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Capítulo 25
Alguns Silogismos Defeituosos Quanto à Forma


Métodos Lógicos e Dialécticos
Mário Ferreira dos Santos
I Volume
3a Edição (1962)
Enciclopédia de Ciências
Filosóficas e Sociais

Livro Original na Internet
25  Alguns Silogismos Defeituosos Quanto à Forma

e Nenhum animal é substância;
e ora, nenhuma pedra é animal;
e logo, nenhuma pedra é substância.

     Defeito: duas premissas negativas; portanto, nada se conclui.

a Todo pássaro voa;
a ora, a mosca voa;
a logo, a mosca é pássaro.

     Defeito: o têrmo médio voa é particular em ambas premissas, porque é da 2a figura. Na 2a figura, uma premissa tem de ser necessàriamente negativa, para que o têrmo médio seja, pelo menos, uma vez, universal.

a Todo pássaro voa;
e ora, nenhuma mosca é pássaro;
e logo, nenhuma mosca voa.

     Defeito: o silogismo é da 1o figura, porque o têrmo médio pássaro é sujeito na maior e predicado na menor. Está tomado uma vez universalmente na menor, porque esta é negativa. Mas, o predicado voa, na maior, é particular, porque é uma premissa afirmativa; no entanto, na conclusão, é universal, porque é negativa, tendo, assim, maior extensão na conclusão que na premissa.

a Todo animal é substância;
o ora, alguma pedra não é animal;
o ora, alguma pedra não é substância.

     Defeito: animal é o têrmo médio, sujeito na maior e predicado na menor. Seria, pois, um silologismo da 1o figura. Está tomado uma vez universalmente, na menor, que é negativa. O sujeito, na menor e na conclusão, é particular; portanto, regular. Contudo, o predicado, na maior é particular, porque esta é afirmativa, mas, na conclusão, é êle universal, porque é negativa. O silogismo é, pois, irregular.

e Nenhum animal é pedra;
o ora, algum mármore não é animal;
o logo, algum mármore não é pedra.

     Defeito: duas premissas negativas das quais nada se conclui.

o Algum animal não é racional;
a ora, todo homem é animal;
o logo, algum homem não é racional.

     Defeito: Animal é o têrmo médio e o silogismo seria da 1o figura. Mas, em ambas premissas é tomado particularmente; logo, o silogismo é irregular.

a Todo animal é substância;
i ora, alguma pedra é substância;
i logo, alguma pedra é animal.

     Defeito: o têrmo médio em ambas premissas, que são afirmativas, é particular; portanto, o silogismo é irregular.

i Algum cavalo é animal;
a ora, todo homem é animal;
i logo, algum homem é cavalo.

     Defeito: o têrmo médio em ambas premissas ó particular; logo ...

o Alguma substância não é racional;
i ora, algum homem é racional;
o logo, algum homem não é substância.

     Defeito: ambas premissas são particulares, e de particulares nada se conclui.

a Todo animal é substância;
e ora, nenhum animal é pedra;
e logo, nenhuma pedra é substância.

     Defeito; o têrmo médio é tomado uma vez universalmente certo. O sujeito tem, na conclusão, a mesma extensão, certo. Mas, o predicado é particular, na maior, pois é afirmativo, e é, na conclusão, que é negativa, universal, tendo, nesta, maior extensão que naquela; logo ...

a Tôda planta é vivente;
o ora, alguma planta não é animal;
o logo, algum animal não é vivente.

     Defeito: o têrmo médio é uma vez universal, certo. O sujeito não tem, na conclusão, maior extensão que na premissa, certo. Mas, o predicado tem, na conclusão, maior extensão que na premissa maior, logo ...

e Nenhuma pedra é animal;
o ora, alguma pedra não é homem;
o logo, algum homem não é animal.

     Defeito: o têrmo médio é universal uma vez, certo. O sujeito, na conclusão, não tem maior extensão que na premissa. O predicado também, na conclusão, é universal e o é na maior, certo. Onde o defeito, então? Duas negativas não permitem nenhuma conclusão.

     Tais silogismos são estudados apenas na sua forma, que é viciosa. O exame quanto à matéria do silogismo deixamos para mais adiante.