Livro de Urantia

Grupo de Aprendizes da Informação Aberta

Contato

Índice Superior    Vai para o próximo: Capítulo 3

Arquivos de Impressão: Tamanho A4.

Livro em Texto (txt).

Capítulo 2
Liberado ou Clear


Dianética:
A Ciência da Saúde Mental

Livro Três
A Terapia

L. Ron Hubbard
Ponte para liberdade dos engramas da mente reativa
www.dianetics.org
www.dianetica.pt
www.dianetica.com.br

Liberado ou Clear

     O objetivo da terapia de Dianética é produzir um Liberado ou um Clear.

     Um Liberado (substantivo) é um indivíduo de quem se removeu a tensão e a ansiedade mais importantes, por meio da terapia de Dianética.

     Um Clear (substantivo) é um indivíduo que, como resultado da terapia de Dianética, não tem qualquer doença nem aberração psicossomática ativa ou potencial.

     Clarear (verbo) é liberar toda a dor física e emoção dolorosa da vida de um indivíduo ou, como no caso da Dianética Política, de uma sociedade. O resultado disto produzirá uma persistência nas quatro dinâmicas, uma capacidade analítica ótima para o indivíduo e, com isso, toda a recordação. O Clear tem a experiência da sua vida inteira à disposição e tem toda a sua capacidade mental e imaginação inerentes livres para usá-la. A sua vitalidade e saúde física melhoraram marcadamente e todas as doenças psicossomáticas desapareceram e não voltarão. Tem uma resistência maior à doença real. É adaptável e capaz de mudar o seu ambiente. Ele não é "ajustado"; ele é dinâmico. Os seus padrões éticos e morais são elevados, a sua capacidade de procurar e experimentar prazer é grande. A sua personalidade eleva-se e ele é criador e construtivo. Ainda não se sabe qual é a longevidade que se acrescenta a uma vida no processo de clareamento, mas considerando o reequilíbrio automático do sistema endócrino, a menor incidência de acidentes e a melhoria do tom físico geral, com certeza que ela aumentará.

     Um Liberado é um indivíduo que foi liberado das dificuldades mentais e físicas e da emoção dolorosa, atuais ou crônicas. O valor de um Liberado, quando comparado com um Clear, poderá não parecer muito grande a primeira vista. Mas quando se compreende que um Liberado geralmente excede o normal3 contemporâneo em termos de estabilidade mental, pode-se ver que a condição tem de fato um grande valor.

     Como padrão de comparação, um Clear está para o normal contemporâneo como o normal contemporâneo está para um caso institucional contemporâneo. A margem é ampla e seria difícil exagerá-la. Um Clear, por exemplo, tem recordação completa de tudo o que alguma vez lhe aconteceu ou de qualquer coisa que tenha estudado. Por exemplo, ele faz em dez ou quinze segundos os cálculos mentais, como os de xadrez, que um normal faria em meia hora. Ele não pensa "vocalmente", mas sim espontaneamente. Não há circuitos demônio na sua mente, exceto aqueles que ele poderia divertir-se em criar - e voltar a desfazer - para tratar das diferentes abordagens à vida. Ele é inteiramente autodeterminado. E a sua imaginação criadora é elevada. Ele pode fazer um estudo rápido de qualquer coisa dentro da sua capacidade intelectual, que é inerente, e esse estudo para ele seria o equivalente a um ano ou dois de formação quando ele era "normal". O seu vigor, persistência e tenacidade em relação à vida são muito maiores do que alguém alguma vez julgou possível.

     A objeção de que é perigoso criar demasiados Clears numa sociedade é irrefletida. O Clear é racional. Os atos que prejudicam uma sociedade são irracionais. Que um punhado de Clears provavelmente poderia controlar qualquer número de "normais" está dentro dos limites da razão, mas que um Clear os controlaria em detrimento deles é absurdo. Quanto mais Clears uma sociedade possuísse, mais possibilidade essa sociedade teria de prosperar. Não foi comprovado por observação científica que um Clear tenha falta de ambição, pois a curva de ambição decrescente segue a curva de racionalidade decrescente; e os que têm sido Clareados têm provado a questão, ao reativarem todas as suas capacidades para alcançar objetivos que desejaram em tempos [passados], mas que, quando "normais", já tinham começado a considerar inatingíveis. O fato de um Clear estar, em certo grau, separado do "normal" é atribuível ao abismo que existe entre as suas respectivas capacidades mentais, pois ele chega a soluções e conclusões antes de o "normal" ter começado a formar uma idéia do que deve concluir. Isto não torna um Clear intolerável para o "normal", pois o Clear não tem nenhuma dessas atitudes de superioridade que são, na realidade, um produto dos engramas. Este é um olhar rápido ao estado de ser Clear. Mas o estado não pode ser descrito; ele tem de ser experimentado para ser apreciado.

     Um Liberado é uma quantidade um tanto variável. Qualquer indivíduo bem adiantado no caminho para Clear é um Liberado. Não há comparação entre um Clear e qualquer coisa que o ser humano antes acreditasse que era possível obter, e não há comparação entre a ação de clareamento e qualquer terapia até agora praticda. Só no caso do Liberado é que há uma base de comparação entre Dianética e as terapias anteriores, como a "psicanálise" ou qualquer outra. Pode-se produzir um Liberado em poucas semanas. A condição resultante será pelo menos equivalente à que se segue a dois anos de psicanálise, com a diferença de que o Liberado tem uma garantia de resultados permanentes e a psicanálise jamais deu qualquer garantia de sucesso. Um Liberado não recai em algum padrão que tenha sido aliviado.

     Estes são os dois objetivos do auditor de Dianética: Clear e Liberado. No momento em que escrevo, não se sabe qual é o tempo médio necessário para fazer o insano do manicômio subir para o nível neurótico: isto tem sido feito em duas horas, tem sido feito em dez horas e em alguns casos isto tem requerido duzentas horas.4

     O auditor de Dianética deve determinar antecipadamente, em qualquer caso, se deseja tentar obter um Liberado ou um Clear. Pode conseguir uma coisa ou a outra com qualquer pessoa que não seja organicamente insana (com porções do cérebro em falta ou cauterizadas que provocam insanidade, principalmente genética ou iatrogênica e relativamente rara, exceto nos manicômios). Mas ele deve fazer uma estimativa do número de horas que pode investir em qualquer pessoa, regular a sua intenção de acordo com isso e anunciá-la ao seu paciente. Os dois objetivos são ligeiramente diferentes. Num Liberado, não se tenta entrar em fases do caso que poderão ocasionar ou que ocasionarão uma necessidade de trabalho prolongado e dá-se atenção à localização e liberação de carga emocional. Num Clear, o auditor dá a sua atenção à localização do engrama básico-básico, à descarga de emoção e de todo o banco de engramas.

     Há um terceiro objetivo que poderia ser considerado um grau inferior de Liberado. Trata-se de uma Ajuda. Esta pode ser feita após o ferimento, ou na doença que se segue ao ferimento ou na doença que alguém acaba de sofrer, com o fim de promover uma recuperação mais rápida: para ajudar o corpo a reabilitar-se após um ferimento ou doença. Esta é uma terapia especializada que provavelmente virá a ser uma prática muito comum, mas que é de benefício primário para o médico que, com ela, pode salvar vidas e acelerar a cura ao aliviar o engrama dessa doença ou ferimento específico, removendo assim, as várias concepções engrâmicas que a progressão do ferimento restimula. Qualquer auditor de Dianética pode praticar isto. A Ajuda tem mais ou menos o mesmo nível de utilidade que um milagre da cura pela fé, que funcionasse todas as vezes.

     É difícil fazer estimativas do tempo necessário para o caso com uma exatidão superior a 50 por cento, e o paciente deve compreender que o tempo na terapia é variável. Isto depende, até certo ponto, da capacidade do auditor, do número de engramas insuspeitados que nunca antes foram reativados e da quantidade de restimulação a que o paciente está sujeito durante a terapia. Por conseguinte, o auditor não deve ser otimista ao estimar o tempo, mas deve fazer o seu paciente compreender que se pode gastar mais ou menos tempo na terapia.

     Qualquer pessoa que seja inteligente, possuidora de uma persistência mediana e que esteja disposta a ler meticulosamente este livro, deve ser capaz de se tornar um auditor de Dianética. Quando tiver Clareado dois ou três casos, ela terá aprendido muito mais e compreendido muito mais do que o que está contido neste livro, pois não há nada que desenvolva mais a compreensão de uma máquina do que lidar com esta enquanto trabalha. Este é o livro de instruções, a máquina em causa está disponível onde quer que haja humanos. Contrariamente à superstição sobre a mente, é quase impossível danificar permanentemente o mecanismo. Pode-se fazer isso com um eletrochoque, com um bisturi ou com um picador de gelo, mas é quase impossível fazê-lo com a terapia de Dianética.


Notas de Rodapé:

3 "Normal" é um termo de psicologia que denota o indivíduo normal - quer dizer, uma pessoa mediana. O QI e o comportamento de um "normal" seria uma média da população atual. Não há nada de desejável em ser um "normal", pois ele é seriamente aberrado.
4 Este volume dirige-se ao tratamento da pessoa normal ou ao paciente neurótico que não seja suficientemente violento para ser internado. Contudo, com inteligência e imaginação, estas mesmas técnicas podem ser aplicadas com êxito a qualquer estado mental ou doença física. Dianética Institucional é, primariamente, a redução de uma insanidade para uma neurose; as técnicas são semelhantes às descritas aqui, mas inclinam-se mais para medidas heróicas.