Livro de Urantia

Grupo de Aprendizes da Informação Aberta

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Capítulo 5
Psicologia, Mente e Religião

Diálogos baseados no
Livro de Urantia

Livro Um
uma apresentação de
religião, filosofia e ciência unificadas
de acordo com a revelação nos
Documentos de Urantia
Escrito a partir de 2012
Psicologia, Mente e Religião
    5.1  Compreensão da pessoalidade unificada
    5.2  Desenvolvimento espiritual natural
    5.3  Equilíbrio entre egoísmo e altruísmo
    5.4  A pessoalidade equilibrada de Jesus
    5.5  A maior realização possível de um ser humano
    5.6  Traduzindo dois livros do psiquiatra Peter R. Breggin
        5.6.1  Livro: "Desabilitação Cerebral Causada por Tratamentos Psiquiátricos"
        5.6.2  Livro: "A Droga Psiquiátrica pode ser o Problema"
    5.7  Plano editorial em saúde mental
    5.8  Mente: a interface entre o espírito e a matéria
        5.8.1  Defendendo a mente e a experiência espiritual
    5.9  Protegendo e respeitando a experiência espiritual de cada um
    5.10  Três tipos de morte: física, mental e espiritual
    5.11  Defendendo os direitos humanos das vítimas de drogas psiquiátricas
    5.12  Resolvendo os desequilíbrios e ofensas desnecessárias
    5.13  Sinais do verdadeiro viver religioso
    5.14  Jesus e O Amor de Deus dissolvendo nossos temores
    5.15  Unidade e comunhão espiritual entre seres humanos
    5.16  Manifestações da divindade potencial da alma emergente

     Filho: Meu amigo, fiquei muito feliz com seu esforço em tentar verbalizar, da melhor forma possível, seu entendimento do que é necessário para ressurreição de nossas almas e sobrevivência de nossa pessoalidade. Contudo, tu não achas que temos problemas práticos para resolver antes de ousar discorrer sobre questões filosóficas tão profundas?

5.1  Compreensão da pessoalidade unificada

     Pai: Sim, você tem razão. Estes textos buscam melhorar nosso diálogo e amizade. Acredito na importância da nossa compreensão mútua, como explicado na revelação: Uma vez que tenhais compreendido o vosso semelhante, vos tornareis tolerantes; e tal tolerância amadurecerá a amizade transformando-a em amor.

     Filho: O que você acha importante de se compreender?

     Pai: Seria importante que os espiritualista compreendessem como o excesso desequilibrado de espiritualidade e os traumas psicológicos, levam ao fanatismo e comportamentos aberrados.

     Também é importante que os materialistas compreendam como a falta de contato com nosso espírito eterno, levam à busca imatura de prazeres efêmeros, com uma prioridade maior dada aos ganhos temporais do que à fidelidade e lealdade às pessoas de grande valor da nossa própria família.

     Devemos todos buscar desenvolver uma pessoalidade unificada e equilibrada como a do Mestre Jesus. O objetivo, da verdadeira religião religadora, é que o Criador Divino e a criatura humana estejam religados e unidos na nossa pessoalidade manifestada e centrada em Deus: O Pai Espiritual de nossas almas. É revelado no:

     "Livro de Urantia", Item 100.7: ...  é totalmente possível a todo mortal crente desenvolver uma pessoalidade forte e unificada, pautando-se pelas linhas perfeccionadas da pessoalidade de Jesus. O aspecto singular da pessoalidade do Mestre não era tanto a sua perfeição, quanto a sua simetria, a sua unificação extraordinária e equilibrada ...

     "Livro de Urantia", parágrafo 110.6_3: Os círculos psíquicos não são exclusivamente intelectuais, nem inteiramente moronciais; eles têm a ver com o status da pessoalidade, com o alcance mental, com o crescimento da alma e com a sintonização com o Ajustador. O êxito na travessia desses níveis demanda um funcionamento harmonioso de toda a pessoalidade e não, meramente, de uma parte dela. O crescimento das partes não se iguala ao amadurecimento verdadeiro do todo; as partes realmente crescem, na proporção da expansão inteira do eu - do eu total - material, intelectual e espiritualmente.

     Quando o desenvolvimento da natureza intelectual se dá de modo mais rápido do que o da natureza espiritual, tal situação torna a comunicação com o Ajustador tão difícil quanto perigosa. Da mesma forma, um superdesenvolvimento espiritual tende a produzir uma interpretação fanática e desvirtuada das orientações espirituais do residente divino. A falta de capacidade espiritual dificulta grandemente a transmissão, para um intelecto material, das verdades espirituais que residem na supraconsciência mais elevada. É na mente perfeitamente ponderada, abrigada por um corpo de hábitos limpos e de energias neurais estabilizadas e com as suas funções químicas em harmonia - quando os poderes físicos, mentais e espirituais estão na harmonia trina do desenvolvimento - , que um máximo de luz e de verdade podem ser induzidos, com um mínimo de perigo, ou de risco temporal, ao bem-estar real de um ser. Por meio de um crescimento assim equilibrado o homem ascende nos círculos da progressão planetária, um a um, do sétimo até o primeiro.

     "Livro de Urantia", parágrafo 196_6: Em um gênio religioso, uma fé espiritual muito forte, com frequência, leva diretamente ao fanatismo desastroso, ao exagero do ego religioso, mas não aconteceu assim com Jesus. Ele não foi afetado desfavoravelmente, na sua vida prática, pela sua extraordinária fé e pela realização espiritual, porque essa exaltação espiritual era uma expressão totalmente inconsciente e espontânea, na sua alma, da sua experiência pessoal com Deus.

     A fé espiritual ardente e indomável de Jesus nunca se tornou fanática, pois nunca chegou a afetar os seus julgamentos intelectuais equilibrados a respeito dos valores correspondentes das situações sociais, econômicas e morais, práticas e comuns da vida. O Filho do Homem foi uma pessoalidade humana esplendidamente unificada; foi um ser divino perfeitamente dotado; e era também magnificamente coordenado, como combinação de ser humano e divino, funcionando na Terra como uma pessoalidade única. O Mestre sempre coordenava a fé da alma com o juízo da sabedoria da experiência amadurecida. A fé pessoal, a esperança espiritual e a devoção moral foram sempre correlacionadas em uma unidade religiosa, sem par, de associação harmoniosa com a compreensão profunda da realidade e da sacralidade de todas as lealdades humanas - a honra pessoal, o amor familiar, a obrigação religiosa, o dever social e a necessidade econômica.

5.2  Desenvolvimento espiritual natural

     Filho: Eu creio que começo a compreender como o desenvolvimento desequilibrado dos fatores de individualidade unificados pela nossa pessoalidade humana, pode nos conduzir aos extremos do materialismo e do espiritualismo exagerado. A partir deste diálogo, cada vez mais entendo a importância de desenvolver equilibradamente nosso espírito divino, alma moroncial, nossa mente e corpo material em uma pessoalidade unificada.

     Pai: Amigo, se pela tua vontade e graça de Deus, tu resolveres buscar nosso Pai Espiritual no centro causal de sua alma, peço apenas que vá devagar e naturalmente. Por favor, lembre-se que conflitos existenciais, filosóficos e psicológicos advirão dos que como nós, somente tardiamente, buscam à Deus. Vá devagar e naturalmente. Defenderei, com todas as minhas forças, a liberdade de todas as pessoas da nossa família humana, terem uma experiência espiritual sem serem taxadas de loucas e olhadas de lado e soslaio. Considere a seguinte revelação:

     "Livro de Urantia", parágrafo 103.2_2: No entanto, essas pessoas que foram criadas de tal modo pelos seus pais, que cresceram na consciência de serem filhos de um Pai celeste amoroso, não deveriam olhar de soslaio para os seus semelhantes mortais que só puderam atingir essa consciência de amizade com Deus por intermédio de uma crise psicológica, de um abalo emocional.

5.3  Equilíbrio entre egoísmo e altruísmo

     Filho: Seu esforço não será em vão. Mesmo que eu não me interesse agora por esta busca de minha própria alma e espírito. Tenha certeza que esta sua verbalização lapidada da sua experiência espiritual, poderá ajudar os buscadores sinceros das próximas gerações.

     Pai: Trabalhemos para que os nossos familiares desenvolvam uma pessoalidade unificada e equilibrem o cuidado consigo mesmo e com os outros. Que todos do nosso círculo de amor familiar aprendam à equilibrar o egoísmo com o altruísmo. Percebo também que podemos não ter êxito em unificar plenamente a pessoalidade, por isso a tendência altruísta pode torna-se superdesenvolvida em alguns casos. Novamente, cito a mais recente das revelações da verdade para nosso planeta:

     "Livro de Urantia", parágrafo 103.2_10: O homem tende a identificar o impulso de atender às próprias necessidades do seu ego, com o seu eu - consigo próprio. E, ao mesmo tempo, inclina-se a identificar a vontade de ser altruísta com alguma influência exterior a ele próprio - Deus. E esse julgamento de fato está certo, pois todos os desejos altruístas têm a sua origem nos guiamentos do Ajustador do Pensamento residente, e esse Ajustador é um fragmento de Deus. A consciência humana correlaciona o impulso do Monitor espiritual com a tendência de ser altruísta, de pensar fraternalmente. Ao menos, essa é a experiência primeira e fundamental na mente da criança. Quando a criança em crescimento não tem êxito em unificar a sua pessoalidade, a tendência altruísta pode tornar-se tão superdesenvolvida a ponto de causar um prejuízo sério ao bem-estar do eu. Uma consciência mal orientada pode tornar-se responsável por muitos conflitos, preocupações, tristezas e um sem-fim de infelicidades humanas.

5.4  A pessoalidade equilibrada de Jesus

     Filho: Amigo, é importante que você se perdoe e seja paciente consigo mesmo. Neste mundo imperfeito é muito difícil vivermos à altura de nossos ideais mais elevados. Contudo, mais importante do que seu estado presente, é o seu propósito de se tornar cada dia mais perfeito e equilibrado como nosso Pai no Céu. Lendo a descrição da pessoalidade de Jesus no "Livro de Urantia", eu afirmo que, se conseguirmos nos tornar cada vez mais como o Mestre, será algo maravilhoso para todos nós. Quero ressaltar a seguinte citação que emociona à todos os amantes do bom, do verdadeiro e do belo:

"Livro de Urantia", parágrafos 100.7.1-4:
O Apogeu da Vida Religiosa

     Embora o mortal comum de Urantia não possa esperar atingir a alta perfeição de caráter adquirida por Jesus de Nazaré, enquanto permaneceu na carne, é totalmente possível a todo mortal crente desenvolver uma pessoalidade forte e unificada, pautando-se pelas linhas perfeccionadas da pessoalidade de Jesus. O aspecto singular da pessoalidade do Mestre não era tanto a sua perfeição, quanto a sua simetria, a sua unificação extraordinária e equilibrada. ...

     A bondade infalível de Jesus tocava os corações dos homens, mas a sua inflexível força de caráter maravilhava os seus seguidores. Era verdadeiramente sincero; nada havia de hipócrita nele. Não tinha afetação; era sempre autenticamente reanimador. Nunca condescendia em pretensões, e jamais recorria à trapaça. Viveu a verdade, do mesmo modo que a ensinou. Ele foi a verdade. Foi forçado a proclamar a verdade salvadora à sua geração, ainda que tanta sinceridade haja algumas vezes causado dor. Ele foi inquestionavelmente leal a toda verdade.

     O Mestre, porém, era tão razoável, tão acessível. Era tão prático em todas as suas ministrações e, ao mesmo tempo, todos os seus planos eram caracterizados por um senso comum tão santificado. Era tão liberto de qualquer tendência à extravagância, à irregularidade e excentricidade. Nunca era caprichoso, esquisito ou histérico. Em todos os seus ensinamentos e em tudo o que fazia, havia uma discriminação depurada, ligada a um senso extraordinário do que é apropriado.

     O Filho do Homem foi sempre uma pessoalidade bem equilibrada. Mesmo os seus inimigos mantinham um respeito salutar por ele; e chegavam mesmo a temer a sua presença. Jesus não conhecia o medo. Ele transbordava de entusiasmo divino, mas nunca se tornou um fanático. Era emocionalmente ativo, mas nunca inconstante. Era imaginativo, mas sempre prático. Ele enfrentava as realidades da vida com franqueza, sem nunca chegar a tornar-se embotado ou prosaico. Era corajoso, sem jamais ser descuidado; prudente, mas nunca covardemente. Era compassivo, mas não era sentimental; único, sem ser excêntrico. Ele era pio, mas não era santarrão. E era assim tão bem equilibrado, porque era perfeitamente unificado.

5.5  A maior realização possível de um ser humano

     Pai: Com este diálogo, creio que conseguimos verbalizar a causa das minhas dificuldades e desequilíbrios e a solução para estes problemas. Considerando o que aprendi no "Livro de Urantia", visualizo os mais elevados ideais e propósitos da vida humana em uma sequência de cinco realizações:

  1. Cultivar uma fé como a de Jesus, sublime e equilibrada, evitando o fanatismo.
  2. "Livro de Urantia: 100.7" - Desenvolver uma pessoalidade forte e unificada, pautando-se pelas linhas perfeccionadas da pessoalidade de Jesus.
  3. "Livro de Urantia: 110.6" - Conquistar sucessivamente os sete círculos psíquicos da potencialidade mortal.
  4. Chegar ao status de fusionamento com o Ajustador divino, o que possibilita o translado para os mundos celestiais. A possibilidade, pela graça de Deus, de ascender aos céus diretamente, sem experimentar a morte. De acordo com o "Livro de Urantia", Item 55.2: ser transladado diretamente da vida na carne para a existência moroncial celeste.
  5. "Livro de Urantia: 55.3_18" - Chegando ao status de fusionamento com o espírito divino, fazer uma petição, ao Ajustador Pessoalizado no comando universal, para permanecer servindo na terra, temporariamente isento do translado aos mundos celestiais.

5.6  Traduzindo dois livros do psiquiatra Peter R. Breggin

     Filho: "Aterrissa", estas metas de longo prazo só serão atingidas se você der um passo de cada vez e se concentrar nos seus afazeres do momento. Como você mesmo citou: a maneira mais rápida de um girino tornar-se uma rã é vivendo lealmente cada momento como um girino. Tenha a sabedoria de definir prioridades e a disciplina de realizá-las. Eu lhe pergunto, no momento quais são seus objetivos práticos de curto prazo?

     Pai: O meu objetivo prático no momento, é contribuir com o GAIA para terminar a tradução dos dois livros do psiquiatra "Peter R. Breggin". O doutor Breggin é conhecido como a "consciência da psiquiatria". Um de seus livros se chama: "A Droga Psiquiátrica pode ser o Problema". Nele, Dr. Breggin explica como e por que parar de tomar medicamentos psiquiátricos. O outro livro se chama: "Brain-Disabling Treatments in Psychiatry" (Deficiência Mental Causada por Tratamentos Psiquiátricos). Este livro, mais direcionado para aos profissionais de saúde mental, possui 1384 referências bibliográficas acumuladas em 25 anos de trabalho deste médico ético, corajoso e benfeitor chamado Peter R. Breggin.

5.6.1  Livro: "Desabilitação Cerebral Causada por Tratamentos Psiquiátricos"

     Filho: Caramba, só o título destes livros é preocupante. Será que estes medicamentos psiquiátricos são realmente drogas iatrogênicas que provocam intoxicação cerebral?

     Pai: Sim, estas drogas psiquiátricas provocam uma lobotomia química. Algumas delas, como o Haldol e o Zyprexa, podem matar as células glias do cérebro com uma velocidade aterradora, causando uma diminuição do peso cerebral de 8% à 11% em 17 à 27 meses de administração em doses clínicas. Na verdade, inúmeros problemas mentais surgem na vida das vítimas destas substâncias neurotóxicas. Veja a tradução do seguinte parágrafo do livro:

"Brain-Disabling Treatments in Psychiatry", Item 5.1:
Demonstrating Neuroleptic-Induced Brain Damage And Cell Death
Demonstrando Danos Cerebrais e Morte Celular Induzidos por Neurolépticos

     A recent study involving primates has demonstrated that both the older and the atypical neuroleptics shrink brain tissue during routine clinical exposure. Dorph-Petersen et al. (2005) [374], from the Department of Psychiatry at the University of Pittsburgh, subjected three groups of six macaque monkeys each to oral haloperidol (Haldol), olanzapine (Zyprexa), or sham for a 17-27 month period. The doses of Haldol and Zyprexa produced plasma concentrations similar to those used in clinical practice with human beings. After exposure, the researchers found an 8% to 11% reduction in brain weight in both drug groups but not in the sham group. Shrinkage of the brain was observed "across all major brain regions (frontal, parietal, temporal, occipital, and cerebellum), but appeared most robust in frontal and parietal regions" (p. 1649). The frontal region is the most critical in producing lobotomy-like brain-disabling effects (chapter 1).

     Um estudo recente envolvendo primatas demonstrou que ambos neurolépticos, os antigos e os atípicos, diminuem o tecido cerebral durante exposição clínica rotineira. Dorph-Petersen et al. (2005)14, do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Pittsburgh, submeteram três grupos de seis macacos cada, à administração oral de haloperidol (Haldol), olanzampina (Zyprexa) e placebo, por um período de 17-27 meses. As doses do Haldol e do Zyprexa produziram concentrações no plasma sanguíneo similares àquelas usadas na prática clínica com seres humanos. Após a exposição, os pesquisadores decobriram uma redução do peso cerebral de 8% à 11% em ambos os grupos psiquiatricamente drogados, mas não observaram isto no grupo ao qual foi dado placebo. A diminuição do cérebro foi observada "ao longo de todas as regiões cerebrais majoritárias (frontal, pariental, temporal, occipital e cerebelo), mas aparentou ser mais robusta nas regiões frontal e pariental" (p. 1649). A região frontal é a mais crítica na produção de efeitos de desabilitação cerebral do tipo lobotomia (capítulo 1).

5.6.2  Livro: "A Droga Psiquiátrica pode ser o Problema"

     Filho: Que horror. Fico imaginando uma pessoa, que sabe destas coisas, presenciando a si própria, ou uma pessoa amada, ingerindo estas drogas psiquiátricas, que matam as células do cérebro, sufocam a pessoa humana e promovem uma "paz de cemitério", uma "paz sem vida".

     Estou quase convencido da importância de terminar rapidamente a tradução destes dois livros. Será que existem outros médicos e psiquiatras que apoiam o doutor Peter R. Breggin? Isto seria um argumento significativo para os tradutores voluntários e altruístas da comunidade.

     Pai: Vários cientistas, médicos e psiquiatras aclamaram antecipadamente o livro que traduzimos. Veja este prefácio estimulador dos corajosos defensores do cérebro dos seres humanos:

Aclamação antecipada de
"A Droga Psiquiátrica pode ser o Problema"

     "Steven Rose, Ph.D."

Professor de Biologia e Diretor,
Brain and Behavior Research Group,
(Grupo de Pesquisa do Cérebro e do Comportamento)
Universidade Aberta, Milton Keynes, Inglaterra

     "A abordagem médica moderna para qualquer problema humano é encontrar uma droga - uma espécie de bala mágica - para corrigi-lo. Mas muitas drogas fazem mais mal do que bem, e algumas até mesmo causam os problemas que elas supostamente deveriam corrigir. E uma vez na droga, sair fora também pode ser perigoso. Neste livro claro e importante, Peter Breggin e David Cohen delinearam os problemas e forneceram uma explicação passo-a-passo de como sair fora da droga que pode estar prejudicando você".

     "Douglas C. Smith, M.D."

Psiquiatra, Juneau, Alaska

     "Cem anos a partir de agora, as pessoas vão ler os atuais livros de psiquiatria com a mesma incredulidade que temos agora acerca do derramamento de sangue e óleo de cobra. `A Droga Psiquiátrica pode ser o Problema' será lembrado como o ponto da virada, e como o farol que mostrou o caminho para sair desses dias sombrios de utilização generalizada destas drogas. Breggin e Cohen, como amigos de confiança, nos fornecem informações críticas que precisamos saber, a fim de estarmos bem informados e tomarmos decisões sobre as drogas psiquiátricas, incluindo quando e como parar de tomá-las. Eles apresentam tudo isso dentro de uma filosofia coerente de vida e de saúde que torna obsoleto o uso rotineiro de drogas psiquiátricas. Se você chegou a esse ponto inevitável de estar desiludido com a sua droga psiquiátrica, este livro vai ser seu melhor amigo e guia."

     "William Glasser, M.D."

Psiquiatra, autor de Reality Therapy
(Terapia da Realidade)
e a vindoura Reality Therapy in Action
(Terapia da Realidade em Ação)
Chatsworth, Califórnia

     "Atualmente o pensamento médico falso, que há uma droga curadora para quase todas as doenças comuns, faz mais mal dentro do argumento psiquiátrico moderno que a doença mental é facilmente diagnosticada e curada por uma droga livre de efeitos colaterais. Atualmente o pensamento psiquiátricos correto é mais evidente nos livros de Peter Breggin. Neles, ele explica claramente que os pacientes com doenças mentais estão em quase todas as instâncias sofrendo de sua incapacidade de se conectar com as pessoas importantes em suas vidas e precisam de ajuda para fazer essas conexões vitais. Ele sustenta que as consultas seguras e livres de drogas são um caminho mais efetivo para ajudar as pessoas, e eu concordo entusiasticamente com esta premissa."

5.7  Plano editorial em saúde mental

     Filho: Está bom. Mesmo sem ter lido o livro "A Droga Psiquiátrica pode ser o Problema", estou convencido da importância de traduzi-lo e estar bem informado sobre este assunto.

     Agora te pergunto: qual a relação deste tópico de drogas psiquiátricas e os informativos da comunidade dedicados ao desenvolvimento integral da pessoa humana?

     Pai: A mente, juntamente com o corpo, a alma e o espírito são unificados pela nossa pessoalidade. Os informativos dos aprendizes da informação aberta, objetivam fomentar as condições ideais para que nossos descendentes cresçam em famílias unidas, com um corpo saudável, uma mente integrada, uma alma engrandecida e uma pessoalidade unificada, forte e centrada em nosso espírito.

     Para terminar a fase editorial do grupo de aprendizes e iniciar a fase educacional, precisamos terminar os informativos básicos no assunto de saúde mental. Estes dois livros fazem parte deste plano editorial. Veja à seguir nossa proposta de trabalho:

Proposta editorial do grupo de aprendizes em saúde mental
Terapeutas da mente, psique e alma,

     Esta carta é uma proposta de editoração, estudo e trabalho curativo da mente, psique e alma. A mente é um dos sete pilares temáticos do Grupo de Aprendizes da Informação Aberta.

     A mente está em uma esfera de (2) símbolos, signos e significados entre a (1) base dos fatos materiais e os (3) elevados valores do espírito. Por isso, esta proposta de estudo e trabalho terapêutico abrange (1) a base material do corpo, sistema nervoso e cérebro, (2) a sanidade psicológica e estrutura informacional da mente e (3) o conhecimento e sabedoria necessários para receber com devoção e engrandecer equilibradamente o espírito pré-pessoal residente, nosso eu divino eterno.

     Na fase editorial deste grupo de aprendizes, planejamos digitalizar, traduzir e disponibilizar na Internet e para impressão o seguinte material:

  1. Para defender das drogas, a integridade física do cérebro:
    Intoxicação Cerebral
    1. Brain-Disabling Treatments in Psychiatry - Peter R. Breggin
    2. A Droga Psiquiátrica pode ser o Problema - Peter R. Breggin
    3. Comissão dos Cidadãos para os Direitos Humanos - CCHR
    4. Psiquiatria (Materialista) uma Indústria de Morte (Mental) - CCHR
  2. Para a psique-terapia e cura psicológica:
    Psique-Terapia pela Alma
    1. Dianética: compreendendo a mente
    2. Dianética: A Ciência da Saúde Mental - L. Ron Hubbard
  3. Para compreender a mente e equilibradamente sintonizar com o espírito:
    Psicologia Espiritual
    1. Mind at Mischief - William S. Sadler
    2. A Ciência Revelada e Evolucionária sobre a Mente Humana

     Será muito bem vinda toda ajuda para este trabalho editorial, informativo, educacional e terapêutico.

5.8  Mente: a interface entre o espírito e a matéria

     Filho: Uau! Parabéns. Percebo então que a parte das drogas psiquiátricas e os dois livros que estão sendo traduzidos, referem-se apenas à parte básica da mente, qual seja, o cérebro material.

     Pai: Sim.

     Filho: Parece também que vocês vêem a mente como a interface entre o corpo material e o espírito divino. Sendo assim, é importante para o crescimento da alma moroncial centrada no espírito, que a mente esteja perfeitamente ponderada, com as energias neurais estabilizadas.

     Pai: Perfeito. De acordo com a revelação, é a mente humana que faz a interface entre o corpo material e o espírito divino. Observe esta passagem revelada na "Bíblia da Terra":

"Livro de Urantia", Item 111.1:
A Mente, Arena da Escolha

     Embora o trabalho dos Ajustadores seja espiritual, na sua natureza, devem eles, forçosamente, efetuar todo o seu trabalho com base no intelecto. A mente é o solo humano a partir do qual o Monitor espiritual deve fazer a alma moroncial evoluir, em cooperação com a pessoalidade residida por ele.

     Além disso estas realidades do "micro-cosmos humano" são reflexos das realidades universais. No Grande Universo é a mente que faz a intermediação entre o espírito e a matéria. Na criatura evoluída a matéria, a mente e o espírito estão unificados pela pessoalidade. A revelação explica que existem quatro circuitos universais: 1 - pessoalidade, 2 - espírito, 3 - mente e 4 - matéria-energia. A pessoalidade unifica os outros três níveis da realidade. A revelação fornece uma técnica para alcançar a unidade na compreensão da realidade e relações entre a matéria e o espírito, pela mediação da mente.

     Deus, O Pai Universal, é a primeira pessoa da trindade. Ele é o outorgador da pessoalidade e o Pai do Filho Eterno, a pessoalidade absoluta, a segunda pessoa da trindade. O Filho Eterno é o outorgador do espírito e junto com o Pai conceberam o Espírito Infinito (Agente Conjunto), a terceira pessoa da trindade e o outorgador da mente. Assim o 1 - Pai, o 2 - Filho e o 3 - Espírito, são respectivamente outorgadores da 1 - pessoalidade, do 2 - espírito e da 3 - mente. Contudo, Deus, O Pai Universal, também criou a Ilha do Paraíso, a fonte de toda matéria-energia, que é uma realidade não-pessoal.

     Aprendi isto no item 0.5 da introdução do livro de urantia que fala a respeito das realidades da pessoalidade. Tudo isto está sintetizado no seguinte parágrafo da quinta revelação supra-humana para nosso planeta:

     "Livro de Urantia", parágrafo 0.5_5: O Pai Universal é o segredo, tanto da realidade da pessoalidade quanto da outorga e destino da pessoalidade. O Filho Eterno é a pessoalidade absoluta, é o segredo da energia espiritual, dos espíritos moronciais e dos espíritos perfeccionados. O Agente Conjunto é a pessoalidade mente-espírito, a fonte da inteligência, da razão e da mente universal. A Ilha do Paraíso, porém, é não-pessoal e extra-espiritual, sendo a essência do corpo universal, fonte e centro da matéria física e arquétipo mestre absoluto da realidade material universal.

5.8.1  Defendendo a mente e a experiência espiritual

     Filho: Entendi. Na explicação unificadora do "Livro de Urantia", a mente é a interface entre o espírito e a matéria. Mas porque isto é tão importante para este trabalho informativo?

     Pai: A mente é a plataforma fundamental da experiência humana com o espírito divino. Por isso, precisamos de um corpo saudável e uma mente espiritualizada para sintonizar com nosso próprio espírito guia e edificar uma alma engrandecida. Vivemos com a fé de que, pela graça de Deus, nossa pessoa e alma irão ressuscitar em um corpo moroncial15 nos mundos celestiais, quando nosso corpo material falecer.

     Filho: Você está dizendo que a mente é fundamental para nossa experiência espiritual pessoal?

     Pai: Exatamente. Como buscamos a orientação do espírito divino que vive em nós, dedicamo-nos a ter um corpo saudável e uma mente integrada, para adorar nosso espírito e junto com ele engrandecer nossa alma, no seio de uma pessoalidade unificada.

5.9  Protegendo e respeitando a experiência espiritual de cada um

     Filho: Você está dizendo que nossa mente é crucial na experiência religiosa assim como na ciência material. Mas talvez existam pessoas que não estejam interessadas nestas coisas.

     Pai: Tudo bem, temos que respeitar a liberdade das pessoas de tomar suas próprias decisões, não devemos ser educadores autoritários. Vemos este trabalho do grupo de aprendizes, como um "abraço educativo" objetivando proteger a experiência espiritual individual interior dos seres humanos, especialmente das futuras gerações.

     A família é a "casa" do corpo. O corpo é a "casa" da mente. A mente é a "casa" da alma. A alma é a "casa" do espírito. Por isso, buscamos uma família unida e feliz, um corpo saudável, uma mente integrada e uma alma engrandecida. Assim, como um cálice em flor, iremos cada vez mais com carinho e amor devocional, recebermos em nossa alma, o espírito pré-pessoal de Deus, que com amor misericordioso, nos eleva de nossa origem material, animal e mortal para nosso destino espiritual, divino e eterno.

     Buscamos amar à Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a nós mesmos. Desejamos viver com fé na Paternidade de Deus e na consequente irmandade dos seres humanos. Esta experiência vital é pessoal e interior de cada um. As realidades espirituais não estão exteriorizadas neste mundo material. Nosso contato com a Verdade do espírito divino ocorre no interior de nossa própria alma e mente.

     Por isso, nosso trabalho educativo pode ser visto como o de um regador da vida. Regamos a semente de nossas crianças e aprendizes, recebemo-os em uma família unida, zelamos pela saúde do corpo e o equilíbrio da mente. Mas sabemos que o crescimento vem de dentro para fora, do espírito divino para alma, mente e corpo de nossa pessoalidade unificada.

     Fazendo assim, respeitando o fórum íntimo de cada um, é lícito edificar um ambiente o melhor possível, para o florescer do espírito divino no seio da pessoa humana de nós mesmos e dos que confiam em nós. Faremos o que for possível para evitar a morte física, mental e espiritual de todas as pessoas humanas.

5.10  Três tipos de morte: física, mental e espiritual

     Filho: Morte mental!? Morte espiritual!?

     Pai: Sim, de acordo com a revelação do "Livro de Urantia", além da morte física que todos conhecemos, existe também a morte mental e a morte espiritual.

"Livro de Urantia", Item 112.3:
O Fenômeno da Morte

     Em geral, os urantianos reconhecem apenas uma espécie de morte: a cessação física das energias da vida. No entanto, no que concerne à sobrevivência da pessoalidade, há realmente três tipos de morte:

  1. A morte espiritual (da alma). Se e quando o homem mortal finalmente rejeitar a sobrevivência, quando ele houver sido pronunciado espiritualmente insolvente, moroncialmente em bancarrota, na opinião conjunta do Ajustador e do serafim sobrevivente, quando esse conselho coordenado houver sido registrado em Uversa e após os Censores e os seus colaboradores reflectivos haverem verificado essas conclusões, então os governantes de Orvônton ordenam a imediata liberação do Monitor residente. Todavia, essa liberação do Ajustador de nenhum modo afeta os deveres do serafim pessoal, ou grupal, ligado àquele indivíduo abandonado pelo Ajustador. Essa espécie de morte é final no seu significado, a despeito de uma temporária continuação das energias de vida dos mecanismos físicos e mentais. Do ponto de vista cósmico, o mortal já está morto; a vida em continuação indica meramente a persistência do impulso material das energias cósmicas.
  2. A morte mental (ou intelectual, ou da mente). Quando os circuitos vitais da ministração ajudante mais elevada são interrompidos, por meio de aberrações do intelecto ou por causa de uma destruição parcial do mecanismo do cérebro; e, se essas condições ultrapassarem certo ponto crítico de irreparabilidade, o Ajustador residente é imediatamente liberado para partir para Divínington. Nos registros do universo, uma pessoalidade mortal é considerada como tendo encontrado a morte quando os circuitos mentais essenciais da vontade-ação humana tiverem sido destruídos. E, novamente, isso é morte, a despeito da continuação de funções do mecanismo vivo do corpo físico. O corpo, sem a mente volitiva, não mais é humano; no entanto, de acordo com a escolha anterior dessa vontade humana, a alma de tal indivíduo pode sobreviver.
  3. A morte física (do corpo e da mente). Quando a morte colhe um ser humano, o Ajustador permanece na cidadela da mente até que cesse a sua função como mecanismo inteligente; mais ou menos no momento em que as energias mensuráveis do cérebro cessam as suas pulsações vitais rítmicas. Em seguida a essa dissolução, o Ajustador deixa a mente em desvanecimento, de um modo tão pouco cerimonioso quanto, anos antes, dera entrada nela; seguindo logo para Divínington passando por Uversa.

     Após a morte, o corpo material retorna ao mundo elementar do qual ele proveio, mas perduram dois fatores não-materiais da pessoalidade sobrevivente: o Ajustador do Pensamento preexistente, levando consigo a transcrição da memória da carreira mortal, e que se dirige para Divínington; e, perdura também, sob a custódia do guardião do destino, a alma imortal moroncial do humano falecido. Esses componentes, fases e formas da alma, esses que foram fórmulas cinéticas e que agora são fórmulas estáticas da identidade, são essenciais à repessoalização nos mundos moronciais. E é a reunião do Ajustador e da alma o que reconstitui a pessoalidade sobrevivente; e que vos reconscientiza no momento do despertar moroncial.

5.11  Defendendo os direitos humanos das vítimas de drogas psiquiátricas

     Filho: Então as drogas psiquiátricas são uma questão de vida ou morte ...  mental. A desabilitação do cérebro, a falta de vontade e a apatia gerada por estas drogas, podem causar uma inviabilização da capacidade de decisão moral e o rompimento temporário do contato com o espírito divino?

     Pai: Sim. E esta é minha maior preocupação. Com este entendimento, podemos afirmar que a proteção da integridade mental das pessoas é uma questão espiritual, pois a mente é ventre no qual recebemos o espírito divino e junto com ele engrandecemos nossa própria alma.

     L. Ron Hubbard foi o elaborador da psique-terapia da dianética e o fundador da religião da cientologia. Ele verbalizou muitas coisas sobre saúde mental e sobre manifestação do espírito. Conhecendo a mente, a alma e o espírito, os cientologistas fundaram a Comissão dos Cidadãos para os Direitos Humanos (CCHR). Esta organização tem sido uma grande defensora dos direitos humanos das vítimas das drogas psiquiátricas.

     Filho: Agora estou entendendo a urgência da tradução dos dois livros do psiquiatra Peter R. Breggin.

     Pai: Doutor, vamos defender as gerações futuras de nossa família. Vivemos em uma época de grandes oportunidades. Podemos unir nossos esforços na busca dos valores eternos e da verdade. Todos queremos paz, felicidade, saúde, equilíbrio e vida eterna. Existem muitos profissionais de saúde na família. Aproveitemos este consenso para trabalhar juntos e positivamente a favor da vida.

5.12  Resolvendo os desequilíbrios e ofensas desnecessárias

     Filho: Em teoria nós concordamos. Mas o que fazer se falta o diálogo, o equilíbrio e o controle? E como lhe dar com as ofensas desnecessárias que frequentemente presenciamos?

     Pai: Temos que reconhecer as causas destes ressentimentos e desentendimentos. Precisamos engrandecer o que é bom. Tenho fé na essência boa16 de todos da nossa fraternidade. Creio que cada um está fazendo o seu melhor dentro de seu próprio entendimento.

     Reconheço falhas nos desequilíbrios. Alguns são muito materialistas, em outros houve um superdesenvolvimento espiritual. E todos precisamos de uma integridade mental que harmonize o ponto de vista material exterior com o ponto de vista espiritual interior.

     Filho: As vezes nosso ego se ofende quando outros indicam nossos erros. Uma boa estratégia, para sem ofender, nos permitirmos falar de coisas mal resolvidas, é que cada um reconheça seus próprios erros e elogie os acertos do outro.

     Pai: Esta é uma boa sugestão. Para segui-la, começo reconhecendo meus desequilíbrios e a falta de simetria na minha pessoalidade. Minha meta atual é que cada vez mais meu espírito, alma, mente e corpo estejam unificados na minha pessoalidade manifestada e centrada em Deus.

     Além disso, muitas das minhas aberrações e re-estimulações de meus traumas psicológicos, vem nos momentos que me falta o discernimento interior. Creio que frequentemente confundi a voz dos meus próprios desejos com a voz de Deus. Em minha carência emocional e minha ânsia de ser amado, frequentemente me apego a voz de minha consciência querendo que seja a voz do Pai Universal de todos nós. Assim, devido à minha carência, devido a minha falta de coragem de enfrentar os problemas com honestidade, fico enganando a mim mesmo na nuvem dos meus pensamentos.

     Contudo sinto-me cada vez mais curado com a revelação da verdadeira religião do espírito, aflorada no "Livro de Urantia". Este livro, sensato e coerente, nos possibilita entender a verdadeira experiência religiosa e discernir-la dos misticismos, transes, fanatismos e auto-enganações de nossa mente imatura e nossa consciência mal orientada.

5.13  Sinais do verdadeiro viver religioso

     Filho: Quais são os sinais das experiências religiosas verdadeiras e equilibradas que você mencionou?

     Pai: Meu generoso benfeitor, olhando estes sinais do verdadeiro viver religioso, concluo que talvez você esteja mais próximo do divino do que eu. Leia com atenção esta passagem curativa dos desequilíbrios e fanatismos:

     "Livro de Urantia", parágrafo 91.7_4: A mente humana pode atuar em resposta à chamada inspiração, quando é sensível, seja às exaltações do subconsciente, seja aos estímulos do supraconsciente. Nos dois casos, parece ao indivíduo que tais ampliações do conteúdo do consciente são mais ou menos alheias ao próprio controle. O entusiasmo místico incontido e o êxtase religioso desenfreado não são as credenciais de nenhuma inspiração, nem credenciais supostamente divinas.

     O teste prático de todas essas estranhas experiências religiosas de misticismo, de êxtase e de inspiração, é o de observar se esses fenômenos levam um indivíduo:

  1. A gozar de uma saúde física melhor e mais completa.
  2. A funcionar mais eficiente e praticamente na sua vida mental.
  3. A socializar mais plena e alegremente a sua experiência religiosa.
  4. A espiritualizar mais completamente a sua vida no cotidiano e a desempenhar-se fielmente dos deveres comuns da existência mortal rotineira.
  5. A aumentar o seu amor e a sua apreciação da verdade, da beleza e da bondade.
  6. A conservar os valores sociais, morais, éticos e espirituais normalmente reconhecidos.
  7. A ter mais discernimento espiritual interior - a consciência de Deus.

5.14  Jesus e O Amor de Deus dissolvendo nossos temores

     Filho: Concordo contigo, e percebo alguns destes sinais na minha vida, contudo nunca busquei à Deus de forma consciente e tão intensamente como você. Eu não entendo porque você sofre tanto, não entendo porque tu cuidas tão pouco de ti mesmo.

     Pai: Creio que estive excessivamente altruísta. Sei contudo que isso não foi totalmente natural e espontâneo. Certamente um pouco do meu exagero religioso é baseado no meu temor de desagradar à Deus.

     Filho: Conheço uma passagem do "Livro de Urantia" que pode curar estes seus temores. Jesus tinha apenas 12 anos quando argumentou que o Pai Divino não poderia amar menos que o pai humano, portanto se você é sincero no seu amor e gratidão por todos da nossa família e pelo nosso Pai Espiritual, isto lhe dará uma segurança de que estais fazendo o seu melhor e não serão necessários temores. Observe esta passagem que aqui transcrevo:

     "Livro de Urantia", parágrafo 125_6: Embora muitos dos rituais do templo hajam tocado o seu senso do belo e do simbólico, ele ficou decepcionado sempre com a explicação dos sentidos reais dessas cerimônias, que os seus pais ofereceram em resposta às suas muitas perguntas perspicazes. Jesus simplesmente não aceitava as explicações para a adoração e a devoção religiosa envolvendo a crença na ira de Deus ou na braveza atribuída ao Todo-Poderoso. Numa discussão posterior dessas questões, depois de concluírem a visita ao templo, quando o seu pai insistiu com suavidade para que ele declarasse aceitar as crenças ortodoxas judaicas, Jesus voltou-se subitamente para os seus pais e, olhando com apelo dentro dos olhos do seu pai, disse: "Meu pai, não pode ser verdade - o Pai nos céus não pode tratar assim os seus filhos que erram pela Terra. O Pai celeste não pode amar os seus filhos menos do que tu me amas. E eu sei bem, não importa quão pouco sábio seja o que eu possa chegar a fazer, tu não irias jamais derramar a tua ira sobre mim, nem expandir a tua raiva em mim. Se tu, meu pai terreno, possuis esses reflexos humanos do divino, quão mais pleno de bondade não deve ser o Pai celeste e transbordante de misericórdia. Eu me recuso a acreditar que o meu Pai nos céus me ame menos do que o meu pai na Terra".

     Pai: Muito grato.

5.15  Unidade e comunhão espiritual entre seres humanos

     Filho: Certo garoto. Agora preste atenção, embora minha mente humana ainda não tenha despertado para grandeza do meu eu divino, tu sabes o valor absoluto do espírito divino que vive na alma dos seres humanos. Pois bem, embora exteriormente ainda estejamos distantes da manifestação de nosso eu real, creio que podemos internamente comungar com o espírito de todos os seres através do espírito divino em nós, no centro causal de nossa própria alma, no coração vivo de nossa mente iluminada. Tu podes amar e comungar com Deus em ti e através Dele entrar em contato com Seu espírito em todos os seres humanos, mesmo aqueles que declaradamente te maldizem e exteriormente te desrespeitam.

     Pai: Grato pelo bom conselho, saiba que esta experiência interior constantemente acontece. As vezes exatamente as pessoas que mais amo e para as quais mais me dedico, me tratam com desdêm e desconsideram meu valor. Tu não imaginas como isso dói. Hoje em dia eu entendo o sofrimento de muitas pessoas de famílias desfeitas. Contudo estas dores profundas podem ser minoradas por nossa fé e comunhão com o Pai Espiritual de todos nós. Muitas vezes depois de anos de lealdade, bem querer e dedicação sincera às pessoas de nossa família, sinto que não somos reconhecidos. Nestes momentos, ao invés de me revoltar e cultivar ressentimentos, busco, no centro de minha alma, um contato com o espírito divino em mim e em todos, especialmente os que me ofendem.

     Gostaria de dizer quantas coisas bonitas eu ouço no relicário de meu coração. Como eu anseio que todos de nossa família se fundam ao próprio eu divino e manifestem toda beleza que as vezes misericordiosamente me conforta do centro de minha própria alma. Realmente acredito que experimentei algum contato real com nosso Pai Espiritual e com gratidão recebi do Amor de Sua Pessoa Suprema, Última, Absoluta e Infinita.

5.16  Manifestações da divindade potencial da alma emergente

     Filho: Existe alguma passagem do "Livro de Urantia" que fale destas coisas imponderáveis da vida humana e realidades espirituais vivas?

     Pai: Sim, meu generoso amigo, mas antes de falar sobre isso, oremos para o Pai no Céu que nos criou a todos:

     Oramos à Ti Senhor, para que quando a nossa carreira acabar, Tu faças dela uma honra ao Vosso nome, um prazer para o Vosso espírito de bondade, e uma satisfação Para aqueles que ajudam a nossa alma.

     Filho: Tudo bem, creio que você encontrou algo grandioso dentro de ti mesmo. Mas como você pode ter certeza da presença de Deus na sua vida?

     Pai: Leia com carinho, humildade, gratidão e reconhecimento. Leia sobre os fenômenos que comprovam a presença de um espírito divino residindo dentro do ser humano.

     "Livro de Urantia", parágrafo 101.3_4: Por meio da fé religiosa, é que a alma do homem revela a si própria e, do modo característico pelo qual ela induz a pessoalidade mortal a reagir a certas situações de provação e testes intelectuais e sociais, é que tal alma demonstra a divindade potencial da sua natureza emergente. A fé espiritual genuína (a consciência moral autêntica) é revelada por aquilo que:

  1. Faz a ética e a moral progredirem, a despeito de tendências animais inerentes e adversas.
  2. Produz uma sublime confiança na bondade de Deus, mesmo em face do desapontamento amargo ou derrotas esmagadoras.
  3. Gera profunda coragem e confiança, a despeito de adversidades naturais e de calamidades físicas.
  4. Demonstra equilíbrio e compostura inexplicáveis, a despeito mesmo de doenças desconcertantes e de um sofrimento físico agudo.
  5. Mantém um misterioso equilíbrio e a integridade da pessoalidade, em face de maus-tratos e da mais flagrante injustiça.
  6. Mantém uma confiança divina na vitória última, a despeito das crueldades de um destino aparentemente cego e da indiferença aparentemente total das forças naturais para com o bem-estar humano.
  7. Persiste inquebrantável na crença em Deus, apesar de todas as demonstrações em contrário da lógica, e resiste com êxito a todos os outros sofismas intelectuais.
  8. Continua a demonstrar uma fé destemida na sobrevivência da alma, apesar dos ensinamentos enganosos da falsa ciência e da ilusão persuasiva das filosofias insanas.
  9. Vive e triunfa independentemente da sobrecarga esmagadora de civilizações tornadas complexas e tendenciosas nos tempos modernos.
  10. Contribui para a sobrevivência contínua do altruísmo, a despeito do egoísmo humano, dos antagonismos sociais, da ganância da indústria e dos desajustes políticos.
  11. Adere com firmeza a uma crença sublime na unidade do universo e no guiamento divino, sem preocupações quanto à presença perturbadora do mal e do pecado.
  12. Continua adorando a Deus a despeito de tudo e todos. Ousa declarar: "Ainda que Ele me mate, ainda assim servirei a Ele".

     Sabemos, pois, por intermédio de três fenômenos, que o homem tem um espírito divino, ou espíritos, residindo dentro dele: primeiro, pela experiência pessoal - a fé religiosa - ; segundo, pela revelação - pessoal e racial - ; e terceiro, pela demonstração surpreendente das reações extraordinárias, e não inatas, ao meio ambiente material, conforme ilustram as doze atuações de cunho espiritual, em face das situações de provação na vida real, as quais acabamos de citar. E ainda há outras.


Notas de Rodapé:

14 Dorph-Petersen, K.-A., Pierri, J., Perel, J., Sun, Z., Sampson, A., & Lewis, D. (2005). The influence of chronic exposure to antipsychotic medications on brain size before and after tissue fixation: A comparison of haloperidol and olanzapine in macaque monkeys. Neuropsychopharmacology, 30, 1649-1661.
15 Livro de Urantia - 0.5_12: Morôncia é um termo que designa um vasto nível que se interpola entre o material e o espiritual. Pode designar realidades pessoais ou impessoais, energias vivas ou não viventes. Os elos do tecido moroncial são espirituais, a sua trama é física.
16 Eu significa bom em grego. Ser é a raiz da palavra essência. "Essência boa" é uma forma de se referir ao "Eu Sou", o "eu divino", o "Ajustador de Pensamentos" em cada um de nós.