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Como Multiplicar a
Inteligência do Seu Bebê

mais suave revolução
Glenn Doman • Janet Doman

Capítulo 1
A Suave Revolução

Institutos para o Desenvolvimento do Potencial Humano
Institutes for the Achievment of Human Potential
A Suave Revolução

     A Suave Revolução começou de mansinho, muito calmamente, há mais de vinte e cinco anos. Foi a mais pacífica de todas as revoluções e certamente a mais importante e gloriosa de todas.

     Consideremos primeiramente o objetivo da Suave Revolução: dar a todos os pais o conhecimento necessário para fazer crianças altamente inteligentes, e assim tornar o mundo mais humano, decente e sadio.

     Analisemos os revolucionários - tão atípicos quanto se possa imaginar. Existem três grupos deles.

     Primeiramente os bebês recém-nascidos de todo o mundo, sempre presentes com o seu vasto e inimaginável potencial.

     Em segundo lugar os pais e mães que sempre tiveram altas aspirações em relação a seus filhos. Quem poderia imaginar que os seus mais ousados sonhos ficariam aquém do potencial real dos bebês?

     Finalmente há a equipe dos Institutos para o Desenvolvimento do Potencial Humano que, desde 1940 tem sabido reconhecer a incrível evidência acerca de crianças na qual eles tem deparado-se com freqüência na busca da verdade absoluta.

     Os bebês, as mães e a equipe - um grupo atípico para realizar a mais importante revolução de toda a história.

     E que revolução fora do comum.

     Quem ouviu falar de revolução sem mortes, sem dores ou torturas, sem derramamento de sangue, ódio, fome ou destruição? Quem já ouviu falar de revolução suave?

     Nesta, a mais suave das revoluções, existem dois inimigos. O primeiro e o mais implacável de todos: Os Velhos Mitos, e o segundo e mais importante: O Status Quo.

     Não é necessário que velhas tradições sejam destruídas, mas somente que falsas crenças desapareçam discretamente, sem muita lamúria. Não é preciso que as coisas de valor de hoje sejam reduzidas a migalhas, mas que aquelas que são atualmente destrutivas desapareçam pelo desuso.

     Quem iria lamentar o fim da incompetência, da ignorância, do analfabetismo, da infelicidade e da pobreza?

     Não criaria a eliminação de tais inimigos ancestrais um mundo mais calmo, com menor ou nenhuma necessidade de violência, mortes, ódio e guerra?

     Que descobertas conduziriam a tais sonhos maravilhosos?

     O que aconteceu há mais de vinte e cinco anos?

     Nossa primeira concepção foi a de que era possível ensinar bebês a ler. Por mais improvável que pareça. Não somente é verdade, como é ainda muito mais fácil ensinar uma criança de um ano a ler, do que uma de sete. Extremamente mais fácil.

     Por volta de 1964 nós havíamos escrito um livro para mães chamado Como Ensinar Seu Filho a Ler. Esse livro foi um sucesso imediato e marcou o começo da Suave Revolução. Inúmeras mães nos escreveram imediatamente para dizer de seu contentamento ao ler o livro e poder ensinar suas crianças.

     Aí outras centenas escreveram para dizer o que estava ocorrendo com seus filhos depois que haviam aprendido a ler. Milhares de mães compraram o livro e ensinaram seus filhos a ler.

     O livro foi publicado na Grã-Bretanha e Austrália e nos idiomas sul-africano, holandês, finlandês, francês, japonês, alemão, grego, português, norueguês, sueco, italiano, hebraico, malaio, espanhol e indonês.

     Dezenas de milhares de mães nos escreveram contando o que havia acontecido. O que elas nos relataram com satisfação e orgulho foi que:

  1. Seus bebês haviam aprendido a ler;
  2. Seus bebês tinham adorado aprender;
  3. O grau de amor entre a mãe e criança havia crescido (o que foi relatado com alegria, mas não surpresa);
  4. A quantidade de respeito entre mãe e filho e vice-versa havia crescido em muito (isso nos foi dito com satisfação e bastante surpresa);
  5. À medida que a capacidade de ler da criança foi aumentando, o mesmo começou a acontecer com o amor pelo saber e a sua habilidade de forma geral.

     Hoje esse livro está publicado em dezoito idiomas e mais de dois milhões de mães já compraram Como Ensinar Seu Bebê a Ler, de capa dura, em inglês.

     Como tem ocorrido desde 1964, todos os dias recebemos cartas das mães. Essas cartas são hinos de louvor e de alegria e o louvor é dirigido ao vasto potencial dos bebês nos primeiros instantes de tal realização.

     Essas mães nos contam que seus sentimentos intuitivos acerca das capacidades inatas de seus bebês foram confirmados e falam de sua determinação em dar-lhes todas as oportunidades para ser tudo o que forem capazes.

     Ao viajarmos ao redor do mundo, por todos os continentes, conversamos com milhares de mães individualmente e em grupos. Nas sociedades mais sofisticadas e nas mais simples fazemos a mesma pergunta:

     Poderiam todas as mães que acham que seus filhos estão indo tão bem quanto deveriam, levantar as mãos?

     É sempre a mesma coisa. Ninguém se mexe.

     Talvez sejam só tímidas, então faço a pergunta de outra maneira para ver o resultado.

     Poderiam as mães, nesta sala, que acham que seus filhos não estão indo tão bem quanto deveriam levantar as mãos?

     Agora todas as mãos, na sala, estão levantadas.

     O mundo inteiro sabe que algo está errado com o universo das crianças - mas ninguém faz nada a respeito.

     Talvez ninguém faça nada a respeito porque, como na previsão do tempo, ninguém sabe exatamente o que fazer.

     Depois de meio século de trabalho gratificante e meticuloso com mães e crianças e uma série de acidentes do acaso, nós aprendemos o que é certo, e o que deve ser feito sobre o assunto. Nós aprendemos como as coisas podem ser - como poderiam ser - não! Como as coisas deveriam ser com as crianças de todo o mundo.

     Já faz algum tempo que sabemos que as mães estavam absolutamente corretas na sua certeza de que as crianças não estão indo tão bem quanto deveriam.

     Ficou claro, para nós, que eles têm direito a muito mais da vida do que estão usufruindo agora.

     Se os pais erraram, foi simplesmente por não saberem o quanto estavam certos.

     Nós sabemos sem a menor sombra de dúvida que:

  1. As crianças querem multiplicar a sua inteligência;
  2. As crianças podem multiplicar a sua inteligência;
  3. As crianças estão multiplicando a sua inteligência,
  4. As crianças devem, multiplicar a sua inteligência;
  5. É fácil ensinar mães a multiplicar a inteligência de seus filhos.

     O mais importante é que desde 1960 nós estivemos ensinando mães a aumentarem em muito a inteligência dos seus filhos. Elas o têm feito apesar de, décadas atrás, nem elas nem nós termos visto o assunto sob este prisma.

     Desde o início dos anos 70, nós e nossos pais, temos não somente aumentado em muito a inteligência das crianças, mas tido pleno conhecimento do que estamos fazendo.

     Nós somos pessoas pragmáticas, mais influenciadas pelos fatos do que quaisquer teorias, incluindo as nossas próprias.

     Tudo tem funcionado muito bem, fora pequenos golpes pelo caminho e algumas sessões às três horas da manhã que foram as mais emocionantes, angustiantes, recompensadoras, confusas, alegres, enlouquecedoras, maravilhosas, dolorosas e reconfortantes de que temos lembrança.

     Nossos dias são inebriantes e provocantes além da medida, mas nenhum de nós trocaria nossas vidas por nenhuma outra.

     No nosso agitado Éden só há um problema; uma pergunta ainda não respondida a contento; uma sacudida final na nossa consciência.

     Todas as pessoas que conhecemos têm nos perguntado isto constantemente: "Se não é verdade que um grupo de pessoas tem um conhecimento vital sobre os bebês de todo o mundo, de propósito ou por acaso, querendo ou não, então terá uma obrigação em relação a todas as crianças do universo?"

     É óbvio que a resposta é: "Sim, nós temos uma obrigação especial para com todas as crianças do mundo."

     É nosso dever contar a cada pai e mãe o que nós sabemos para que eles decidam o que desejam fazer, se é que o querem, sobre o assunto.

     Se o futuro de cada criança do mundo vai ser decidido por outras pessoas (o que claramente vai acontecer) então essas outras pessoas devem ser os pais.

     Nós lutaremos pelo direito de cada pai ou mãe fazer ou não as coisas propostas neste livro.

     Temos o dever de dizer a cada mãe e cada pai vivos o que temos aprendido.

     É fácil e divertido ensinar uma criança de doze meses a ler.

     É fácil e agradável para uma criança de um ano aprender matemática (melhor do que eu).

     É fácil e agradável ensinar uma criança de um ano a ler e entender um idioma estrangeiro (até dois ou três, se você quiser).

     É fácil e divertido ensinar uma criança de dois anos e meio a escrever (não palavras - mas histórias e peças de teatro).

     É fácil e agradável ensinar um bebê recém-nascido a nadar (mesmo que você não saiba).

     É fácil e divertido ensinar uma criança de um ano e meio a fazer ginástica (balé ou a rolar da escada sem se machucar).

     É fácil e agradável ensinar uma criança de um ano e meio a tocar violino, piano, ou o que quer que seja.

     É fácil e divertido ensinar uma criança de um ano e meio acerca de pássaros, flores, insetos, árvores, répteis, conchas, mamíferos, peixes, seus nomes, identificação, classificação científica e o que mais queira ensinar sobre eles.

     É fácil e agradável ensinar uma criança de um ano e meio acerca de presidentes, reis, bandeiras, continentes, países e estados.

     É fácil e agradável ensinar crianças de um ano e meio a desenhar, pintar - ou qualquer coisa que possa ser apresentada de maneira concreta e verdadeira.

     Quando você ensina ao menos uma dessas coisas para uma criança, a inteligência dela aumenta.

     Se você ensinar várias dessas coisas a uma criança bem novinha, sua inteligência crescerá aguçadamente.

     Quando você ensina todas estas coisas com alegria, amor e respeito a uma criança bem pequena, sua inteligência é multiplicada.

     Melhor ainda, quando os pais, que realmente amam e respeitam os filhos, dão-lhes conhecimento e capacidade, as crianças são mais felizes e atenciosas do que aquelas que não tiveram essas oportunidades.

     Crianças ensinadas com amor e respeito não viram monstrinhos. Como poderiam o conhecimento e a verdade, presenteados com amor gerar negativismo?

     Não é possível e não acontece.

     Se acontecesse a equipe dos Institutos, discretamente, teria que esquecer todo o conhecimento de que se tornou herdeira.

     Entretanto, o oposto é verdadeiro - o conhecimento conduz ao bem.

     As crianças mais competentes são as mais auto-suficientes. Elas têm menos razão para resmungar e mais motivos para sorrir.

     Crianças mais inteligentes são as que menos pedem ajuda.

     Crianças mais competentes têm menos necessidade de agredir as outras.

     Crianças mais capazes têm menos razão para chorar e mais motivos para fazer as coisas.

     Em resumo, as crianças verdadeiramente inteligentes e capazes são mais tolerantes com os outros. Possuem todas as características que fazem com que tenhamos amor por elas.

     São as menos capazes, insensíveis e ignorantes que resmungam, choram, reclamam e agridem.

     Ou seja, acontece com as crianças o mesmo que com os adultos.

     Nós reconhecemos que temos de fato o dever de contar às mães e pais o que aprendemos para sua consideração.

     Nós temos a obrigação de dizer às mães que elas são, e sempre serão, as melhores professoras que o mundo já viu.

     Este livro e Como Ensinor Seu Bebê o Ler, Como Ensinar Matemática o Seu Bebê e outros da série a Suave Revolução são a nossa maneira de cumprir essa agradável tarefa.

     O objetivo da Suave Revolução é dar à cada criança viva, através de seus pais, a chance de ser excelente.

     E nós, juntos, somos os revolucionários.

     Se isso for traição, aproveitemos ao máximo.

     A equipe dos Institutos espera que você e seu bebê tenham tanta emoção, satisfação, alegria, descoberta e júbilo usando este conhecimento, quanto nós tivemos deparando-nos com ele durante nossos muitos anos de exploração.

     Nota Aos Pais

     Não há chauvinistas nos Institutos, homens ou mulheres. Nós amamos e respeitamos mães e país, meninos e meninas.

     Para resolver o exasperador problema de ter que fazer referência a todos os adultos como "pessoas adultas" ou "pequenas pessoas do sexo feminino" decidimos nos referir aos pais com o termo "mães" e a todas as crianças como meninos.

     Parece justo.