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A associação AMaProFiliA é composta por Avós, Mães, Pais, Professores, Filhos, Filhas e Aprendizes. Esta associação foi concebida do ideal de uma educação integral, voltada para o desenvolvimento da integridade da pessoa humana, e baseada na instituição do lar. Prevemos que a sabedoria dos idosos, a força dos jovens e a vitalidade das crianças da família, estarão idealmente unidos se os pais e mães adultos, em conselho com os avós, organizarem uma escola em casa para os bebês e as crianças em idade pré-escolar, e uma comunidade de aprendizagem na cidade que colabore com a escola formal das crianças, adolescentes e jovens da família.
O ideal é que os avós, mães, pais e professores organizem uma educação integral dos jovens e crianças da família, baseada na instituição do lar. Este ideal foi concebido da revelação no livro de urantia sobre a educação e sobre a vida familiar. Esta organização colabora com a missão dos Institutos para o Desenvolvimento do Potencial Humano. Esta comunidade se espelha no trabalho da escola da ponte.
Estas idéias se cristalizaram durante a 28a Jornada Mundial da Juventude, quando o Papa disse:
... Esta primeira viajem tem em vista encontrar os jovens, mas não isolados da sua vida; eu quereria encontrá-los precisamente no tecido social, em sociedade. Porque, quando isolamos os jovens, praticamos uma injustiça: despojamo-los da sua pertença. Os jovens têm uma pertença: pertença a uma família, a uma pátria, a uma cultura, a uma fé ... Eles têm uma pertença, e não devemos isolá-los! Sobretudo não devemos isolá-los inteiramente da sociedade! Eles são verdadeiramente o futuro de um povo! Isso é verdade; mas não o são somente eles: eles são o futuro, porque têm a força, são jovens, continuarão para adiante. Mas também, no outro extremo da vida, os idosos são o futuro de um povo. Um povo tem futuro se vai em frente com ambos os pontos: com os jovens, com a força, porque o levam para diante; e com os idosos, porque são eles que oferecem a sabedoria da vida. E muitas vezes penso que fazemos uma injustiça aos idosos, pondo-os de lado como se eles não tivessem nada para nos dar; eles têm a sabedoria, a sabedoria da vida, a sabedoria da história, a sabedoria da pátria, a sabedoria da família. E nós precisamos disso! Por isso, digo que vou encontrar os jovens, mas no tecido social, principalmente com os idosos ... [2]
Inspirados por estas palavras do Papa e baseados na bíblia revelada1, idealizamos uma educação integral que estimule, nos membros da família, o desenvolvimento de uma personalidade forte e unificada capaz de integrar os outros fatores associados da individualide. Idealizamos uma educação integral que apresente de forma coerente a religião, filosofia e ciência integradas no livro de urantia.
A AMaProFiliA - Avós, Mães, Pais, Professores, Filhos, Filhas e Aprendizes - propõe uma educação integral no seio do lar de nossas famílias. O propósito é que avós, mães e pais se organizem como professores dos filhos, filhas, netos e netas da família. Esta é uma idealização da escola do lar, e que nossas famílias além de serem acalentadas no amor da convivência, sejam também iluminadas pela sabedoria dos grupos de estudo, e motivadas pela boa vontade do trabalho cooperativo dos empreendimentos familiares. Nos ideais sociais da XXVIII Jornada Mundial da Juventude:
Religião, Filosofia e Ciência Integradas no Livro de Urantia. 1 - O Deus da personalidade 1.6 - A busca da verdade na unidade da fé e da razão 1.6.3 - A 28a Jornada Mundial da Juventude, parágrafo 2 Para que frutifique a sabedoria dos idosos e a força dos jovens de uma forma que estimule à salvaguarda da instituição do lar, propomos que os idosos junto com os jovens trabalhem na educação das crianças da família, até a idade que Jesus começou sua instrução formal na escola em Nazaré. Concordamos que na tarefa de passar o archote cultural para a próxima geração, o lar será sempre a instituição básica. Esta é a proposta de uma educação no seio da família na qual os avós, pais e mães ministrem valores, ensinamentos e práticas aos filhos e netos até a idade da criança na qual comumente os espíritos Ajustadores chegam aos seus sujeitos humanos neste planeta. Se planejarmos e ministrarmos esta educação em casa, nossas famílias e comunidades serão abençoadas pela sabedoria dos idosos e a força dos jovens na profissão de professores das crianças da família em idade pré-escolar. O lar é a instituição mais útil e sublime da civilização. Por isso, a edificação do lar deve, então, ser o centro e a essência de todo esforço educacional.
O coroamento da educação que almejamos dar aos nossos filhos e filhas, é a edificação do lar. Nós educamos para que eles também se tornem capazes de um dia serem pais e mães de famílias unidas e felizes. Com sabedoria planejamos com as crianças a educação e a instrução para que, quando jovens, eles tenham maiores oportunidades de escolha de um trabalho e uma profissão, e que finalmente, já adultos, se qualifiquem como pais e mães de uma família verdadeira e boa, afinal, a família é a unidade fundamental da fraternidade. Em sintonia com os ideais da vida familiar revelados no:
"Livro de Urantia", parágrafos 84.7_28-30: O matrimônio com filhos e a conseqüente vida familiar estimulam os potenciais mais elevados na natureza humana e, simultaneamente, fornecem a via ideal de expressão desses atributos vivificados da personalidade mortal. A família provê a perpetuação biológica da espécie humana. O lar é a arena social natural em que a ética da irmandade consangüínea pode ser compreendida pela criança em crescimento. A família é a unidade fundamental da fraternidade, na qual os pais e os filhos aprendem as lições da altruísmo, paciência, tolerância e indulgência, tão essenciais à realização da irmandade entre todos os humanos.
A sociedade humana em muito seria aperfeiçoada caso as raças civilizadas retornassem de um modo mais geral às práticas anditas de um conselho familiar. Os anditas não mantinham a forma patriarcal ou autocrática de governo familiar. Eles eram bastante fraternos e associativos, discutindo livre e francamente qualquer proposta ou regulamentação de natureza familiar. E eram fraternais de um modo ideal, em todo o seu governo familiar. Numa família ideal os afetos filial e paternal são aumentados pela devoção fraterna.
A vida familiar é progenitora da verdadeira moralidade, é o ancestral da consciência da lealdade ao dever. As associações forçadas da vida familiar estabilizam a personalidade e estimulam o seu crescimento por meio da obrigação de um ajuste indispensável às personalidades outras e diversas. E ainda mais, uma verdadeira família - uma boa família - revela aos pais procriadores a atitude do Criador para com os seus filhos, ao mesmo tempo em que esses verdadeiros pais transmitem aos seus filhos a primeira de uma longa série de revelações ascendentes do amor do Pai, do Paraíso, de todos os filhos do universo.
Há muitos motivos para afirmarmos que a edificação do lar deve ser o centro e a essência de todo esforço educacional. A AMaProFiliA - Avós, Mães, Pais, Professores, Filhos, Filhas e Aprendizes - é uma organização executiva destes ideais, educacionais e familiares, estruturados ao longo do eixo da lei da vida. Lembrando sempre que: "A lei é a vida em si mesma e não as regras para conduzi-la".
Nosso ideal é uma educação da integridade da pessoa humana baseada na boa e verdadeira família. É revelado que a educação religiosa e sexual era considerada domínio do lar, na época das escolas do oeste do Jardim. Nós também, de acordo com os reveladores, "acreditamos sinceramente que o evangelho contido nos ensinamentos de Jesus, baseados que são na relação pai-filho, dificilmente poderá desfrutar de uma aceitação mundial até o momento em que a vida familiar, dos povos civilizados modernos, abranja mais amor e mais sabedoria." LU - (1922.4) 177:2.6.
Concluímos que a educação religiosa e familiar é o centro da educação integral que estimula o crescimento equilibrado de todos os fatores associados da individualidade - corpo, mente, espírito e alma - unificados na pessoa humana. Infelizmente, a vida da família, junto com a experiência religiosa pessoal, são as que mais sofrem com a decadência neste período de transição social. Contudo, lembremos que: "As dificuldades podem desafiar a mediocridade e derrotar os temerosos, mas apenas estimulam os verdadeiros filhos dos Altíssimos." LU - (556.7) 48:7.7. E assim, sigamos com gratidão à sabedoria realista revelada no:
"Livro de Urantia", parágrafo 99.4_2: ... Assim como as crianças, a religião é a grande unificadora da vida da família, desde que seja de uma fé viva e crescente. A vida familiar não pode existir sem crianças; pode ser vivida sem religião, mas, se assim for, as dificuldades dessa associação humana íntima ficam enormemente multiplicadas. Durante as primeiras décadas do século vinte, é a vida da família, junto com a experiência religiosa pessoal, que mais sofre com a decadência conseqüente da transição entre as antigas lealdades religiosas e os novos significados e valores que emergem.
Ao planejarmos a educação de nossas crianças, podemos nos inspirar na educação dos ascendentes ministrada aos mortais que ascendem às esferas celestes na capital do sistema de mundos no qual está nosso planeta. A educação nestes mundos celestes também considera que a relação entre a criança e os seus pais é fundamental para o conceito essencial que devemos ter do Pai Universal e suas crianças no universo. Uma educação integral, baseada na família e no lar, irá contribuir muito para que nossos filhos se qualifiquem para experiência de paternidade no seio das boas famílias que eles serão capazes de edificar. Os reveladores sabem que qualquer filho pode relacionar-se melhor com a realidade, se primeiro dominar os relacionamentos da situação pai-filho, e se depois, ampliando esse conceito, abranger a família como um todo. Subseqüentemente, a mente em crescimento do filho, tornar-se-á capaz de ajustar-se ao conceito das relações familiares, às relações com a comunidade, a raça e o mundo, para então se ajustar às relações com o universo, o superuniverso e até mesmo com o universo dos universos.
Jesus também promoveu a educação na sua própria família. Em sua época, os lares judeus da Galiléia podiam dar a uma criança uma educação intelectual, moral e religiosa melhor que de muitos povos. Os judeus, ali, possuíam um programa sistemático de criar e de educar as suas crianças. Com doze anos, Jesus já ensinava aos seus irmãos e irmãs na escola de casa. Comumente as meninas das famílias judias recebiam pouca educação, mas Jesus era da opinião (com o que a sua mãe concordava) de que as meninas deviam ir à escola como os garotos e, já que a escola da sinagoga não as receberia, nada havia a fazer senão dar aulas especiais em casa para elas.
Com dezenove anos Jesus era um pai-irmão para os jovens e crianças de sua própria família. Peço ajuda e inspiração ao Mestre para que nós também consigamos cristalizar estes ideais de educação em nossos lares. Vamos ler sobre seus métodos de educação positiva, sobre a maneira como tão sabiamente disciplinou os seus irmãos e irmãs, sobre sua elasticidade saudável e benevolente, sobre sua equanimidade uniforme e consideração pessoal, sobre seu magnífico exemplo revelado no:
"Livro de Urantia", parágrafos 127.4_2-4: No começo desse ano, Jesus havia conquistado totalmente a aceitação da sua mãe para os seus métodos na educação das crianças - o estímulo positivo para que fizessem o bem, em lugar do velho método judeu de proibir de fazer o mal. Na sua casa, e em toda a sua carreira de ensinamento público, Jesus invariavelmente empregou a forma positiva de exortação. Sempre, e em todos os lugares, ele dizia: "Tu devias fazer isso - deverias fazer aquilo". Ele nunca empregava o modo negativo de ensinar, que se derivava de tabus antigos. Ele evitava colocar ênfase no mal, proibindo-o, e ao mesmo tempo exaltava o bem por exigir que ele fosse feito. A hora da prece no lar era a ocasião para discutir toda e qualquer coisa relativa ao bem-estar da família.
Jesus tão sabiamente disciplinou os seus irmãos e irmãs, desde a mais tenra idade, que pouca ou quase nenhuma punição jamais se fazia necessária para assegurar a obediência pronta e sincera deles. A única exceção era Judá, a quem, em diversas ocasiões, Jesus julgou necessário impor penalidades, pelas suas infrações às regras da casa. Em três ocasiões, quando foi considerado sábio punir Judá por violações deliberadas e confessas das regras de conduta da família, a sua punição foi fixada por decisão unânime dos irmãos mais velhos, sendo consentida pelo próprio Judá, antes de ser ministrada.
Ao mesmo tempo em que Jesus era muito metódico e sistemático, em tudo o que fazia, havia também, em todas as suas decisões administrativas, uma elasticidade saudável e benevolente de interpretação e uma individualidade de adaptação que impressionavam muito a todas crianças, pelo espírito de justiça com que atuava o seu pai-irmão. Ele nunca disciplinava os seus irmãos e irmãs arbitrariamente, e essa equanimidade uniforme e essa consideração pessoal faziam com que Jesus fosse muito querido em toda a sua família.
Uma atividade educativa, organizada no lar da família, estimula o desenvolvimento do caráter humano e ajuda na possibilidade de todo mortal crente desenvolver uma personalidade forte e unificada. O livro de urantia enfatiza o valor espiritual do conceito de personalidade e revela que o fato de sermos uma pessoa é uma dádiva do Pai Universal do evangelho de Jesus, o Deus pessoal da salvação humana.
Assim, nossas relações pessoais estimulam e caracterizam o desenvolvimento da nossa personalidade. Acreditamos que as relações entre as pessoas são perfeccionadas em uma família unida pelo amor e consagrada a educação dos filhos para constituição de futuros lares. A personalidade se desenvolve unificadamente quando cultivamos o respeito e o amor nos relacionamentos com outras pessoas humanas ou divinas, já que, pelo verdadeiro significado da palavra, o amor denota respeito mútuo de personalidades inteiras, sejam humanas ou divinas. Em concordância com a revelação no:
"Livro de Urantia", parágrafo 112.2_7: O fato universal de Deus tornando-se homem mudou para sempre todos os significados e alterou todos os valores da personalidade humana. Pelo verdadeiro significado da palavra, o amor denota respeito mútuo de personalidades inteiras, sejam humanas ou divinas, ou humanas e divinas. Partes do eu podem funcionar de inúmeros modos - pensando, sentindo, desejando - , mas apenas os atributos coordenados da personalidade total ficam focalizados na ação inteligente; e todos esses poderes ficam associados ao dom espiritual da mente mortal, quando, sincera e altruisticamente, um ser humano ama um outro ser humano ou divino.
Educar para felicidade é mais um motivo importante de buscarmos uma educação das crianças baseada no lar da família, e ministrada por avós, mães, pais e professores. Uma educação dos filhos, fundamentada nos progenitores e no amor, ensina pelo exemplo como eles também podem edificar um lar no futuro. E uma família unida pelo amor é uma fonte de felicidade para o ser humano. Em uma verdadeira família nós podemos vivenciar os três pilares da felicidade humana:
Todos nós queremos amar e ser amados, ser felizes, e viver eternamente. A nossa sociedade e as instituições humanas objetivam três coisas: automanutenção, autoperpetuação e autogratificação. Nós primeiramente precisamos viver e garantir nossa manutenção, então podemos nos dedicar à nossa perpetuação através dos filhos e família, e nesta base familiar, buscamos o prazer, a diversão e a própria gratificação. Estes três fatores constituem a base da felicidade humana sobre a qual estamos falando. Observe como o livro de urantia revela estas ponderações:
"Livro de Urantia", parágrafo 70.9_17: ... É assunto e dever da sociedade prover, ao filho da natureza, uma oportunidade justa e pacífica de buscar a automanutenção, de participar da autoperpetuação e, ao mesmo tempo, de desfrutar, em alguma medida, da autogratificação; e a soma de todas essas três constitui a felicidade humana.
Um pai de família e professor universitário certa vez disse que a vida é um tripé: família, estudo e trabalho. Estudar para trabalhar, na profissão de pai ou mãe de família, é uma atividade apoiada neste "tripé" da vida. Na medida do nosso amadurecimento podemos prever, mais longe no futuro, as consequências de nossos atos e da educação que ministramos para nossas crianças. Educar nossos filhos, para que eles edifiquem um lar e trabalhem como pai ou mãe de uma família unida pelo amor, é um ideal que motiva toda uma vida humana, em direção a vida eterna, no seio da família universal de Deus.
Uma criança pequena age pensando no período de um dia, buscando o alimento, o lazer e o descanso em sua família. Ao entrarmos na escola fazemos planos de um ano com o objetivo progredir nas séries com boas notas nos exames escolares. No trabalho, nossa visão de futuro vai mais longe e podemos sabiamente economizar para adquirir bens e até mesmo uma casa própria. Mais longe ainda é o planejamento de edificar um lar e criar filhos. Este ideal se estende por toda vida humana. Mais adiante no futuro, temos fé na ressurreição de nossa alma, na sobrevivência da personalidade e na vida eterna pela graça de Deus.
O trabalho educativo dos avós, pais, mães e professores, para que os filhos e filhas da família edifiquem um lar guiados pelo espírito divino, motivam toda vida humana e segue em direção a vida eterna. Este trabalho é a execução dos ideais conceptores desta associação de educação na família para edificação do lar.
A associação AMaProFiliA é uma maneira possível de cristalizar a fase educacional do Grupo de Aprendizes da Informação Aberta (GAIA). Os Avós, Mães, Pais, Professores, Filhos, Filhas e Aprendizes (AMaProFiliA) contribuem para os sete objetivos práticos deste grupo de aprendizes como expresso no índice principal do GAIA. Replicamos aqui nossas motivações principais:
Os quatro primeiros objetivos são individuais e colaboram para o perfeccionamento dos veículos de expressão da personalidade - corpo, mente, alma e espírito - unificados na pessoa humana guiada pelo espírito de Deus. Os três últimos objetivos são sociais. A associação dos pais e professores, para educação dos filhos da família visando a edificação de futuros lares, estimula diretamente o quinto e o sexto objetivo do GAIA, que são, a educação integral e a união da família. Além disso, esta associação colabora com todos os sete objetivos práticos deste Grupo de Aprendizes da Informação Aberta (GAIA).
Na presente fase editorial do GAIA, nós somos objetivamente um grupo de aprendizes da escola da vida e da informação aberta na Internet. Os avós, mães, pais e professores, organizados na AMaProFiliA, são o início da fase educacional desta comunidade de aprendizagem, que é a segunda das três fases do cronograma desta organização:
Na fase educacional, planejamos organizar de forma pedagógica e ensinar baseado em experimentos e tecnologia educacional moderna, todo o material vital editado na fase anterior. Assim, junto com nossos filhos, teremos editado, reunido e ensinado as informações essenciais para vida de acordo com a experiência e discernimento de cada um.
Na sequência de nosso serviço altruísta, nós escrevemos uma carta com uma proposta educativa endereçada aos pais, professores e aprendizes do Instituto de Educação Infantil (InEI). Esta segunda iniciativa é percursora da presente "carta constituinte" da AMaProFiliA. Transcrevemos a seguir esta proposta de educação integral:
Pais, Mães, Educadores e Aprendizes,
Esta carta é uma proposta de educação integral de nossas crianças e aprendizes. Esta proposta nasceu após cerca de três anos de trabalho editorial, de um grupo de aprendizes da escola da vida e da informação aberta na Internet.
Enfatizamos que idealmente a pessoa humana nasce em uma família e que nossa personalidade é quem unifica o espírito, a alma, a mente e o corpo. O objetivo de uma educação integral é que todos possam desenvolver uma personalidade forte e unificada com um crescimento do eu total - material, intelectual e espiritual. O objetivo prático desta educação integral que queremos é a felicidade e edificação da alma, a espiritualização da mente, a saúde do corpo e a união da família. Trabalhamos para que, em um ambiente de responsabilidade e liberdade, os aprendizes, desta escola da vida, possam crescer com integridade e com um desenvolvimento harmônico e equilibrado do corpo, da mente, da alma e do espírito.
Este é um projeto semente para a próxima geração de crianças da nossa cidade. Resumidamente a idéia é de um "berço" de educação integral que concilie (1) o amor da convivência familiar, (2) a sabedoria da pesquisa e estudo escolar e (3) a boa vontade do sacro-ofício do trabalho à serviço do próximo. Em outras palavras, pensamos em uma educação integral para nossas crianças no ambiente da (1) casa, (2) do colégio e (3) da cidade para formação dos futuros (1) pais, mães, (2) professores e (3) profissionais.
Acreditamos que uma educação integral seja capaz de formar indivíduos íntegros. Indivíduos íntegros são capazes de formar famílias inteiras e unidas. Em nossa visão, a edificação do lar deveria, então, ser o centro e a essência de todo esforço educacional. Por isso, para fortificar os laços da família, da escola e do trabalho, planejamos elaborar roteiros de experimentos educativos simples, que possam ser realizados por nossas crianças em casa, no colégio ou na cidade.
Em termos práticos, esta proposta é a de ensinar e aprender, na teoria e na prática, utilizando livros e experimentos. Assim, nossas crianças poderão aprender experimentando, inclusive com os familiares, nas "oficinas-escola" e nas "fazendas-escola". Esta é uma proposta de educação integral que unifica família, escola e trabalho e pretende formar os cidadões do futuro.
Esta iniciativa educativa, na instituição do lar, irá estimular a vida da família, junto com a experiência religiosa pessoal. A verdadeira religião é uma experiência pessoal e espiritual entre a criatura humana e o Criador Divino. Padre significa pai, madre significa mãe, frei significa irmão. O evangelho e os ensinamentos de Jesus são baseados na relação pai-filho. A vida baseada no amor de um lar sábio e na devoção leal da verdadeira religião exercem uma profunda influência mútua e recíproca. A vida em um lar assim intensifica a religião, e a religião genuína sempre glorifica o lar. Nas formas religiosas de adoração, e nas práticas cerimoniais dos arianos-anditas, o pai ainda funcionava como um sacerdote, e a mãe como uma sacerdotisa, e a lareira da família ainda era utilizada como um altar. Esta benéfica influência mútua, entre o lar da família e a religião pessoal, é exemplificada na vida do lar característica de um povo revelado no:
"Livro de Urantia", parágrafos 72.3_4-5: Esse povo considera o lar como a instituição básica da sua civilização. A expectativa é de que a parte de maior valor na educação de uma criança, da formação e aperfeiçoamento do seu caráter, seja provida pelos seus pais e no lar, e o pai dedica quase tanta atenção à cultura da criança quanto o faz a mãe.
Toda a instrução sexual é ministrada em casa pelos pais ou por guardiães legais. A educação moral é oferecida pelos professores, durante os períodos de recreio, nas oficinas das escolas, mas a educação religiosa não é dada assim. A educação religiosa é considerada um privilégio exclusivo dos pais, pois a religião é vista como uma parte integral da vida do lar. A educação puramente religiosa é dada, publicamente, apenas nos templos de filosofia, pois esse povo desenvolveu as igrejas como instituições que não são tão exclusivamente religiosas como as igrejas de Urantia. Na filosofia desse povo, a religião é o esforço para conhecer a Deus e manifestar amor pelo semelhante, servindo a ele; mas essa não é uma concepção típica do status da religião nas outras nações nesse planeta. A religião é uma questão tão completamente da família, junto a esse povo, que não há locais públicos devotados exclusivamente a reuniões religiosas. Politicamente, a igreja e o estado, como os urantianos têm o hábito de dizer, são inteiramente separados, mas há uma estranha superposição entre religião e filosofia.
Nós miramos no ideal dos avós, mães, pais e professores trabalhando na educação das crianças, filhos e filhas aprendizes. A educação integral é coroada com o desenvolvimento de uma personalidade unificada. Nosso objetivo é ser uma pessoa íntegra e respeitar a integridade das pessoas. A vida baseada no amor de um lar sábio propicia o ambiente adequado para desenvolvimento do caráter e da personalidade. Alguns interpretam a verdadeira religião, revelada no livro de urantia, como sendo um relacionamento pessoal de amor e aproximação entre nós, criaturas pessoais, e Deus, o Pai Universal. Família, personalidade e religião podem se apoiar mutuamente. A verdade, e a maturidade, de qualquer religião é diretamente proporcional ao conceito que faz da personalidade infinita de Deus e à compreensão que tem da unidade absoluta de Deus.
Nós estamos buscando uma educação da integridade da personalidade, uma expansão inteira do eu - do eu total - , espiritual, intelectual e material. Espera-se que na religião, educação e saúde, os sacerdotes vivam no espírito, os professores ensinem o intelecto, e os médicos curem o corpo material. Por isso, em certo sentido estamos trabalhando para revificar o sacerdócio setita. Como revelado no:
"Livro de Urantia", parágrafos 76.3_5 e 9: O sacerdócio setita foi uma missão tríplice, abrangendo religião, saúde e educação. Os sacerdotes dessa ordem eram treinados para oficiar em cerimônias religiosas, para servir como médicos, inspetores sanitários e professores nas escolas do jardim.
A vida no lar dos povos violetas era a ideal, para a sua época e idade. As crianças eram submetidas a cursos de aperfeiçoamento na agricultura, no artesanato e na criação de animais, ou então eram educadas para desempenharem os deveres tríplices de um setita: ser um sacerdote, um médico e um professor.
Os governantes religiosos, ou o sacerdócio, originaram-se de Set, o filho sobrevivente mais velho de Adão e Eva, nascido no segundo jardim. Acreditamos que os setitas possuíam conceitos religiosos de Deidade e do universo que eram avançados e razoavelmente precisos, as suas regras de saúde eram excelentes para a sua época e os seus métodos de educação jamais foram superados.
Existem indícios científicos, que confirmam a informação revelada no Livro de Urantia, de que Adão e Eva chegaram em nosso planeta cerca de 37 mil anos atrás. No Jardim do Éden os métodos de educação se derivam das escolas de Jerusém, esfera celeste, a sede central do sistema de mundos dentre os quais está o nosso. Pedimos inspiração à Cristo e Adão para sermos capazes novamente de cristalizar em nosso mundo os métodos das escolas celestes de Jerusém. Este é um projeto educativo baseado no incomparável livro-texto de educação integral:
"Livro de Urantia", Item 74.7, parágrafos 74.7_1-10: A Vida no Jardim Os filhos de Adão, exceto pelos quatro anos em que freqüentavam as escolas do oeste, viviam e trabalhavam no "leste do Éden". Eram educados intelectualmente até os dezesseis anos de idade, de acordo com os métodos das escolas de Jerusém. Dos dezesseis aos vinte anos, eles instruíam-se nas escolas de Urantia, na outra extremidade do Jardim, servindo ali também como professores para os graus anteriores.
Todo o propósito do sistema das escolas do oeste do Jardim era a socialização. Os períodos matinais de recreação eram dedicados à horticultura e à agricultura práticas; os períodos da tarde, aos jogos competitivos. As noites eram gastas em relações sociais e no cultivo de amizades pessoais. A educação religiosa e sexual era considerada domínio do lar, um dever dos pais.
O ensino nessas escolas incluía a instrução sobre:
- Saúde e cuidados com o corpo.
- A regra de ouro, o modelo das relações sociais2
- A relação dos direitos individuais com os direitos grupais e as obrigações comunitárias.
- A história e a cultura das várias raças da Terra3.
- Os métodos para implementar e fazer o comércio mundial progredir4.
- A coordenação dos deveres e emoções conflitantes.
- O cultivo dos jogos, humor e substitutos competitivos para as lutas físicas5.
A essência do evangelho de Jesus é a paternidade de Deus e a irmandade dos humanos. Amar a Deus acima de tudo e amar a cada humano como a um irmão, uma irmã no Reino celeste. Uma ordem social ideal é aquela na qual todo humano ama seu semelhante como a si próprio. Jesus não propôs regras para o avanço social; a sua missão era religiosa; e a religião é uma experiência exclusivamente individual. A última meta, e de realização mais avançada da sociedade, não pode esperar nunca transcender a fraternidade que Jesus ofereceu aos humanos baseando-a no reconhecimento da paternidade de Deus. O ideal de toda a realização social apenas pode ser cumprido com a vinda deste Reino divino.
Nós almejamos trabalhar junto com as pessoas de boa fé que são motivadas pelo amor - paterno, materno e fraterno - da família humana e principalmente da família universal pela graça de Deus. Porém, o amor altruísta, exceto no instinto paternal e maternal, não é de todo natural; ao próximo não se ama naturalmente, nem se serve socialmente. Como revelado no sábio e realista:
"Livro de Urantia", parágrafo 16.9_7: O altruísmo, exceto no instinto paternal, não é de todo natural; ao próximo não se ama naturalmente, nem se serve socialmente. São necessários o esclarecimento da razão, a moralidade e o estímulo da religião e a consciência de Deus para gerar uma ordem social não-egotista e altruísta. A própria consciência da personalidade no humano, a autoconsciência, depende também diretamente desse mesmo fato da inata consciência do outro, essa capacidade inata de reconhecer e de apreender a realidade de uma outra personalidade, desde a humana até a divina.
A associação AMaProFiliA é composta por Avós, Mães, Pais, Professores, Filhos, Filhas e Aprendizes. Os bons pais amam naturalmente os filhos. Nosso objetivo é estimular, colaborar e usufruir do amor de famílias educadoras e da sabedoria viva de uma educação familiar. Nós, pais e mães de família, já realizamos isto em nossas casas. Queremos nos organizar com outros pais, mães e amigos, nos unir aos compadres e comadres, pela vida, pelo bem e pela educação de nossos filhos e famílias. Sem desconsiderar a colaboração educativa entre família e escola, nós enfatizamos que a família é a mestra civilizadora como revelado no inspirador:
"Livro de Urantia", parágrafo 82_2: Embora as instituições religiosas, sociais e educacionais sejam todas essenciais à sobrevivência da civilização cultural, a família é a mestra civilizadora. Uma criança aprende a maior parte das coisas essenciais da vida com a sua família e os vizinhos.
Pais e mães, que permanecem unidos no amor por toda vida, propiciam um ambiente emocional ideal para as crianças da família. Se este casal unido conhecer e aprender a verdade revelada no livro de urantia, ambos, pai e mãe, terão condições de formentar uma educação intelectual do mais alto nível para seus filhos. E se além de estudar a revelação urantiana, os pais vivenciarem estes ensinamentos, estando cresentemente unidos, de mente e vontade, ao espírito Ajustador no centro criativo da própria alma, então este casal exemplar estará edificando um lar verdadeiro como um "berço" espiritual, intelectual e emocional ideal para seus descendentes.
Este estatuto informativo é também um convite para trabalharmos juntos motivados pelo amor. Primeiramente o amor dos pais e mães pelas crianças de nossas famílias. Com o desenvolvimento intelectual e a maturidade espiritual crescerá, no coração vivo de nossa mente iluminada, o amor altruísta de nosso eu espiritual. E então poderemos estar experimentando uma unidade espiritual na alegria da nossa dedicação unida a fazer de todo o coração a vontade do Pai no céu revelado por Jesus.
Podemos planejar a educação dos bebês, crianças e jovens da nossa família considerando a idade pré-escolar, o ensino fundamental, o ensino médio e a universidade. A maioria do foi escrito até agora se refere educação que a família pode dar as crianças com idade menor que a de Jesus quando iniciou sua instrução formal na escola de Nazaré.
O livro de urantia também ensina sobre a educação, que continua durante toda vida, na comunidade de aprendizagem maior. O livro da verdade - truth book - chega a prever que por meio dessas realizações, muitos ascenderão à ultimidade da realização mortal da mente: a consciência de Deus. Acredito que estes ideais educativos do estado social também irão inspirar muitas idéias e atitudes como a de educação familiar planejada na AMaProFiliA. Neste contexto limitamos a transcrever na integra o item sobre educação, no documento sobre o desenvolvimento do estado, revelado no:
"Livro de Urantia", parágrafos 71.7_1-13: A Educação O estado duradouro é fundamentado na cultura, dominado pelos ideais e motivado pelo serviço. O propósito da educação deve ser adquirir habilidade, buscar a sabedoria, realizar a individualidade e alcançar os valores espirituais.
No estado ideal, a educação continua durante a vida e, algumas vezes, a filosofia torna-se a principal busca dos seus cidadãos. Os cidadãos dessa comunidade buscam a sabedoria como uma ampliação do seu discernimento dos significados nas relações humanas, das significações da realidade, da nobreza dos valores, das metas da vida e das glórias do destino cósmico.
Os urantianos podem e devem ter a visão de uma nova sociedade cultural bem mais elevada. A educação saltará para novos níveis de valor, quando ultrapassar o sistema da economia, baseado puramente na motivação do lucro. A educação tem sido, por muito tempo, regionalista, militarista, exaltadora do ego e buscadora do sucesso; ela deve finalmente ser aberta para o mundo, tornar-se idealista, auto-realizadora e abrangente do ponto de vista cósmico.
A educação passou, recentemente, do controle do clero para o dos advogados e homens de negócios. E finalmente deve ser entregue aos filósofos e cientistas. Os educadores devem ser seres livres, líderes de fato, com o fito de que a filosofia, a busca da sabedoria, possa tornar-se a busca principal na educação.
A educação é a ocupação maior da vida; deve continuar durante toda a vida e de um modo tal que a humanidade possa gradualmente experimentar os níveis ascendentes da sabedoria mortal, que são:
- O conhecimento das coisas.
- A compreensão dos significados.
- A apreciação dos valores.
- A nobreza do trabalho - o dever.
- A motivação das metas - a moralidade.
- O amor pelo serviço - o caráter.
- A clarividência cósmica - o discernimento espiritual.
E então, por meio dessas realizações, muitos ascenderão à ultimidade da realização mortal da mente: a consciência de Deus.
Agradecemos ao interesse e atenção de todos o leitores deste projeto educativo baseado na instituição do lar. Sigamos todos com boa fé e boa vontade, na paz do Filho de Deus e pela graça do Pai Universal ... Amem ... todas as pessoas.