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Capítulo 4
As Quatro Dinâmicas


Dianética:
A Ciência da Saúde Mental

Livro Um
O Objetivo do Ser Humano

L. Ron Hubbard
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As Quatro Dinâmicas

     Nas equações originais de Dianética, quando a pesquisa ainda estava no começo, acreditava-se que a sobrevivência poderia ser considerada apenas em termos pessoais e ainda assim dar resposta a todas as condições. Uma teoria é apenas tão boa quando funciona. E funciona tão bem quanto explique os dados observados e preveja novo material que se verificará existir, de fato.

     A sobrevivência em termos pessoais foi computada até que toda a atividade humana podia ser teoricamente explicada apenas em termos do Eu. A lógica parecia bastante válida. Mas depois foi aplicada ao mundo. Alguma coisa estava errada: ela não resolvia problemas. Na verdade, a teoria da sobrevivência apenas em termos pessoais era tão inexequível que deixava por explicar a maioria dos fenômenos do comportamento. Podia, contudo, ser computada e ainda parecia boa.

     Foi então que ocorreu uma idéia quase intuitiva. A compreensão humana desenvolvia-se na razão do seu reconhecimento da sua irmandade com o Universo. Isto era voar alto, mas deu resultados.

     Seria a própria humanidade uma irmandade de seres humanos? Ele desenvolveu-se e tornou-se forte como ser gregário, um animal que caçava em bandos. Aparentemente todas as suas atividades podiam ser computadas em termos de sobrevivência do grupo. Essa computação foi feita. Esta parecia ser boa. Postulou-se que o ser humano sobrevivia apenas em termos da sobrevivência do seu grupo. Parecia bom, mas deixava a maioria dos fenômenos observados por explicar.

     Tentou-se, então, explicar o comportamento humano apenas em termos de Humanidade, isto é, presumiu-se que a Humanidade sobrevivia pela Humanidade de um modo altamente altruísta. Isto seguia diretamente o caminho silvestre de Jean Jacques Rousseau. Era possível computar que o ser humano vivia apenas para a sobrevivência de toda a Humanidade. Mas quando esse postulado foi dirigido ao laboratório - o mundo - este não funcionou.

     Finalmente, foi recordado que alguns tinham pensado que toda a atividade e comportamento humano podiam ser explicados ao pressupor que ele vivia apenas para o sexo. Esta suposição não era original. Mas fizeram-se algumas computações originais a esse respeito e era verdade que, com algumas alterações rápidas da equação, a sua atividade de sobrevivência podia ser resolvida apenas com base no sexo. Mas quando foi aplicada aos dados observados, mais uma vez, esta teoria falhou em explicar todos os fenômenos.

     Examinou-se, então, o que já tinha sido tentado. Havia-se suposto que o ser humano sobrevivia apenas para si próprio como indivíduo; tinha-se computado que ele sobrevivia apenas para o grupo, para o bando, para a sociedade; postulara-se que ele sobrevivia apenas para a Humanidade e, finalmente, usou-se a teoria de que ele vivia apenas para o sexo. Nenhuma funcionava sozinha.

     Fez-se uma nova computação quanto à dinâmica de sobrevivência. Para quê, exatamente, estava o ser humano a sobreviver? Todos esses quatro fatores, o Eu, o sexo, o grupo e a Humanidade, foram introduzidos numa nova equação. Descobriu-se que agora se tinha na mão uma teoria que funcionava. Explicava todos os fenômenos observados e predizia novos fenômenos cuja existência se veio a descobrir. Era, portanto, uma equação científica!

     Deste modo, a partir da dinâmica de sobrevivência, desenvolveram-se as quatro dinâmicas. Por dinâmica de sobrevivência queríamos dizer o comando básico: "SOBREVIVER!" que está subjacente a todas as atividades. Por dinâmica queríamos dizer uma das quatro divisões de propósito do princípio dinâmico total. As quatro dinâmicas não eram forças novas, mas subdivisões da força primária.

     A Dinâmica um é o impulso para a sobrevivência suprema da parte do indivíduo e para ele próprio. Esta inclui os simbiotas4 imediatos, a extensão da cultura para seu próprio benefício e a imortalidade do nome.

     A Dinâmica dois é o impulso do indivíduo para a sobrevivência suprema da família através do ato sexual, da concepção e da criação de filhos. Esta inclui os seus simbiotas, a extensão da cultura para eles e a sua provisão futura.

     A Dinâmica três é o impulso do indivíduo para a sobrevivência suprema do grupo. Esta inclui os simbiotas do grupo e a extensão da sua cultura.

     A Dinâmica quatro inclui o impulso do indivíduo para a sobrevivência suprema de toda a Humanidade. Esta inclui os simbiotas da Humanidade e a extensão da sua cultura.

     A vida, o átomo, o universo e a própria energia estão incluídos sob a classificação de simbiotas.

     Percebe-se imediatamente que estas quatro dinâmicas são realmente um espectro sem linhas de divisão nítidas. Pode ver-se que a dinâmica , de sobrevivência parte do indivíduo para abranger a espécie inteira e os seus simbiotas.

     Nenbuma dessas dinâmicas é necessariamente mais forte do que qualquer das outras. Cada uma é forte. São as quatro estradas que um humano toma para a sobrevivência. E as quatro estradas são, na realidade, uma só estrada. Esta estrada única é, de fato, um espectro de milhares de estradas contidas dentro das quatro. São todas em termos de passado, presente e futuro, considerando que o presente poderá ser uma soma do passado e o futuro poderá ser o produto do passado e do presente.

     Pode considerar-se que todos os propósitos humanos se encontram dentro desse espectro e isso explica todo o comportamento.

     É uma afirmação válida que o ser humano é egoísta, quando se refere a um humano aberrado. É igualmente válido dizer-se que o ser humano é anti-social, se for acrescentado o modificador, aberração. Outras afirmações desse tipo resolvem-se da mesma forma.

     Acontece, porém, que podemos ver essas quatro dinâmicas a competir umas com as outras na sua operação dentro do indivíduo ou de uma sociedade. Há uma razão racional para isto. A frase "competição social" é um composto de comportamento aberrado e dificuldades sencientes.

     Qualquer humano, grupo ou raça poderá estar em competição com qualquer raça, grupo ou humano e mesmo em competição com o sexo, a um nível inteiramente racional.

     A Equação da Solução Ótima seria que um problema foi bem resolvido quando prevê o máximo bem para o número maior de dinâmicas. Isto quer dizer que qualquer solução, modificada pelo tempo disponível para levar a solução a efeito, deve ser criativa ou construtiva para o maior número possível de dinâmicas. A solução ótima para qualquer problema seria aquela que alcançasse o benefício máximo em todas as dinâmicas. Isto quer dizer que um humano, quando toma decisões sobre algum projeto, seria mais bem-sucedido se ele beneficiasse todas as coisas relacionadas com as quatro dinâmicas, na medida em que o seu projeto as afetasse. Ele também teria, então, de se beneficiar a si próprio para que a solução fosse ótima. Por outras palavras, beneficiar as Dinâmicas do Grupo e da Humanidade, mas bloqueando a Dinâmica do Sexo e a Dinâmica do Eu, seria uma solução muito inferior à solução ótima. O padrão de conduta de sobrevivência é construído sobre esta Equação da Solução Ótima. Esta é a equação básica de todo o comportamento racional e é a equação em que o Clear funciona. Esta é inerente ao humano.

     Por outras palavras, a melhor solução para qualquer problema é a que trará o maior bem para o maior número de seres, incluindo o Eu, a progênie, os familiares, os grupos políticos e raciais e, por fim, toda a Humanidade, o maior bem poderá exigir, também, alguma destruição, mas a solução deteriora-se na proporção da destruição empregada. O auto-sacrifício e o egoísmo são igualmente redutores da equação de ação ótima, ambos têm sido suspeitados e com razão.

     Tudo isto é uma questão de: será que funciona? Mesmo numa base não-aberrada, há alturas em que uma ou outra dessas dinâmicas tem de ser retirada da computação de alguma atividade e, de fato, poucos problemas são de uma intensidade tão grande que seja preciso tomar todas as dinâmicas em consideração. Mas quando um problema alcança tal intensidade, e o tempo não é um fator importante, há erros graves que podem seguir-se à omissão de uma ou outra das dinâmicas entre os fatores considerados.

     No caso de um Napoleão a "salvar a França" à custa do resto da Humanidade na Europa, a Equação da Solução Ótima foi tão negligenciada que se perderam todos os ganhos revolucionários do povo francês. No caso de César a "salvar Roma", a equação foi tão mal feita que causou impedimentos à sobrevivência de Roma.

     Mas há casos especiais em que a Equação da Solução Ótima se torna tão envolvida com o tempo que é preciso desprezar certas dinâmicas para permitir que outras dinâmicas persistam. O caso de um marinheiro que da a sua própria vida para salvar o navio responde à Dinâmica do Grupo. Tal ação é uma solução válida para um problema. Mas viola a solução ótima, porque não respondeu pela Dinâmica Um: o Eu.

     Poderiam ser citados aqui muitos exemplos de vários tipos em que uma ou outra das dinâmicas deve, necessariamente, receber prioridade, tudo numa base inteiramente racional.

     Numa base aberrada, a equação ainda é válida, mas esta é complicada por irracionalidades que não têm nada a ver com a situação. Muitas soluções são más simplesmente por causa dos dados falsos educacionais ou da falta completa de dados. Mas ainda assim são soluções. No caso das soluções aberradas, as dinâmicas são real e ativamente impedidas, como se descreverá completamente mais adiante.


Notas de Rodapé:

4 O significado de simbiota em Dianética é alargado para além da definição do dicionário, para querer dizer "todas e quaisquer formas de vida ou de energia que estão mutuamente dependentes para a sobrevivência". O átomo depende do Universo, o Universo depende do átomo.