser guiada pelo espírito divino pré-pessoal, que cria a alma, e inspira a sabedoria moroncial da mota. Neste estado, o ser humano pode se tornar um "Thetan Operante" no significado cientológico do termo, e o espírito Ajustador e controlador dos pensamentos se tornará plenamente operante através da pessoalidade unificada no centro da alma e da mente espiritualizada.
Pai: Prevejo que a dianética permitirá que muitas pessoas funcionem mais eficiente e praticamente na vida mental. Você já percorreu este percurso terapêutico tão promissor?
Filho: Já trabalhei pelo clareamento da mente reativa subconsciente. Tentei fazer este trabalho de audição de acordo com a Dianética. Contudo, devido a inexperiência, desviei-me do código do auditor e tentei reduzir os engramas17, clarear os núcleos de inconsciência e dor da mente reativa subconsciente. Aprendi por tentativa e erro, que existe um processamento psico-terapêutico adequado conforme nossa posição na escala de tom18. Não podemos nos desviar do código do auditor e não devemos adentrar nas "cirurgias das feridas psicológicas", se não estivermos no nível, da escala de tom, adequado para concluir a correspondente etapa de cura. Com o estudo e a experiência eu aprendi, no livro "Cientologia 8-8000" de autoria de L. Ron Hubbard, que existem graus de acessibilidade, e processamentos psico-terapêuticos adequados, para cada pessoa, conforme sua posição na escala de tons. Na conferência de 24 de novembro de 1950, foi apresentado estes graus na carta de acessibilidade que cito a seguir:
Pai: Você pulou para o item 7 desta lista. Tentou prematuramente apagar os engramas. Você tentou clarear estes traumas subconscientes que aberram a mente. O erro foi pular etapas neste trabalho dianético de psique-terapia clareadora da mente reativa. Tu deverias primeiro ter participado de conversações com os familiares e amigos, como sugerido no item 1. Aconselho-te a conversar e viver no "seio" de um grupo fraterno. Então pratique a linha direta na auto-análise, como sugerida no item 2 da lista supracitada. O que você acha?
Filho: Eu acho que este é o caminho. Agradeço seu conselho.
Pai: Existe um outro aspecto fundamental na prática da dianética.
Pai: O código do auditor. Quando estiveres auditando ou sendo auditado é fundamental que tu procedas de acordo com este código. Observe atentamente os itens do:
Filho: Grato por ressaltar este código do auditor que é fundamental na prática da dianética.
Pai: Aonde você crê que um ser humano pode chegar praticando estes processos psique-terapêuticos concebidos na dianética e na cientologia?
Filho: Creio que pode-se caminhar com passos firmes pela ponte da liberdade mapeada na dianética e na cientologia19. A dianética é, em parte, uma psique-terapia espiritualizada, e a cientologia é também uma religião psicológica. Uma pessoa pode buscar seu clareamento com gratidão ao trabalho de L. Ron Hubbard. É nobre o objetivo de atravessar a ponte da liberdade em direção a estados de existência cada vez mais elevados na escala de tom. Assim, é almejável ascender aos seguintes estados de existência:
Pai: Entendi seus objetivos de clareamento e liberação através da dianética. Lembremos que "Thetan Operante", no contexto da cientologia, é um ser humano que está em um estado de existência na qual o eu espiritual (Thetan) opera através da sua mente e pessoa. Considerando isso, como você falaria destas coisas de acordo com os ensinamentos do livro de urantia? No melhor da sua compreensão, qual a maior realização humana que tu concebes?
Filho: Na cientologia uma pessoa humana liberada, clareada e iluminada se torna finalmente um "Thetan operante". De acordo com o livro de urantia concebo grandes realizações humanas. É possível um ser humano atingir o grau de maturidade na qual o espírito divino pré-pessoal irá operar através da pessoa humana manifestada. Esta maturidade é almejável. Com o guiamento do espírito divino, podemos caminhar para unificação de nossa pessoalidade, ascender nos sete círculos psíquicos. Podemos fazer isso com uma fé equilibrada, e com um desenvolvimento do nosso eu total - espiritual, moroncial, intelectual e material20. Devemos caminhar leais ao nosso presente estado de posição, significado e valor. Assim, naturalmente e equilibradamente poderemos chegar ao status de fusionamento com o Ajustador espiritual. Poderemos chegar a possibilidade de fusão da nossa alma com o nosso espírito Ajustador auto-atuante, ainda aqui neste planeta evolucionário. Poderemos chegar a esta possibilidade de sermos transladados diretamente para os mundos celestiais, sem ver a morte. Poderemos chegar diante da possibilidade e status de fazer nossa ascenção em meio às chamas espirituais da presença divina, como fizeram Elias e Enoch. E se conseguirmos chegar ao status de fusionamento com o Ajustador, de acordo com vontade do Pai Universal, podemos fazer uma petição ao Ajustador Pessoalizado, dirigente deste universo local, para permanecer servindo aqui em urantia-gaia-pachamama-terra21 até quando for da vontade de Deus.
Visualizo a sequência das cinco maiores realizações possíveis de um ser humano na terra:
Pai: Será que estes objetivos são pretensiosos e espiritualmente ambiciosos?
Filho: Creio que sim. Por isso, peço ao nosso Pai divino que nos corrija se estas pretensões e ambições não estiverem de acordo com a vontade Dele. No meu entendimento estas realizações seriam as maiores possíveis de um ser humano. Além disso, creio que nosso planeta, atualmente em quarentena, precisa muito de filhos devotos de Deus a serviço de nossa família humana. Estes objetivos são os mais elevados que concebo com minha compreensão limitada de criatura. Contudo, precisamos ter uma consciência normal de pequenez, de humildade. É almejável praticar os ensinamentos de Jesus revelados no livro de urantia. No caso de nossos ideais serem muito elevados, é confortador lembrar que a vida de Jesus é o consolo dos idealistas desapontados.
Vamos nos consagrar totalmente ao Pai das nossas almas. Nosso Deus, que tudo em nós seja perfeccionado pelo teu olhar divino amoroso. Corrija-nos. Nos faça humildes. É preferível sofrer com nosso orgulho ferido, do que ao final desta etapa de nossa vida, descobrir que desvirtuamos suas orientações espirituais, enganamos a nós próprios, e ainda achamos que éramos o bam-bam-bam22 da história da nossa família.
Pai: Vamos retornar aos nossos problemas práticos e nossos objetivos de curto e médio prazo.
Filho: Está bem. Oremos ao Pai de nossas almas para nos ajuda a superar as dificuldades da nossa família humana com uma tolerância plena no perdão, sem julgamentos preconceituosos, com respeito a cada pessoa, e preservando a intimidade do nossa lar. Há um problema na nossa família que tem deixado muitas pessoas ansiosas e preocupadas.
Filho: A destruição do lar, e a separação dos pais e filhos.
Pai: Na sua percepção, qual é a causa deste problema?
Filho: Creio que este problema tem acontecido devido a imaturidade espiritual e a consequente busca de prazer, sem integridade, das pessoas desligadas do seu próprio espírito e alma. Muitos adultos imaturos, sem uma experiência interior pessoal plena com seu eu divino e unificado, não valorizam a si mesmas e as pessoas com o alto valor, com o valor sem fim, com o valor que se deve dar aos seres que podem viver eternamente, e experimentar a repessoalização nos mundos moronciais, pela graça de Deus. Estes adultos imaturos, que ainda não discerniram seu próprio eu espiritual no interior de sua alma e mente, vivem como crianças avaliando as experiências de acordo com o seu conteúdo de prazer. Como revelado no:
"Livro de Urantia", Item 100.1: O Crescimento Religioso Embora a religião produza um crescimento nos significados e o engrandecimento dos valores, o mal sempre surge quando avaliações puramente pessoais são elevadas ao nível do absoluto. Uma criança avalia uma experiência de acordo com o seu conteúdo de prazer; a maturidade é proporcional à substituição do prazer pessoal pelos significados mais elevados, e mesmo pela lealdade aos conceitos mais elevados das situações diversificadas da vida e das relações cósmicas.
Pai: Deixa-me ver se compreendi o que tu estais me dizendo. Você está insinuando que a imaturidade espiritual, e a busca pouco sábia de prazer, são algumas das causas da dissolução do casamento?
Pai: Talvez você esteja excessivamente condicionando a manutenção do matrimônio com o desenvolvimento espiritual.
Filho: Eu creio que a experiência interna de comunhão pessoal, com nosso próprio espírito, engrandece em nós um profundo respeito e valoração das potencialidades espirituais do ser humano. Amando e valorizando o eu divino nos seres humanos, cada vez mais compreendemos a sacralidade das lealdades humanas: a honra pessoal, o amor familiar, as obrigações religiosas, o dever social e as necessidades econômicas. Respeitando estes valores e lealdades, naturalmente agiremos pelo bem e união de nossa família humana.
Pai: Em parte eu concordo com isto. Sei que muitas pessoas constantemente voltam a este assunto devido aos sofrimentos e ressentimentos com a dissolução do matrimônio. Antes de tudo busquemos o conforto espiritual. Podemos ficar seguros na certeza eterna de que tais atribulações serão aflições passageiras.
Além disso, não é certo afirmar que o matrimônio é consumado pela ação divina. A dissolução do casamento, por si, indica que a Deidade não é uma parte conjunta em tais uniões. Talvez o máximo que podssamos dizer é que o matrimônio mortal ideal é humanamente sagrado. Como revelado no:
"Livro de Urantia", parágrafos 83.8_4 e 5: Também infeliz é que alguns grupos de mortais hajam concebido o matrimônio como sendo consumado pela ação divina. Tais crenças levam diretamente ao conceito da indissolubilidade do estado marital, independentemente das circunstâncias ou dos desejos das partes contratantes. Mas o fato mesmo da dissolução do casamento, por si, indica que a Deidade não é uma parte conjunta em tais uniões. Uma vez que Deus haja unido quaisquer duas coisas ou pessoas, elas permanecerão assim unidas até a época em que a vontade divina decrete uma separação. Todavia, no que concerne ao matrimônio, que é uma instituição humana, quem irá presumir julgar, e dizer, quais casamentos são as uniões que podem ser aprovadas pelos supervisores do universo e quais delas, ao contrário, são puramente humanas em natureza e origem?
Entretanto, existe um ideal de matrimônio nas esferas do alto. Na capital de cada sistema local, os Filhos e Filhas Materiais de Deus retratam o ponto máximo dos ideais da união, do homem com a mulher, nos laços do matrimônio, e com o propósito de procriar e educar uma progênie. Afinal, o matrimônio mortal ideal é humanamente sagrado.
Filho: Eu concordo. Contudo, sei que os pais de família devem trabalhar contribuindo para que nossos descendentes edifiquem uma família unida e se tornem pais que tenham de sabedoria tanto quanto de amor.
Pai: É aconselhável trabalhar pela alegria e felicidade da vida familiar. Não podemos forçar a convivência das pessoas. Busquemos desenvolver na família técnicas especializadas de desfrutes agradáveis. A alegria e prazer saudável atrairão os familiares. A família se manterá unida respeitando a liberdade de cada um.
Filho: Recebo com esperanças este conselho. Devemos buscar a felicidade de nossa descendência. Um matrimônio ideal pode contribuir muito para esta felicidade. No lar ideal, na família unida, podemos usufruir da automanutenção da vida, da autoperpetuação nos filhos e da autogratificação prazeirosa.
Contudo, devido a imaturidade espiritual, muitos indivíduos não vêem na eternidade a si mesmos, os filhos, e as pessoas da família. Alguns valorizam o prazer sensual e os ganhos materiais, mais do que as pessoas da sua própria família. As autogratificações e prazeres serão suicidas se acarretarem o colapso do matrimônio, a decadência da vida familiar e a destruição do lar. Pois o lar é única esperança de sobrevivência da civilização. Além disso, a fome da alma não pode ser satisfeita por meio dos prazeres físicos. Como revelado no:
"Livro de Urantia", parágrafo 84.8_6: Que o homem goze a vida; que a raça humana encontre o prazer de mil e uma maneiras; que a humanidade evolucionária explore todas as formas de legítima autogratificação, fruto da longa luta biológica de elevação. O homem fez por onde ganhar alguns dos seus júbilos e prazeres atuais. Prestai, porém, muita atenção à meta do destino! Os prazeres são suicidas, de fato, se tiverem êxito em destruir a propriedade que se tornou a instituição da automanutenção; e as autogratificações terão de fato custado um preço fatal, se acarretarem o colapso do matrimônio, a decadência da vida familiar e a destruição do lar - a aquisição evolucionária suprema do homem, e a única esperança de sobrevivência da civilização.
"Livro de Urantia", parágrafo 84.8_4: Há um perigo real na combinação da inquietação, da curiosidade, da aventura e do abandono ao prazer, característicos das raças pós-anditas. A fome da alma não pode ser satisfeita por meio dos prazeres físicos; o amor do lar e das crianças não aumenta com uma busca pouco sábia do prazer. Embora possais exaurir os recursos da arte, da cor, do som, do ritmo, da música e dos adornos pessoais; não podeis, com isso, esperar elevar a alma ou nutrir o espírito. A vaidade e a moda nada podem conferir à edificação do lar e à educação dos filhos; o orgulho e a rivalidade são impotentes para elevar as qualidades de sobrevivência das gerações que se sucedem.
Pai: Há um zelo nas suas palavras, porém é difícil sermos ponderados se estivermos machucados e ressentidos. Lembre-se que Jesus era um trabalhador calmo e feliz. Antes de tudo, peço-te: fique em paz. Tenha fé que Deus é o destino eterno para todos nós. O espírito divino é o pai da alma, e a mente é a mãe dela. Fique calmo, cantemos:
Filho: Eu agradeço ao pai da nossa alma, ao espírito divino no centro da nossa pessoa unificada. Grato Jesus, príncipe da paz.
Pai: Tu e todos que planejam disseminar as boas novas reveladas nos documentos de urantia, devem se lembrar da verdade revelada na vida e nos ensinamentos de Jesus. Qual é o maior mandamento que o Mestre ensinou?
Filho: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Pai: Tu percebes que este mandamento está contido no evangelho de vivenciar a Paternidade-Maternidade de Deus e a Fraternidade-Irmandade dos seres humanos?
Pai: Pois então trabalhe para criar um ambiente ideal para que todas as pessoas de nossa família universal vivenciem o amor devoto de um filho de Deus. Se cada um cultivar a fé e o amor ao seu próprio espírito divino, todos ascenderão através de mundos cada vez mais perfeitos até o Paraíso, onde o Pai dos espíritos habita. Se nós e todos nossos irmãos e irmãs humanos vivenciarmos a genuína experiência de amor a Deus, e buscarmos com devoção fazer a Vontade Dele que nos criou a todos, tudo de bom advirá em consequência disto.
É lícito edificar uma pessoalidade unificada, uma alma engrandecida, uma mente espiritualizada, um corpo saudável. É lícito trabalhar por uma educação integral e por uma família unida. É desejável idealizar uma economia fraterna motivada pelo serviço e fundamentada na fraternidade dos seres humanos. Lembre-se contudo que estes sete objetivos práticos do GAIA são o terceiro princípio da fraternidade humana para transformação do planeta terra em uma Esfera de Luz e Vida.
O primeiro princípio da fraternidade humana em urantia é a vivência da paternidade de Deus e da fraternidade dos seres humanos. O segundo princípio é a busca diligente de decidir, pensar, falar e fazer a Vontade do Pai Universal em todas as situações que a escola da vida nos apresentar. Por favor, antes de desagradavelmente exigirmos o cumprimento de regras, antes de desrespeitosamente empurrar dogmas de fora para dentro, estudemos e ponderemos sobre as seguintes citações do:
"Livro de Urantia", parágrafo 196.2_11: Jesus não propôs regras para o avanço social; a sua missão era religiosa; e a religião é uma experiência exclusivamente individual. A última meta, e de realização mais avançada da sociedade, não pode esperar nunca transcender a fraternidade que Jesus ofereceu aos homens: baseando-a no reconhecimento da paternidade de Deus. O ideal de toda a realização social apenas pode ser cumprido com a vinda deste Reino divino.
"Livro de Urantia", parágrafo 95.1_6: O progresso inicial do ensinamento de Melquisedeque foi altamente gratificante, até que Nabodad, o líder da escola em Kish, decidiu realizar um ataque organizado às práticas prevalecentes de prostituição nos templos. Os missionários de Salém, no entanto, viram fracassarem os seus esforços para fazer essa reforma social e, nos destroços desse fracasso, os mais importantes de todos os seus ensinamentos espirituais e filosóficos também caíram derrotados.
Filho: Eu concordo com tudo isso. Contudo estes ideais são de longo prazo. Aprendi no livro de urantia que todas as questões tem um ponto de vista divino e eterno e um ponto de vista humano e temporal. No oceano da luz espiritual, no centro da nossa alma e mente, tudo é paz e beleza. Mas aqui fora, nossa família humana está se degradando, a moral e a religião as vezes é ridicularizada. Temo a ruína moral dos nossos filhos e a desmoralização prematura da nossa própria progênie. Fico preocupado com nossos erros de omissão quando leio no:
"Livro de Urantia", parágrafo 147.5_9: Jesus, contudo, advertiu sinceramente os seus apóstolos contra a tolice do filho de Deus que passa a vangloriar-se do amor do Pai. Ele declarou que o Pai celeste não é um Pai lasso, frouxo ou tolo, na indulgência; que está sempre pronto a perdoar os pecados e relevar as negligências. Ele preveniu aos seus ouvintes para não aplicarem de modo errado os seus exemplos sobre o pai e o filho, a ponto de fazer parecer que Deus é como alguns pais ultra-indulgentes e pouco sábios, que conspiram, com os tolos da Terra, para aceitar a ruína moral dos seus filhos imprudentes e que, com isso, contribuem, com certeza e diretamente, para a delinquência e a desmoralização prematura da sua própria progênie. Jesus disse: "O meu Pai não fecha os seus olhos, com indulgência, para os atos dos seus filhos e para as suas práticas autodestrutivas ou suicidas contra o crescimento moral e o progresso espiritual. Essas práticas pecaminosas são uma abominação aos olhos de Deus".
Pai: Estas dificuldades não tem este peso. Do ponto de vista espiritual interior, a maioria dos seres humanos são inocentes e tem boa fé. A maioria trabalha e serve a sociedade com persistência e resignação. Lembre-se que as lutas da existência material não são senão um andaime transitório, a fazer uma ponte para o outro lado, para a terra prometida da realidade espiritual e da existência superna. Olhemos para nosso destino eterno. Fique claro que as relações familiares não devem interferir nas obrigações religiosas. Saiba que a família é uma instituição temporal, e que ela não sobrevive à morte. Isto foi revelado no:
"Livro de Urantia", parágrafo 32.5_2: O propósito eterno do Deus eterno é um ideal espiritual muito elevado. Os acontecimentos do tempo e as lutas da existência material não são senão um andaime transitório, a fazer uma ponte para o outro lado, para a terra prometida da realidade espiritual e da existência superna. Evidentemente, vós, mortais, achais difícil compreender a idéia de um propósito eterno; sois virtualmente incapazes de compreender o pensamento da eternidade, algo que jamais começa nem acaba. Pois tudo o que vos é familiar tem um final.
"Livro de Urantia", parágrafo 140.8_14: A família ocupava o centro mesmo da filosofia de vida de Jesus - aqui e na vida futura. Ele baseava os seus ensinamentos sobre Deus na família e, ao mesmo tempo, tentava corrigir a tendência judaica de honrar os antepassados em exagero. Exaltava a vida familiar como o dever humano mais elevado, mas deixava claro que as relações familiares não deveriam interferir nas obrigações religiosas. Ele chamava a atenção para o fato de que a família é uma instituição temporal; de que ela não sobrevive à morte. Jesus não hesitou em abdicar-se da sua família, quando a família se postou contrariamente à vontade do Pai. Ele ensinou a mais nova e ampla irmandade entre os homens - os filhos de Deus. No tempo de Jesus, os hábitos e a prática do divórcio eram relaxados, na Palestina, e em todo o império romano. Ele recusou-se reiteradamente a estabelecer leis a respeito do casamento e do divórcio, mas muitos dos primeiros seguidores de Jesus tinham opiniões bem marcadas sobre o divórcio e não hesitaram em atribuí-las a ele. Todos os escritores do Novo Testamento, exceto João Marcos, ativeram-se às idéias mais rigorosas e avançadas sobre o divórcio.
Filho: Creio que nosso Pai divino é um espírito perfeito que vive na infinitude eterna. Na velocidade da Sua vontade Ele intensifica sua presença no centro de todas as pessoas, no centro dos seus filhos que Ele quer abençoar com Sua graça. O tempo e o espaço não são uma barreira para a presença de Deus no íntimo de todos que Ele ama.
Por outro lado, somos meros seres humanos mortais. Não conseguimos nos ver no espaço infinito e no tempo eterno. Frequentemente, nos sentimos separados daqueles que amamos. Em alguns casos nos sentimos até rejeitados e excluídos por aqueles aos quais mais nos dedicamos. Preso nas limitações espaciais e na finitude do tempo, muitas vezes sentimos a dor da separação daqueles que amamos. Até Jesus já chorou sentindo falta da família. Como revelado no:
"Livro de Urantia", parágrafo 141_2: Pouco antes de partir, os apóstolos se perderam do Mestre e André foi atrás dele. Depois de uma busca breve, encontrou-o assentado em um barco na praia; Jesus estava chorando. Muitas vezes, os doze haviam visto o Mestre demonstrando estar afligido e haviam presenciado, em breves momentos, as suas preocupações mentais sérias; nenhum deles, entretanto, jamais o havia visto chorar. André ficou um tanto assustado de ver o Mestre atingido desse modo, na véspera da partida deles para Jerusalém, e atreveu-se a chegar até Jesus e perguntar: "Neste grande dia, Mestre, quando nós estamos para partir rumo a Jerusalém no intuito de proclamar o Reino do Pai, por que choras? Qual de nós ter-te-ia ofendido?" E Jesus, voltando com André para junto dos doze, respondeu-lhe: "Nenhum de vós causastes essa tristeza. Eu me entristeci apenas porque ninguém da família do meu pai José lembrou-se de vir para nos desejar boa-viagem". Naquele momento Rute estava visitando o seu irmão José em Nazaré. Outros membros da sua família mantiveram-se afastados por orgulho, desapontamento, mal-entendidos ou pequenos ressentimentos, que eles se permitiram ter em resultado de mágoas.
Pai: Como o espírito divino pode ajudar os seres humanos?
Filho: Nos guiando pelo melhor caminho até o Paraíso. Muitos seres humanos não sabem o que fazer. A maioria deseja tomar as melhores decisões. Contudo, são tantas coisas para pensar e ponderar. Vamos nos consagrar na realização da vontade divina. Sejamos como crianças confiantes com as mãos de nossas almas segurando na Mão de nosso Pai nos Céus. Oro para que Deus nos ilumine e conduza como nas preces que Jesus ensinou aos apóstolos:
"Livro de Urantia", Item 144.5: Outras Formas de Prece
- Conceda-nos, neste dia, as forças vivificadoras da luz,
- Conduze-nos pela Tua própria mão, passo a passo, nos labirintos incertos da vida
- Guia e dirige a nossa jornada deste dia.
- Conduze-nos eternamente nas águas da vida.
- E conduzi-nos, todo momento, na direção do serviço ao amor.
- A cada passo, conduzi-nos para fora das trevas e para a luz divina.
- Conduze-nos com a Tua mão, nos caminhos da Tua escolha
Pai: Eu prevejo que um dia nós teremos a oportunidade de estar diante de uma pessoa compreensiva como Jesus. Por hora, lembremos que ele dizia: dar é mais abençoado do que receber. Sirvamos com alegria nossa família universal. Aprendamos com a maneira de ensinar e ministrar de Jesus revelada no:
"Livro de Urantia", parágrafo 132.4_2: A ênfase da sua mensagem estava no amor do Pai celeste e na verdade da misericórdia Dele, combinados às boas-novas de que o homem é um filho de fé desse mesmo Deus de amor. A tática usual de Jesus para o contato social era levar as pessoas a falarem com ele, fazendo perguntas a elas. A entrevista começava, via de regra, com ele fazendo perguntas aos semelhantes, e terminava com eles fazendo perguntas a Jesus. Ele era adepto igualmente de ensinar, fosse perguntando, fosse respondendo perguntas. Via de regra, aos que ele ensinava mais, ele tinha dito o mínimo. Aqueles que retiravam um benefício maior da sua ministração pessoal eram os mortais sobrecarregados, ansiosos e tristes que sentiam muito alívio com a oportunidade de descarregar as suas almas sobre um ouvinte simpático e compreensivo; e Jesus era tudo isso e mais. E, quando tais seres humanos desajustados haviam contado a Jesus sobre os seus problemas, ele era sempre capaz de oferecer sugestões práticas e de socorro rápido, visando a correção das reais dificuldades deles, sem esquecer-se de uma palavra de verdadeiro conforto e de consolo imediato. E, invariavelmente, ele falaria a esses mortais angustiados sobre o amor de Deus e ministrava a eles, por vários e diferentes métodos, informando-lhes de que eles eram filhos desse Pai do céu, pleno de amor.
Pai: É uma satisfação te ver feliz e alegre.
Filho: Eu gostaria de um conselho prático! Alguma coisa para que possamos ajudar nossos filhos na edificação do lar. Uma sugestão que os guie para que encontrem esposas fiéis e leais e edifiquem famílias unidas e felizes.
Pai: Vou te dar uma sugestão prática e depois vamos cuidar da vida e da felicidade. Ponderes na seguinte revelação de nossos irmãos supra-humanos, contida no:
"Livro de Urantia", parágrafo 83.7_8: Todavia, enquanto a sociedade falha em educar apropriadamente as crianças e os jovens, enquanto a ordem social deixa de prover a educação pré-marital adequada e enquanto o idealismo juvenil pouco sábio e imaturo for o árbitro para o ingresso no matrimônio, nessa mesma medida, o divórcio continuará prevalecendo. E, enquanto o grupo social deixar de prover a preparação dos jovens para o casamento, nessa extensão, o divórcio deverá funcionar como a válvula de segurança social a impedir situações ainda piores durante as idades do rápido avanço dos costumes em evolução.
Filho: Eu te agradeço. Também te pergunto se você tem sugestões que possam nos ajudar a tomar decisões melhores. O que tu aconselhas para resolver os problemas da nossa família humana?
Pai: Você deve discernir e entender que cada problema e situação existe em um nível de realidade distinta. Os seres espirituais vivem em um nível diferente daquele no qual estão os objetos e coisas materiais. Você já ouviu falar na "regra de ouro" para convivência no grupo familiar e social? Tu te lembras do ensinamento de Jesus sobre a aplicação, em diferentes níveis de significado, desta "regra de viver"?
Filho: Sim! Lembro do ensinamento de Jesus sobre a "regra de ouro" de "fazer aos outros o que desejamos que seja feito conosco". Em resposta à uma pergunta de Natanael, Jesus deu uma interpretação ligada a esta regra de viver em níveis diferentes de significados. De acordo com a revelação no:
"Livro de Urantia", parágrafos 147.4_3-9: ... Jesus continuou falando: ... Então me deixa agora ensinar a respeito dos níveis diferentes de significados ligados à interpretação dessa regra de viver, desse conselho de `fazer aos outros o que desejais que seja feito a ti':
1. No nível da carne. Essa interpretação puramente egoísta e cheia de desejo sensual seria bem exemplificada com a suposição da tua pergunta.
2. No nível dos sentimentos. Esse plano é um nível mais elevado do que o da carne e implica que a compaixão e a piedade elevem a nossa interpretação dessa regra de viver.
3. No nível da mente. Agora, vêm à ação a razão da mente e a inteligência da experiência. O bom julgamento dita que essa regra de viver deveria ser interpretada em consonância com o idealismo mais elevado, incorporado na nobreza do auto-respeito profundo.
4. No nível do amor fraterno. Ainda mais elevado descobrimos ser o nível da devoção não-egoísta ao bem-estar do nosso semelhante. Nesse plano mais elevado, do serviço social sincero, que nasce da consciência da paternidade de Deus e do reconhecimento consequente da irmandade entre os homens, é descoberta uma interpretação nova e muito mais bela dessa regra básica para viver.
5. No nível moral. E então, quando alcançardes os níveis filosóficos verdadeiros de interpretação, quando tiverdes o verdadeiro discernimento do certo e do errado, quando perceberdes a eterna adequação das relações humanas, começareis a ver tal problema de interpretação como se vos imaginásseis como uma terceira pessoa, de mente elevada, idealista, sábia e imparcial, a ver e interpretar essa injunção, enquanto aplicada aos vossos problemas pessoais de ajustamentos às situações da vossa vida.
6. No nível espiritual. E então alcançamos finalmente o mais elevado de todos, o nível do discernimento do espírito e das interpretações espirituais que nos impelem a reconhecer, nessa regra de viver, o comando divino para tratar a todos os homens como concebemos que Deus os trataria. Esse é o ideal universal nas relações humanas. E essa será a vossa atitude para com todos esses problemas, quando o vosso desejo supremo chegar a ser sempre o de fazer a vontade do Pai. Eu gostaria, pois, que fizésseis a todos os homens aquilo que vós sabeis que eu faria a eles, nas mesmas circunstâncias."
Pai: Esta citação é perfeita para a presente situação. Busquemos o discernimento espiritual interior e vamos perceber o nível de realidade de cada situação e problema.
Filho: Nós precisamos de ajuda. As vezes os seres humanos se sentem sozinhos diante do problema do colapso do matrimônio, a decadência da vida familiar e a destruição do lar.
Pai: Por que você não pede ajuda às pessoas mais experientes da família?
Filho: Creio que, em alguns casos, a boa fé em Deus não é compreendida na nossa família humana. Pondero nas seguintes colocações:
"A Droga Psiquiátrica pode ser o Problema", Seção 11.5 Em que temos fé? Escolher, entre terapia de droga psiquiátrica e psicoterapia, ou decidir sobre uma combinação das duas, muitas vezes tem mais a ver com fé do que com ciência ou razão. Nos tempos modernos, muitas pessoas sofisticadas se sentem desconfortáveis com a sua necessidade de fé. Elas negam isso e acabam por ter uma fé distorcida, silenciosa, ou dissimulada em coisas materiais. As pessoas costumavam ter fé em seus empregadores, mas isso raramente é o caso hoje em dia. Elas podem tentar, em vez disso, ter fé na sua própria inteligência e, especialmente na sua formação, educação e experiência no local de trabalho. Elas também podem voltar-se para o dinheiro, cobiçando muito do mesmo, como uma forma de segurança. Elas têm fé no dinheiro.
Pai: Entendi. Mas em que a fé distorcida do outro te afeta?
Filho: Os sujeitos ignorantes do espírito e alienados da própria alma, algumas vezes dão mais valor as coisas materiais do que às pessoas, e magoam e prejudicam outros membros da nossa família.
Filho: Em meio aos materialistas descrentes, muitas vezes a experiência espiritual interior é mal compreendida. A nossa civilização estará em perigo, se três quartos da juventude aderir a profissões materialistas e devotar-se à busca de atividades sensoriais no mundo exterior.
Para quem valoriza as pessoas é fundamental a afinidade, comunicação e realidade. Amor, diálogo e conhecimento mútuo é a essência da vida dos que amam a Deus e todos os seus filhos na nossa família universal.
Uma criança avalia uma experiência de acordo com o seu conteúdo de prazer. A maturidade é proporcional à substituição do prazer pessoal pelos significados mais elevados, e mesmo pela lealdade aos conceitos mais elevados das situações diversificadas da vida e das relações cósmicas. Os humanos imaturos, que ainda não vivenciaram suficientemente a experiência pessoal com seu eu divino interior, que estão desconectadas da divindade unificadora, e que agem irreligiosamente, buscam vergar o universo no serviço distorcido do eu. Os irmãos e irmãs que não tem fé na Pessoa Divina, devido ao fato de não reconhecerem a supra-soberania de Deus na nossa família universal, são tentados a experimentar a sua capacidade de ganhar poder e autoridade sobre as outras pessoas e grupos.
O pensamento, fala e ação de cada membro da família deve estar centrado na pessoa, espírito e mente de Deus Criador, no centro de cada pessoa humana criada. Contudo, certamente algumas pessoas desprovidas de erudição religiosa e de supertição mística, cheias de honestidade e bom senso, muitas vezes agem como o bom samaritano da parábola de Jesus. Todos os bons samaritanos e familiares devem-se lembrar do seguinte princípio de ajuda proposto por Peter Breggin e David Cohen:
"A Droga Psiquiátrica pode ser o Problema", Seção 13.1.11 Lembre-se de ouvir uns aos outros! Lembre-se de ouvir uns aos outros! No momento em que as pessoas acabam buscando ajuda ou se voltando para as drogas psiquiátricas, elas podem ter começado a pensar, "eu tenho que fazer isso sozinho". Muitas pessoas chegaram a essa conclusão falsa depois de se sentirem tão decepcionadas e traídas por outros que elas acreditam que não têm outra escolha senão retirar-se para dentro de si mesmas.
Pai: Devemos ter cautela, lembremos do que Jesus disse para Judas: Quem entre nós é competente para julgar o nosso irmão? Se queremos realmente contribuir para vida eterna de todos da nossa família humana, busquemos trabalhar para sabedoria e felicidade de todos. Lembremos que Deus é um Pai, e não está preocupado em registrar os males causados pelos seus filhos errantes na Terra. Como foi revelado no:
"Livro de Urantia", Item 141.4: Ensinando Sobre o Pai Enquanto permanecia em Amatos, Jesus passou muito tempo com os apóstolos instruindo-os sobre o novo conceito de Deus; de novo e de novo ele tentava imprimir neles a idéia de que Deus é um Pai, não um guarda-livros grande e supremo que está preocupado mais em registrar os males causados pelos seus filhos errantes da Terra, em fazer os registros dos seus pecados e perversidades, para serem usados contra eles, quando Ele for julgá-los posteriormente como o Juiz justo de toda a criação. Os judeus tinham já, havia muito tempo, concebido Deus como um rei que se sobrepunha a tudo, até mesmo como um Pai da nação, mas nunca antes um grande número de mortais havia alimentado a idéia de Deus como um Pai cheio de amor pelo indivíduo.
Filho: As vezes alguns seres humanos se sentem excluídos da própria família. Será que as experiências lamentáveis de nossa vida são somente fatos e eventos sem o valor da verdade eterna da alma e do espírito das pessoas? Busco interpretar corretamente a afirmação do livro de urantia de que: "podemos estar tecnicamente certos quanto ao fato e eternamente errados quanto à verdade". O isolamento é algo temeroso. Preocupo-me com as causas da queda de Judas. Percebo algumas das características deste apóstolo, conforme revelado no:
"Livro de Urantia", parágrafo 193.4_13: Conquanto este apóstolo autocentrado e ultra-individualista haja tido muitos problemas psíquicos, emocionais e espirituais, as suas principais dificuldades foram: na pessoalidade, ele ser isolado; na mente, ele ser vingativo e cheio de suspeição; no temperamento, ele ser áspero e dado à desforra; emocionalmente, ele ser sem amor e incapaz de perdoar; socialmente, ele não confiar e permanecer fechado em si próprio; no espírito, ele tornar-se arrogante e egoisticamente ambicioso; na vida, ele ignorar aqueles que o amavam; e, na morte, ficar sem amigos.
Pai: Cultivemos internamente o amor por todas as pessoas da nossa família. Vamos trabalhar com a Dianética para clarear as vivências de dor e inconsciência que aberram nossa mente. Observemos a oportunidade de nos curar "tecendo o fio de ouro" com a graça do espírito santo. E nos lembremos do que foi revelado no:
"Livro de Urantia", parágrafos 156.5_8-9: ... Não vos desencorajeis com a descoberta de que sois humanos. A natureza humana pode ter a tendência para o mal, mas não é inerentemente pecadora. Não vos deixeis abater, caso não consigais esquecer inteiramente algumas das vossas experiências lamentáveis. Os erros que não conseguirdes esquecer no tempo serão esquecidos na eternidade. Deveis aliviar os fardos da vossa alma adquirindo rapidamente uma visão de longa distância do vosso destino, uma expansão da vossa carreira no universo.
Não cometais o erro de estimar o valor da alma pelas imperfeições da mente, nem pelos apetites do corpo. Não deveis julgar a alma, nem avaliar o seu destino pelo padrão de um único episódio humano infeliz. O vosso destino espiritual é condicionado apenas pelas vossas aspirações e propósitos espirituais.
Filho: Esta é uma solução interior. Muitos já estão fazendo isso. A minha questão é o que fazer em termos práticos? Qual a prioridade no nosso serviço pela sobrevivência da nossa família universal?
Pai: Vamos nos concentrar no nosso trabalho de pai e professor das crianças da nossa família humana e tenhamos fé. O que não for resolvido nesta breve vida humana, será resolvido na nossa vida eterna.
Filho: Quero dizer ao Pai da nossa alma, que eu me preocupo muito com as crianças da nossa família. A educação que tenho conseguido dar a elas está tão distante dos ideais do lar de Jesus e Marcos. O que fazer quando as crianças crescem em lares cujos pais não têm uma afeição mútua sincera? O que fazer se na nossa família existem manobras sem amor na luta dos pais, um contra o outro, para ganhar a confiança e lealdade dos filhos? Não podemos ser omissos em relação a isso. Pondero muito quando leio sobre os lares permeados de amor e sabedoria como revelado no:
"Livro de Urantia", Item 177.2: A Infância no Lar No transcurso das conversas com João Marcos nesse dia, Jesus passou um tempo considerável comparando as experiências das infâncias e adolescências de ambos. ... Jesus disse:
"Sei que te mostrarás leal ao evangelho do Reino porque posso confiar na tua fé e no amor que tens atualmente, já que essas qualidades são baseadas em uma educação, vinda da tua casa, desde bem cedo. Tu és o produto de um lar em que os pais têm uma afeição mútua sincera e onde não te amaram em excesso, de modo a exaltar prejudicialmente a tua idéia da própria importância. Nem a tua pessoalidade sofreu deformação em consequência das manobras sem amor na luta dos teus pais, um contra o outro, para ganhar a tua confiança e lealdade. Tu desfrutaste daquele amor paternal que assegura uma autoconfiança louvável e que fomenta sentimentos normais de segurança. Mas foste também afortunado, porque os teus pais tinham de sabedoria tanto quanto de amor, e foi a sabedoria que os levou a negar-te a maior parte das satisfações e muitos dos luxos que a riqueza pode comprar, pois eles te enviaram para a escola da sinagoga junto com os teus amigos da vizinhança, e eles também te encorajaram a aprender como viver neste mundo permitindo-te que tivesses uma experiência original." ...
"O amor, João, é a realidade suprema do universo quando é dado por seres infinitamente sábios; mas, do modo como se manifesta na experiência de pais mortais, ele apresenta um traço perigoso muitas vezes semi-egoísta. Quando casares e tiveres que criar os próprios filhos, assegura-te de que teu amor seja aconselhado pela sabedoria e guiado pela inteligência."
Pai: Tenhamos paciência e busquemos estar sempre em sintonia com o espírito pré-pessoal e com o Espírito da Verdade outorgado a humanidade pelo Filho Criador deste Universo Local, que esteve em pessoa neste planeta urantia há dois milênios atrás.
Os árabes atribuem 100 nomes a Deus. O primeiro é o Clemente, o segundo é o Misericordioso e o último é o Paciente. Quando quiseres lembrar da paciência pense no início da seguinte cantiga:
Filho: Vamos agradecer ao Pai Divino, o Ajustador de Pensamentos, Criador Espiritual da nossa alma.
Pai: Intuo que cada vez mais nosso "eu divino" se compraz no centro da nossa alma, no ventre da nossa mente e pessoa humana criada.