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Capítulo 6
Por Que os Médicos Dizem Tão Pouco aos Seus Pacientes


A Droga Psiquiátrica pode ser o Problema
Como e Por Que Parar de Tomar
Medicamentos Psiquiátricos
Edição revista e atualizada, 2007

Peter R. Breggin, M.D.
David Cohen, Ph.D.

Veja este livro em inglês-português
Por Que os Médicos Dizem Tão Pouco aos Seus Pacientes
    6.1  Encorajados a não falar
    6.2  Onde estava a FDA?
    6.3  Obtendo informações para você
    6.4  A aprovação da FDA não significa que uma droga psiquiátrica seja segura ou mesmo altamente eficaz
    6.5  Quem se arrisca e quem se beneficia?
    6.6  Sérios perigos podem surgir pela primeira vez após anos de uso
    6.7  Reconhecendo os limites da aprovação da FDA
    6.8  Como efeitos adversos não são reportados
    6.9  Nenhuma garantia de segurança à longo prazo
    6.10  A mídia
    6.11  O que os médicos sabem?
    6.12  Atitudes dos médicos quanto a informar os pacientes

     Uma e outra vez, nós ficamos chocados com o quão pouco os médicos dizem aos seus pacientes sobre as drogas psiquiátricas que eles tão livremente prescrevem para estes seus clientes. A maioria das pessoas estão tateando no escuro quando se trata de saber, sobre os efeitos e perigos de fato, dessas drogas que alteram a mente.

6.1  Encorajados a não falar

     De fato, os médicos são encorajados a não dizer aos seus pacientes os perigos conhecidos das drogas psiquiátricas. Manuais e livros didáticos, que documentam sérios efeitos adversos destas drogas, geralmente recomendam aos médicos que seus pacientes recebam informações extremamente limitadas dos fatos. Considere "Current Psychotherapeutic Drugs [Drogas Psicoterapêuticas Correntes]", uma publicação de 1998 da "American Psychiatric Press [Imprensa de Psiquiatria Americana]" (Quitkin et al., 1998 [313]). Este manual para médicos lista dezenas de efeitos adversos causados pela Ritalina, a droga estimulante usada para tratar a DHDA (TDAH) (Desordem de Hiperatividade e Déficit de Atenção) em crianças e adultos. Por exemplo, ele afirma que a droga Ritalina é "contra-indicada" para (e portanto não deve ser dada às) crianças com "tensão ansiosa e agitação característica". Ele confirma que "episódios psicóticos reais" podem ser causados pela própria droga psiquiátrica, e que a abstinência dela pode levar a "depressão severa". Como "efeitos adversos mais comuns" da droga este manual lista "inquietação, superestimulação, insônia e anorexia".

     Depois de avisar o médico sobre essas e outras consequências potencialmente graves e confusas do consumo ou da abstinência de Ritalina, o que o "Current Psychotherapeutic Drugs [Drogas Psicoterapêuticas Correntes]" recomenda dizer aos pais? Aqui está a totalidade da "Informação ao Paciente" que o manual provê:

     Tenha cuidado ao dirigir ou operar maquinário perigoso. Os pacientes ou seus pais devem registrar o peso dos pacientes duas vezes por semana e relatar qualquer perda significativa. Quaisquer alterações no humor devem ser relatadas ao médico, também devem ser relatadas quaisquer evidências de erupções cutâneas, febre, ou dor nas articulações. Os comprimidos de efeito prolongado não devem ser esmagados ou mastigados.

     Será que esta "Informação ao Paciente" verdadeiramente informa aos pais sobre os perigos de dar Ritalina para sua criança? Não deveria ser mencionado que esta droga psiquiátrica pode causar, devido a abstinência, "surtos psicóticos reais" e "depressão severa"? Será que os pais não precisam saber que a Ritalina pode causar ou piorar os póprios sintomas que supostamente ela cura, incluindo "inquietação" e "superestimulação"? Será que os pais não deveriam ser informados de que a Ritalina é contra-indicada para crianças com "ansiedade acentuada, tensão e agitação", uma vez que estes são os sintomas que provavelmente estes pais pensam que esta droga de drogaria irá curar?

     Felizmente, desde que "Current Psychotherapeutic Drugs [Drogas Psicoterapêuticas Correntes]" apareceu pela primeira vez em 1998, a disponibilidade de informações, sobre drogas psiquiátricas na Internet, aumentou muito. Além disso, como os consumidores se tornaram mais exigentes destas informações, alguns guias profissionais de drogas farmacêuticas recomendaram que os médicos forneçam informações mais detalhadas aos pacientes. Infelizmente, muitas vezes esses guias também minimizam os riscos, a fim de evitar alarmes em consumidores potenciais. Por exemplo, a 15a edição do "The Clinical Handbook of Psychotropic Drugs [Manual Clínico de Drogas Psicotrópicas]" (2005), escrito para os clínicos, inclui manuais, de "Informação ao Paciente", sobre as várias classes de drogas psiquiátricas. Sua ficha de informações recomendadas, sobre estimulantes, lista efeitos colaterais em quantidades consideravelmente maiores do que o "Current Psychotherapeutic Drugs [Drogas Psicoterapêuticas Correntes]" de 1998, mas ele minimiza estes efeitos, por exemplo, sugerindo que eles "normalmente não são sérios e não ocorrem em todos os indivíduos". Embora o manual do paciente identifique "sentimentos energizados/agitados e excitabilidade" como sendo efeitos "comuns", ele apenas sugere consumir o estimulante no início do dia para diminuir a interferência com o sono. Ao fazer esta recomendação, este manual não leva em conta a forma como as ocorrências diurnas, dos efeitos adversos destas drogas estimulantes, podem provocar muitas crises na vida das crianças, bem como na de seus pais ou cuidadores. Dores de cabeça, boca seca, perda de apetite e perda de peso, são também minimizados e apresentados como efeitos temporários, embora a perda de peso em uma criança em crescimento possa ter consequências imprevisíveis no desenvolvimento, e ao mesmo tempo causar problemas psicológicos.

     O Manual recomenda que alguns efeitos devem ser relatados "imediatamente" ao médico, tais como batimentos cardíacos acelerados ou irregulares, agitação ou inquietação severa, e, especialmente, "uma mudança de humor para um estado de felicidade ou irritabilidade incomum; flutuações de humor". Mesmo assim, não há nenhuma menção dos riscos de psicose, depressão e tendência suicida que Peter Breggin discute em sua introdução deste livro. Além disso, não há nenhuma menção dos efeitos de abstinência como sendo reações comuns e potencialmente perigosas, incluindo "crises". Nem é dado aos pacientes um senso da frequência relativamente alta da maioria dos efeitos listados.

     Em relação a pergunta: "Quanto tempo deve se consumir esta medicação?" os autores respondem que "Psicoestimulantes são usualmente prescritos por um período de vários anos" (Bezchlibnyk-Butler e Jeffries, 2005 [38]). Eles não avisam o consumidor de que não há base científica para a prescrição destas drogas psiquiátricas por longo prazo, e que mesmo os efeitos de curto prazo são limitados à supressão do comportamento e da atividade mental espontânea.

     Sobretudo, nós continuamos a detectar atitudes de profissionais da área que encorajam o fornecimento de informações limitadas aos pacientes e às suas famílias. Essas atitudes refletem um abuso anti-ético generalizado em psiquiatria e medicina - a falha de prover aos pacientes e suas famílias as informações necessárias para tomar decisões informadas sobre o consumo de medicações psiquiátricas ou a aplicação delas nos membros da família. Esta falta de informação também, sem dúvida, torna os pacientes e suas famílias inaptos de avaliar apropriadamente os efeitos adversos quando eles se desenvolvem. Como no caso da Ritalina, muitos dos efeitos colaterais comuns desta droga psiquiátrica são susceptíveis de serem confundidos com os problemas dos próprios pacientes.

6.2  Onde estava a FDA?

     Quando as drogas psiquiátricas se tornam prejudiciais, as vítimas muitas vezes nos dizem: "Eu pensei que a aprovação da FDA significasse que uma droga farmacêutica é segura. Eu nunca pensei que o nosso médico iria prescrever algo tão perigoso." Quando um ente querido morre devido aos efeitos de uma droga de drogaria, de luto, as famílias muitas vezes indignadas questionam: "Será que a FDA sabia que esta substância poderia ser letal? Será que nosso médico não deveria saber que a droga de farmácia, que ele prescreveu, pode matar?"

     Especialmente durante o processo de aprovação de drogas psiquiátricas, a FDA é em grande parte dependente das informações que recebe das empresas destas drogas farmacêuticas. Contudo, considere as seguintes circunstâncias. O fato de que uma pessoa experimentou um "evento adverso", (por exemplo, uma dor de cabeça ou uma queda) enquanto consumia uma droga de drogaria, não significa que esse evento foi causado pela droga em si. Cientistas ou médicos, empregados por uma empresa farmacêutica, fazem o julgamento inicial de que um efeito adverso pode, ou não, ter sido causado pela droga psíquica durante o teste; mas a administração na sede da empresa toma a decisão final sobre como lidar com os dados apresentados pelos seus pesquisadores pagos. Se a administração decide que não há nenhuma conexão possível entre a droga comercial da empresa e a reação negativa dos pacientes, os dados podem nunca ser enviados para a FDA. Ou os dados podem ser apresentados à FDA de uma forma tão disfarçada que eles falham em chamar a atenção da agência. Por exemplo, uma reação de abstinência de uma destas drogas pode ser registada como tendo "dois dias de duração", quando na realidade o paciente voltou a consumir a droga depois de dois dias, a fim de parar a reação de abstinência102.

     Em um seminário de treinamento sob medida para os funcionários de uma empresa de drogas farmacêuticas103, um executivo da empresa, deste tipo de drogas, deu o seguinte exemplo de uma morte que, em sua opinião, não tinha de ser relatado à FDA nem como possivelmente relacionado com a droga de farmácia: "Enquanto um sujeito participava de um teste clínico de uma droga psiquiátrica, ele cruzou um meio-fio, foi atropelado por um carro, e morreu". De acordo com o executivo, não havia razão nem para considerar a necessidade de relatar isso como um possível efeito adverso da droga sendo testada.

     Os executivos das empresas de drogas farmacêuticas usualmente não são cientificamente qualificados ou suficientemente objetivos para exercer um papel tão crucial no que diz respeito à segurança das drogas psiquiátricas que sua empresa fabrica e vende. No entanto, este executivo em particular não apenas desempenhou tal papel em sua própria empresa, mas, no seminário, treinou outros em como fazê-lo também. E sua avaliação, neste caso, estava errada. Uma droga muito certamente pode ter contribuído ou causado a morte em discussão.

     Muitas drogas psiquiátricas prejudicam a consciência, o julgamento, os reflexos e o equilíbrio - aumentando assim a probabilidade de que um usuário seja ferido ou morto em um acidente. Estas drogas também podem causar uma convulsão ou até mesmo um ataque cardíaco, e qualquer um dos dois poderia ter causado o cruzamento do meio fio, por parte do sujeito que estava testando a droga psíquica. Uma possibilidade mais remota é que a droga que ele estava tomando possa ter interferido com a coagulação sanguínea, provocando-lhe a morte por ferimentos que normalmente não teriam sido fatais.

     Olhando ainda mais profundamente para a morte "acidental", neste exemplo, nós podemos supor que poderia ter sido um suicídio. As pessoas intencionalmente matam a si mesmas entrando na frente de carros, caminhões, ônibus e trens. Além disso, algumas drogas são associadas com um aumento da taxa de tentativas de suicídio. No entanto, apesar de todas estas possibilidades, o executivo da empresa estava disposto - com base em um relatório de uma linha - a desconsiderar essa morte do homem como não tendo possível ligação com uma droga experimental.

6.3  Obtendo informações para você

     Se até mesmo a FDA muitas vezes não tem informações suficientes para ter uma figura exata dos perigos de uma droga psiquiátrica, os praticantes individuais e o público devem estar ainda menos informados. Regularmente perguntas sérias são levantadas sobre a maioria destas drogas que ocupam o lugar cobiçado da mais recente "droga milagrosa". Durante a última década, estas incluíram Prozac, Viagra, Zyprexa, Bextra, Vioxx, Meridia, e outras. Algumas pessoas morreram ao tomar essas drogas de drogaria por suas aprovadas indicações. Tipicamente, a FDA reconhece que as mortes foram relatadas durante os testes pós-comercialização destas drogas, mas ela argumenta - como o fazem os fabricantes de drogas farmacêuticas - que as mortes não foram necessariamente causadas pela própria droga. Como podem os praticantes e o público ter as suas próprias idéias sobre este assunto?

     Através da "Freedom of Information Act (FOIA) [Lei da Liberdade de Informação]", e cada vez mais através do próprio site da FDA, qualquer cidadão pode obter um resumo dos resultados, dos testes de drogas psiquiátricas, prévios à comercialização de qualquer um dos medicamentos introduzidos recentemente, aprovados pela FDA. Este material é chamado um "Summary New Drug Application (Summary NDA) [Resumo dos Exames de Droga Farmacêutica Nova]". Mas os dados básicos subjacentes, sobre as reações adversas destas drogas e sua interpretação, são considerados "proprietários", eles são de propriedade sigilosa da empresa farmacêutica que fabrica a droga de farmácia sob patente exclusiva. Somente uma ação, de responsabilidade iatrogênica de produto contra o fabricante, poderá abrir o acesso aos registros de pesquisa da própria empresa. Mesmo assim, seria difícil para uma pequena equipe de advogados e peritos (muitas vezes, apenas duas ou três pessoas com pouca experiência) para avaliar efetivamente as centenas de caixas de dados nos dois ou três dias nos quais lhes seria permitido. E se dados importantes forem descobertos, mesmo esta informação provavelmente seria mantida em sigilo pelos tribunais para que o público em geral não pudesse obtê-la. Algumas empresas de drogas psiquiátricas de fato iniciam processos de responsabilidade iatrogênica de produto contra elas mesmas, a fim de evitar fazer divulgações prejudiciais, em julgamentos públicos.

     Este ponto vale a pena ressaltar. Médicos, e até mesmo os planejadores da política de saúde fundamental, não têm acesso a todos os dados necessários para fazer uma avaliação independente da segurança das drogas psiquiátricas. Ao invés disso, eles devem confiar em informações muito gerais fornecidas pela FDA, que por sua vez dependem em grande parte, das próprias empresas fabricantes destas drogas.

6.4  A aprovação da FDA não significa que uma droga psiquiátrica seja segura ou mesmo altamente eficaz

     Os arquivos da FDA contêm milhares de relatos de reações severas e com risco de vida para quase todas as drogas psiquiátricas atualmente em uso. Com relação a cada uma dessas drogas, a agência tem tentado determinar se, no equilíbrio, a droga é suficientemente útil para compensar os seus perigos potenciais. Mas esta avaliação não significa necessariamente que uma droga farmacêutica é segura. De fato, determinar se os benefícios potenciais de uma droga compensam seus riscos potenciais é, necessariamente, altamente subjetivo. Por isso, a aprovação da FDA não deve ser interpretada como indicando que uma determinada droga não possui reações adversas sérias e potencialmente fatais. Pelo contrário, todas as drogas psiquiátricas aprovadas pela FDA podem representar riscos enormes, mesmo no uso rotineiro.

6.5  Quem se arrisca e quem se beneficia?

     Os defensores das drogas psiquiátricas gostam de discutir a relação risco/benefício - especificamente a relação entre os perigos e a utilidade de uma droga de drogaria. Mas quem determina essas relações? Mesmo sob as melhores condições, elas raramente são determinadas pelo paciente que vai sofrer as consequências. O paciente simplesmente não tem informações suficiente ou o conhecimento básico para fazer tais avaliações.

     As análises de risco/benefício são inicialmente calculadas pela própria empresa que fabrica a droga farmacêutica, utilizando estudos de pesquisa concebidos e realizados por médicos de sua folha de pagamento. Em seguida a FDA faz a sua própria análise, de risco/benefício, com os dados elaborados pela empresa farmacêutica. Ao fazer isso, a FDA fica dependente das análises, das massas de dados em sua posse, feitas pela empresa de drogas farmacêuticas. Além disso, a FDA quase sempre acaba fazendo concessões a fim de acomodar a indústria. Este processo é chamado de "negociação" com as empresas de drogas de farmácia. Para os médicos e consumidores este processo é mantido totalmente em segredo. Ao longo dos últimos anos, "vazamentos", ocorridos em denúncias, litígios, e investigações especiais feitas por repórteres ou legisladores, começaram a revelar algumas de suas características - todas as quais tendem a ocultar ou distorcer informações dos médicos e pacientes para apresentar um retrato mais favorável destas drogas psiquiátricas104.

     Depois que uma droga psiquiátrica é aprovada, a análise final de risco/benefício é feita por médicos individuais, que a prescrevem para os pacientes. Para quase todas as drogas aprovadas, esses médicos prescritores quase não têm acesso à informação original gerada na aprovação delas. Felizmente, cada vez mais a FDA está disponibilizando em seu site muitas de suas próprias avaliações dos estudos submetidos pelos fabricantes para obter a aprovação de suas drogas farmacêuticas, e este é um desenvolvimento bem-vindo. Contudo pode demorar, vários meses ou mais após uma droga ser aprovada, para essas avaliações da FDA estarem disponíveis. Durante este tempo, quando a mídia, os médicos e os pacientes ouvem pela primeira vez sobre o novo produto, o fabricante é a única fonte de informação sobre a droga por ele fabricada. As avaliações da FDA frequentemente somam algumas centenas de páginas, e a maioria dos médicos praticantes nunca irão vasculhá-las. Para a maioria dos profissionais, as informações sobre as drogas psiquiátricas virão através, de seminários de educação continuada patrocinados pela pópria indústria destas drogas, e de brochuras lustrosas de representantes farmacêuticos bem-treinados que empurram os seus produtos usando todas as manobras possíveis. Além disso, as avaliações da FDA regularmente apagam algumas informações significativas que o fabricante acredita que constituem-se "informações proprietárias". Isso pode incluir, por exemplo, a lista de efeitos adversos observados em estudos onde a droga fabricada estava sendo testada para outra indicação, para a qual a taxa de efeitos adversos foi tão alta que o fabricante decidiu interromper os estudos.

     Em conexão a isso, considere novamente alguns dos fatos discutidos nos capítulos anteriores:

6.6  Sérios perigos podem surgir pela primeira vez após anos de uso

     Prozac, Zoloft, Paxil, Celexa, Luvox, Remeron e outros - os chamados Inibidores de Reabsorção Seletivos de Serotonina (IsRSS [SSRIs]) - construíram a sua popularidade como antidepressivos baseada na crença equivocada, entre médicos e pacientes, que eles têm menos efeitos adversos sérios do que outros antidepressivos. Desde o início, nós sabíamos que este era um falso alarde de marketing criado pela empresa Eli Lilly de drogas farmacêuticas (Breggin e Breggin, 1994 [53]). Mas a maioria dos psiquiatras, aparentemente caíram nesta falsidade. Mesmo agora, muitos psiquiatras e outros médicos não estão cientes do catálogo crescente de perigos destas drogas psiquiátricas.

     Para ilustrar, mais de 10 anos após o Prozac estar no mercado, uma manchete na edição de maio de 1998 do "Clinical Psychiatric News [Noticiário da Psiquiatria Clínica]" reportou que: "Efeitos Colaterais de Longo Prazo Emergiram com IsRSS [SSRIs]". O artigo descrevia sérias disfunções de sono e sexuais, bem como ganho de peso anormal, associadas com o uso de IsRSS [SSRIs]. Durante seu sono perturbado, os pacientes também podiam sofrer de períodos de insônia, pesadelos, ranger de dentes, sudorese e movimentos anormais de seus corpos.

     A reportagem mencionou uma droga, Prozac, que supostamente beneficia as pessoas deprimidas, mas pode acabar tornando-as mais depressivas e até mesmo suicidas! De acordo com a reportagem, "Com o tratamento em curso [com Prozac], um número crescente de pacientes relatam letargia e fadiga". Letargia e fadiga, é claro, podem causar ou agravar a depressão. Além disso, com relação à insônia causada pelo Prozac, "há uma grande quantidade de dados que mostram que pessoas que dormem mal têm mais probabilidade de recaída e que o risco de suicídio é maior"105.

     Muitas pessoas decidiram usar Prozac na esperança de que ele iria ajudá-las a perder peso. A própria Eli Lilly tentou sem sucesso obter a aprovação, desta droga farmacêutica, pela FDA, para o controle de peso. Em seguida, descobriu-se que, a longo prazo, muitos pacientes consumindo Prozac estão ganhando muito peso. Eles estão se tornando obesos.

     Como Eli Lilly respondeu a esses novos perigos reconhecidos do Prozac? Em um anúncio de página inteira multicolorida na mesma edição do "Clinical Psychiatry News [Noticiário da Psiquiatria Clínica]", a empresa da droga psiquiátrica promoveu Prozac como produtor de "ambos, noites tranquilas, e dias produtivos". Mas "noites tranquilas" são uma reivindicação notável para uma droga de drogaria que já era conhecida por produzir insônia em 20 por cento dos pacientes nos estudos, que duraram quatro a seis semanas, utilizados para a aprovação da FDA. (Devido a essa insônia, foi prescrito, para muitos dos pacientes, pílulas para dormir viciantes). Desafortunadamente, o anúncio não faz nenhuma menção sobre os riscos de obesidade, piora da depressão, ou suicídios associados com Prozac. Conforme exigido por lei, contudo, uma frase em letras muito finas, impressas em baixo da página de trás, notifica que tem havido relatórios pós-comercialização de "ideação suicida", bem como de "comportamentos violentos". Embora forçada pela FDA à mencionar estes possíveis efeitos adversos de sua droga de farmácia, a empresa farmacêutica também afirmou que estes efeitos "podem não ter nenhuma relação causal com a droga que eles fabricam". Claro, o "inesperado" problema de ganho de peso não se limita ao Prozac. Um clínico, que escreveu para o British Medical Journal [Jornal Médico Britânico] em 2003, notou: "Tenho observado, frequentes e rápidos ganhos de peso, em clientes usando Paxil. Ao fazer perguntas, sobre os efeitos anoréxicos desta droga que foram alegados em 1995, fui recebido com ceticismo. Este é o primeiro ano em que ouvi ao vivo qualquer coisa sobre estas drogas causarem ganho de peso. Contudo, isto não é nenhuma surpresa para mim em meu papel como terapeuta" (Green, 2003 [188]).

6.7  Reconhecendo os limites da aprovação da FDA

     Para seu crédito, a própria FDA tem reconhecido e divulgado que a aprovação da FDA, não exclui o perigo de sérias, e até fatais, reações adversas que podem surgir mais tarde. Devido ao fato de que os estudos, utilizados para a aprovação da FDA de drogas psiquiátricas, tipicamente durem apenas cerca de seis semanas, a FDA usualmente requer um aviso de que as novas drogas farmacêuticas ainda não foram comprovadamente atestadas como seguras e eficazes para o uso prolongado. Muito poucos consumidores consideram esta severa limitação sobre a aprovação da FDA. A maioria dos médicos parece prestar pouca ou nenhuma atenção à ela.

     Mesmo a eficácia, a curto prazo, algumas vezes permanece duvidosa na época na qual uma droga psiquiátrica é aprovada. Por exemplo, documentos internos da FDA levantaram questões sobre a eficácia do antidepressivo Zoloft até o momento em que ele foi aprovado. Um alto funcionário da FDA notou que esta droga de drogaria havia sido rejeitada por algumas agências Européias e lamentou que a FDA estivesse perdendo seus padrões de aprovação para favorecer a indústria de drogas farmacêuticas106.

     Outro exemplo diz respeito ao Prozac, que, em muitos dos estudos utilizados para a aprovação da FDA, se revelou como não sendo melhor do que uma pílula de açúcar. Fazer com que ele pareça eficaz exige a seleção dentre os estudos e, em seguida, sua "correção" estatística para incluir pacientes que já haviam sido tratados com tranquilizantes107. Atualmente Prozac é comercializado como uma droga genérica e perdeu popularidade para outros IsRSS [SSRIs]. Previsivelmente, o interesse em seus efeitos e história desvaneceu-se - o que permite que muitos dos erros e enganos, na sua aprovação e comercialização, sejam repetidos com impunidade nas drogas psiquiátricas que lhe seguiram.

6.8  Como efeitos adversos não são reportados

     As muitas deficiências do processo de aprovação da FDA colocam uma grande carga sobre os procedimentos de acompanhamento que ocorrem depois de uma droga psiquiátrica ir para o mercado. Nesse ponto, a FDA começa a depender fortemente nos relatórios voluntários enviados espontaneamente; em sua maioria por médicos e farmacêuticos. Um padrão de relatórios indicativos, de uma relação causal entre uma droga farmacêutica e efeitos adversos sérios, tem com frequência levado ao aumento de avisos na bula da droga comercial ou na remoção desta droga do mercado108. Em 1990, o "Government Accounting Office [Escritório de Avaliação do Governo]" (GAO) [167] relatou que em mais de 50 por cento das drogas aprovadas pela FDA entre 1976 e 1985, foram encontrados, durante ou após a comercialização, efeitos negativos "sérios", ou ainda, das quinze drogas psiquiátricas aprovadas durante este período, em nove delas foram encontrados riscos sérios adicionais e uma delas foi retirada do mercado pela FDA109. Sobre um antidepressivo, Nomifensina, se descobriu que ele é a causa de uma desordem no sangue potencialmente fatal - mas esta descoberta só ocorreu depois dele ter sido comercializado em todo o mundo por 8 até 9 anos (Leber, 1992, p. 6).

     Os relatórios espontâneos, enviados para a FDA, têm desempenhado um papel chave nas decisões da agência sobre essas drogas psiquiátricas. Porém, quantos efeitos adversos sérios chamam a atenção dos médicos, e quão conscientes estes médicos estão, sobre a importância de enviá-los para a FDA?

     Uma vez que uma droga psiquiátrica esteja no mercado, milhares de pacientes podem experimentar reações de abstinência desagradáveis ou perigosas. Contudo, apenas alguns deles vão perceber que seus problemas foram causados pela droga iatrogênica110, e menos ainda vão mencionar isso para os seus médicos. Por outro lado, apenas uma fração dos médicos que tomam conhecimento, mesmo de reações adversas sérias e incomuns causadas por estas drogas, vão de fato relatá-las a uma autoridade competente, tal como a FDA.

     Em seu livro de 1998, Thomas Moore [287] documenta como os médicos dos EUA raramente relatam reações adversas. Mesmo no cenário mais otimista, parece que apenas uma pequena fração de reações adversas são de fato relatadas, incluindo casos tão sérios que resultam em hospitalização ou morte, tomara que a FDA baseia-se fortemente nesses relatórios para monitorar as drogas psiquiátricas, para atualizar suas bulas, e se necessário, para retirá-las do mercado.

     Em 1998, um estudo canadense consultou médicos de cuidados primários, afiliados à quinze hospitais, sobre as suas observações pessoais dos efeitos adversos sérios de tranquilizantes benzodiazepínicos durante os dois anos anteriores (Cohen e Karsenty, 1998 [115]). Sete destes médicos descreveram efeitos graves, incluindo uma queda resultando em uma fratura no quadril, uma overdose fatal ou suicídio, um delírio que exigiu nove dias de hospitalização, e um caso de apatia severa que durou vários dias e que interrompeu todas as atividades de trabalho e de família. No entanto, nenhum dos médicos tinha escrito ou relatado estas reações adversas para qualquer autoridade ou jornal.

     Ao não denunciar essas reações reconhecidamente sérias e até mesmo com risco de vida, algumas ou todas das quais poderiam ter resultado diretamente a partir do uso dos tranquilizantes, os médicos suprimiram o reconhecimento desses perigos do governo, do público, e da profissão médica. Seu comportamento perpetua as atitudes irrealistas, de médicos bem como de pacientes, a favor da suposta segurança dessas drogas psiquiátricas.

6.9  Nenhuma garantia de segurança à longo prazo

     Não se demonstrou consistentemente a segurança e eficácia de nenhuma droga psiquiátrica por mais de algumas semanas ou meses de uso. Mesmo após muitos anos no mercado, estas drogas são raramente estudados até o grau necessário para determinar à longo prazo, seus perigos ou utilidade. Em fevereiro de 2007, a FDA indicou que a partir de outubro 2005 até setembro de 2006, que as empresas de drogas farmacêuticas ainda tinham que começar 71 por cento das avaliações de segurança "pós-mercado" que esses fabricantes se comprometeram a iniciar para os produtos aprovados que já estavam sendo vendidos (Chen, 2007 [86]). Assim, as pessoas devem ter muito cuidado ao permanecer consumindo continuamente, por meses ou anos, uma destas drogas.

     Perigos muito significativos podem passar despercebidos, mesmo muito tempo depois que uma droga psiquiátrica é comercializada. Como se tem notado, os estudos utilizados para a aprovação são de duração muito curta. Eles também são limitados em escopo, muitas vezes excluindo pacientes que têm severos ou complicados problemas emocionais, bem como pacientes que estão fisicamente doentes, ativamente suicidas, ou tomando outras drogas. Além disso, muitos desvios pró drogas são construídos na pesquisa por empresas farmacêuticas que são inteiramente responsáveis pelo planejamento, financiamento, monitoramento e interpretação de todos os estudos. As empresas de drogas farmacêuticas tipicamente contratam médicos de quem sabem poder esperar resultados positivos. Com exceção de circunstâncias não usuais, a FDA se baseia inteiramente em dados que estas empresas fabricantes de drogas reuniram, organizaram, podaram, e interpretaram.

     As reações adversas das drogas psiquiátricas são subestimados ou minimizados de várias formas diferentes. Durante os testes destas drogas, por exemplo, sintomas como depressão ou ansiedade - que podem ser causados por muitas delas - são muitas vezes erroneamente atribuídos à "doença mental" do paciente. Mais especificamente, uma piora da depressão foi listada na bula oficial do Prozac, como um possível efeito adverso comumente relatado, até que foi retirado da bula nos últimos dois dias111. Quem retirou esta informação da bula do Prozac? A própria FDA112. Qual foi a explicação? A agência queria encurtar a distrativa "lista de máculas" de reações adversas indicadas pela empresa de drogas farmacêuticas. No entanto, a depressão como um resultado comum de tomar antidepressivos certamente merece destaque, em vez de ser excluída completamente da bula da droga antidepressiva. Por causa da eliminação, os profissionais e o público continuam ignorantes dos relatórios frequentes, por investigadores da própria Eli Lilly, de que o Prozac pode agravar a depressão.

6.10  A mídia

     Os meios de comunicação tornaram-se muito protetores da psiquiatria - especialmente de drogas psiquiátricas. Com exceção de exposições ocasionais, os meios de comunicação tendem a publicar depoimentos na direção destas drogas enquanto omitem os seus riscos. Livros críticos destas drogas raramente são revistos em grandes jornais ou revistas e raramente discutidos na televisão.

     No ano passado, a FDA afrouxou as exigências, dos fabricantes de drogas psiquiátricas, das propagandas voltadas para o público. Como resultado, tem havido uma explosão de tais anúncios em jornais, revistas e na televisão, o que representa um aumento de 40 por cento nas receitas da mídia de impressão desde 1997. Somente em 1998, a indústria farmacêutica dos EUA gastaram mais de $1,3 bilhões de dólares em publicidade, direta ao consumidor, na televisão, nas revistas e jornais. Prevemos que o total de publicidade continuará a aumentar e que a mídia vai se tornar cada vez mais protetora de seus benfeitores. Eli Lilly claramente liderou o caminho com uma campanha gigantesca para o Prozac, gastando mais de $41 milhões de dólares na publicidade, deste produto, diretamente para o público em 1998 (um aumento de 82 por cento sobre os gastos do ano anterior)113.

6.11  O que os médicos sabem?

     Os médicos deixam de informar os pacientes sobre os perigos dos medicamentos, em parte porque eles próprios não estão plenamente informados. Muitos médicos se baseiam demasiadamente na publicidade tendenciosa das empresas de drogas farmacêuticas e nos representantes de vendas, e até mesmo os mais céticos dentre eles são bombardeados com informações distorcidas em favor destas drogas. Além disso, os programas médicos educacionais e científicos são quase sempre financiados pelas empresas fabricantes das drogas psíquicas e, não surpreendentemente tendem a promover os seus produtos de drogaria. Psiquiatras, por exemplo, muitas vezes recebem telefonemas de comerciantes pedindo-lhes para aceitar $100 dólares para ouvir ao telefone um programa "educativo" patrocinado por uma empresa de drogas psiquiátricas ou para comparecer à um jantar gratuito que inclui um seminário sobre novas drogas. Além da pequena gratificação ou da refeição gratuita, os psiquiatras ganham créditos de Educação Médica Continuada (CME) para manter suas credenciais médicas.

     A maioria das revistas psiquiátricas são totalmente dependentes da publicidade de empresas de drogas farmacêuticas - uma relação que influencia suas políticas editoriais. As revistas especializadas, publicadas pela American Medical Association (AMA) [Associação Médica Americana], tais como o Archives of General Psychiatry [Arquivos de Psiquiatria Geral] e Archives of Internal Medicine [Arquivos de Medicina Interna], são enviadas gratuitamente aos médicos em suas respectivas especialidades. Como pode a AMA encaminhar isso? A distribuição das revistas é paga pela publicidade das empresas fabricantes destas drogas. De fato, ao oferecer as revistas gratuitamente para tantos médicos, a AMA garante um investimento em publicidade pesado das próprias empresas. Similarmente a Associação de Psiquiatria Americana [American Psychiatric Association], que depende totalmente de infusões massivas de dinheiro das empresas de drogas farmacêuticas, não está disposta a ter um olhar crítico em qualquer prática corporativa ou produtos de drogarias. Em última instância, até mesmo os livros médicos e psiquiátricos são escritos por defensores destas drogas, os quais muitas vezes minimizam ou ignoram importantes e até mesmo perigosas reações adversas às drogas psiquiátricas. Apenas alguns profissionais se tornam especialistas no assunto de medicamentos sem trabalhar com e para as empresas de drogas farmacêuticas.

6.12  Atitudes dos médicos quanto a informar os pacientes

     A falha dos médicos em transmitir informações deriva em parte da ignorância e em parte de suas atitudes para com seus pacientes. Muitos médicos não se sentem obrigados a "dizer aos pacientes tudo". Em vez disso, eles controlam o fluxo de informações para atingir determinados fins, tais como encorajar a aceitação do tratamento. A educação médica instila e reforça este autoritarismo em jovens médicos. Desde os primeiros estágios de seu trabalho clínico, eles devem tomar decisões de vida ou morte, muitas das quais estão além do seu nível de maturidade, experiência, ou conhecimento. Talvez, apenas para esconder suas inseguranças pessoais sobre uma responsabilidade tão grande, os médicos podem se tornar arrogantes. Além disso, encorajar suas atitudes paternalistas é o papel quase sacerdotal que desempenham na sociedade.

     Os médicos também não têm tempo para descrever toda a gama de efeitos adversos das drogas psiquiátricas à cada um dos seus pacientes. E ao invés de se basear em resumos escritos desses efeitos, eles tendem a usar somente sua memória e "julgamento clínico" ao informar seus pacientes. Como resultado, muitas vezes eles deixam de fora informações importantes sobre os efeitos adversos potenciais destas drogas. Médicos em planos de saúde são especialmente pressionados pelo tempo e provavelmente mais propensos do que outros para pular ou omitir fatos críticos.

     Finalmente alguns médicos propositadamente retem informações sobre os perigos das drogas psiquiátricas por medo de que seus pacientes se recusem a tomá-las. Porque eles acreditam que os pacientes precisam da medicação, eles prescrevêm-as sem fornecer informações suficientes para que os pacientes façam uma decisão independente. Essa prática antiética e potencialmente ilegal é especialmente comum entre os psiquiatras, muitos dos quais abrigam uma atitude paternalista em relação aos pacientes.

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Notas de Rodapé:

102 Peter Breggin tem visto exemplos de tais "arquivos de registros", ao examinar os documentos internos das empresas de drogas farmacêuticas, como uma testemunha perita, em casos de acusação por responsabilidade iatrogênica de produto.
103 Relatado por Peter R. Breggin, que participou deste seminário.
104 Para exemplos do tipo de informação descoberto por um médico especialista em exames de documentos selados de empresas de drogas farmacêuticas, ver Breggin (1997a [55]) referindo-se a Eli Lilly e Prozac, e Breggin (2006b, c, d e [71]) em referência a GlaxoSmithKline e Paxil.
105 Observações semelhantes foram feitas anteriormente em Breggin e Breggin (1994 [53]) e Breggin (1997a [55]).
106 Temple (1991); discutido em Breggin (1997a [55]), pp 229-230.
107 Esta observação é discutida e documentada em detalhes em Breggin e Breggin (1994 [53]), ela é também resumida e atualizada em Breggin (1997a [55]).
108 Este processo é discutido, com exemplos de acompanhamento, em Breggin (1997a [55], 1998b [58]).
109 "Government Accounting Office [Escritório de Avaliação do Governo]" (1990) [167], p. 25, 74-78.
110 Ver, por exemplo, Grohol (1997) [190].
111 Temple (1987) [363]; discutido em Breggin (1997a [55]), pp 85-86.
112 NT: FDA é a abreviação de "Food and Drug Administration [Administração de Drogas e Alimentos]". No Brasil a função deste orgão governamental é exercida pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
113 IMS Health (1999) [205]. O orçamento total de promoção destas drogas nos EUA em 1998 foi de mais de $5,8 bilhões.