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A história da psiquiatria consiste não em métodos de curar, mas em práticas brutais que nenhum profissional médico reputado chamaria alguma vez de tratamento.
Como o autor Edward Shorter declarou na História da Psiquiatria, os psiquiatras tiveram "uma reputação bastante pobre, aborrecida e medíocre, entre os seus colegas médicos".
Apesar dos aumentos massivos em financiamentos durante os últimos sessenta anos, os psiquiatras falharam em definir, quanto mais curar, as causas dos problemas mentais. Norman Sartorius, antigo presidente da Associação Mundial de Psiquiatria, declarou:
"A época em que os psiquiatras consideraram que poderiam curar os doentes mentais já era. No futuro os doentes mentais terão de aprender a viver com a sua doença."
Por outras palavras, a psiquiatria é um completo fracasso.
Até ao meio do século XIX, a prática que se tornou conhecida como "psiquiatria" era responsável apenas pelo confinamento dos considerados mentalmente perturbados. Os pacientes eram tratados como animais, controlados através de força bruta. Punições físicas cruéis dominavam os hospícios.
Os internados eram confinados em jaulas, armários e em estábulos, eles eram algemados e chicoteados. O psiquiatra Lee Coleman, autor do livro intitulado: "O Reino do Erro", diz que as raízes da psiquiatria estão baseadas no controle e poder:
"O que quer que fosse feito para fazer desta pessoa mais manejável seria simplesmente chamado de tratamento. E a triste realidade é que muitos destes chamados tratamentos eram essencialmente tortura."
Durante os séculos XVII e XVIII, os internados no infame hospício mental londrino "Bedlam" eram acorrentados, espancados, era-lhes dada comida estragada, e eles eram sujeitos a sangrias. Os únicos beneficiários deste tratamento eram os assistentes do hospício, que faziam fortunas dos seus "armazéns humanos" e exibiam as suas vítimas como atos de espectáculo de circo para qualquer pessoa que estivesse disposta a pagar a entrada.
Na Inglaterra em 1684, o doutor Thomas Willis escreveu um texto sobre a insanidade declarando:
"A disciplina, ameaças, grilhetas (algemas), e pancadas eram necessárias. Na verdade, nada mais é necessário e mais efetivo para a recuperação destas pessoas do que forçá-las a respeitar e a temer a intimidação."
Durante os séculos XVIII e XIX, os pacientes eram acorrentados às paredes, despidos, espancados com varas e chicoteados para obedecerem. O diretor Philippe Pinel, do hospício francês, aboliu o uso de correntes na Instituição Paris' Salpêtrière em 1793. Instituindo contudo no seu lugar as camisas-de-força. Ele ameaçava com "dez chicotadas severas" aos pacientes que se comportavam mal.
Na Alemanha em 1808, Johann Christian Reil inventou o termo "psiquiatria". A palavra significava literalmente "a cura da alma" do Grego "psyche". No entanto, Reil tinha já concluído em 1803 - sem provas - que os distúrbios mentais vinham do cérebro, não da alma. Ele advogou a punição, a intimidação, barulhos altos, chicotadas e ópio como tratamentos, descrevendo-os como "tortura não danificadora". Para um homem que sofrera uma "ilusão sobre a pureza do sexo feminino", Reil recomendaria "uma prostituta que curaria as suas ilusões".
Dr. Benjamin Rush, o "pai da psiquiatria americana", editou o primeiro livro sobre a psiquiatria em 1812. A masturbação e demasiado sangue no cérebro eram considerados as causas da loucura. O tratamento envolvia a cauterização da coluna e dos genitais, ou cobrir as partes privadas do paciente em gesso para prevenir a masturbação.
Os tratamentos recomendados por Rush incluíam:
Aquando de 1890, os psiquiatras - procuravam igualar os avanços médicos do dia - estavam a levar a cabo experiências cada vez mais bizarras na pesquisa de novos tratamentos. Eles injetavam os pacientes com extratos de órgãos sexuais e glândulas de animais. Extrato de tiróide de ovelha (a glândula que afeta o crescimento e energia) era um tratamento comum que causava febres, perda de peso e uma redução na contagem de células vermelhas no sangue.
Na década de 20, o professor austríaco de psiquiatria Julius Wagner Jauregg injetou malária nos seus pacientes, afirmando que a febre resultante ajudá-los-ia a recuperar a sua sanidade. Wagner Jauregg foi premiado em 1927 com o Prêmio Nobel da Medicina por este trabalho.
A farsa da psiquiatria é claramente declarada neste resumo do tratamento psiquiátrico de Rush:
"O terror atua poderosamente sobre o corpo através da comunicação da mente, e deve ser empregue na cura da loucura."
Psiquiatra Benjamin Rush desenhou a cadeira tranquilizadora (em baixo à direita) para restringir e manter a vítima num estado de desconforto e dor. A sua invenção derivou da "Cadeira da Bruxa", usada para extrair confissões de bruxas acusadas. Veja a afirmação sobre seu invento:
"Nesta cadeira ficam presos todos os membros do corpo. Ao prevenir os músculos de agirem ... a posição da cabeça e dos pés favorece a fácil aplicação de água fria ou gelo na cabeça e água morna no pé. Os resultados disto foram-me muito agradáveis".
No princípio da psiquiatria, os tratamentos consitiam em cadeiras tranquilizadoras (1), e também cadeiras giratórias. Ambas causam aturdimento, náusea, vômitos e hemorragias. Os psiquiatras atiravam pacientes com os olhos vendados dentro da água gelada. Este foi uma forma de tratamento de choque. Jean-Martin Charcot, psiquiatra francês, usava um compressor de ovários (2) para espremer os ovários da mulher, numa tentativa de deter a histeria feminina. A camisa de prisão à força (3) sempre foi um utensílio aprisionador das instituições de psiquiatria. Duzentos anos mais tarde, os artefatos são diferentes, mas o objetivo é o mesmo: sugjulgar os pacientes tornando-os apáticos e controláveis pelos tiranos agnósticos7 que ignoram a sacralidade do espírito divino no centro do ser humano. E para isso os pacientes são golpeados com os punhos, reprimidos ou drogados sob submissão. A violência física, os repressores químicos travestidos de drogas psiquiátricas, e os tratamentos como o eletrochoque, prejudicam os pacientes fisicamente e mentalmente, e em alguns casos provocam a morte.
A palavra psicologia (psychology) primeiro aparece no idioma inglês no século XVII e é derivada de psyche (alma) e logy (estudo de). Como um tema filosófico, a mente e o corpo são considerados como existindo em planos de realidade diferentes. René Descartes, filósofo francês (1596 - 1650), advoga que "a mente e o corpo estão em níveis diferentes porque, se algo é tirado do corpo, nada é considerado perdido pela mente". Sua filosofia preconiza que a mente não está no espaço como as substâncias físicas ordinárias estão. A mente pode pensar por si mesma e têm propósito e liberdade derivados da realidade espiritual em seu próprio interior. Desde que os problemas humanos fossem os da "alma", era o domínio da religião dirigir-se a tais problemas.
Mas em 1879, o psicólogo alemão Wilhelm Wundt revela a psicologia "experimental" para seus estudantes da Universidade de Leipzig, declarando o estudo da alma como "desperdício de energia" e que o humano não era nada mais que um animal. Ao redefinir os problemas do humano em termos "biológicos", Wundt e os seus companheiros psicólogos e psiquiatras estavam capacitados para estabelecer tratamentos para tais problemas, e de receber os fundos financeiros para isto. Sendo esta "capacidade psiquiátrica de tratamento" estabelecida dentro de suas próprias categorias e de suas teorias materialistas sobre o ser humano.
A nova ciência ateísta de Wundt, descreve o humano como um animal que poderia ser manipulado tão facilmente como um cão, poderia ser treinado para salivar ao soar de uma campainha. Esta teoria encontrou grande apoio em alguns governantes e incitou-os a guerra. Suas teorias abasteceram as ambições do "Chanceler de Ferro" da Alemanha, Otto Von Bismarck, que aspirava o controle das massas para alimentar sua maquinaria de guerra. Foram estas idéias maquiavélicas que resultaram na morte de milhões durante a segunda guerra mundial.
Mesmo que esta teoria, de que o "humano é um animal", seja facilmente desprestigiada (os cães não dirigem carros, os cavalos nunca pintarão obras de arte e os concertos não serão dirigidos por macacos), a psicologia e a psiquiatria adoptaram o modelo biológico materialista de Wundt. O humano foi declarado uma vítima de seu próprio meio ambiente com um controle consciente diminuto sobre seus pensamentos e ações - um animal moldado por seu meio. No entanto, nem a psicologia nem a psiquiatria nunca foram capazes de isolar cientificamente uma só causa biológica dos comportamentos não desejados, ou de oferecer alguma cura.
Ryan Bazler, co-autor de "Psicologia Desprestigiada", diz que:
"... sem alma não há consciência, não há uma lei superior, não há moralidade na sua mente que governe a forma em que você atua. Você somente atua com base nos seus impulsos. Você está a atuar da maneira que o seu cérebro diz que faça. Contudo, intuitivamente isso não faz sentido. Nós não somos escravos dos nossos cérebros. Você sabe, nós não andamos com rodeios, `Oh, meu cérebro quer que faça isso desta forma', `Meu cérebro quer que siga assim' ".
Dr. Thomas Szasz, escreveu mais de 25 livros sobre a psiquiatria, ele diz abertamente que:
... o verdadeiro propósito da psiquiatria é política e economia ... O controle da conduta não é uma ciência, nem medicina.
De fato, sem Deus o secularismo científico é inerentemente fraco pois se descarta da ética e da religião, a troco de política e de poder. Certamente as mortes causadas pela indústria da psiquiatria são o parte da pavorosa ceifa do materialismo e do secularismo. Como previsto em 1935 no:
"Livro de Urantia", parágrafos 195.8_10-13: Sem Deus, sem religião, o secularismo científico não pode nunca coordenar suas forças, harmonizar os seus interesses, as suas raças e os seus nacionalismos, divergentes e competitivos. Essa sociedade humana secularista, não obstante os seus feitos materialistas sem paralelos, está desintegrando-se vagarosamente. A força coesiva principal a resistir a essa desintegração, de antagonismos, é o nacionalismo. E o nacionalismo é a maior barreira para a paz mundial.
A fraqueza inerente ao secularismo é que ele se descarta da ética e da religião, a troco de política e de poder. Vós simplesmente não podeis estabelecer a irmandade dos homens se ignorardes ou se negardes a paternidade de Deus.
O otimismo secular social e político é uma ilusão. Sem Deus, nem a independência, nem a liberdade, nem a propriedade, nem a riqueza conduzirão à paz.
A secularização completa da ciência, da educação, da indústria e da sociedade pode conduzir apenas ao desastre. No primeiro terço do século vinte, os urantianos8 mataram mais seres humanos do que os que foram mortos durante toda a dispensação cristã até aquela época. E isso é apenas o começo da pavorosa ceifa do materialismo e do secularismo; destruições ainda mais terríveis ainda estão para vir.
A teoria behavorista ou comportamentalista dos psicólogos, começando com Ivan Pavlov (acima) e os seus cães salivares, incitou as idéias de condicionamento e adestramento das futuras gerações humanas. Os psicólogos John B. Watson (fotografia inferior à esquerda) e B.F. Skinner (abaixo à direita), desenvolveram experiências de condicionamento em um esforço arrogante que denegriu a visão do ser humano. Skinner inventou a "Caixa Skinner" para condicionar animais e pessoas, declarando numa entrevista que ele preferia queimar os seus próprios filhos do que destruir a sua investigação.
Em 1883, o psicólogo inglês Francis Galton, primo de Charles Darwin, inventou o termo engenia (que significa bom nascimento). Galton apoiou a teoria de Darwin de que o humano havia evoluído de animais inferiores. Promoveu a procriação e a existência de humanos melhores, e o desalento da reprodução daqueles que ele considerava menos desejáveis.
Foi natural o avanço da teoria de Wundt, de que "o homem é um animal", até as doutrinas de procriação eugênicas.
Imediatamente psicólogos ingleses como Herbert Spencer promoveriam amplamente a pseudociência da eugenia. Em 1870, Spencer afirmou que a procriação seletiva dos capacitados geraria uma raça superior e o incapacitado deveria ser extinto. Recomendou que a seleção natural continuasse a sua trajetória, por exemplo, fez a afirmação de que o governo não fizesse nada para salvar o pobre, o frágil ou o incapacitado. Spencer afirmou que ajudar as crianças dos pobres era um crime sério contra a sociedade, pois isto "colocaria em desvantagem os respeitáveis". Denomeou isto como "psicologia evolucionista". Ele opôs-se às leis estabelecidas que ordenavam padrões de segurança para o lar, os sistemas de água limpa, sistemas efetivos de desaguamento e regras para minas e indústrias, já que tudo isto representava uma "preservação artificial daqueles menos capazes de cuidar deles mesmos".
Os Estados Unidos não foram imunes à ideologia da eugenia. Em 1896, em Connecticut foi decretada uma lei que proibia o casamento de dementes. Por sua vez outros estados seguiram isto, ameaçando o doente mental, caso se casassem, com uma multa de $1.000 e 5 anos de prisão. Charles Davenport, que estudou psicologia da eugenia, argumentou que se uma sociedade tivesse que escolher entre permitir que os "deficientes mentais" procriassem ou executá-los, o último seria preferível.
Nos anos 20, a esterilização eugênica foi praticada em duas dezenas de estados. Em 1921, o Segundo Congresso Internacional sobre Eugenia em Nova Iorque declarou que a ciência deveria "instruir o governo na prevenção da disseminação e multiplicação dos membros inúteis da sociedade".
Durante os anos 30, as políticas de imigração dos Estados Unidos foram guiadas por teorias eugênicas, e muitos indivíduos descendentes de italianos, dos países da Europa oriental, foram recusados. Além disso, como na Alemanha, o anti-semitismo foi incitado pela falácia dos defensores da eugenia.
Até 1974, mulheres sob beneficência tinham o dobro de probabilidades de serem esterilizadas. Cerca de 25% das mulheres nativas americanas tinham sido esterilizadas e a decadência em fertilidade foi mais pronunciada entre as afro-americanas e as mexicanas-americanas.
No início de 1900 a Sociedade Eugênica Americana outorgou medalhas nas feiras estatais (acima à esquerda) às melhores famílias procriadas, com finalidade de obter o apoio para a esterilização de minorias e "incapacitados". Nos anos 70 a psiquiatria continuou com a esterilização daqueles catalogados como "incapacitados".
ADOLF HITLER foi inspirado pelos notáveis psiquiatras eugênicos Alfred Hoche (no meio) e Alfred Ploetz - suas teorias formaram as bases ideológicas do livro seminal de Hitler: Mein Kampf (A Minha Luta).
A ideologia eugênica ainda prevalece nas declarações e escritos dos psicólogos. No livro do psicólogo americano Richard Herrnstein, escrito em 1994, intitulado "A Curva do Sino", o autor rotula os afro-americanos e hispânicos como "geneticamente incapacitados", diz que são intelectualmente inferiores devido a sua herança genética e afirma que nem a educação ou treino poderiam mudar isto.
Em 1895, Alfred Ploetz introduziu a eugenia na Alemanha, e chegou a propor o assassinato dos "indesejáveis". Ele publicou "The Fitness of Our Race and the Protection of the Weak", inventando a palavra "rassenhygiene", que significa higiene racial. Ao escrever sobre "a manutenção e desenvolvimento da raça", Ploetz inspirou os psiquiatras a julgarem o valor dos humanos pelo corpo material e a matar os "inferiores".
Em 1905, Ploetz e o seu cunhado Ernst Rüdin fundaram a Sociedade Alemã da Higiene Racial e em 1911 - mais de duas décadas antes do partido Nazi chegar ao poder - Rüdin apregoava que:
"Todas as nações têm de se arrastar com uma quantidade enorme de inferiores, débeis, enfermiços e aleijados. Através de uma legislação sábia (permitindo a esterilização) ... teríamos de perseguir a racionalidade como a melhor via para a reprodução".
Em 1932, as teorias de "limpeza racial" de Ploetz eram ensinadas em 26 cursos por todas as universidades da Alemanha. Hitler consultou o trabalho de Ploetz e o livro de Fritz Lenz, "Foundations of Human Genetics and Racial Hygiene". Eles transformaram-se na base da sua visão da Alemanha. Considerado um dos maiores heróis da causa nazi, em 1936 Ploetz foi galardoado com o Medalhão Goethe, a medalha de honra mais elevada na Alemanha por feitos na ciência.
Os médicos pessoais de Hitler, os eugenistas Karl Brandt e Theodor Morell, testaram a primeira "morte misericordiosa" nas "crianças deficientes" e ajudaram os psiquiatras a desenhar os planos para o programa de eutanásia infantil.
No dia 18 de agosto de 1939, 14 dias antes da invasão da Polônia, um comitê planejou assassinar todas as crianças deformadas. Aos psiquiatras e médicos foi-lhes dado o poder para "garantir mortes misericordiosas" aos pacientes. Em outubro desse ano, os primeiros formulários oficiais de eutanásia de adultos foram enviados a instituições psiquiátricas, onde 48 psiquiatras os avaliaram e determinaram quem deveria ser morto.
O primeiro "teste de envenenamento por gás" foi levado a cabo em janeiro de 1940 na Instituição Brandenburg. Vinte pessoas foram exterminadas enquanto os psiquiatras e staff assistiam. Instituições de morte foram também edificadas em Grafeneck, Sonnenstein e Hartheim, construídas com "chuveiros" de gás e fornalhas de cremação. A operação da eutanásia foi sediada no número 4 Tiergartenstraße em Berlim e deram-lhe o nome de código "T4". Cerca de 300.000 pessoas "mentalmente desafetadas" - 94% dos "doentes mentais" da Alemanha - foram mortas nas mãos dos psiquiatras.
No início, os judeus eram considerados como "não merecedores" da eutanásia. Isto mudou no dia 30 de agosto de - 1940, quando 160 pacientes judeus foram filmados como parte da propaganda do filme chamado "Escumalha da Humanidade". Eles foram transferidos para a Instituição Bradenburg e depois envenenadas por gás até à morte. O programa de assassinatos da psiquiatria foi estendido a Dachau e outros campos de concentração sobre o nome de código de "14f13".
No entanto, só 23 médicos alemães foram acusados nos julgamentos de Nuremberg, com apenas 16 condenados por crimes contra a humanidade. Destes, apenas cinco eram psiquiatras.
O psiquiatra britânico J. R. Rees (co-fundador da Federação Mundial para a Saúde Mental), o psiquiatra americano Frank Fremont Smith e Werner Vilinger asseguraram-se de que os psiquiatras alemães tratavam os pacientes devastados após a guerra. Mais tarde, o presidente da Sociedade de Psiquiatras Alemã disse que as vítimas "tinham de encontrar as mesmas pessoas que outrora lhes infligiram as suas torturas". Ele chamou a esta fase deprimente "a segunda estrada para o sacrifício".
A campanha de propaganda psiquiátrica usada para ensinar a sociedade alemã era extremamente eficaz. Num julgamento pós-guerra em Munique, o tribunal declarou que a morte dos insanos constituía massacre, não assassínio. A maioria dos psiquiatras responsáveis pelo holocausto regressou à proeminente prática psiquiátrica após a guerra. Arthur Caplan, Presidente do Conselho do Departamento de Ética Médica, Universidade da Pensilvânia disse:
"Alguns dos mais repugnantes psiquiatras eugenistas, no fim da guerra, voltaram a trabalhar quer fosse na Alemanha ou por vezes nos Estados Unidos".
Nunca identificados ou julgados como assassínos em série, os psiquiatras continuaram a promover a eugenia por todo o mundo.
Uma vez que tinham obtido a sanção do governo para a esterilização, os psiquiatras colocaram em andamento os passos para conseguir seu objetivo de eugenia final: limpar a reserva alemã de genes. Eram utilizados filmes de propaganda (acima) que estigmatizavam as pessoas incapacitadas para criar um clima mais favorável para a eutanásia. Camera-mens vestidos como médicos, percorriam os hospitais psiquiátricos do país, filmando pacientes com uma "cara demoníaca de louco". Enquanto a esterilização progredia, os psiquiatras construíram instituições para assassinar, e em 1940 foi iniciada a exterminação em série. Nas câmaras de gás do Hospital Hadamar - com o forno de seu crematório a soltar fumaça (acima) - podia matar-se até 45 pacientes de cada vez.
Em 1941, tendo aperfeiçoado seus centros de matança, os psiquiatras usando o programa "T4" de eutanásia nas instituições mentais, exportaram a tecnologia do assassinato em série em campos de concentração para matar judeus, polacos e outras minorias. Os psiquiatras continuaram a matar seus pacientes em instituições pela Alemanha. Os próximos psiquiatras foram três dos mais notórios gênios do assassinato.
WERNER HEYDE foi membro da SS (Schutzstaffel o policial de segurança do estado), organizador chefe do programa de eutanásia e diretor médico do projeto de matança "T4", projeto psiquiátrico nazista para exterminar "indesejáveis".
HERMANN PFANNMÜLLER foi diretor da instituição psiquiátrica Eglfing-Haar onde ele matou crianças por inanição lenta. Em 1943, ele expandiu o programa, ao estabelecer duas Hungerhauser (casas da fome) para uma população mais idosa.
HANS HEINZE, um proeminente psiquiatra do "T4", encabeça o estado da instituição psiquiátrica de Brandenburg-Gorden, casa do primeiro "Departamento de Especialidade [de morte] das Crianças". Ele assassinou a juventude de várias formas, incluindo o envenenamento com comida e injeções letais de morfina, cianeto e agentes químicos de guerra.
Os psiquiatras soviéticos inventaram a doença mental "esquizofrenia vagarosa" para enquadrar dissidentes políticos que os líderes comunistas queriam que fossem internados em instituções estatais.
Alguns dos sintomas incluíam "inflexibilidade de convições", "exaustão nervosa" causada pela procura de justiça e "estado lunático criminoso identificado pelo criticismo do governo ou do comunismo".
O Instituto Serbsky em Moscovo era o edifício mais importante do controle político punitivo psiquiátrico. Conspirou com o KGB (Comité para a Segurança do Estado) e o Ministro dos Assuntos Internos para estabelecer os "gulags" (rede de trabalho e campos psiquiátricos) e para burlar a lei e a constituição russa.
Os psiquiatras desenvolveram métodos dolorosos de drogar para fazer os prisioneiros políticos falarem e extraírem "testemunho" para uso em investigações de segurança nacional. Mais de 40 milhões de cidadãos estiveram encarcerados e frequentemente tratados à força em instituições psiquiátricas durante a era soviética.
Após a queda do comunismo, estes líderes psiquiátricos continuaram a dirigir as suas instalações e a aconselhar o governo.
Nos anos 90, o Professor Anatoly Prokopenko, historiador e arquivista, foi escolhido pelo Presidente Boris Ieltsin para investigar a condição precária dos dissidentes soviéticos. Prokopenko reportou:
"O uso de meios psiquiátricos para repressão política ainda ocorre na Rússia dos dias de hoje."
No entanto, hoje em dia, esses mesmos psiquiatras permanecem os líderes do sistema de saúde mental da Rússia, e continuam autorizados pela Associação Mundial Psiquiátrica.
A eugenia inspirou também os conflitos que duraram uma década entre a Bósnia e o Kosovo nos anos 90. Os psiquiatras sérvios orquestraram uma guerra que resultou em mais de 110.000 mortes e afastou 1,5 milhões dos seus lares. Mais de 50.000 mulheres foram violentadas como parte do programa de "limpeza étnica".
Começou em 1986, quando o psiquiatra Jovan Raskovic disse aos sérvios para dominarem os croatas e muçulmanos pois eles eram psicologicamente inferiores. Raskovic denegriu os muçulmanos bósnios como tendo uma personalidade de "fase anal" e os croatas como sendo "tipos de baixo nível de castração". Ele concluiu que os sérvios entendiam de autoridade e liderança e deveriam governar os povos da Iugoslávia. Ele fundou o Partido Democrata Sérvio, promovendo amplamente estas idéias. Ele declarou:
"Fiz os preparativos para esta guerra, ainda que não sejam preparativos militares. Se não tivesse criado esta tendência emocional no povo sérvio, nada teria acontecido."
Radovan Karadzic, psiquiatra e aluno de Raskovic, foi o líder da guerra sérvia contra os croatas e os bósnios e orquestrou a limpeza étnica. Em 1995, o Tribunal de Crimes de Guerra dos Estados Unidos acusou Karadzic de genocídio e crimes contra a humanidade. Ele fugiu para se esconder e evitar ser capturado e julgado.
Os problemas nos Balcãs têm sido outra consequência perversa que resultou da invenção psiquiátrica chamada eugenia. Esta tem influenciado a cultura, causado o assassínio de dezenas de milhões de pessoas, e continua a gerar o ódio étnico e conflitos por todo o globo.
Em 1999, o mundo viu o horror do escalavro que foi a "purificação étnica" dirigida em Kosovo e anteriormente, na Bósnia. No entanto, muito poucos estiveram alertas deste genocídio contemporâneo que foi dirigido pela mesma e exata ideologia psiquiátrica que incitou a Alemanha nazista. Em 1999, membros do Conselho da Europa assinaram uma resolução que reconheceu o psiquiatra Jovan Raskovic (abaixo à direita) e o colega psiquiatra, Radovan Karadzic, como os arquitetos da purificação étnica na Bósnia e Kosovo.
Na China, os psiquiatras torturaram e prenderam centenas de membros do grupo religioso Falun Gong, em instalações psiquiátricas chamadas ankangs. Eles inventaram "diagnósticos" tal como "reforma de ilusões" e "maníacos políticos" para justificar o aprisionamento. Os religiosos (abaixo) foram castigados com "injeções intravenosas que fazem com que suas línguas saiam de suas bocas. Eles foram torturados com acupuntura extremamente dolorosa que lhes é aplicada em conjunto com uma corrente elétrica na sola do pé". Eram fortemente drogados nas tentativas de forçá-los a renunciar as suas crenças. Os dissidentes políticos incluem Wang Wanxing, que havia elevado uma bandeira de crítica do Partido Comunista, e foi aprisionado por 13 anos num ankang. Em 2006, ele relatou que os psiquiatras também usaram acupuntura com agulhas elétricas para torturar.
As teorias materialistas e ateístas sobre o seres humanos, da psiquiatria e da psicologia, foram as que proporcionaram a justificativa "científica" para o racismo, o apartheid, o assalto e genocídio de grupos étnicos. Inventaram provas para identificar falsamente os menos adequados, os inaptos e os indesejáveis, e proporcionaram aos governos toda a gama de soluções psiquiátricas, desde a esterilização imposta pela força até o aprisionamento involuntário e o genocídio.
No começo do século XX, o psicólogo britânico Cyril Burt, considerado "pai dos exames educacionais" e a quem lhe foi concedido o título de Sir pelas suas contribuições à este campo de estudos, fabricou evidência para demonstrar que certas classes e raças eram inferiores. Mais tarde foi descoberto que Burt havia falsificado dados, inventou os assistentes que diziam que o tinham ajudado, e escreveu relatórios usando esses nomes para corroborar suas afirmações. Nos EUA, usaram estes exames para segregar os estudantes negros e negar-lhes os recursos educativos disponíveis para os brancos.
Em 1922, o eugenista americano Paul Popenoe havia adicionado sua teoria racista de que o sangue determinava a inteligência:
"Fica estabelecido que a inteligência de um `humano de cor' depende em grande medida da quantidade de sangue branco que tem".
Em 1923, J.T. Dunston, psiquiatra e primeiro Comissionado de Higiene Mental da África do Sul, afirmou que os nativos eram mentalmente inferiores aos brancos porque:
"Sua dança, que eles tanto gostam, não mostra movimentos delicados, um ponto psicológico importante que deveria ser estudado cuidadosamente".
Em 1926, o Instituto Americano Carnegie informou que os índios americanos eram "deficientes na habilidade acadêmica, tinham um grau limitado de dedicação, eram pouco trabalhadores e pouco capazes de receber treinamento". Se eles iam bem nos trabalhos manuais, dizia o relatório, era devido ao "resultado de anos de supervisão persistente por parte dos latifundiários brancos".
Margaret Sanger, membro da Associação de Eugenia Americana e da Associação de Eugenia Inglesa, e fundadora de Planned Parenthood (planejamento familiar), promoveu a esterilização como uma solução para o "problema dos inferiores". Em 1939 estimulou que os negros e outras minorias fossem esterilizadas, mas advertiu: "Não desejamos que se saiba que queremos exterminar a população negra ..."
Na década de 1950, Lewis Terman, presidente da Associação Psicológica Americana, assegurou que nunca se deveria permitir que os mexicanos, os nativos americanos e os negros tivessem filhos devido ao seu "baixo nível de inteligência". Ela escreveu que "esta baixo nível ... é muito comum entre as famílias com ascendência espanhola e índia, entre as mexicanas, e também entre as de raça negra. Sua vileza aparenta ser racial, ou pelo menos inerente na linhagem famíliar da qual descendem. As crianças deste grupo deveriam ser segregadas a classes especiais".
Recentemente em 1972, o psicólogo americano Henry Garret apoiou a segregação, chamando-a de "instituição única, e que de muitas formas funciona bastante bem". Em 1994, o psicólogo Richard Herrnstein defendeu a reprodução seletiva, para evitar o nascimento de "resíduos humanos".
Sabe-se que o racismo da prova de QI é o fundamento científico para o apartheid na África do Sul. O psicólogo Americano Lewis Terman (acima à esquerda), cunhou o termo "QI" para designar "(Q)Coeficiente de Inteligência". Ele afirmou que os "não-brancos nunca poderiam ser educados". O primeiro-ministro da África do Sul, Hendrik Verwoerd (acima à direita), foi um psicólogo que estudou a eugenia em universidades na Alemanha antes de retornar para o seu país e implantar as leis de higiene racial nazistas. Nos anos 70, campos psiquiátricos ocultos (acima) foram estabelecidos para aprisionar milhares de negros para "tratamento industrial", a qual o relatório da Organização Mundial da Saúde se refere como tratamento de escravos. Deixou-se que os pacientes morressem por tratamentos de "trabalhos físicos forçados".