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Citações: O que é Cientologia?
Dianética: compreendendo a mente
Cientologia: um conhecimento da vida
Comissão dos Cidadãos para os Direitos Humanos

Baseado nos trabalhos de
L. Ron Hubbard

Sumário

Livro: "O que é Cientologia?"
    1.1  Princípios e aplicação de Cientologia
        1.1.1  Uma descrição de Cientologia
    1.2  Atividades de reforma social
        1.2.1  Na vanguarda da reforma social
Dianética: compreendendo a mente
    2.1  O objetivo da vida
    2.2  A sobrevivência da mente
    2.3  As partes da mente
    2.4  A solução para mente reativa
    2.5  O Clear, clareado ou iluminado
    2.6  Os atributos do Clear
    2.7  A dianética na Internet
Cientologia: um conhecimento da vida
    3.1  As partes do ser humano
    3.2  As oito dinâmicas
    3.3  A escala de tom
    3.4  Afinidade, realidade e comunicação
    3.5  Cientologia na Internet
    3.6  O âmbito de cientologia
A revista Freedom (Liberdade)
Comissão dos Cidadãos para os Direitos Humanos - CCHR
    5.1  Comissários da CCHR
    5.2  Prêmios CCHR para os Direitos Humanos
    5.3  A psiquiatria desmascarada
    5.4  Os médicos da morte
    5.5  Chelmsford - o sono interminável
    5.6  Acampamentos de escravos da psiquiatria
    5.7  A CCHR e as instituições psiquiátricas dos Estados Unidos
    5.8  Os psiquiatras e o abuso sexual
    5.9  Drogas psiquiátricas
    5.10  Drogar e Rotular as Crianças
    5.11  A fraude psiquiátrica
    5.12  Publicações da CCHR
        5.12.1  Livro: "Psiquiatria: a Derradeira Traição"
        5.12.2  Livro: "Psiquiatras - Os homens por trás de Hitler"
        5.12.3  Brochuras
        5.12.4  A Internet
    5.13  Como iniciar uma CCHR?
Tecnologia de estudo
    6.1  As três barreiras ao estudo

1  Livro: "O que é Cientologia?"

    

Figura 1: Cientologia: Uma Ponte para Liberdade.

     Aqui estás, em solo proibido e problemático. Para lá do abismo está um planalto mais alto onde as coisas estão muito melhores.

     Cientologia é a ponte atravessando esse abismo desde um nível de existência baixo para um muito superior um mundo mais brilhante e feliz.

     Este informativo consiste em citações do livro: "O que é Cientologia?", baseado nos trabalhos de L. Ron Hubbard. Os itens citados nesta sinopse foram:

1.1  Princípios e aplicação de Cientologia

     A história completa do desenvolvimento e da codificação de Cientologia pode ser encontrada em inúmeros livros, em mais de 15.000 páginas de texto técnico e em mais de 3.000 conferências gravadas. No total, estes trabalhos representam uma vida de investigação por parte de L. Ron Hubbard, a fim de descobrir meios exequíveis que trouxessem aos seres humanos a liberdade espiritual - para que a ignorância seja substituída pelo conhecimento, as dúvidas pela certeza e o sofrimento pela felicidade.

     Hoje, os frutos do trabalho de L. Ron Hubbard estão ao alcance de todos os que os desejem obter. E independentemente das diferenças entre os cientologistas - sejam eles professores ou homens de negócios, donas de casa ou atletas, artistas ou secretárias - todos têm um fator vital em comum: tendo melhorado significativamente as suas vidas, eles sabem que a Cientologia funciona.

     Nada em Cientologia, no entanto, precisa de assentar na crença dogmática. As suas verdades são evidentes por si mesmas, os seus princípios são facilmente demonstráveis e a sua tecnologia pode ser vista a funcionar em qualquer igreja de Cientologia. Só é preciso abrir a porta e entrar.

1.1.1  Uma descrição de Cientologia

     Cientologia: Scio (Latim) conhecimento, logos (Grego)
a palavra ou a forma exterior pela qual
o pensamento interior é expressado e tornado conhecido.
Assim, a Cientologia significa saber como saber.

     Cientologia é uma religião do século XX. Abrange um vasto conjunto de conhecimentos, que se alarga a partir de determinadas verdades fundamentais, sendo a primeira entre essas verdades: o ser humano é um ser espiritual dotado de capacidades muito para além do que normalmente imagina. Não só e capaz de resolver os seus próprios problemas, realizar os seus objetivos e obter uma felicidade duradoura, como também de atingir novos estados de consciência que pode nunca ter sonhado serem possíveis.

     De uma maneira ou de outra, todas as grandes religiões têm mantido a esperança de liberdade espiritual - uma condição livre de limitações materiais e de miséria. No entanto, a pergunta tem sido sempre a mesma - como é que alguém alcança tal estado, particularmente enquanto ainda vive no meio de uma sociedade agitada e, por vezes, opressiva?

     Apesar da vida moderna parecer colocar um arsenal infinito de problemas complexos, Cientologia afirma que as soluções para esses problemas são basicamente simples e dentro do alcance de cada ser humano. Dificuldades de comunicação e de relacionamentos inter-pessoais, inseguranças que incomodam, dúvidas acerca de si próprio, desespero e muitas outras dificuldades - cada ser humano possui, de uma forma inata, o potencial para se libertar destas e de outras preocupações.

     Cientologia oferece um caminho para uma maior liberdade.

     Embora a esperança em tal liberdade já seja antiga, o que Cientologia está a fazer é novo. A forma como está organizada é nova. As tecnologias com as quais pode despertar no ser humano um novo estado de ser são igualmente novas.

     Devido ao fato de Cientologia abordar o ser humano como um ser espiritual, tem uma posição completamente à parte das outras abordagens que vêem o ser humano como um produto do seu ambiente ou dos seus genes, preso às limitações com que nasceu.

     Em vez disso, Cientologia é o estudo e o tratamento do espírito em relação a si mesmo, o universo e outras formas de vida. Baseada na tradição de cinco mil anos de pensadores, assenta em verdades fundamentais da vida. Destes princípios derivaram métodos exatos, por meio dos quais podem melhorar-se condições e, de uma forma diferente de outros esforços de melhoramento, que apenas proporcionavam regras pelas quais o ser humano deveria viver, Cientologia oferece ferramentas reais para utilização no dia-a-dia. Assim, não depende de um sistema de crenças ou dogmas. A ênfase incide, substancialmente, numa aplicação exata dos seus princípios com vista ao melhoramento da vida de cada um e do mundo em que vivemos.

     Para entender exatamente como Cientologia é utilizada, deveria saber-se algo sobre o percurso da investigação efetuada por L. Ron Hubbard e sobre o antecedente de Cientologia - a Dianética.

1.2  Atividades de reforma social

     Enquanto os líderes religiosos há muito reconheceram que o bem estar espiritual do ser humano não pode estar inteiramente separado dos interesses temporais, poucas igrejas se dedicaram tão plenamente à causa da reforma social como a Igreja de Cientologia. Através da sua diligência e persistência, a Igreja é reconhecida por muitos como um dos principais campeões dos direitos humanos, que vai à luta onde quer que a injustiça tenha sido notada.

     Pode parecer invulgar que uma Igreja se envolva ativamente, como a Igreja de Cientologia fez, na denúncia de abusos psiquiátricos pelo mundo fora, das violações à Lei e aos direitos humanos por parte dos governos, da corrupção internacional das polícias e de inúmeros outros males que flagelam a sociedade, mas o fato é que os cientologistas se preocupam tanto com o presente como com o futuro. O Credo da Igreja dirige-se especificamente aos direitos inalienáveis de todos os seres humanos, indiferentemente da raça, cor ou credo, e as ações dos cientologistas em toda a parte deram a estas palavras verdadeiro sentido.

1.2.1  Na vanguarda da reforma social

     Os cientologistas que se preocupam o suficiente para investigar, para vencer a resistência dos poderosos interesses criados e até mesmo para se colocarem pessoalmente em perigo, alcançaram resultados brilhantes. Foram aprovadas leis, foram salvas vidas, foram libertadas vítimas, foram pagas indenizações, foram presos criminosos e pôs-se termo a atividades que representavam uma ameaça para a vida. Resumindo, foi feita justiça, um bem por vezes demasiado raro no mundo de hoje.

     Os cientologistas, de uma maneira bastante real, afirmaram que já bastava. Elevaram as suas vozes num grito coletivo: "Basta!" Basta de chacina de inocentes, basta de escravizar os fracos, basta de intolerância, basta de abuso de poder por parte dos que o exercem. Tais declarações poderão parecer dramáticas - mas o são apenas para aqueles que não querem ver, para aqueles que se fecham na segurança das suas casas e dos seus empregos ou para aqueles que ao verem o mal nas notícias da tarde ou nas ruas das suas cidades, dizem: "Não tenho nada a ver com isso".

     Neste capítulo mostraremos que a presença do mal é tão real como a sombra que segue os nossos passos. É um fardo que o ser humano carrega e que continuará a carregar enquanto achar que isso não tem nada a ver com ele. Não importa o quanto a nossa era esteja tecnologicamente avançada. Não importa quanto estejam "ilustradas" as opiniões nos talk shows ou os conselhos tão generosamente publicados nas revistas; não é suficiente. Por muito repugnante que pareça esta idéia, existem aqueles entre nós cuja missão é a destruição; e irá fazer falta algo mais do que palavras para acabar com tais missões.

     Os cientologistas estão perfeitamente conscientes disto. E, assim, tomaram a responsabilidade de libertar o ser humano. Porque, de acordo com o que se insinuou, discutiu e afirmou neste livro, a missão de Cientologia engloba a liberdade espiritual. Mas, da mesma forma que não se pode voar alto enquanto se estiver preso ao chão, também não poderá existir uma verdadeira e duradoura liberdade espiritual enquanto a tirania e a injustiça prevalecerem entre nós.

     O Código de Honra de um Cientologista declara explicitamente: "A sua integridade para si é mais importante do que o seu corpo". E embora não se possa impor nenhum código de ética, é um guia de conduta que se apresenta como um ideal. Para muitos cientologistas é muito mais do que isso - é uma realidade com que se tem que viver. E é por essa razão que estão dispostos a dizer que já basta e a resistir contra um fogo hostil e a demonstrar, através de fatos, que "basta" quer dizer realmente "basta".

     Para levar para a frente estas batalhas, a Igreja e os cientologistas mais conscienciosos fundaram uma série de organizações sem fins lucrativos, tais como a Comissão dos Cidadãos para os Direitos Humanos (Citizens Commission on Human Rights [CCHR]) e a Comissão Nacional para Execução da Lei e da Justiça Social (National Commission on Law Enforcement and Social Justice [NCLE]) que procuram, respectivamente, reformas sociais nas áreas de abusos psiquiátricos e dos abusos governamentais. E, com o objetivo de dar a conhecer de uma forma rápida e extensa os resultados das suas investigações neste e noutros campos, a Igreja publica uma revista internacional.

2  Dianética: compreendendo a mente

     Dianética: Dia (Grego) através, nous (Grego) alma.

     Antes de 1950 prevalecia o pensamento pseudo-científico de que a mente do ser humano era o seu cérebro, isto é, um conjunto de células e de neurônios e nada mais. Considerava-se que a capacidade do ser humano não podia ser melhorada, como também se acreditava que, com a formação do seu córtex cerebral, a sua pessoalidade era, do mesmo modo, irrevogavelmente estabelecida. Porém, estas teorias eram incorretas e, consequentemente, a ciência nunca desenvolveu uma teoria funcional acerca da mente, nem formas de resolver os problemas da mesma.

     L. Ron Hubbard mudou tudo isso com o livro: "Dianética: A Ciência Moderna da Saúde Mental". A sua publicação em 1950 torna-se um marco na história da busca feita pelo ser humano para obter uma verdadeira compreensão de si próprio.

     A Dianética é uma metodologia que pode ajudar a aliviar sensações e emoções indesejadas, medos irracionais e doenças psicossomáticas (doenças, causadas ou agravadas pelo stress mental). Podemos descrever a Dianética como sendo: a atuação da alma espiritual, através da mente, no corpo.

     Tal como Cientologia, Dianética assenta em princípios básicos de fácil aprendizagem, claramente demonstrados como verdadeiros, sendo cada parte tão válida hoje como era na altura em que foi publicado pela primeira vez em 1950.

2.1  O objetivo da vida

     A descrição concisa do objetivo da própria vida foi uma das descobertas mais importantes da Dianética. Este princípio dinâmico da existência do ser humano, foi descoberto por L. Ron Hubbard e a partir daí, muitas das perguntas, até agora sem resposta, foram resolvidas.

     Pode considerar-se que a meta da vida é a sobrevivência infinita. O fato de que o ser humano procura sobreviver já é conhecido há muito tempo, mas que isso é a sua motivação primária é algo novo. Pode-se demonstrar que o ser humano, como uma forma de vida, em todas as suas ações e propósitos obedece a um único comando: "SOBREVIVER!"

     Este é o denominador comum de toda a vida, e a partir dele surgiu a resolução crítica das doenças e aberrações do ser humano.

     Assim que o comando "Sobreviver" foi isolado como o principal impulso que explicava todas as atividades de uma forma de vida, foi necessário estudar ainda mais a ação de sobrevivência. E a partir dessa investigação, descobriu-se que quando se considerava a dor e o prazer como parte da equação, tinham-se à mão os ingredientes necessários para compreender todas as ações da vida.

     A sobrevivência não é apenas a diferença entre vida e morte. Existem vários níveis de sobrevivência. Quanto melhor alguém conseguir gerir a sua vida e aumentar o seu nível de sobrevivência, mais prazer, abundância e satisfação terá.

     A dor, a desilusão e o fracasso são os resultados de ações que não promovem a sobrevivência.

    

Figura 2: Linha do Tempo. Como uma analogia grosseira, a linha do tempo poderia ser comparada a um filme de cinema, se esse filme fosse tridimensional, tivesse 57 percepções e pudesse causar uma reação total no observador.

2.2  A sobrevivência da mente

     Dianética afirma que a finalidade da mente é resolver problemas relacionados com a sobrevivência.

     A mente orienta o indivíduo no esforço para sobreviver e baseia as suas operações na informação que recebe ou registra. A mente registra dados usando aquilo a que se chama quadros de imagem mental.

     Tais imagens são, na realidade, tridimensionais, contendo cores, som e cheiro, assim como outras percepções. Também incluem as conclusões ou especulações do indivíduo. Os quadros de imagem mental são continuamente criados pela mente, momento a momento. Por exemplo, pode-se examinar a imagem do que comemos pela manhã, recordando esta pequena refeição matinal; e, igualmente, recuperar uma imagem de uma ação feita na semana anterior, recordando essa mesma ação; ou até mesmo recordando algo que se tenha passado há muito tempo atrás.

     Os quadros de imagem mental são, na realidade, compostos por energia. Tem massa, existem no espaço, e seguem rotinas de comportamento muito, muito definidas, sendo o mais interessante o fato de aparecerem quando alguém pensa em algo. Se uma pessoa pensar num determinado cão, obtem a imagem desse cão.

     O registro consecutivo dos quadros de imagem mental que se acumulam ao longo da vida de um indivíduo chama-se linha do tempo. A linha do tempo é um registro extremamente preciso do passado de uma pessoa. À laia de analogia rudimentar, a linha do tempo poderia ser comparada a um filme com movimento - se esse filme fosse tridimensional, tivesse cinquenta e duas percepções e pudesse causar uma reação total no observador.

    

Figura 3: Os quadros de imagem mental são gravados na mente analítica.

    

Figura 4: Contudo os quadros de imagem mental, contendo dor física e emoções dolorosas, são gravados na mente reativa.

     A mente utiliza estas imagens para tomar decisões que promovem a sobrevivência. A motivação básica da mente, apesar de uma pessoa poder vir a falhar num empreendimento ou cometer um erro, é sempre a sobrevivência.

     Sendo esse o caso, porque é que todas as ações ditadas pela mente não resultam numa sobrevivência elevada? Porque é que as pessoas, às vezes, sentem medos irracionais, duvidam das suas próprias capacidades ou têm emoções negativas que parecem não terem sido provocadas pelas circunstâncias?

2.3  As partes da mente

     L. Ron Hubbard descobriu que a mente tem duas partes bastante distintas. Uma delas - a parte que se utiliza conscientemente e da qual se está ciente - é chamada mente analítica. Esta é a parte da mente que pensa, observa dados, recorda-os e resolve problemas. Tem bancos de memória standard que contêm quadros de imagem mental e utiliza os dados destes bancos para tomar decisões que promovem a sobrevivência.

     No entanto, duas coisas parecem estar - mas não estão - registradas nos bancos standard: a emoção dolorosa e a dor física. Em momentos de dor intensa, a ação da mente analítica é suspensa e a segunda parte da mente, a mente reativa, é ativada. Quando uma pessoa está completamente consciente, a sua mente analítica está a comandar totalmente. Quando o indivíduo está "inconsciente", total ou parcialmente, a mente reativa entra em ação, total ou parcialmente. A "inconsciência" poderia ser causada pelo choque de um acidente, pela anestesia utilizada numa operação, pela dor de um ferimento ou pelo delírio de uma doença.

     Quando uma pessoa está "inconsciente", a mente reativa registra exatamente todas as percepções desse incidente, incluindo o que se passa ou se diz à sua volta. Também registra toda a dor e armazena esta imagem mental nos seus próprios bancos, inacessível à recordação consciente por parte do indivíduo, e não está sob o seu controle direto. Apesar de parecer que uma pessoa gravemente ferida num acidente está inconsciente e desconhece o que se passa à sua volta, a sua mente reativa está, na realidade, a registrar tudo para uma utilização futura.

     A mente reativa não armazena as recordações como as conhecemos. Armazena determinados tipos de quadros de imagem mental denominados engramas. Estes engramas são um registro completo, até ao último pormenor, de toda a percepção presente num momento de "inconsciência total ou parcial".

     Isto é um exemplo de um engrama: uma mulher é atirada ao chão quando leva um soco na cara. Fica "inconsciente". Dão-lhe pontapés e dizem-lhe que é falsa, que não presta e que está sempre a mudar de idéias. Durante o processo uma cadeira é derrubada. Uma torneira está aberta na cozinha. Um carro está a passar na rua.

     O engrama contém um registro consecutivo de todas estas percepções.

     O problema com a mente reativa é que esta "pensa" em identidades, sendo uma coisa idêntica à outra. A equação é A=A=A=A=A.

     A computação da mente reativa seria: a dor do pontapé é igual à dor do soco, é igual à cadeira a virar-se, é igual à passagem do carro, é igual à torneira, é igual ao fato de a mulher ser falsa, é igual ao fato de a mulher não prestar, é igual ao fato de a mulher mudar de idéias, é igual ao tom de voz do homem que lhe bate, é igual a emoção, é igual a ser falsa, é igual a uma torneira a correr, é igual a dor do pontapé, é igual à sensação orgânica na área onde levou o pontapé, é igual a cadeira a virar-se, é igual à mudança de idéias, é igual ... Mas para quê continuar? Qualquer percepção neste engrama é igual a outra percepção neste engrama.

     No futuro, quando o ambiente presente, desta mulher tiver semelhanças suficientes com os elementos encontrados no engrama, ela irá experimentar a reativação do engrama. Por exemplo, se numa noite as torneiras estiverem a correr e esta mulher ouvir o som de um carro a passar na rua ao mesmo tempo que o marido (o homem no seu engrama) estiver a discutir com ela sobre algo no mesmo tom de voz utilizado no engrama original, ela poderá sentir dor no mesmo lado (onde anteriormente lhe foi dado o pontapé) e as palavras proferidas no engrama poderão também tornar-se ordens no presente: poderá sentir que não presta ou ficar com a idéia de que está sempre a mudar de idéias. A mente reativa está a dizer à mulher que está numa área perigosa. Se permanecer aí, a dor nas áreas onde foi molestada poderá tornar-se numa predisposição para a doença ou numa doença crônica nessas áreas. Este fenômeno de "despertar" o velho engrama é chamado restimulação.

     A mente reativa não é uma ajuda para a sobrevivência de uma pessoa, pela simples razão de que, apesar de ser suficientemente forte para resistir durante a dor e a "inconsciência", não é muito inteligente. A sua tentativa de "evitar que uma pessoa esteja em perigo", reforçando o conteúdo do engrama, pode causar medos incalculáveis, desconhecidos e indesejáveis, emoções, dores e doenças psicossomáticas, sem os quais se estaria muito melhor.

    

Figura 5: Mente Reativa. A mente reativa pode causar medos desconhecidos e indesejáveis, emoções, dores e doenças psicossomáticas, sem os quais se puderia passar muito melhor.

2.4  A solução para mente reativa

     Tendo descoberto a existência da mente reativa e seus engramas, L. Ron Hubbard desenvolveu técnicas muito precisas para aceder a ela. Estas técnicas podem, efetivamente, "apagar" os conteúdos da mente reativa e eliminar a capacidade que tais registros têm de afetar a pessoa sem o seu conhecimento consciente. Para além disso, torna estas memórias, anteriormente ocultas, disponíveis para o indivíduo como recordação na mente analítica. A eficácia destas técnicas, espantosa em muitos casos, tem sido documentada em inúmeras histórias de casos durante meio século de aplicação.

    

Figura 6: Dianética pode, efetivamente, "apagar" o conteúdo da mente reativa e libertar a pessoa da sua influência adversa.

2.5  O Clear, clareado ou iluminado

     O objetivo de Dianética é um novo estado para o indivíduo, procurado ao longo da História, mas nunca alcançado antes de Dianética. Este estado chama-se "Clear". Um Clear é uma pessoa que já não tem a sua própria mente reativa e, por isso, não sofre de nenhum dos efeitos nocivos que a mente reativa pode causar.

     O Clear não tem engramas que, quando restimulados, rejeitam a exatidão das suas computações introduzindo dados ocultos e falsos.

     Tornar-se Clear fortalece a individualidade e criatividade nativas de uma pessoa e não diminui, de maneira nenhuma, estes atributos.

    

Figura 7: Clear, Clareado ou Iluminado. Uma pessoa que já não possui a sua mente reativa chama-se um Clear. O que resta dele, é tudo o que ele realmente é.

     Um Clear é livre em relação às suas emoções. Pode pensar por si próprio. Pode viver a vida livre das inibições ditadas reativamente por engramas do passado. A capacidade artística, a força pessoal e o caráter do indivíduo residem todos na pessoalidade básica da pessoa e não na mente reativa.

     Os Clears são auto-confiantes, felizes e, geralmente, bem sucedidos tanto na carreira como nas relações interpessoais. É um estado extremamente desejado para um indivíduo e é alcançável por qualquer um. De fato, milhares e milhares de pessoas atingiram o estado de Clear, um tributo vivo à funcionalidade das descobertas de L. Ron Hubbard e à tecnologia que ele desenvolveu.

2.6  Os atributos do Clear

     Clear é um estado que nunca antes foi alcançado na história do ser humano. Um Clear possui atributos básicos e inerentes, que alguém que não o seja nem sempre pode ter; atributos de que o ser humano tinha suspeitado, e que não estão incluídos em polêmicas do passado sobre as suas habilidades e comportamento. O Clear:

     A felicidade é importante. A capacidade para organizar a vida e o meio ambiente para que a vida possa ser melhor desfrutada, a capacidade para tolerar as fraquezas dos seus semelhantes, a capacidade para ver os fatores reais numa situação e resolver os problemas da vida com exatidão, a capacidade para aceitar e cumprir as responsabilidades; são coisas importantes. A vida não tem tanto valor se não for desfrutada. O Clear gosta de viver em grande medida.

2.7  A dianética na Internet

     Mais informações sobre Dianética estão disponíveis visitando a página premiada de Dianética em www.dianetics.org.

     Esta página inclui:

     Esta página pode ser consultada em Inglês, Alemão, Francês, Espanhol e Italiano.

     (Para uma diretoria de toda a Dianética e páginas relacionadas, consulte o Capítulo 44, Lista das organizações.)

3  Cientologia: um conhecimento da vida

     Apesar de tudo o que Dianética resolveu no campo do comportamento humano e da mente, ainda ficou uma questão pendente. Quando alguém olhava para um quadro de imagem mental, quem é que estava a olhar para essa imagem?

     A grande descoberta surgiu no Outono de 1951, depois de o Sr. Hubbard ter observado muitas, muitas pessoas a utilizarem Dianética e ter encontrado uma interligação entre a experiência e o fenômeno. Depois de rever, cuidadosamente, todos os dados relevantes da investigação, o Sr. Hubbard isolou a resposta: O ser humano nem era o seu corpo nem a sua mente, mas sim um ser espiritual. Este era a fonte de tudo o que há de bom, decente e criativo no mundo: O ser individual, em si próprio ... Com esta descoberta, L. Ron Hubbard fundou a religião de Cientologia, porque tinha entrado, com firmeza, dentro do campo tradicionalmente pertencente à religião - o reino da alma humana.

     O termo alma, no entanto, tinha levado a tantos outros significados pela sua utilização noutras religiões e práticas, que se tornava necessário um novo termo para definir com precisão o que tinha sido descoberto. O termo escolhido pelo Sr. Hubbard foi Thetan, da letra grega theta, o símbolo tradicional para o pensamento ou a vida. Um Thetan é a própria pessoa, não o seu corpo ou o seu nome ou o universo físico, a sua mente ou qualquer outra coisa. É aquilo que tem consciência de estar consciente; a identidade que É o indivíduo, Uma pessoa não tem um Thetan, algo que mantém algures longe de si própria; ela é um Thetan.

     Muito pertinente para a investigação do Sr. Hubbard nesta conjuntura foi a sua verificação do fenômeno conhecido por exteriorização. Apesar de vários textos religiosos o referirem, nunca ninguém considerou o assunto com tanto cuidado e rigor no seu exame. Desta investigação, o Sr. Hubbard concluiu que o Thetan é capaz de deixar o corpo e existir independentemente da carne. Exteriorizada, a pessoa pode ver sem os olhos do corpo, ouvir sem as orelhas do corpo e sentir sem as mãos do corpo. Anteriormente, o ser humano possuía muito pouco conhecimento desta separação da sua mente e do corpo. Com este ato de exteriorização, alcançável em Cientologia, uma pessoa ganha a certeza de que é ela própria e não o seu corpo.

3.1  As partes do ser humano

     A partir desta descoberta, o Sr. Hubbard prosseguiu, a fim de delinear com precisão, as partes do ser humano. Em primeiro lugar temos o corpo em si. O corpo é a composição ou a substância física e organizada do ser humano, quer esteja vivo quer morto. Não é o próprio ser.

    

Figura 8: As Partes do Ser Humano: Thetan, Mente e Corpo. Um ser humano é composto por três partes. Um corpo, uma mente e o próprio indivíduo - o ser espiritual ou Thetan

    

Figura 9: Thetan: O Eu Espiritual. O Thetan é a identidade que É o indivíduo; não é o corpo. Em Cientologia, descobriu-se que o Thetan pode sair do corpo e existir independente da carne. Este fenômeno é chamado exteriorização. Depois da exteriorização, a pessoa tem a certeza de que é ela própria e não o seu corpo.

     Em seguida, a mente, que consiste essencialmente em imagens.

     Por último, a mais importante, o Thetan. O Thetan não é uma coisa. É o criador das coisas.

     A mais importante das três partes do ser humano, obviamente, é o Thetan, sem o qual não existiria a mente ou a animação do corpo, enquanto que sem o corpo ou a mente existe na mesma animação e vida no Thetan.

     O Thetan utiliza a sua mente como um sistema de controle entre ele próprio e o universo físico. A mente não é o cérebro. O cérebro é parte do corpo e não determina a inteligência. Pode ser comparado a um quadro elétrico. Se se afirmar que uma central telefônica é a inteligência da empresa que a utiliza, isto seria o mesmo que dizer que o cérebro é a inteligência da pessoa. Não é verdade. O cérebro é apenas um condutor, que tal como um cabo telefônico, transporta mensagens. A mente acumula registros de pensamentos, conclusões, decisões, observações e percepções de um Thetan ao longo da sua existência. O Thetan utiliza a sua mente no manejo da vida e do universo físico. O corpo (incluindo o cérebro) é o centro de comunicação do Thetan. É um objeto físico, não o ser em si.

     O Thetan é a fonte de toda a criação e da própria vida. Torna-se, totalmente, evidente, pela primeira vez na experiência do ser humano, que o espírito é imortal e composto de capacidades muitíssimo superiores às que podiam ser previstas até agora. A exteriorização de um Thetan do seu corpo alcança a realização dos objetivos visionados - mas questionáveis, se alguma vez alcançados - no espiritualismo, misticismo e áreas relacionadas.

     O reconhecimento do Thetan torna possível obter ganhos em capacidade e consciência - melhoramentos que não são alcançados em nenhuma prática que defenda que o ser humano é apenas um corpo e, assim, inteiramente sujeito às limitações do universo físico. A Psicologia, por exemplo, trabalhou para um beco sem saída. Não tendo qualquer conceito da existência de um fator que anima a vida, degenerou numa prática virada, exclusivamente, para a criação de um efeito sobre as formas de vida.

     Em Cientologia, no entanto, dirigimo-nos diretamente ao Thetan. Tal abordagem do melhoramento proporciona ao indivíduo um incremento da liberdade espiritual, inteligência e capacidade, e esclarece qualquer parte da vida.

3.2  As oito dinâmicas

    

Figura 10: Sobrevivendo nas Oito Dinâmicas. A ordem básica "Sobreviver", obedecida durante toda a vida pode ser compartimentada em oito dinâmicas (dinâmica significa ação, movimento, motivação, ímpeto, ou impulso). Um conhecimento das dinâmicas torna mais fácil a uma pessoa inspecionar e compreender, qualquer aspeto da vida.

     Dado que todos os fundamentos, em que Cientologia assenta, abrangem todos os aspectos da vida, determinados princípios chaves podem ser amplamente empregados para melhorar qualquer condição. Os cientologistas utilizam estes princípios nas suas vidas do dia-a-dia, e a sua utilização isolada pode, muitas vezes, marcar a diferença entre o sucesso e o fracasso. Mais ainda, os princípios esclarecem em grande medida aquilo que muitas vezes é confuso e desconcertante.

     As inúmeras atividades da vida muitas vezes parecem confusas e ofuscadas. Será que a vida poderia assumir uma nova clareza se fosse compartimentada corretamente? Será que todas as atividades, na vida agitada de qualquer pessoa, podem ser compreendidas como aquilo que realmente são? Será que cada atividade da vida pode ser harmonizada com todas as outras?

     Isto é possível em Cientologia através da delineação das oitos dinâmicas.

     O comando básico "Sobreviver!", obedecido por todas as formas de vida, é subdividido em oito compartimentos para que cada aspecto da vida possa ser mais facilmente verificado e compreendido. Estes compartimentos são denominados as oitos dinâmicas. As oito dinâmicas são ações animadas dos seres vivos em busca da sobrevivência da pessoa individual, da família, do grupo, da humanidade, da vida sobre o universo físico pela graça do espírito que procede de Deus, O Infinito. L. Ron Hubbard tinha observado e delineado as primeiras quatro destas dinâmicas em Dianética. Quando a sua investigação o conduziu ao reino de Cientologia, conseguiu ampliar estas primeiras quatro e delinear as restantes quatro dinâmicas.

     Através da Cientologia, uma pessoa apercebe-se de que a sua vida e influência se estendem para além de si mesma. Torna-se, também, ciente da necessidade de participar num espectro ainda mais amplo de atividades. Ao compreender cada uma destas dinâmicas, e as suas relações umas com as outras, a pessoa é capaz de aumentar a própria sobrevivência em todos estes oito "círculos" de atividades da vida.

    

Figura 11: Dinâmica da Pessoa

     A primeira dinâmica busca a sobrevivência da PESSOA. Isto é o esforço para sobreviver como um indivíduo, para ser um indivíduo. Inclui o próprio corpo da pessoa e a própria mente. É o esforço para alcançar o nível mais elevado durante o maior tempo possível para o "eu". Esta dinâmica inclui o indivíduo mais os seus bens próximos. Não inclui outras pessoas. É o impulso para sobreviver como o "eu" pessoal individual. Aqui temos a individualidade inteiramente expressa.

    

Figura 12: Dinâmica da Família

     A segunda dinâmica trabalha pela sobrevivência da FAMÍLIA. Planejar as coisas para o futuro necessita de criatividade. A segunda dinâmica abarca a família e a educaçao dos filhos e, também, qualquer coisa que possa ser categorizada como uma atividade de família. Incidentalmente, também inclui o sexo como um mecanismo para impulsionar a sobrevivência futura.

    

Figura 13: Dinâmica do Grupo

     A terceira dinâmica atua pela sobrevivência do GRUPO. Isto é o impulso para sobreviver através de um grupo de indivíduos ou como um grupo, É o grupo de sobrevivência, o grupo com tendência para levar a vida e a existência por sua própria conta. Um grupo pode ser uma comunidade, amigos, uma empresa, um alojamento social, um estado, uma nação, uma raça ou, para resumir; qualquer grupo. Independentemente do tamanho do grupo, é a procura da sobrevivência como um grupo.

    

Figura 14: Dinâmica da Humanidade

     A quarta dinâmica dedica-se a sobrevivência da HUMANIDADE. A quarta dinâmica zela por todos os seres da espécie humana. Isto é o impulso para sobreviver através de toda a Humanidade e com toda a Humanidade. Enquanto que a nacionalidade americana seria considerada como uma terceira dinâmica para os americanos, todas as nacionalidades do mundo seriam consideradas como a quarta dinâmica.

    

Figura 15: Dinâmica da Vida

     A quinta dinâmica move-se em direção a sobrevivência de todas as formas de VIDA. Isto é o impulso para sobreviver como formas de vida e com a ajuda de todas as espécies vivas, tais como, animais, aves, insetos, peixes e vegetais. Isto inclui todas as coisas vivas, quer sejam animais ou vegetais, motivados pela vida. É o esforço para sobreviver de toda e qualquer forma de vida. É o interesse pela vida como tal.

    

Figura 16: Dinâmica do Universo Físico

     A sexta dinâmica sustenta-se na sobrevivência do UNIVERSO FÍSICO. O universo físico tem quatro componentes. Estes são a matéria, a energia, o espaço e o tempo. A sexta dinâmica é o impulso para a sobrevivência do universo físico. Esta dinâmica consiste no Criador e nas criaturas sustentando a criação física universal.

    

Figura 17: Dinâmica do Espírito

     A sétima dinâmica vivifica a sobrevivência do ESPÍRITO. É o impulso para sobreviver como seres espirituais ou o impulso da essência espiritual da vida para sobreviver. Qualquer coisa espiritual se classifica na sétima dinâmica. Isto inclui a beingness de uma pessoa, a capacidade de criar, a capacidade de causar sobrevivência ou de sobreviver. Uma subclasse desta dinâmica são os valores e ideais espirituais. A sétima dinâmica é a fonte de vida. Está separada do universo físico e é, em si, a fonte da vida. Assim, existe um esforço para a sobrevivência da fonte da vida.

    

Figura 18: Dinâmica de Deus, O Infinito

     A oitava dinâmica é a auto-existência de DEUS INFINITO. A oitava dinâmica também é normalmente denominada Deus, o Ser Supremo ou o Criador, mas é corretamente definida como o infinito. Na realidade, abrange a totalidade de tudo. É por isso que, de acordo com L. Ron Hubbard, "Só quando a sétima dinâmica é alcançada na sua totalidade, é que uma pessoa descobre, então, a verdadeira oitava dinâmica".

     Basta delinear estas dinâmicas, para clarear e trazer ordem à existência. Uma pessoa pode observar estas dinâmicas na sua própria vida, apontar qual ou quais necessitam de melhorar e, através de Cientologia, levar estes fatores a uma maior harmonia.

3.3  A escala de tom

     Outra ferramenta, retirada do corpo de conhecimentos da Cientologia e normalmente utilizada na vida do dia-a-dia, é a Escala de Tom Emocional. Codificada após muitas e muitas horas de testes e observações exaustivas, a Escala de Tom dispõe as emoções numa sequência exata ascendente ou descendente. Até o exame deste assunto pelo Sr. Hubbard, as emoções eram algo que todos nós sofríamos ou apreciávamos, mas que nunca compreendemos completamente.

     Alguma vez, com uma palavra agradável, você tentou levantar o ânimo de alguém lamentando uma perda recente? A resposta é normalmente um novo "mar" de lágrimas. Já tentou ajudar alguém cujo aspecto exterior, cuja resposta à vida, é de uma apatia crônica independentemente do que esteja a acontecer à sua volta? A pessoa parece estar com perfeita saúde, tem uma família adorável e um bom emprego, mas nada importa. A pessoa não está interessada.

     A Escala de Tom ilumina, precisamente, o que está se passando com indivíduos como estes, qual a melhor forma de se comunicar com eles e como ajudá-los.

     Uma pessoa pode encontrar a si própria, ou qualquer indivíduo, nesta Escala de Tom e, assim, utilizando a Cientologia, saber como se pode movimentar para os tons altos, onde a beingness é incrementada, e onde a competência, a auto-estima, a honestidade, o bem-estar, a felicidade e outros atributos desejados são alcançados.

     Estes níveis emocionais são detalhadamente explicados em Cientologia, mas esta versão simplificada servirá para mostrar as diferentes emoções e suas respectivas posições na escala:

     A seguir apresentamos uma versão resumida da Escala de Tom, que dispõe as emoções numa sequência exata. Através do conhecimento desta escala, uma pessoa pode compreender e prever as ações dos outros.

    

Figura 19: 4,0 - Entusiasmo

    

Figura 20: 3,0 - Conservadorismo

    

Figura 21: 2,5 - Aborrecimento

    

Figura 22: 2,0 - Antagonismo

    

Figura 23: 1,5 - Ira

    

Figura 24: 1,1 - Hostilidade Encoberta

    

Figura 25: 1,0 - Medo

    

Figura 26: 0,5 - Pesar

    

Figura 27: 0,05 - Apatia

     A partir do conhecimento do nível de um ser humano na escala, muito pode ser determinado sobre as suas atitudes, comportamento e potencial de sobrevivência.

     Quando um ser humano esta quase a morrer, pode-se considerar que está em apatia crônica. E comporta-se de determinadas formas específicas. É o nível 0,05 na tabela da Escala de Tom.

     Quando um ser humano está cronicamente triste devido as suas perdas, está em pesar. E, uma vez mais, comporta-se de uma forma previsível. É o nível 0,5 na escala.

     Quando uma pessoa ainda não está a sofrer, mas apercebe-se de que as suas perdas são iminentes, ou está fixado, cronicamente, neste nível por perdas no passado, está em medo. É o nível 1,0 na escala.

     Acima do tom de medo, a pessoa tem um sentimento de antipatia originada do passado ou de perdas iminentes. No entanto, ela não se atreve a expressar este sentimento como tal, e assim a antipatia aparece fortemente disfarçada. É o nível 1,1 de hostilidade encoberta.

     Um indivíduo lutando contra ameaças de possíveis perdas está em ira e manifesta aspectos previsíveis de comportamento. É o nível 1,5.

     A pessoa que apenas suspeita vir a sofrer uma perda, ou que ficou fixa neste nível, está ressentida. Está em antagonismo, que é o nível 2,0 na escala.

     Acima do antagonismo, a situação da pessoa não é suficientemente boa para estar entusiasmada, nem suficientemente má para estar ressentida. Perdeu alguns objetivos e não pode, de imediato, localizar outros. Diz-se que está no estado de aborrecimento, ou no nível 2,5 na tabela da Escala de Tom.

     No nível 3,0 da escala, uma pessoa tem uma visão conservadora e cautelosa em relação a vida, mas está a alcançar os seus objetivos.

     No nível 4,0 o indivíduo está entusiasmado, feliz e cheio de vitalidade.

     Muito poucas pessoas estão, naturalmente, no nível 4,0 na Escala de Tom. Uma média caritativa está, provavelmente, por volta do nível 2,8.

     Esta escala tem um aspecto crônico ou agudo. Uma pessoa pode descer até um nível baixo na Escala de Tom durante dez minutos e depois voltar para cima, ou pode baixar durante dez anos e nunca voltar para cima. Um ser humano que tenha sofrido muitas perdas, muita dor, tem tendência a fixar-se em algum nível baixo da escala e, apenas com algumas ligeiras flutuações, aí permanece. Assim, o seu comportamento geral e normal estará nesse nível da Escala de Tom.

     A coisa mais simples, a saber sobre esta escala, é que as pessoas acham difícil responder à comunicação que está muito acima do nível onde estão presas. Se tentar ajudar alguém que está em apatia falando-lhe com entusiasmo, provavelmente não terá muito sucesso. A distância entre tais extremos não é facilmente encurtada a não ser que compreenda a Escala de Tom.

     Através do conhecimento da Escala de Tom, no entanto, poderia reconhecer a emoção de meio tom a um tom completo acima do tom da pessoa, comunicar nesse tom e, assim, levá-la a tons mais altos. Subindo a escala, gradualmente, é possível ajudar alguém a ultrapassar condições fixas e a conseguir de novo um aspecto mais feliz e cheio de vitalidade.

     A Escala de Tom tem um valor enorme na vida e nas suas relações. O Sr. Hubbard investigou completamente o comportamento humano e todo o seu trabalho nesta área dá uma descrição correta das atitudes e do comportamento dos outros. Sabendo onde a pessoa se situa na escala, é possível prever, de forma precisa, as suas ações. O conhecimento, da Escala de Tom, dá a uma pessoa uma compreensão melhor dos seus companheiros. É um meio verdadeiro para ajudar os outros a melhorar as suas condições.

3.4  Afinidade, realidade e comunicação

     Outra ferramenta de considerável importância em Cientologia, e que ajuda imensamente as relações entre as pessoas, é o princípio da afinidade, realidade e comunicação. Estes três fatores interdependentes podem ser expressos num triângulo. O primeiro vértice do triângulo é a afinidade, que é o grau de simpatia ou de afeição ou ausência deste. É a sensação de amar ou de gostar de algo ou de alguém. O segundo vértice do triângulo ARC é chamado realidade, que poderia ser definida como "aquilo que parece ser". A realidade é fundamentalmente um acordo. O que concordamos ser real é real. O terceiro vértice do triângulo é a comunicação, definida como um intercâmbio de idéias ou de objetos entre duas pessoas. Nas relações humanas este vértice do triângulo é mais importante do que os outros dois.

     A interelação do triângulo torna-se imediatamente evidente quando alguém pergunta, "Já alguma vez tentou falar com um ser humano zangado?" Sem um nível elevado de afinidade e sem bases de acordo, não existe comunicação. Sem comunicação e sem algumas bases de resposta emocional, não pode existir a realidade. Sem algumas bases para o acordo e para a comunicação, não pode existir afinidade. Assim, estas três coisas formam um triângulo. A não ser que existam dois vértices de um triângulo, não poderá existir um terceiro vértice. Ao desejar qualquer vértice do triângulo, uma pessoa deve incluir os outros dois.

     O triângulo ARC não é equilátero. A afinidade e a realidade são menos importantes do que a comunicação. Poderá se dizer que o triângulo começa com a comunicação, que faz com que existam a afinidade e a realidade. Em cientologia dá-se grande importância ao fator comunicação, uma vez que os cientologistas sabem que a comunicação é a ponte para estados elevados de consciência e felicidade.

     Estes três termos - afinidade, realidade e comunicação - formam a compreensão. Estão interdependentes uns dos outros, e quando um baixa os outros dois também baixam. Quando um ponto do triângulo ARC sobe, os outros dois também sobem.

     O triângulo ARC tem muitas utilizações no melhoramento das condições da vida. Responde à questão de como falar com alguém - se alguém utilizar o triângulo e escolher um assunto com o qual a pessoa com quem está a falar pode concordar, a afinidade subirá e a comunicação será melhor. Utilizando o princípio, de que subindo qualquer vértice deste triângulo os outros dois sobem, uma pessoa pode melhorar a sua relação com qualquer outra pessoa. Este é o primeiro passo para ajudar os outros.

    

Figura 28: Afinidade, Realidade e Comunicação

     Os componentes da Compreensão são a Afinidade, a Realidade e a Comunicação. Afinidade é o grau de gostar ou de afeto. Realidade é o acordo, ou aquilo que parece ser, e comunicação é o intercâmbio de idéias ou objetos. Juntos, estes formam um triângulo inter-relacionado.

3.5  Cientologia na Internet

     Os utilizadores da Internet podem obter uma maior compreensão de Cientologia, e de muitas das suas igrejas, visitando o Centro Global de Informação de Cientologia em http://www.scientology.org

     Dentro desta página estão incluídos muitos artigos:

     Esta página também inclui, na sua totalidade, este livro intitulado: "O que é Cientologia". Ele pode ser lido em Inglês, Francês, Espanhol, Alemão e Italiano.

     (Para uma lista de todas as páginas da Internet relacionadas com Cientologia, consulte o Capitulo 49: "Lista das Organizações")

3.6  O âmbito de cientologia

     Apesar de existirem outras formas pelas quais estes princípios podem ser utilizados, uma pessoa não necessita de passar meses estudando Cientologia antes de poder utilizá-la. As pessoas têm sido levadas a acreditar que a vida é complexa e o ser humano incognoscível, mas Cientologia tem uma visão contrária: é possível a qualquer pessoa, não só conhecer-se a si própria em todo o sentido da palavra, mas também obter controle sobre a vida.

     Mas muito além do melhoramento imediato das relações, ou de pôr ordem na confusão da vida de uma pessoa, estes princípios são, na realidade, parte da prática de Cientologia, e essa prática é aplicada parafazer subir, de forma consistente, os indivíduos na Escala de Tom, aumentar o seu ARC, e melhorar imensamente as suas dinâmicas.

     Para apreciar totalmente a profundidade e o âmbito da religião, e a prática atual destes princípios e de outros, é necessário obter alguma compreensão das práticas mais importantes de Cientologia - audição e treino - o tema do próximo capítulo.

4  A revista Freedom (Liberdade)

     Desde que foi fundada em 1968, a revista Freedom foi amplamente reconhecida como uma das principais vozes em defesa da reforma social e dos direitos humanos. Se bem que apareceu pela primeira vez no Reino Unido como uma folha de jornal de grande formato, hoje em dia a edição principal da revista Freedom é publicada nos Estados Unidos pela Igreja de Cientologia Internacional em Los Angeles, na Califórnia. Em 1998 foram publicadas edições locais em catorze países e em nove línguas. A Freedom está agora disponível na Internet em http://www.freedommag.org, onde é possível encontrar tanto edições anteriores como atuais da revista nas principais línguas mundiais.

     Hoje em dia os líderes de governo, negócios e dos meios de comunicação, recorrem cada vez com mais frequência à Freedom devido à sua cobertura de assuntos de grande importância. Entre os muitos colaboradores de importância, contam-se diversos congressistas dos Estados Unidos que publicaram na Freedom artigos sobre as preocupações sociais mais importantes e, antes das eleições de 1996, os quatro principais candidatos à presidência, incluindo o Presidente dos Estados Unidos, escreveram artigos apresentando as suas opiniões sobre possíveis soluções para o problema das drogas nos Estados Unidos da América.

     Num fórum para o jornalismo de investigação chocante, a revista Freedom focou histórias que os outros meios de comunicação se negaram a investigar ou publicar. E, à medida que crescia o seu número de leitores, também cresceu de modo similar o conhecimento do público sobre as áreas que necessitam de reforma social. A Freedom revelou histórias importantes sobre o consumo forçado de drogas em crianças de idade escolar sobre as experiências governamentais na área da guerra biológica e química e sobre as brutalidades psiquiátricas.

     Como publicação amplamente premiada, a Freedom é uma fonte de informação segura sobre um vasto número de temas da atualidade, desde a corrupção do governo até às soluções funcionais para os problemas do consumo das drogas, analfabetismo e crime violento, para a proteção da privacidade, direitos de propriedade e liberdade de expressão na era eletrônica da Internet.

     Em 1989 foram criados os Prêmios de Liderança para os Direitos Humanos (Human Rights Leadership Awards) da Freedom para que as contribuições positivas dos indivíduos do governo, dos meios de comunicação e de outras áreas da sociedade, que apoiam os direitos humanos, fossem adequadamente reconhecidas

     Estes prêmios são atribuídos a todos aqueles que estão na vanguarda dos esforços realizados no avanço da causa da liberdade de expressão, liberdade de informação, a reforma das instituições governamentais, reforma da saúde mental, direitos das crianças, liberdade religiosa e justiça social. Entre os galardoados estavam o defensor da Liberdade de Informação, o Senador Patrick Leahy dos Estados Unidos, o perito da Primeira Emenda, Paul McMasters e o ex-presidente da Comissão Norte-Americana para os Direitos Civis, Arthur A. Fletcher.

     Através dos prêmios atribuídos a indivíduos que estão a melhorar as condições na sociedade, são reforçadas as contribuições positivas para a nossa civilização e para o bem estar da Humanidade.

     O objetivo da Freedom - e a sua tendência mais evidente - é que as suas vozes, que se atrevem a falar em nome dos direitos humanos e das liberdades individuais, se tornem cada vez mais poderosas nos anos vindouros.

5  Comissão dos Cidadãos para os Direitos Humanos - CCHR

Citizens Commission on Human Rights (CCHR)
Comissão dos Cidadãos para os Direitos Humanos
www.cchr.org

     Entre os códigos e os credos comuns aos paroquianos de Cientologia está o Código de um Cientologista, escrito por L. Ron Hubbard em 1954. O quarto ponto do código é um ponto em que a pessoa promete: "Condenar e fazer tudo o que puder para abolir todo e qualquer abuso contra a vida e a Humanidade", seguido de vários acordos tais como, "Expôr e ajudar a abolir todas e quaisquer práticas que causem danos físicos no campo da saúde mental",

     "Ajudar a pôr ordem e a manter limpo o campo da saúde mental", e "Criar uma atmosfera de proteção e segurança no campo da saúde mental erradicando os seus abusos e brutalidade".

     Desde o início da Igreja de Cientologia que os seus paroquianos se têm mantido firmes contra os tratamentos brutais, práticas criminosas e contra os abusos dos direitos humanos que formam o repertório do campo da saúde mental.

     Estabelecida em 1969 pela Igreja, a Comissão dos Cidadãos para os Direitos Humanos (CCHR) converteu-se numa força eficaz para a promoção de mudanças nesta área. Uma organização de benefício público, isenta de impostos e sem fins lucrativos, investiga e denuncia as violações dos direitos humanos no campo psiquiátrico e trabalha de forma ativa no sentido de eliminar toda e qualquer das práticas prejudiciais presentes na área da saúde mental. Em 1998, a CCHR tinha crescido até possuir 128 filiais em 28 países e convertera-se numa autoridade com prestígio internacional no campo da reforma da saúde mental.

     Um relatório apresentado em 1986 a Comissão para os Direitos Humanos das Nações Unidas menciona as reformas alcançadas pela CCHR na área da saúde mental. Em 1998, aumentou para 100, o número de projetos de lei que protegem os direitos dos pacientes, aprovados devido aos esforços da CCHR.

     Embora as filiais da CCHR, que existem em muitos países e cidades, controlem as suas próprias áreas, tais filiais são amplamente apoiadas pelo gabinete da CCHR internacional localizado em Los Angeles.

5.1  Comissários da CCHR

     A CCHR Internacional designa comissários de todas as classes sociais para que proporcionem aconselhamento profissional e ajudem a difundir a verdade sobre a atividade destrutiva da psiquiatria.

     Atualmente CCHR Internacional conta com 45 comissários que representam as áreas das artes e espetáculo, religião, direito, política, ciência, medicina, saúde, educação e o mundo empresarial. Com um interesse crescente por parte do público sobre os danos da psiquiatria e da psicologia, estes embaixadores profissionais constituem um vínculo vital com a comunidade.

5.2  Prêmios CCHR para os Direitos Humanos

     A CCHR uniu forças com muitos outros indivíduos corajosos por todo o mundo num esforço conjunto para limpar totalmente o campo da saúde mental. Em 1994, como parte da celebração do seu 25o aniversário, a CCHR deu início à sua atribuição de Prêmios para os Direitos Humanos com o objetivo de reconhecer e honrar as pessoas que demonstraram uma coragem e um empenho extraordinário na luta pelo restabelecimento dos direitos humanos básicos.

     No primeiro ano os galardoados com os Prêmios CCHR para os Direitos Humanos foram Patrick Griffin, um advogado australiano que trabalhou incansavelmente com a CCHR para denunciar as atrocidades cometidas no Hospital Chelmsford e o uso que ali se fazia do Tratamento de Sono Profundo; o Senador Edo Ronchi da Itália, pelo seu trabalho com a CCHR na denúncia aos meios de comunicação e ao governo das condições horrorosas em que se encontravam as instalações psiquiátricas na Itália, o que resultou em alterações drásticas; Lorne Love, dos Estados Unidos, fundador do Comitê para impedir a Violência Federal Psiquiátrica contra as crianças Afro-Americanas pela suposta tendência genética destas crianças de se tornarem violentas; os Senadores do Estado do Texas, Mike Moncrief e Judith Zaffirini, pela sua persistência em realizarem audições sobre a fraude dos seguros psiquiátricos no seu estado, que conduziram à maior investigação nacional sobre as fraudes nos serviços de saúde alguma vez realizada; e o Dr. Thomas Szasz, professor emérito de psiquiatria, pelos seus artigos, livros e conferências que, ao longo de um quarto de século, foram desvendando toda a verdade sobre a psiquiatria.

     Desde então, a CCHR já outorgou os seus prestigiados Prêmios para os Direitos Humanos, a indivíduos da Grécia, da África do Sul, da Itália, da Rússia e dos Estados Unidos.

5.3  A psiquiatria desmascarada

     Por incrível que possa parecer, a psiquiatria tem reivindicado motivos humanitários e a liderança no tratamento do que ela chama de "doenças mentais". É um posicionamento que, durante muitos anos, fez com que a psiquiatria se enchesse com as lucrativas atribuições do governo e que lhe conferiu poder social em grande medida.

     No entanto, baseada nas realidades descobertas pela Igreja de Cientologia, uma analogia mais apropriada seria de que a psiquiatria tem vendido gato por lebre. A psiquiatria tem enchido os seus cofres de dinheiro todos estes anos. Algumas drogas psiquiátricas matam as células do cérebro através de uma "lobotomia química". As drogas da psiquiatria materialista podem provocar a morte mental. Este desrespeito aos direitos humanos é descrito com precisão científica no livro: "Desabilitação Cerebral Causada por Tratamentos Psiquiátricos".

     Tendo conquistado as melhores posições desde o início deste século, simplesmente devido ao fato de que nada tinha sido feito no campo do estudo da mente, a psiquiatria ocupou o vazio existente e declarou a sua posição de liderança. Não existia concorrência para discutir isso, uma vez que a medicina estava ocupada com os avanços no tratamento físico e praticamente não tinha nenhum interesse na mente. E, assim, pelo menos inicialmente, numa sociedade recentemente apaixonada pelas inovações da ciência, não existia qualquer oposição a estas novas teorias que reivindicavam para si a mesma categoria científica. Apoiados por governos interessados em controlar as populações, os psiquiatras vestiram as suas batas brancas nos seus laboratórios, realizaram os seus testes em ratos, macacos e cães e emitiram artigos eruditos, escritos com um léxico rapidamente desenvolvido, que era praticamente incompreensível para o leigo ou para o político.

     Na verdade, e como o tempo finalmente provou, era simplesmente mais um caso de um o rei nu. E há pouco mais de um século, a psiquiatria e a sua prima, a psicologia, escolheram um caminho concreto que, com muito poucas excepções, foi estritamente seguido. A premissa era que o ser humano era um animal (daí as experiências com animais), que toda a atividade mental provinha do cérebro (daí que o tratamento físico deste órgão físico era a primeira solução), e que o ser humano respondia somente aos estímulos ambientais (daí a sua dedução de que o seu comportamento pudesse ser manipulado por esses estímulos). A psiquiatria materialista pouco fez para divergir desta premissa, pois no fundo ela não acredita que exista um espírito divino e uma alma imortal no centro causal da mente dos seres humanos.

     Infelizmente, este caminho só conduziu a um beco sem saída. Em relação a este assunto, até hoje, o fato é que estes auto-proclamados peritos não compreendem a mente ou como esta funciona. E, apesar de os seus nomes implicarem que estão envolvidos no estudo da psique ou da alma1 - porque esse é que era o significado original da palavra psiquiatria - hoje em dia, os psiquiatras negam a existência do espírito e vêem o ser humano apenas como um conglomerado de matéria e substâncias químicas, sendo guiado pela dor.

     E, uma vez que a psiquiatria ainda anda às voltas neste labirinto sem saída em que se meteu, teve que pisar os corpos das vítimas que foi deixando ao passar. Até mesmo um mecânico de automóveis aprende sobre motores - o que são, o que os faz funcionar, como funcionam - antes de lhes tocar com uma chave inglesa. A psiquiatria não só errou na sua premissa básica, como também as suas ferramentas são perigosas. Em vez do conhecimento, os seus únicos instrumentos são uma grande abundância de produtos farmacêuticos que alteram a mente, máquinas de choques elétricos e bisturis de cirurgião. E como a premissa básica é totalmente inadequada, e os psiquiatras não fazem a mínima ideia do que estão a tratar (para além dos sintomas facilmente observáveis), os resultados são no mínimo tétricos. De fato, o psiquiatra Dr. Thomas Szasz denominou a psiquiatria como a mais destrutiva força que afetou o povo norte-americano durante os últimos 50 anos.

     A questão óbvia que surge é o que se faz em tais circunstãncias. A psiquitria reivindicou uma posição de liderança em virtude do fato de não existirem mais candidatos e, agora, espera-se que cumpra com o prometido. Infelizmente, a psiquiatria não faz a menor idéia daquilo que está a fazer. É uma posição difícil de adoptar. E, por isso, temos a máxima inegavelmente pertinente: em situações desesperadas fazem-se coisas desesperadas.

     L. Ron Hubbard foi uma das primeiras pessoas a aperceber-se da nudez deste rei - e do desespero dos seus atos. Desde o seu primeiro contato com este campo no final dos anos 40, constatou que algo estava muito mal: uma arrogância, uma venalidade, uma falta total de interesse pelo indivíduo e uma incompetência gravíssima. Constatou com muita indignação que, apesar de toda a tagarelice retórica no que dizia respeito aos cuidados de psiquiatria, os pacientes sem cura continuavam a ser tratados em condições terríveis, drogados até ao estado vegetativo que os deixava permanentemente lesados e aplicavam-lhes choques elétricos como punição. Também constatou que, para além da alimentação, do vestuário e de celas acolchoadas, a psiquiatria não dispõe de qualquer ferramenta em absoluto para tratar os pacientes mentais.

     Resumindo, o Sr. Hubbard escreveu que a psiquiatria representava a ineficácia, a mentira e uma brutalidade desumana. A suposição básica desta baseava-se na idéia de que, utilizando o castigo adequado, era possível restabelecer a sanidade de qualquer pessoa; e, se todo o resto falhasse, o psiquiatra poderia sempre cortar os lóbulos pré-frontais do paciente. Estando consciente disto e de outros fatos, o Sr. Hubbard declarou que seria obrigação de um cientologista "Expôr e ajudar a abolir todas e quaisquer práticas que causem danos físicos no campo da saúde mental". Assim, surgiu a formação da CCHR - A Comissão dos Cidadãos para os Direitos Humanos.

5.4  Os médicos da morte

     Talvez seja na Europa que as práticas abusivas da psiquiatria se tenham espalhado mais. Apesar de tudo diligentes voluntários da CCHR (com uma frequência cada vez maior) deram a conhecer, tanto ao público como ao governo, as atrocidades praticadas na pseudo-ciência psiquiátrica. Tem sido um esforço que requer muita coragem e, algumas vezes, um estômago forte.

     Desde há alguns anos que a CCHR tem feito investigações ativas na Alemanha, documentando e desmascarando as raízes nazis da psiquiatria moderna. Embora a psiquiatria tenha tentado durante muito tempo separar-se dos atos de genocídio raciais (e religiosos) da Alemanha Nazi, os fatos são irrefutáveis: a psiquiatria engendrou a "pureza ou eugenia racial" quase três décadas antes de os nazis subirem ao poder em 1933.

     Já em 1895, o psiquiatra Alfred Ploetz propunha de forma entusiasta o assassinato da "criança débil e com malformações", embora ele, supostamente encobrisse a sua verdadeira intenção, denominando-a benignamente de uma "morte doce".

     Passados dez anos, Ploetz fundou a Sociedade Alemã para a Higiene Racial, juntamente com outro psiquiatra, Ernst Rudin, que estava grato pela oportunidade que lhe era concedida: "Apenas graças ao Fuhrer foi possível realizar o nosso sonho de trinta anos, o de aplicar a higiene racial na sociedade", afirmou. Rudin que foi o diretor do Instituto de Psiquiatria Kaiser Wilhelm, um dos muitos institutos sob a alçada da Sociedade Kaiser Wilhelm. A Sociedade era o principal "gabinete de estratégia" por trás da ideologia nazi, e Rudin, como líder visível de um dos seus principais Institutos, foi galardoado pelo seu trabalho com prêmios especiais por parte dos Nazis e de Hitler. Depois da guerra, a Sociedade passou a denominar-se Sociedade Max Planck e o Instituto de Rudin mudou o nome para Instituto de Psiquiatria Max Planck.

     Foi para atuar contra estes antecedentes que a Igreja de Cientologia estabeleceu em 1972 uma filial da CCHR na Alemanha, sendo uma das suas primeiras tarefas a de investigar o Instituto Max Planck. O papel desempenhado por Rudin não passou despercebido e a CCHR empreendeu um longo projeto de investigação com o objetivo de descobrir a identidade dos psiquiatras alemães que tinham estado ao serviço do regime Nazi, assim como determinar o papel que assumiram nos "campos de extermínio" e como escaparam impunes durante os Julgamentos de Nuremberg. O que a CCHR descobriu foi que, depois da guerra, os psiquiatras se tornaram membros influentes e "respeitáveis" da sociedade. O resultado de mais de 20 anos de investigação culminou, finalmente, no explosivo e bem documentado livro: "Psiquiatras - Os Homens por trás de Hitler", publicado na Alemanha em 1994.

     Mas o legado de psiquiatria não é menos sangrento nos outros países europeus.

     Na Itália, em 1979, a CCHR investigou o Centro de Saúde Mental da Província de Mombello e descobriu os corpos mumificados de antigos pacientes mentais. A coleção horrível incluía 12 corpos sem braços, algumas cabeças serradas, cerca de 50 cérebros, fígados, pulmões, braços, pernas e orelhas. Estas partes do corpo estavam tão bem conservadas que o líquido de embalsamar utilizado para mumificar esses corpos tinha penetrado em quase todos os tecidos - um resultado que só poderia ter sido alcançado através da injeção das substâncias químicas enquanto os corações das vítimas as bombeavam lentamente para dentro dos seus corpos.

     Mombello não era um exemplo único das atividades de psiquiatria na Itália. Em Abril de 1991 a CCHR e vários oficiais do governo investigaram a residência de Pacientes Mentais de Longo e descobriram que as condições das instituições psiquiátricas eram apenas um pouco melhores do que quando os pacientes mentais eram embalsamados vivos. Os internados estavam nus, fechados em quartos onde o chão e as camas estavam cobertas de fezes e de urina humana. Nadar na porcaria e morrer de doença parecia ser o tratamento psiquiátrico standard na Itália. No decorrer dos sete anos seguintes a CCHR da Itália continuou a investigar as instituições mentais por todo o país. Com a ajuda de membros do Parlamento e sendo filmados por câmaras de televisão, a CCHR não só documentou e desmascarou abusos semelhantes em dúzias de outros hospitais, como também teve sucesso no encerramento de alguns destes buracos do inferno psiquiátrico.

     E estes não eram casos isolados. Em qualquer parte da Europa as condições eram as mesmas.

     A França representa a quarta presença psiquiátrica per capita do mundo, neste país não falta trabalho para a CCHR. Aí, centenas de cidadãos franceses são submetidos a "tratamentos" psiquiátricos de choques elétricos todos os anos. Esta prática bárbara transmite até 460 volts de corrente abrasadora através da cabeça da vítima, causando convulsões que produzem graves fraturas de ossos e danos cerebrais. Como resultado, a CCHR tem sido inundada com histórias trágicas de pessoas cujas vidas foram arruinadas por este "tratamento".

     A CCHR investigou inúmeros casos destes e tomou a iniciativa de parar com estes abusos, apresentando queixas perante organismos govemamentais e agindo como acusação popular em processos para ajudar todos aqueles que foram agredidos, drogados à força, humilhados e até mesmo violados em instituições psiquiátricas.

     A CCHR também fez campanhas contra as leis de reclusão involuntária, que permitem que os indivíduos sejam encarcerados sem a sua autorização. Em 1989 descobriu que o Ministério da Justiça tinha recusado publicar um relatório efetuado sobre as condições horríveis das instalações psiquiátricas francesas. Por isso, a CCHR tentou utilizar vários canais governamentais para promover a publicação do relatório.

     Finalmente o relatório foi tornado público depois de uma intensa pressão política exercida por parte da CCHR. Então, tornou-se clara a razão pela qual os psiquiatras queriam que este relatório se mantivesse em segredo: quarenta por cento dos pacientes dos hospitais psiquiátricos do país, muitos deles pessoas idosas, não necessitavam de estar ali. Metade destes pacientes não apresentavam diagnósticos de "doença mental". O motivo para encerrarem estas pessoas, nos hospitais psiquiátricos, era exclusivamente econômico. Como resultado das ações da CCHR, a lei francesa de reclusão involuntária foi reformada em 1990.

     Na Dinamarca a CCHR tem um longo histórico na denúncia dos abusos psiquiátricos. Em 1979 os investigadores da CCHR descobriram que no Hospital Frederiksberg estavam a ser efetuadas experiências, de controle da mente, utilizando o LSD. Como resultado, o Provedor de Justiça iniciou a sua própria investigação. Isto resultou num relatório de 75 páginas, criticando fortemente a psiquiatria e no qual se incluía uma ordem para que todas as vítimas das experiências de controle da mente fossem indenizadas pelos danos sofridos.

     Durante anos, as leis opressivas de saúde mental da Dinamarca permitiram aos psiquiatras obrigar os pacientes a submeter-se ao tratamento. Em 1995, um alerta espalhado sobre a utilização crescente e arbitrária da psiquiatria coerciva levou a CCHR a unir várias organizações humanitárias para expressarem as suas preocupações num debate público. Nesse mesmo ano o Comitê dos Ministros, a última e a maior autoridade do Conselho da Europa, recomendou que as propostas para reforçar os direitos dos pacientes psiquiátricos fossem implementadas pelos governos dos trinta e dois estados membros do Conselho da Europa - um importante reconhecimento por parte da União Europeia, uma vez que as violações dos direitos humanos na psiquiatria tinham alcançado níveis extremos.

     Como consequência, a CCHR da Dinamarca investigou, documentou e desmascarou os crimes cometidos nas instituições psiquiátricas, incluindo a administração forçada de drogas e outros tratamentos coercivos que, em alguns casos, resultaram na morte do paciente. Foram feitos pedidos a vários Comitês Judiciais, a Comitês de Saúde, ao Conselho Europeu e ao Primeiro Ministro da Dinamarca, apelando para a investigação da psiquiatria na Dinamarca. Em meados dos anos 90 mais de 200 psiquiatras foram condenados por exploração, abuso sexual e fraude, enquanto que outros 500 estavam a ser investigados.

     Na Noruega os membros da CCHR desmascararam um dos maiores escândalos ocultos do país, revelando que entre 3.000 e 4.000 pessoas admitidas no hospital psiquiátrico de Gausted, entre 1945 e 1970, tinham sido brutalmente submetidas a lobotomia. Os cirurgiões destruíram tecidos vivos do cérebro abrindo com uma serra a parte superior do crânio e dilacerando os lóbulos pré-frontais com uma agulha de croché. Na Suécia a CCHR publicou, regularmente, uma revista trimestral intitulada Direitos Humanos (Human Rights), enviada a políticos, a trabalhadores sociais, à polícia e outras entidades, e na qual se denunciam com regularidade crimes como a exploração sexual de pacientes pelos psiquiatras.

     Na Espanha a CCHR documentou abusos psiquiátricos e pediu para que fossem efetuadas investigações, em alguns casos concretos, de brutalidade psiquiátrica e violações de direitos humanos. Os pacientes internados em hospitais psiquiátricos e forçados a receber tratamentos de choques elétricos, que causam danos cerebrais, foram libertados das mãos dos psiquiatras. Através de uma campanha de informação pública contínua, a CCHR advertiu os oficiais governamentais e legisladores do papel da psiquiatria como fonte geradora de violência, de transtornos na educação, que se aproveita dos idosos e abusa sexualmente dos pacientes.

     No entanto, a Europa é apenas a ponta do iceberg psiquiátrico. Descobrir traições semelhantes efetuadas em nome da ajuda em países por todo o mundo tem sido a tarefa contínua das outras filiais da CCHR.

5.5  Chelmsford - o sono interminável

     Chelmsford é um nome que os membros australianos da CCHR provavelmente nunca irão esquecer. Para muitos, foi o primeiro contato com o mal absoluto. E para todos eles, foi um teste, tanto de coragem, como de capacidade de persistência no confronto com a burla, incredulidade e com uma burocracia indolente.

    

Figura 29: Manchetes sobre Chelmsford

     A exposição, pela Igreja, das atrocidades em Chelmsford, resultou num escândalo internacional e numa necessária reforma psiquiátrica.

     Para todos os australianos em geral, o caso do hospital privado de Chelmsford é hoje em dia sinônimo de loucura, de barbarismo e de horror; de uma psiquiatria enlouquecida e sem escrúpulos, de experiências bizarras que, como afirmou uma revista, "rivalizaram com as experiências efetuadas pelo Dr. Joset Mengele na Alemanha Nazi". O Ministro da Saúde de Nova Gales do Sul, Peter Collins, chamou-lhe "o episódio mais negro da história da psiquiatria deste país". E como testemunho silencioso, pelo menos quarenta e cinco crematórios e cemitérios dos arredores de Sidney albergam as vítimas de Chelmsford.

     O hospital privado de Chelmsford, situado a nordeste de Pennant Hills, em Sydney, era dirigido pelo Dr. Harry Bailey o qual, em 1963, começou a administrar aquilo que denominou de terapia de sedação profunda, mais conhecida por terapia de sono profundo. De acordo com um artigo posterior publicado pelo "Sydney Morning Herald" o nome não era apropriado:

     "Em primeiro lugar isto não é uma terapia", pois não demonstrou trazer quaisquer benefícios, "nem tão pouco é sono. É um coma induzido por grandes doses de barbitúricos".

     Para tratar os pacientes mentais de Chelmsford, que chegavam em busca de assistência e de cuidados, Bailey utilizava uma técnica bastante simples, embora bastante opressiva. Mantinha o paciente em coma durante cerca de duas semanas, e durante este período administrava-lhe doses diárias de choques elétricos e/ou de psico-cirurgia, muitas vezes sem o consentimento ou conhecimento do doente "adormecido".

     De meados de 1963 até 1979, durante o seu reinado autocrático em Chelmsford, o número de mortes provocadas por este "tratamento" multiplicou-se. Para além disso havia os suicídios dos pacientes que tinham conseguido aguentar o tratamento e sair vivos da instituição, cujo número foi muito difícil de verificar.

     Em meados de 1970, a CCHR começou a receber relatórios sobre o que estava a se passar em Chelmsford. E em 1978, depois de uma um investigação, reuniu provas contundentes de seis mortes relacionadas com a terapia de sedação profunda. Nessa altura a CCHR tornou este fato público. Desmascarou estas atrocidades que resultaram num escândalo internacional e numa reforma bem necessária da psiquiatria.

     O que se passou depois foi uma demonstração clara da falta de vontade, por parte das autoridades, de verem os reis na sua nudez. E também ocorreu o fracasso do pessoal psiquiátrico em pôr em vigor as suas próprias regras. Foi, na realidade, um tedioso e incessante ir e vir de cartas e pressões sobre os deputados. O Real Colégio de Psiquiatras da Austrália e Nova Zelândia receberam as provas e não fizeram absolutamente nada. O Ministro da Saúde do estado de Nova Gales do Sul teve conhecimento dos fatos e não fez nada. A Comissão de Sanidade e o Colégio de Médicos tiveram conhecimento dos fatos, mas cada um deles apenas remeteu a CCHR de um gabinete a outro. Entretanto, começaram a aparecer campanhas contra a CCHR.

     A CCHR investiu dez anos de insistente investigação e esforço férreo até que, por fim, o governo de Nova Gales do Sul designou uma Comissão Real em 1988 para investigar a terapia de sono profundo em Chelmsford e por todo o estado. Finalmente, uma vez concluída uma investigação de dois anos de inquéritos e descoberta a completa litania de horrores, (que incluía a possibilidade de 183 pacientes mortos, quer em Chelmsford quer um ano depois de o hospital lhes ter dado alta) foi recomendada uma profunda reorganização do sistema de saúde mental no estado de Nova Gales do Sul. E além disso, a redação de uma carta de direitos dos pacientes de saúde mental.

     Mas o que dizer acerca da postura da psiquiatria depois de a CCHR ter descoberto pela primeira vez o que estava a acontecer em Chelmsford? Ignorou o descobrimento durante todo o tempo possível. No entanto, o seguinte comentário realizado por uma figura de prestígio internacional, dá-nos um resumo adequado das preocupações da psiquiatria. No dia 6 de Janeiro de 1981, Sir Martin Roth, professor de psiquiatria na Universidade de Cambridge, escreveu a outro psiquiatra que o tinha consultado que:

     "Os cientologistas e outras organizações tinham obtido munições para os anos e décadas vindouras. Existe portanto uma diligente necessidade de manter uma estrita confidencialidade neste momento até que possamos colocar estas barbaridades no contexto da prática contemporânea da psiquiatria numa declaração cuidadosamente preparada, que seja emitida por todas as faculdades e todas as instituições implicadas".

     O trabalho inexorável de Cientologia para descobrir a verdade não ficou sem compensação. A terapia de sono profundo foi proibida. O hospital privado de Chelmsford foi fechado. E, o que é ainda mais importante, muitas das vítimas, que sobreviveram à terapia de choques elétricos, levaram os seus casos até ao Tribunal de Compensação de Vítimas. O Tribunal considerou que os pacientes submetidos à terapia de sono profundo, que tinham recebido choques elétricos, haviam de fato sofrido "um ato de violência", e em 1991 uma vítima do tratamento de sono profundo recebeu a indenização máxima de 50.000 dólares.

     Dois dos psiquiatras que trabalharam em Chelmsford acabaram por enfrentar acusações judiciais em 1992. E a CCHR prosseguiu os seus trabalhos, desmascarando os abusos psiquiátricos no Hospital de Townsville, no Norte do estado de Queensland. Em práticas terrivelmente semelhantes às dos tratamentos de sono profundo de Bailey, sessenta e cinco mortes foram atribuídas a "tratamentos ilegais e negligentes" depois de a CCHR ter levado a cabo uma investigação oficial.

     E por fim, o que aconteceu com Bailey? Em Setembro de 1985, depois de ter sido confrontado com várias acusações graves de crime num pleito seguinte, Harry Bailey evitou confrontar a justiça pondo fim à sua vida com uma overdose de barbitúricos. A lamentável nota de suicídio que deixou era equivalente a uma confissão de culpa. Os seus inimigos, escreveu, "acabaram por ganhar".

5.6  Acampamentos de escravos da psiquiatria

     Nos anos 70 um vendedor ambulante de janelas de vidro perdeu-se numa zona semi-rural de Joanesburgo na África do Sul. Parando para perguntar qual a direção a tomar naquela paisagem mineira desolada, deparou-se com uma visão perturbadora: uma mulher nativa, nua, tentava fugir de um guarda de uniforme.

     O vendedor era um cientologista e relatou à igreja o que tinha visto. Logo que a edição de "Freedom" da África do Sul começou a investigar, o que surgiu foi uma história que permanecerá durante muito tempo como um símbolo obscuro da avareza e da falta de humanidade da psiquiatria.

     Aquela paisagem mineira, aparentemente abandonada, era uma das treze instalações psiquiátricas que eram geridas pela Companhia Smith-Mitchell, e pertenciam a um grupo que em meados dos anos 70, absorvia cerca de um terço do orçamento para a saúde mental da África do Sul. Nove destas instalações eram para pacientes negros e quatro para pacientes brancos.

     O que a CCHR descobriu era extremamente chocante. Em 1976, mais de 70 por cento do total de todos os pacientes mentais negros, nos quais tinham sido diagnosticadas doenças mentais, estavam nas mãos deste grupo. Os hospitais da Companhia Smith-Mitchell tinham uma população hospitalar de mais de 10.000 pacientes, e os pacientes negros eram tratados pouco melhor do que animais, efetuando trabalhos forçados 12 horas por dia para encherem os bolsos dos seus vigilantes. A alimentação era escassa, os pacientes dormiam em tapetes no chão de cimento e, em algumas instituições havia apenas uma enfermeira ao serviço para uma população que ia desde os 300 aos 1.000 pacientes. Também não havia instalações equipadas com equipamento médico e todos os dias morria pelo menos um paciente. Corretamente descritos pelos meios de comunicação como "campos de concentração ocultos", e "armazéns humanos", a maioria destes campos draconianos estavam ocultos à vista, rodeados de valas com arame farpado.

     Os pacientes mais problemáticos eram levados para o hospital do estado mais próximo, onde eram submetidos a choques elétricos, sem anestesia.

     A divulgação destas práticas macabras, nas publicações da Igreja, criaram uma onda de indignação pública, tanto na África do Sul como noutros países. As Nações Unidas e a organização Mundial de Saúde investigaram e confirmaram as atrocidades descobertas pela CCHR.

     No entanto, em vez de investigar os relatórios aterrorizadores que não paravam de chegar, o governo sul-africano da época, que era a favor do apartheid, emitiu uma lei no parlamento que proibia a publicação de materiais ou de fotografias sobre os campos psiquiátricos. Amordaçando desta forma toda a oposição, o regime opressivo do apartheid assegurou-se de que não haveria mais progressos nesta investigação enquanto estivesse no poder. A medida foi de tal forma eficaz que, quando a África do Sul emergiu da tirania do apartheid, a CCHR descobriu que o silêncio legalmente forçado a respeito do tema dos campos psiquiátricos, os tinha tornado "invisíveis" aos olhos do novo governo.

     Com a queda do apartheid em 1994, a CCHR chamou a atenção dos funcionários do novo Governo da Unidade Nacional para os campos psiquiátricos com uma petição à justiça para que fosse efetuada uma investigação sobre os crimes psiquiátricos do apartheid. Em 1995 o Ministro da Saúde ordenou que fosse efetuado um inquérito público para "investigar e relatar quaisquer práticas ilegais ou violações dos direitos humanos em hospitais psiquiátricos".

     Em Fevereiro de 1996 o Inquérito emitiu um relatório de condenação que atribuía a culpa desta brutal discriminação racial à "legislação de proteção da saúde mental que proibia a publicação de tudo o que fosse contra os hospitais" e recomendava que tal lei tão ofensiva fosse abolida. As notícias espalharam-se por todo o país através de uma cobertura extensiva por parte dos meios de comunicação nacionais.

     História após história, foram detalhadas todas as descobertas do Comitê, que incluíam os fatos de que:

     As recomendações a favor de uma reforma ecocaram bem alto nos requerimentos redigidos pela CCHR:

     Desde a publicação do relatório os Membros do Parlamento, que se informaram sobre a história racista da psiquiatria, têm falado a favor da petição efetuada pela CCHR para que seja levada a cabo uma nova investigação.

     Um Membro do Parlamento pediu que se efetuasse uma investigação independente sobre "a própria psiquiatria", afirmando que:

     "A psiquiatria, como organização, e os psiquiatras, a título pessoal, estavam no centro desta situação infame ... Como podem fugir as suas responsabilidades? É necessário que seja efetuada uma investigação independente sobre a natureza das práticas psiquiátricas, e se estas são civilizadas ... caso contrário, teremos os psiquiatras a investigarem a eles próprios."

5.7  A CCHR e as instituições psiquiátricas dos Estados Unidos

     Desde os finais dos anos 60 a CCHR tem investigado uma coleção imponente, praticamente interminável, de abusos psiquiátricos nos Estados Unidos. Em 1976, por exemplo, forneceu aos legisladores da Califórnia as provas e os testemunhos que documentavam as mortes inexplicadas de mais de 100 pessoas nas instituições psiquiátricas de Camarillo e Metropolitan State. Estas descobertas conduziram a uma investigação oficial por parte dos legisladores do estado da Califórnia, e resultaram em significativas mudanças administrativas em ambas as instituições.

     Em 1990 um padrão semelhante de abusos foi descoberto na instituição psiquiátrica estatal de Patton, em San Bernardino na Califórnia. A CCHR descobriu que a taxa de mortalidade em Patton tinha aumentado cinco vezes desde que o chefe da instituição tinha assumido o seu cargo. Uma vez mais, a assembléia legislativa da Califórnia realizou uma investigação e o diretor executivo foi obrigado a demitir-se.

     A CCHR foi responsável por muitas reformas legislativas realizadas durante os últimos anos, incluindo uma lei, aprovada em 1976 na Califórnia, para restringir o uso de choques elétricos e lobotomias em crianças, e requerer a revelação total aos pacientes adultos dos efeitos prejudiciais destes procedimentos brutais. Em 1994 uma lei semelhante, proibindo o uso de ECT em crianças, foi aprovada no Texas devido aos esforços da CCHR. Na Flórida, onde os hospitais psiquiátricos com "fins lucrativos", usando ardis como "Comissões por pacientes" e "pagamentos por envio de pacientes", a CCHR contribuiu materialmente para a aprovação de legislação que proibisse tais práticas fraudulentas.

     A CCHR continuou a trabalhar lado a lado com as autoridades locais, estatais e federais, para descobrir e denunciar as fraudes e os abusos de pacientes em instalações psiquiátricas. O seu trabalho resultou numa consciencialização da aplicação da lei sobre práticas fraudulentas e, por conseguinte, cada vez mais e mais instituições psiquiátricas vêem-se obrigadas a fechar.

5.8  Os psiquiatras e o abuso sexual

     Embora as atrocidades, que foram cometidas em Chelmsford e nos vergonhosos campos de Saúde Mental na África do Sul, sejam exemplos nítidos e reveladores do desespero psiquiátrico, existe uma forma de abuso menos dramática, mas extremamente generalizada que, principalmente devido aos esforços da CCHR, continua a ser cada vez mais notícia de primeira página por todo o mundo: os abusos sexuais por parte da psiquiatria.

     Um problema crescente entre os psiquiatras e psicólogos, é a exploração sexual dos pacientes - homens, mulheres e crianças. Este problema permaneceu durante muito tempo desconhecido devido ao poderoso controle que os profissionais da saúde mental exerciam sobre os seus pacientes. Menos de 5 por cento dos pacientes, sexualmente atacados pelos seus terapeutas, iniciam ações legais contra eles. E existem mesmo casos registrados nos quais consta que os psiquiatras utilizaram de fato os seus instrumentos de trabalho - choques elétricos e sedativos fortes - para silenciar os pacientes dos quais abusaram sexualmente.

     Embora existam relatórios bastante difundidos destes abusos em instituições, as investigações da CCHR e o aparecimento de cada vez mais notícias nos jornais revelam que o problema não se limita aos que têm sido submetidos a cuidados psiquiátricos. Varia desde simples médicos em pequenas vilas e cidades, até grandes especialistas. No início de 1992, por exemplo, John Hamilton, o médico diretor da Associação Psiquiátrica Americana, demitiu-se do seu cargo e a sua licença foi suspensa durante um ano depois de ter mantido relações sexuais com uma paciente que foi suficientemente corajosa para apresentar queixa. Ironicamente, Hamilton tinha escrito e editado o manual de investigação de sócios da APA.

     No entanto, este tipo de abuso sexual é demasiado comum e, infelizmente a repreensão do abusador é demasiado rara. Nos últimos dez anos, a APA apenas suspendeu ou expulsou 113 psiquiatras por abusar dos pacientes. Estas são ações moderadas, tendo em conta que as descobertas realizadas pelo destacamento especial na Califórnia mostraram que aproximadamente 66 por cento, dos que são alvo de abusos sexuais por parte dos médicos de saúde mental, sofrem graves repercussões emocionais, e 1 por cento chega mesma a suicidar-se.

     O problema implícito aqui é que os psiquiatras reivindicam, honrada e ruidosamente, que, tal como os médicos e os advogados, possuem um sistema de investigação entre colegas que está perfeitamente à altura para tratar das ações criminosas dos seus membros. Eles dizem que não são necessários estranhos, particularmente aqueles que se dedicam ao cumprimento da lei, investigando os psiquiatras. No entanto, a realidade demonstrou que em todas estas profissões se encontram falhas graves. Há dois fatores que entram em jogo:

     Portanto, estando plenamente conscientes de que a comunidade psiquiátrica tem demonstrado constantemente uma incapacidade para vigiar as suas próprias ações, a CCHR considerou durante muito tempo que era de todo justo que os autores de ações que violam a lei do país deveriam enfrentar o julgamento criminal. E assim, fizeram sua a tarefa de garanir que assim sucedesse. As vítimas dos abusos psiquiátricos têm poucos recursos. Praticamente ninguém está disposto a lutar pelos seus direitos, talvez por causa do estigma social atribuído às dificuldades mentais. Porém, cada vez mais e mais pessoas acodem à CCHR à medida que se alarga a opinião de que os cientologistas realmente se preocupam com esses casos.

     Assim, ao longo dos anos, as investigações da CCHR moveram acusações contra muitos psiquiatras, psicólogos, trabalhadores psiquiátricos e de instituições psiquiátricas. A polícia tem demonstrado um interesse crescente em processar os psiquiatras que cometeram atos criminosos, uma mudança importante em relação a décadas anteriores em que estes criminosos podiam, literalmente, assassinar com impunidade.

     Embora aproveitar-se de pacientes do sexo feminino seja comum, as investigações da CCHR revelaram que na maioria destes casos aparecem inclusive atos mais repugnantes contra crianças.

     O problema está bastante generalizado. Todos os anos a CCHR investiga uma série de crimes deste gênero e pressiona incessantemente as autoridades em busca de leis mais severas contra os violadores psiquiátricos, em particular, com o objetivo de ilegalizar as relações sexuais, dos psicoterapeutas e/ou outros médicos de saúde mental, com os seus pacientes. Depois de muitos anos de esforços por parte da CCHR, por fim foi aprovada uma lei na Califórnia em 1989. Em 1998 dezesseis estados tinham aprovado estas leis e a CCHR continua a trabalhar ativamente com outros estados para promulgar uma legislação similar.

5.9  Drogas psiquiátricas

     Quando o LSD foi descoberto acidentalmente, não foi arquivado, mas sim desenvolvido ativamente pelo seu fabricante e posteriormente usado de forma generalizada pelos psiquiatras e psicólogos de renome a partir dos anos cinquenta. Em meados dos anos 60 começou a tornar-se moda nas universidades.

     Ao mesmo tempo, porém, como a revista Freedom publicou, também era dado aos soldados do exército dos Estados Unidos, sem o conhecimento destes, e por ordem do governo. Os resultados destas experiências incluíram um caso de morte, malformações em descendentes e reações psicóticas por toda a vida em alguns dos casos.

     Devido ao trabalho da Igreja, que conseguiu localizar vários destes desgraçados veteranos, o Exército levou a cabo um programa para localizar e comunicar a todos os que tinham sido enganados para participar nestes programas psiquiátricos, encobertos, de controle da mente.

     As drogas psiquiátricas foram durante muito tempo um objetivo da CCHR. Alterando a mente e tendo efeitos secundários imensamente poderosos e perigosos, têm vindo a ser utilizadas de modo generalizado por psiquiatras que carecem de verdadeiras respostas para problemas que não compreendiam.

     Um método comum para obter a aceitação de tais drogas era lançar grandes campanhas de relações públicas que manifestavam a eficácia e a segurança da droga. Mas depressa começavam a aparecer casos que desacreditavam as reivindicações de segurança e eficácia e que revelavam efeitos secundários prejudiciais a saúde. Em meados do século XIX, o vício do ópio deu origem à morfina, que foi apresentada pelos médicos como um tratamento, que não viciava, para curar o vício do ópio. Mas por volta de 1870 a morfina foi reconhecida como sendo mais viciante do que o próprio ópio. Isto levou ao desenvolvimento da heroína, enaltecida como um substituto da morfina que não criava dependência. Passados quinze anos esta reivindicação demonstrou ser precisamente o oposto. Após a Segunda Guerra Mundial os psiquiatras começaram a introduzir uma nova droga, a metadona, como uma cura para a dependência da heroína, implementando assim este engano artificioso, que dura há mais de um século, a um número crescente de vítimas; enquanto isso recolhiam enormes quantidades de fundos públicos para a sua implementação.

     Outras drogas prescritas como o Valium, Librium, Xanax, Oraflex, Halcion e Prozac eram todas indicadas como sendo seguras, mas demonstrou-se que todas elas têm efeitos secundários prejudiciais. Os psiquiatras ganharam centenas de milhões de dólares ao prescreveram estas drogas; e depois também no tratamento dos problemas criados pelas suas próprias prescrições.

     As companhias farmacêuticas, dos fabricantes destas drogas, obtiveram lucros enormes, literalmente dezenas de bilhões de dólares por ano, devido ao uso difundido de drogas para tratar uma crescente lista de sintomas de novas doenças "descobertas" todos os anos pela profissão psiquiátrica. Milhões de pessoas consomem drogas psiquiátricas para resolver "uma imensidão de problemas modernos como a insônia, o nervosismo, o stress ou apenas o aborrecimento".

    

Figura 30: Manchetes da Revista Freedom (Liberdade)

     Algumas das muitas publicações da revista Freedom publicadas e distribuídas pela Igreja para educar ao público em temas sociais importantes.

     Estas doenças, às quais se concede credebilidade por meio de nomes sofisticados, adquirem um caráter oficial durante a convenção anual da Associação Psiquiátrica Americana. Os psiquiatras propõem uma doença recentemente descoberta, a qual É submetida a votação, criando-se assim uma nova doença com o consenso da maioria. "E porque oficial?" Porque as doenças oficiais podem ser tratadas e podem ser pagas pelas companhias de seguros, e desse modo a coligação psiquiatra / fabricante de droga assegura uma fonte de ingressos sempre crescente. Sem sombra de dúvidas esta é uma das maiores fraudes do século XX. É uma fraude que permanece dissimulada, pelos bilhões de dólares que os interesses criados têm à sua disposição para campanhas de relações públicas e estratégias de publicidade muito caras, que por sua vez criam os rendimentos publicitários para alguns meios de comunicação, na sua maior parte submissos, que de contrário veriam os seus lucros ameaçados se revelassem a fraude.

5.10  Drogar e Rotular as Crianças

     As drogas psiquiátricas foram introduzidas até mesmo no sistema educacional. A Ritalina, uma droga poderosa similar às anfetaminas, prescrita por psiquiatras a crianças de todas as idades consideradas hiperativas, transformou crianças normais e saudáveis em pessoas deprimidas, apáticas, e por vezes violentas ou suicidas. De fato, a Ritalina é comprado na rua pelos viciados de heroína. Nos anos 80 um programa educacional da CCHR avisou os pais dos perigos da Ritalina e preveniu-os contra as reivindicações de que as crianças estivessem a sofrer do estigma de "doença mental" simplesmente porque os psiquiatras tinham decidido rotulá-las dessa forma.

     De fato, a prescrição da Ritalina ou de qualquer uma das centenas de drogas psiquiátricas a crianças é um indício de um problema muito mais preocupante: os diagnósticos fraudulentos de "distúrbios mentais" em crianças.

     A verdade lamentável é que todo o aspecto normal do comportamento infantil faz parte do amplo espectro dos "sintomas" que incluem as falsamente denominadas "doenças mentais". Ao ler a "bíblia" das doenças mentais, o Manual de Diagnóstico e de Estatística de Distúrbios Mentais da psiquiatria (DSM), nos Estados Unidos, ou o seu correspondente internacional, uma pessoa é levada a acreditar que toda a gente é um paciente mental. A psiquiatria cobriu literalmente todas as hipóteses com os seus critérios inventados. Considere o seguinte: em 1880 existiam sete categorias de distúrbios mentais; em 1952, o primeiro ano em que o DSM foi publicado, o número aumentou para 112; em 1980 já existiam 224 categorias de distúrbios mentais; e em 1994 o número passou a ser de 374 categorias.

     Capacidades de diagnóstico aumentadas? Pouco provável. Esta epidemia de doenças mentais é mais provável que tenha as suas raízes no fato de que cada vez que uma nova "doença" é listada no DSM, as companhias de seguros e os governos estão dispostos a pagar o "tratamento" que, hoje em dia, é geralmente constituído por um regime de drogas psiquiátricas.

     Os tratamentos com produtos químicos que supostamente se aplicam a multiplicidade de doenças mentais míticas da psiquiatria, criaram uma indústria mundial de fabricação de drogas de muitos bilhões de dólares, que não parou de crescer desde o início dos anos 60. No final dos anos 70 foram passadas nos Estados Unidos mais de 82 milhões de receitas médicas de tranquilizantes, 24 milhões de receitas de sedativos / hipnóticos e 16 milhões de receitas de anti-depressivos. Atualmente, um em cada dois adultos nos Estados Unidos reconhece que já tomou alguma dessas drogas psiquiátricas.

     E hoje em dia, os psiquiatras são os impulsionadores das indústrias farmacêuticas com rendimentos no valor de bilhões de dólares.

     Até mesmo os mais novos se converteram no alvo desta carnificina. Mais de três milhões de crianças, cujo único "problema" e serem mais ativas do que os seus semelhantes, estão recebendo de forma constante potentes drogas psiquiátricas para as tornar submissas. A energia natural e a exuberância da infância têm sido redefinidas como sendo uma doença mental e em milhões destas crianças é diagnosticado o Distúrbio de Falta de Atenção (ADD ou TDAH2).

     O Dr. Fred Baughman, um neurologista pediatra da Califórnia, com 35 anos, resumiu abruptamente a situação numa carta enviada ao "New York Times" em 14 de Abril de 1995:

     "Os estabelecimentos educativos e médicos estão imersos numa relação de "quid pro quo" com o fim de perpetuarem doenças imaginárias que servem para reduzir as obrigações que as escolas têm de formar as crianças para a vida adulta. Entretanto, a medicina com fins lucrativos e os seus parceiros comerciais ganham milhares de jovens pacientes.

     "A invenção de doenças satisfaz as necessidades econômicas da classe médica. Lucros adicionais são gerados para o número crescente de psicólogos e de psiquiatras ... A doença ADD foi inventada, durante um comitê da Associação Psiquiátrica Americana em 1980. Não há nada que um médico possa observar para confirmá-la ou negá-la ..."

     Os diagnósticos fraudulentos - que anualmente envolvem milhões de adultos - é apenas um dos muitos abusos psiquiátricos que a CCHR desmascarou eficazmente. Os efeitos mortais pessoais, financeiros e sociais causados por esta invenção psiquiátrica com rendimentos monetários fixos, um dia serão apenas um capítulo morto do passado. Contudo, temos muito o que fazer para combater este mal.

5.11  A fraude psiquiátrica

     A avidez é, de fato, o que motiva o fraudulento - um tipo de criminoso que não tem sido alheio às várias áreas da psiquiatria. De acordo com as investigações da CCHR, o sistema da saúde mental está cheio deles.

     Em 1992 durante uma audição perante o Comitê de Seleção de Crianças, Jovens e Famílias da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos foram ouvidos inúmeros casos deste tipo de abusos fornecidos ao Comitê pela CCHR e outras instituições. Estes incidentes iam desde a sujeição de crianças e de adolescentes a práticas psiquiátricas de que não necessitavam a instituições que contratavam "caçadores de recompensas" para raptarem pacientes mantendo-os prisioneiros contra a sua vontade - tudo pelo dinheiro do seguro.

     De fato, os seguros têm sido a principal área da fraude psiquiátrica, essencialmente entre hospitais privados com fins lucrativos. As investigações da CCHR, iniciadas em 1990, terminaram com a denúncia cada vez mais frequente nos meios de comunicação destas fraudes e dos abusos nos pacientes destes hospitais e, em 1991, as primeiras páginas dos jornais cobriam histórias de pacientes, principalmente de adolescentes, que foram fechados contra a sua vontade, até que as suas apólices de seguro caducassem. A denúncia constante efetuada pela CCHR sobre os abusos resultou em investigações não só efetuadas pelos legisladores do estado, mas também por investigadores de fraudes das companhias de seguros, pela Fiscalização Geral do Estado, pelo Ministério da Justiça dos Estados Unidos, pelo FBI, pelo Serviço de Inspeção Postal dos Estados Unidos e outros organismos federais. Uma cadeia de hospitais dos Estados Unidos teve que pagar cerca de 1 bilhão de dólares de multa ao governo federal e de indenizações às companhias de seguros. Como consequência, esta rede abandonou o negócio do hospital psiquiátrico.

     Outras redes de hospitais psiquiátricos com fins lucrativos foram severamente inspecionadas pelas suas práticas, pagando elevadas multas por internarem pessoas, sem necessidade, para os tratamentos psiquiátricos. Infelizmente, isto não é apenas um fenômeno dos Estados Unidos. O governo canadense também foi sujeito a estas fraudes. Entre 1987 e 1991 centenas de hospitais psiquiátricos apresentaram faturas, ao Plano de Segurança de Saúde de Ontario, no valor de centenas de milhões de dólares. Estes pagamentos foram faturados de pacientes aliciados pelos "caçadores de recompensas ilícitas". Estes caçadores sem ética ganham dinheiro dos centros psiquiátricos quando lhes entregam pacientes. Graças ao trabalho da CCHR no Canadá, o Ministério da Saúde processou alguns psiquiatras fraudulentos.

     Os crescentes abusos da indústria descobertos pela CCHR e por outros investigadores incluem:

     No entanto, a fraude tem tantas caras quanto o número de esquemas dos seus praticantes. Em 1989 a CCHR descobriu e revelou documentos demonstrando que dois centros psiquiátricos em Los Angeles, que receberam centenas de milhares de dólares de fundos governamentais, nem sequer existiam - excepto no papel.

     O trabalho incansável da CCHR contra os crimes psiquiátricos tem sido elogiado por parte de legisladores, políticos, grupos dos direitos humanos e pelas vítimas que tiveram a coragem de confrontar sozinhas estas práticas brutais, independentemente de que estas fossem fraudes, abusos físicos e mentais, comportamentos imorais ou a destruição dos nossos filhos através das drogas psiquiátricas.

     A psiquiatria também reconheceu o trabalho da CCHR, embora não necessariamente com tal admiração. De fato, com as revelações da CCHR na África do Sul, na Austrália, nos Estados Unidos, na Alemanha, no Canadá, na Itália, na França, na Suíça e noutros países, a psiquiatria materialista não teve outra escolha senão reconhecer que Cientologia é o seu principal inimigo.

5.12  Publicações da CCHR

     Em mais de vinte anos de uma luta decidida e persistente face a autoridades entrincheiradas e aos abusos da psiquiatria no campo da saúde mental, o maior desafio com que a CCHR se deparou na sua missão não foi a própria psiquiatria como tal, mas sim a falta de informação precisa disponível ao público.

     Consequentemente, em 1994 a "CCHR Internacional" embarcou na sua maior campanha de esclarecimento público já realizada. No espaço de três anos, além de ter criado a sua própria Página na Internet, a CCHR tinha investigado, produzido e publicado, para distribuição internacional, dois livros e nove brochuras penetrantes que revelam a verdadeira história da influência psiquiátrica na nossa sociedade. Desde então a CCHR tem sido inundada por respostas positivas de muitos países e tem-se expandido rapidamente para ir ao encontro das necessidades emergentes de informação da comunidade mundial, publicando ainda mais brochuras. As edições iniciais, que foram publicadas e distribuídas com a ajuda da Associação Internacional de Cientologistas sob a forma de subvenções, são descritas abaixo.

5.12.1  Livro: "Psiquiatria: a Derradeira Traição"

     Este livro utiliza os próprios estudos, opiniões e palavras da psiquiatria para demonstrar o seu impacto destrutivo na sociedade. Investigado em detalhe, este texto proporciona aos leitores uma compreensão profunda de como a influência da psiquiatria aumentou apesar da sua falta de resultados, e como tem sido prejudicial para os nossos lares, escolas, tribunais e virtualmente todos os setores da nossa civilização.

     Distribuída a chefes de polícia, juizes, advogados, governadores, ministros, educadores, organizações de defesa dos direitos humanos, presidentes de câmaras, bibliotecas, profissionais de medicina e outros, este trabalho bastante popular tem vindo a aumentar significativamente o papel de liderança da CCHR na cena mundial dos direitos humanos.

     Nas palavras de um leitor agradecido, um chefe de polícia:

     "O livro leva o leitor ao interior de uma comunidade fechada de psiquiatria, deixando-a aberta a uma completa inspeção ... isto não é uma leitura leve. Irá desanimar, chocar e enfurecer, tudo ao mesmo tempo."

     Embora muitos leitores ficassem realmente chocados e enfurecidos pelas revelações, eles adquiriram uma nova compreensão da influência negativa da psiquiatria em todas as nossas instituições e encontraram-se armados com o conhecimento necessário para inverter a maré de irresponsabilidade que ameaça a sobrevivência da nossa cultura.

5.12.2  Livro: "Psiquiatras - Os homens por trás de Hitler"

     Este livro representa a culminação de mais de 20 anos de investigação da CCHR, extensivamente documentada, revela o verdadeiro flagelo por detrás do regime nazi de Hitler - os responsáveis quer pelas suas doutrinas quer pelas suas inspirações - os psiquiatras. Divulga o que a maioria dos textos históricos deixaram passar, que os planos de genocídio foram delineados muito antes de Hitler subir ao poder. A psiquiatria tinha planeado o extermínio daquilo que determinava ser "vida sem valor" nos anos 20 e, de fato, os psiquiatras conseguiram engendrar o assassínio de cerca de 300.000 pacientes mentais muito antes da guerra ter começado.

     O livro continua a receber aplausos por parte dos críticos. Como referenciou um líder religioso internacional:

     "Trata-se de um dos livros mais reveladores e de uma das mais valiosas ferramentas de referência sobre alguns dos temas da atualidade: os abusos físicos a pacientes, realizados na profissão da psiquiatria, que constituem uma ameaça constante ao ser humano livre".

5.12.3  Brochuras

     No final de 1997 a CCRH Internacional tinha distribuído, a nível mundial, mais de 3,4 milhões de cópias das suas, agora célebres, brochuras que expõem os abusos psiquiátricos dos direitos humanos, cometidos sob a aparência de ajuda - nove publicações em numerosos idiomas, distribuídas em 16 países.

     Com o duplo objetivo de esclarecer e avisar o público, as brochuras cobrem os efeitos ruinosos da intrusão da psiquiatria em diferentes áreas da sociedade. As nove publicações aqui listadas foram as primeiras de uma série que continua a cobrir todas as facetas das atividades da psiquiatria:

Citizens Commission on Human Rights (CCHR)
Comissão dos Cidadãos para os Direitos Humanos

    

Figura 31: CCHR denuncia psiquiatria

     Mesmo que a psiquiatria afirme ter motivos humanitários, a verdade é que ela tem muitos efeitos destrutivos. Estas efeitos são expostos em muitas publicações da CCHR.

     O que começou por uma modesta circulação de centenas de milhares de brochuras, depressa se expandiu para milhões nos princípios dos anos 90, com edições traduzidas nas línguas principais. À medida que se expandia a a sua fama a nível popular, pessoas de todo o mundo contataram a CCHR procurando exemplares adicionais - professores, pais, oradores, consultores, avós, advogados, sacerdotes, estudantes, políticos e outros.

     Que eles foram informados ficou patente nas palavras de um conselheiro de orientação escolar que disse acerca do livro "A Ruína da Educação":

     "Quanto mais cedo voltarmos aos métodos de ensino comprovados, e nos livrarmos do disparate, melhor. Existem tantas verdades na brochura que deveria ser de leitura obrigatória para todos políticos, legisladores e educadores. Vai levar anos para inverter os danos provocados, mas nós temos que começar por algum lado".

     Para mulheres, educadores, para aqueles que trabalham no ingrato campo da justiça e para muitos outros, as brochuras explicam o que há muito estas pessoas suspeitavam, sem no entanto terem sido capazes de o verbalizar: que a influência da psiquiatria tinha contribuído significativamente para o colapso da moral e valores que eram há muito o cimento que mantinha a sociedade unida. Armados com a verdade, foi-lhes dado o poder de elevarem as suas vozes e inverterem a maré.

5.12.4  A Internet

     Como parte do seu compromisso para conseguir informar melhor o público em geral, a CCHR estreou a sua enorme página na Internet em Junho de 1996 - em www.cchr.org. A página oferece informação geral em várias línguas, assim como cópias completas de cada brochura e extratos dos seus livros. Atraindo milhares de visitantes todas as semanas, a página tem desempenhado um papel vital em expandir largamente a ajuda da CCHR através da comunidade internacional e acelerar a disseminação da verdade acerca da traição psiquiátrica.

5.13  Como iniciar uma CCHR?

     Formar uma CCHR não exige conhecimentos anteriores ou investigação. O requisito básico é ter a disposição e o desejo de fazer algo para eliminar o abuso psiquiátrico e restabelecer os direitos humanos. Qualquer pessoa que deseje iniciar uma filial da CCHR deve apenas contatar o gabinete da CCHR mais próximo (uma lista de endereços pode ser encontrada no capítulo 44 do livro: O que é Cientologia?).

     Os membros da CCHR já compilaram um conjunto de ações bem sucedidas necessárias para iniciar uma filial local, sobre como documentar os abusos, o que procurar quando uma instituição psiquiátrica for visitada, além de muitas outras indicações úteis. Estas são incluídos nos pacotes informativos de como iniciar uma filial da CCHR.

6  Tecnologia de estudo

www.scientology.pt

     O Que é a Tecnologia de Estudo?

     A Tecnologia de Estudo é o termo dado aos métodos que L. Ron Hubbard desenvolveu para capacitar os indivíduos a estudar de forma eficaz.

     O Sr. Hubbard reconheceu as falhas da educação moderna na década de 1950, muitos anos antes do mau desempenho dos estudantes terem começado a aparecer nos meios de comunicação. Ele observou que os estudantes eram simplesmente incapazes de aprender com compreensão. Por vezes, eles podiam repetir, como papagaios, aquilo que lhes tinha sido ensinado. Mas eles eram incapazes de aplicar o assunto que supostamente "aprenderam" com qualquer facilidade ou compreensão.

     Então, o Sr. Hubbard pesquisou o assunto do estudo e isolou as barreiras reais a uma aprendizagem eficaz. Ele descobriu que o problema não era excesso de trabalho, horários de estudo atulhados ou professores incompetentes. Em vez disso, ele descobriu que o principal obstáculo à capacidade do estudante para reter e utilizar eficazmente os dados era a ausência de uma tecnologia de como estudar. Isto incluiu a sua descoberta daquelas que são conhecidas como as três barreiras ao estudo e a Tecnologia de Estudo inclui os métodos precisos para superar estas barreiras.

     A aprendizagem desses métodos para se compreender os materiais das escrituras de Scientology é um passo crucial na jornada espiritual de uma pessoa e torna o estudante mais capaz de usar e aplicar os princípios de Scientology. "A Tech de Estudo", tal como é por vezes referida, é tão abrangente que pode ser aplicada por qualquer pessoa ao estudo de qualquer assunto.

     A Tech de Estudo não é um "método de estudo rápido" que envolva alguma espécie de truque, é antes uma tecnologia precisa que qualquer pessoa pode usar para aprender um assunto ou para adquirir uma nova habilidade.

6.1  As três barreiras ao estudo

     O livro, "O que é Cientologia", é baseado nos trabalhos de L. Ron Hubbard. O capítulo 10 deste livro se intitula: "Tecnologia de Estudo: Aprendizagem e Educação Eficazes". Neste capítulo se menciona três barreiras ao estudo:

  1. Falta de Massa (Prática)
  2. Gradiente Demasiado Íngreme
  3. Palavra Mal-Entendida

     A falta de massa significa falta de contato com o objeto real que está sendo estudado. Quanto as palavras mal-entendidas pelo aprendiz, é proposto uma espécie de dicionário visual para aumentar a compreensão destas palavras do contexto de ensino. A aprendizagem baseada em experimentos coloca os aprendizes em contato direto com a "massa" dos objetos de estudo. Além disso o entendimento das palavras melhora muito com a experiência direta com os objetos reais aos quais estas palavras se referem. E se planejarmos sabiamente a sequência de experimentos, poderemos otimizar o gradiente de aprendizagem de forma que a escalada de ensino da escola não seja muito íngreme.


Notas de Rodapé:

1 Sigmund Freud concebeu o termo psique, baseado na mitologia, com o significado original de alma.
2 Do inglês: Attention Deficit Disorder (ADD) ou Attention Deficit and Hyperactivity Disorder (ADHD), em portugês: Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e numa tradução mais precisa: Desordem de Hiperatividade e Déficit de Atenção (DHDA).