Dianética: A Ciência da Saúde Mental Livro Um O Objetivo do Ser Humano L. Ron Hubbard [ponte_liberdade_dianetica.jpg] Ponte para liberdade dos engramas da mente reativa www.dianetics.org www.dianetica.pt www.dianetica.com.br ****** Sumário ****** 0 Introdução 0.1 Índice original 0.2 Sinopse 0.3 Como Ler este Livro 1 O Âmbito da Dianética 2 O Clear 3 O Objetivo do Ser Humano 4 As Quatro Dinâmicas 5 Sumário ****** Capítulo 0 Introdução ****** Dianética O poder da mente sobre o corpo L. Ron Hubbard [ponte_liberdade_dianetica.jpg] Figura 0.1: Dianética: Uma ponte para liberdade dos engramas na mente reativa. Contra-capa Dianética é uma aventura. É uma exploração da Terra Incógnita, a mente humana, aquele reino vasto e até agora desconhecido situado um centímetro atrás da nossa fronte. L. Ron Hubbard "www.dianetics.org"{1} ***** 0.1 Índice original ***** * Sinopse * Introdução o Como ler este livro Livro Um - O Objetivo do Homem 1. O Âmbito de Dianética 2. O Clear 3. O Objetivo do Ser Humano 4. As Quatro Dinâmicas 5. Sumário Livro Dois - A Única Fonte de Todas as Doenças Mentais Inorgânicas e Psicossomáticas Orgânicas 1. A Mente Analítica e os Bancos de Memória Padrão 2. A Mente Reativa 3. A Célula e o Organismo 4. Os "Demônios" 5. Doença Psicossomática 6. A Emoção e as Dinâmicas 7. Experiência Pré-natal e Nascimento 8. O Contágio da Aberração 9. Key-in do Engrama 10. Dianética Preventiva Livro Três - A Terapia 1. A Proteção da Mente 2. Liberado ou Clear 3. O Papel do Auditor 4. Diagnóstico 5. O Retorno, o Arquivista e a Linha do Tempo 6. As Leis do Retorno 7. Emoção e a Força Vital 8. Alguns Tipos de Engramas 9. Mecanismos e Aspectos da Terapia - Parte 1 Mecanismos e Aspectos da Terapia - Parte 2 10. Dianética - Passado e Futuro * Termos de Dianética * Dianética no Século XXI ***** 0.2 Sinopse ***** Dianética (do grego dia, através, e nous, mente ou alma) é a ciência da mente. Apesar de ser muito mais simples do que a Física ou a Química, esta é comparável com esses ramos da ciência em termos da exatidão dos seus axiomas e encontra-se em um escalão de utilidade consideravelmente superior. A fonte oculta de todas as doenças psicossomáticas e de toda a aberração humana foi descoberta e foram desenvolvidos métodos para a cura invariável de ambas. Dianética é de fato uma família de ciências que abarca as várias humanidades e que as traduziu em definições exatas e úteis. Este livro trata da Dianética Individual e é um manual que contêm os métodos necessários para lidar com as relações interpessoais e para o tratamento da mente. Com as técnicas apresentadas neste manual, qualquer leigo inteligente pode tratar com êxito todas as doenças psicossomáticas e aberrações. Mas mais importante do que isso, os métodos apresentados neste manual produzirão o Clear de Dianética, um indivíduo em ótimas condições com uma inteligência consideravelmente superior ao normal atual, ou produzirão um Liberado de Dianética, um indivíduo que se libertou das suas principais doenças ou ansiedades. O Liberado pode ser feito em menos de vinte horas de trabalho e esse é um estado superior a qualquer dos que são produzidos por vários anos de psicanálise, uma vez que o Liberado não tem recaídas. Dianética é uma ciência exata e a sua aplicação tem uma natureza semelhante à engenharia, mas é mais simples do que esta. Os seus axiomas não devem ser confundidos com teorias, visto que se pode demonstrar que estes existem como leis naturais que não tinham sido anteriormente descobertas. O humano conheceu várias porções de Dianética nos últimos milhares de anos, mas os dados não foram avaliados em função da sua importância, não foram organizados em um corpo de conhecimento exato. Adicionalmente às coisas que se conheciam, mesmo que não estivessem avaliadas, Dianética contêm um grande número das suas próprias descobertas novas acerca do pensamento e da mente. Os axiomas poderão ser encontrados nas páginas finais deste livro. Quando compreendidos e aplicados, estes abarcam o campo do empreendimento e do pensamento humano e produzem resultados de precisão. A principal contribuição de Dianética é a descoberta de que os problemas do pensamento e da função mental podem ser resolvidos dentro dos limites do universo finito, o que é o mesmo que dizer que todos os dados necessários para solucionar a ação mental e o esforço humano podem ser medidos, sentidos e experimentados como verdades científicas independentes do misticismo ou da metafísica. Os vários axiomas não são suposições ou teorias - como acontece com as idéias do passado acerca da mente - mas são leis que podem ser sujeitas aos testes laboratoriais e clínicos mais rigorosos que possam existir. A primeira lei de Dianética é uma declaração do Princípio Dinâmico da Existência. O princípio dinâmico da existência é: SOBREVIVER! Não se conseguiu descobrir a existência de qualquer comportamento ou atividade que não estivesse sujeito a este princípio. Não é novidade que a vida está a sobreviver. Mas é novidade que a vida tem, como o seu único impulso dinâmico, apenas a sobrevivência. A sobrevivência está dividida em quatro dinâmicas. A sobrevivência pode ser compreendida como estando situada em qualquer uma das dinâmicas e, através de uma lógica defeituosa, pode ser explicada em termos de qualquer dinâmica individual. Pode-se dizer que um humano sobrevive unicamente para si próprio e que todo o comportamento pode ser formulado com base nisso. Pode-se dizer que ele sobrevive unicamente para o sexo e que todo o comportamento pode ser formulado somente com base no sexo. Pode-se dizer que ele sobrevive unicamente para o grupo ou apenas para a Humanidade, e que todo o esforço e comportamento do indivíduo podem ser equacionados e explicados a partir de qualquer um destes. Estas são quatro equações da sobrevivência, qualquer uma delas é aparentemente verdadeira. Contudo, a totalidade do problema do propósito humano não pode ser solucionado se não admitirmos a existência de todas as quatro dinâmicas em cada um dos indivíduos. Equacionado deste modo, o comportamento do indivíduo pode ser estimado com precisão. Estas dinâmicas abarcam, então, a atividade de um ou de muitos humanos. Dinâmica um: O impulso do indivíduo para alcançar o potencial de sobrevivência mais elevado em termos do Eu e os seus simbiotas mais próximos. Dinâmica dois: O impulso do indivíduo para alcançar o potencial de sobrevivência mais elevado em termos de sexo, quer pela reprodução em si quer pela criação e educação das crianças. Dinâmica três: O impulso do indivíduo para alcançar o potencial de sobrevivência mais elevado em termos de grupo, quer seja civil, político ou racial e os simbiotas desse grupo. Dinâmica quatro: O impulso do indivíduo para alcançar o potencial de sobrevivência mais elevado em termos da Humanidade e os simbiotas da Humanidade. Com esta motivação, o indivíduo ou a sociedade procura a sobrevivência e não existe nenhuma atividade humana de qualquer tipo que tenha outro fundamento: a experimentação, a investigação e os testes prolongados demonstraram que o indivíduo não-aberrado, o Clear, era motivado nas suas ações e decisões por todas as dinâmicas acima mencionadas e não apenas por uma delas. O Clear, o objetivo da terapia de Dianética, pode ser criado a partir de pessoas psicóticas, neuróticas, perturbadas, criminosas ou simplesmente normais, se elas possuírem sistemas nervosos organicamente intactos. Ele demonstra a natureza básica da Humanidade e tem-se verificado que essa natureza básica é, uniforme e invariavelmente, boa. Atualmente, isso é um fato científico comprovado e não uma simples opinião. O Clear atingiu um estado estável em um plano bastante elevado. Ele é persistente e vigoroso, e prossegue a sua vida com entusiasmo e satisfação. Ele é motivado pelas quatro dinâmicas acima mencionadas. Ele alcançou o pleno poder e uso de capacidades que estavam anteriormente ocultas. A inibição de uma ou mais dinâmicas em um indivíduo causa uma condição aberrada, tende para a perturbação mental e para as doenças psicossomáticas, faz com que o indivíduo tire conclusões irracionais e que atue, apesar de ainda ser em um esforço para sobreviver, de formas destrutivas. A técnica de Dianética apaga, sem drogas, hipnotismo, cirurgia, choque ou outros meios artificiais, os bloqueios nestas várias dinâmicas. A remoção desses bloqueios permite o fluxo livre das várias dinâmicas e resulta, obviamente, em um aumento da persistência na vida e em uma inteligência muito mais alta. A precisão de Dianética torna possível impedir ou liberar estas dinâmicas, conforme a vontade e com resultados invariáveis. A fonte oculta de todos os distúrbios mentais inorgânicos e de todas as doenças psicossomáticas foi uma das descobertas de Dianética. Esta fonte não era conhecida nem suspeitada, apesar de ter sido vigorosamente procurada, durante milhares de anos. A comprovação de que a fonte que foi descoberta é de fato a verdadeira fonte requer menos provas laboratoriais do que aquelas que teriam sido necessárias para provar a correção da descoberta de William Harvey relativa à circulação sanguínea. A prova não depende de um teste laboratorial com instrumentos complicados, muito pelo contrário, pode ser feita em qualquer grupo de humanos, por qualquer indivíduo inteligente. Descobriu-se que a fonte de aberração era uma submente insuspeitada até agora que, com os seus próprios registros intactos, está subjacente aquilo que o ser humano entende como a sua mente "consciente". O conceito de mente inconsciente elaborado em Dianética pela descoberta de que a mente "inconsciente" é a única mente que está sempre ativa. Em Dianética, essa submente chama-se a mente reativa. Um vestígio de um passo primitivo na evolução humana, a mente reativa possui vigor e poder de comando a um nível celular. Ela não se "lembra": ela registra e usa os registros unicamente para produzir ação. Ela não "pensa": ela seleciona os registros e impinge-os à mente consciente e ao corpo sem o conhecimento ou o consentimento do indivíduo. A única informação que o indivíduo tem de uma tal ação é a sua percepção ocasional de que não está a atuar racionalmente acerca de uma ou outra coisa, sem conseguir perceber porquê. Não existe nenhum "censor". A mente reativa funciona exclusivamente com base na dor física e na emoção dolorosa. Não é capaz de pensamento diferenciador, mas atua em uma base de estímulo-resposta. Este é o princípio em que se baseia o funcionamento da mente animal. Esta não recebe os seus registros como memória ou experiência, mas apenas como forças para serem reativadas. Ela recebe os seus registros como engramas celulares quando a mente "consciente" está "inconsciente". Mesmo quando está sob o efeito de drogas, quando está anestesiado como acontece durante uma operação, quando fica "inconsciente" devido a um ferimento ou a uma doença, o indivíduo ainda tem a sua mente reativa a funcionar plenamente. Ele poderá não estar "consciente" daquilo que ocorreu, mas, tal como Dianética descobriu e pode provar, tudo aquilo que lhe aconteceu no intervalo em que esteve "inconsciente" foi completa e integralmente registrado. Esta informação não foi apreciada pela sua mente consciente, não foi avaliada nem analisada. Em qualquer data futura, esta pode ser reativada por circunstâncias semelhantes observadas pelo indivíduo desperto e consciente. Quando qualquer um desses registros, que se designa por engrama, fica reativado, este tem força de comando. Este desliga, em maior ou menor grau, a mente consciente, assume o comando dos controles motores do corpo e provoca um comportamento ou ação que a mente consciente, o próprio indivíduo, nunca consentiria. No entanto, ele é manejado pelos seus engramas como se fosse uma marioneta. As forças antagonistas do ambiente exterior entraram assim, no próprio indivíduo, sem o seu conhecimento ou consentimento. E aí, elas criam um mundo interior baseado na força, que age não só contra o mundo exterior, mas também contra o próprio indivíduo. A aberração é causada por aquilo que foi feito ao indivíduo, não por aquilo que o indivíduo fez. Desde há muito tempo que o ser humano tem auxiliado inadvertidamente a mente reativa ao supor que uma pessoa, quando em um estado de "inconsciência" devido a drogas, doença, ferimento ou anestésico, não tinha qualquer capacidade para registrar. Isto permite a entrada de uma enorme quantidade de dados no banco reativo, pois ninguém tem tido o cuidado de manter o silêncio em redor de uma pessoa "inconsciente". A invenção da linguagem e a entrada da linguagem no banco de engramas da mente reativa complica seriamente as reações mecanicistas. Os engramas que contêm linguagem impingem-se à mente consciente como comandos. Os engramas contêm, então, um potencial de comando muito mais elevado do que qualquer comando no mundo exterior. O pensamento é dirigido e motivado pelos engramas irracionais. Os processos do pensamento são perturbados não apenas por estes comandos engrâmicos, mas também pelo fato de que a mente reativa reduz, através da regeneração da inconsciência, a capacidade para pensar. Devido a isto, poucas pessoas possuem mais de 10 por cento da sua consciência potencial. Toda a dor física e emoção dolorosa de uma vida inteira - quer o indivíduo tenha "conhecimento" dela ou não - está contida e registrada no banco de engramas. Nada foi esquecido. Toda a dor física e emoção dolorosa, por muito que o indivíduo possa pensar que as tenha resolvido, são capazes de voltar a infligi-lo a partir do seu nível oculto a menos que essa dor seja removida através da terapia de Dianética. O engrama, e apenas o engrama, causa a aberração e a doença psicossomática. A terapia de Dianética poderá ser expressada resumidamente. Dianética apaga toda a dor de uma vida inteira. Quando esta dor é apagada no banco de engramas e é rearquivada como memória e experiência nos bancos de memória, todas as aberrações e doenças psicossomáticas desaparecem, as dinâmicas são completamente reabilitadas e o ser físico e mental regenera-se. Dianética deixa um indivíduo com a memória completa, mas sem dor. Testes exaustivos demonstraram que a dor oculta não é uma necessidade, mas pelo contrário, é sempre e invariavelmente um risco para a saúde, para a habilidade, para a felicidade e para a sobrevivência potencial do indivíduo. Esta não tem qualquer valor de sobrevivência. O método que é usado para rearquivar a dor é outra descoberta. O humano sempre possui um outro processo de se lembrar do qual ele não estava ciente. Ao longo dos tempos, alguns indivíduos tiveram conhecimento deste processo e usaram-no sem se aperceberem do que estavam a fazer ou de que estavam a fazer algo que o ser humano, como um todo, não sabia que podia ser feito. Este processo chama-se retornar. Em um estado completamente desperto e sem o envolvimento de drogas, um indivíduo pode retornar a qualquer período da sua vida, desde que o acesso a essas áreas não esteja bloqueado por engramas. Dianética desenvolveu técnicas para contornar esses bloqueios e reduzi-los de uma condição de Incógnita Poderosa para uma condição de memória útil. A técnica da terapia é realizada em um processo a que se chama rêverie de Dianética. O indivíduo que é submetido a este processo está sentado ou deitado em uma sala tranquila e é acompanhado por um amigo ou terapeuta profissional que atua como auditor. O auditor direciona a atenção do paciente para o próprio paciente e depois começa a colocar o paciente em vários períodos da sua vida dizendo-lhe simplesmente para "ir para lá" em vez de lhe dizer para se "lembrar". Toda a terapia é realizada viajando na linha do tempo e não através de lembranças ou de associações. Todo o ser humano tem uma linha do tempo. Esta começa com a vida e termina com a morte. É uma sequência de eventos completa de portal a portal, tal como é gravada. Em Dianética, a mente consciente é designada por mente analítica, um termo ligeiramente mais preciso. A mente analítica é constituída pelo "Eu" (o centro da consciência), por toda a capacidade computacional do indivíduo e pelos bancos de memória padrão - que estão repletos de percepções do passado do indivíduo, quer este estivesse acordado ou no seu sono normal (todo material que não seja engrâmico). Não existem dados em falta nesses bancos padrão, está tudo ali, com todo o movimento, cor, som, tato, cheiro e todos os outros sentidos, desde que não haja defeitos físicos orgânicos. O "Eu" poderá não ser capaz de alcançar os seus bancos padrão devido à existência de dados reativos que barram porções desses bancos à visão do "Eu". Um "Eu" Clareado é capaz de alcançar todos os momentos da sua vida sem esforço ou desconforto e percepcionar tudo aquilo que alguma vez experimentou, recordando-os com todo o movimento, cor, som, tom e os outros sentidos. O grau de completude e a profusão dos dados existentes nos bancos padrão é uma descoberta de Dianética e a significância dessas recordações é uma descoberta adicional. O auditor dirige a viagem do "Eu" ao longo da linha do tempo do paciente. O paciente tem conhecimento de tudo aquilo que está a ocorrer, está em pleno controle de si mesmo e é capaz de se trazer a si próprio para o presente sempre que o quiser fazer. Não se usa o hipnotismo nem quaisquer outros meios. O humano poderá não ter tido conhecimento de que ele podia fazer isto, mas é algo muito simples. Utilizando métodos de precisão, o auditor recupera dados dos momentos de "inconsciência" mais antigos da vida do paciente, entendendo-se que essa "inconsciência" foi causada por choque ou dor, não pela mera inconsciência. Assim, o paciente contata os engramas do nível celular. Retornado a esses engramas e levado a avançar através destes pelo auditor, o paciente reexperimenta esses momentos algumas vezes, até que por fim, estes acabam por ser apagados e são rearquivados, automaticamente, como memória padrão. Como o auditor e o paciente podem verificar, todo o incidente desapareceu e deixou de existir. Se eles procurassem cuidadosamente nos bancos padrão, eles voltariam a encontrá-lo, mas agora está arquivado como: "Anteriormente aberrativo, não permitir que seja inserido no computador, nessa condição". Áreas posteriores de "inconsciência" são impenetráveis até que outras mais antigas sejam apagadas. A quantidade de desconforto experimentada pelo paciente é mínima. Ele é repelido principalmente por comandos engrâmicos que impõem emoções e reações de diversas maneiras. Num Liberado, o caso não progrediu até ao ponto de recordação completa. Em um Clear, existe uma memória completa de toda a vida, com o bônus adicional de que ele possui uma recordação fotográfica com cor, movimento, som, etc., além de uma capacidade computacional ótima. As doenças psicossomáticas do Liberado são reduzidas, normalmente, até um nível em que deixam de o incomodar daí em diante. Em um Clear, as doenças psicossomáticas deixaram de existir e não voltam a aparecer, visto que a verdadeira fonte destas foi permanentemente anulada. O Liberado de Dianética é comparável ao indivíduo normal corrente ou acima. O Clear de Dianética compara-se com o normal corrente da mesma maneira que o normal corrente se compara com o indivíduo severamente insano. Dianética elucida vários problemas com as suas numerosas descobertas, os seus axiomas, a sua organização e a sua técnica. No decurso do seu desenvolvimento foram-lhe atirados muitos dados espantosos, pois quando alguém lida com as leis naturais e com as realidades mensuráveis, que produzem resultados específicos e invariáveis, é preciso aceitar aquilo a que a Natureza lhe reserva, não aquilo que é agradável ou desejado. Quando alguém lida com fatos em vez de teorias e contempla, pela primeira vez, os mecanismos da ação humana, há várias coisas que o confundem, tal como aconteceu com Harvey e as palpitações do coração e com Pasteur em relação às ações das leveduras. O sangue não circulava porque o Harvey dizia que este poderia fazê-lo, nem sequer circulava por ele dizer que este circulava. O sangue circulava e tinha estado a circular durante éones. Harvey foi suficientemente inteligente e observador para o descobrir, e a mesma coisa aconteceu com Pasteur e outros exploradores daquilo que antes era desconhecido ou que ainda não fora confirmado. Em Dianética, o fato de que a mente analítica era algo inerentemente perfeito e que continuava estruturalmente capaz de ser restaurada à operação plena, não foram os dados menos importantes a serem descobertos. Que o ser humano era bom, como se determinou através de pesquisa rigorosa, acabou por não ser uma grande surpresa. Mas que um indivíduo não-aberrado era vigorosamente repelido pelo mal e que mesmo assim adquiria uma enorme força era espantoso, porque tinha-se presumido incorretamente e durante muito tempo que a aberração era a raiz da força e da ambição, segundo as autoridades no assunto desde os tempos de Platão. Que o ser humano continha um mecanismo que registrava tudo com uma precisão diabólica, quando ele estava visivelmente "inconsciente" e segundo todos os testes presumíveis, era surpreendente e digno de nota. Para o leigo, a relação entre a vida pré-natal e a função mental ainda não tinha sido completamente descartada, pois durante séculos incontáveis as pessoas preocupavam-se com a "influência pré-natal". Para o psiquiatra, o psicólogo e o psicanalista, a memória pré-natal já era há muito tempo um fato aceito, pois todos concordavam que as "memórias do útero" influenciavam a mente do indivíduo adulto. Mas, para Dianética, o aspecto pré-natal surgiu completamente de surpresa: uma observação indesejada e inoportuna naquela altura. Apesar das crenças existentes - as quais não são fatos científicos - de que o feto tinha memória, o psiquiatra e outros profissionais acreditavam, igualmente, que a memória não poderia existir em um ser humano até que a bainha de mielina fosse formada em redor dos nervos. Isto era tão confuso para Dianética como foi para a psiquiatria. Depois de muito trabalho, realizado ao longo de alguns anos, Dianética estabeleceu com precisão a influência exata que a vida pré-natal viria a ter mais tarde na mente. Existirão aqueles que, não estando devidamente informados, dirão que Dianética "aceita e acredita" na memória pré-natal. Para além do fato de que uma ciência exata não "acredita", mas sim estabelece e prova fatos, pode-se dizer enfaticamente que Dianética não acredita na memória pré-natal. Dianética teve de invadir o campo da citologia e da biologia e teve de formar muitas conclusões através da pesquisa; teve de localizar e estabelecer tanto a mente reativa como os bancos de engramas ocultos que nunca foram anteriormente conhecidos, antes de se deparar com problemas "pré-natais". Tinha-se descoberto que, provavelmente, a gravação dos engramas era feita ao nível celular, que o banco de engramas estava contido nas células. Descobriu-se depois que as células, ao se reproduzirem no interior do organismo de uma geração para a seguinte, aparentemente transportavam consigo os seus próprios bancos de memória. As células são o primeiro escalão de estrutura, são os elementos construtivos básicos. Elas constroem a mente analítica. Elas operam, como o chicote, a mente reativa. Onde existem células humanas, existem engramas potenciais. As células humanas começam com o zigoto, prosseguem o seu desenvolvimento com o embrião, tornam-se no feto e, por fim, no bebê. Cada estágio deste desenvolvimento é capaz de reação. Cada estágio no crescimento da colônia de células tem células completas que são capazes de registrar engramas. Em Dianética não se considera a memória pré-natal, uma vez que os bancos padrão, que um dia acabarão por servir o analisador completado do bebê, da criança e do ser humano, não estão eles próprios completos. No que diz respeito à terapia de Dianética não existe "memória" nem "experiência" antes da bainha dos nervos estar desenvolvida. Mas a terapia de Dianética lida com engramas, não com memórias, com gravações, não com experiências. E onde quer que existam células humanas pode ser demonstrada a possibilidade da ocorrência de engramas e, quando a dor física está presente, então pode-se demonstrar que foram criados engramas. O engrama é um registro semelhante às indentações nas ranhuras de um disco fonográfico: é um registro completo de tudo aquilo que ocorreu durante o período de dor. Com as suas técnicas, Dianética pode localizar qualquer engrama que as células tenham ocultado e durante a terapia o paciente irá muitas vezes descobrir que está na linha do tempo celular pré-natal. Ele localizará engramas nessa área e apenas vai até lá porque existem lá engramas. O nascimento é um engrama e, em Dianética, este é recuperado como uma gravação, não como uma memória. Através do retorno e da extensão celular da linha do tempo, o armazenamento de dor no zigoto pode ser, e é, recuperado. Não é uma memória. Essa dor foi impingida à mente analítica e obstruiu os bancos padrão onde a memória está armazenada. Isto é muito diferente de uma memória pré-natal. Dianética recupera engramas pré-natais e verifica que estes são responsáveis por muita aberração, também descobre que as saudades do útero não se encontram presentes em nenhum paciente, mas que por vezes os engramas ordenam um retorno a este, tal como acontece em determinadas psicoses regressivas que tentam refazer o corpo para que este volte a ser um feto. Este tema da vida pré-natal é discutido bastante extensivamente nesta sinopse, para dar uma perspectiva sobre este assunto ao leitor. Estamos a lidar aqui com uma ciência exata, com axiomas precisos e com novos métodos de aplicação. Através destes, nós adquirimos um controle sobre a aberração e as doenças psicossomáticas. E com estes, nós damos um passo evolucionário no desenvolvimento humano, que o coloca no próximo estágio acima dos seus parentes afastados do reino animal. ***** 0.3 Como Ler este Livro ***** Dianética é uma aventura. É uma exploração da Terra Incógnita, a mente humana, aquele reino vasto e até agora desconhecido situado um centímetro atrás da nossa fronte. As descobertas e desenvolvimentos que possibilitaram a formulação de Dianética ocuparam muitos anos de pesquisa exata e testes cuidadosos. Foi exploração, também foi consolidação. O caminho está desbravado, as rotas estão suficientemente cartografadas para que você viaje em segurança dentro da sua própria mente e aí recupere todo o seu potencial inerente que, sabemos agora, não é baixo, mas sim muito, muito elevado. À medida que progride na terapia, a sua aventura será saber porque é que você fez o que fez, quando o fez, saber o que causou aqueles Medos Sinistros e Desconhecidos que lhe surgiam em pesadelos quando criança; saber onde se encontram os seus momentos de dor e prazer. Há muita coisa que um indivíduo não sabe sobre si próprio, sobre os seus pais e sobre os seus "motivos". Algumas das coisas que vai descobrir poderão espantá-lo, pois os dados mais importantes da sua vida talvez não sejam memórias, mas sim engramas nas profundezas ocultas da sua mente: não articulados, mas apenas destrutivos. Encontrará muitas razões pelas quais "não pode melhorar" e saberá, mais tarde, quando encontrar as frases mandantes nos engramas, como essas razões são divertidas, especialmente para si. Dianética não é uma aventura solene. Apesar de ter a ver com sofrimento e perda, acaba sempre em riso - tão tolas e mal interpretadas eram as coisas que causavam o infortúnio. A sua primeira viagem à sua própria Terra Incógnita será através das páginas deste livro. Verificará, à medida que lê, que muitas coisas que "você sempre soube que eram assim" estão aqui articuladas. Ficará contente por saber que, em muitos dos seus conceitos da existência, você não defendia opiniões, mas sim fatos científicos. Encontrará também muitos dados que são conhecidos de todos desde há muito tempo, e possivelmente considerará que estes estão longe de ser novidade e terá tendência a subestimá-los. Sem dúvida que a subestimação desses fatos impediu-os de serem valiosos, independentemente de há quanto tempo são conhecidos, pois um fato nunca é importante sem uma avaliação adequada e sem a sua relação exata com outros fatos. Neste livro, você está a seguir uma vasta rede de fatos que, ao se estender, pode ser vista como abrangendo todo o campo humano em todos os seus afazeres. Felizmente, você não precisa de se preocupar em seguir nenhuma dessas linhas para muito longe, antes de ter chegado ao fim. E então, estes horizontes alargar-se-ão o suficiente para satisfazer qualquer pessoa. Dianética é um assunto amplo, mas apenas porque o próprio humano é um assunto amplo. A ciência do seu pensamento não pode deixar de abranger todas as suas ações. Através de uma compartimentação e relação cuidadosa de dados, o campo foi mantido suficientemente estreito para ser seguido com facilidade. A maior parte deste manual falará, sem qualquer menção específica, acerca de si, da sua família e dos seus amigos, pois você vai encontrá-los aqui e ficará a conhecê-los. Neste volume não se fez qualquer esforço por usar frases ressonantes ou retumbantes, polissílabos de sobrolho carregado ou um desapego professoral. Quando se está a dar respostas simples não é preciso tornar a comunicação mais difícil do que é necessário para transmitir as idéias. Utilizou-se uma "linguagem básica", grande parte da nomenclatura é coloquial; além de não se ter empregado o pedantismo, também se optou por ignorá-lo. Este volume comunica com vários estratos sociais e profissões; não se observaram as nomenclaturas preferidas de ninguém, uma vez que tal emprego impediria a compreensão de outros. Por isso, senhor psiquiatra, seja indulgente conosco quando não usamos a sua estrutura, pois aqui não precisamos de estrutura; seja indulgente conosco, senhor doutor, quando chamamos constipação a uma constipação e não uma inflamação catarral do trato respiratório, pois isto é, essencialmente, engenharia e estes engenheiros são capazes de dizer qualquer coisa. E você, senhor letrado, não gostaria de ser sobrecarregado com os sinais de somatórios e com as equações Lorentz-Fritzgerald-Einstein, por isso, nós não vamos sobrecarregar o leitor menos purista com a gramática hegeliana cientificamente impossível, que insiste na existência factual de absolutos. O plano do livro poderia ser representado como um cone que começa com uma simplicidade e que desce para uma aplicação mais ampla. Este livro segue, mais ou menos, os passos reais do desenvolvimento de Dianética. Primeiro, houve o Princípio Dinâmico da Existência, depois o seu significado, depois a fonte de aberração e finalmente a aplicação de tudo como terapia e as técnicas de terapia. Você não achará nada disto muito difícil. Foi o originador que teve a dificuldade. Você devia ter visto as primeiras equações e postulados de Dianética! À medida que a pesquisa foi progredindo e o campo se foi desenvolvendo, Dianética começou a simplificar-se. Esta é uma garantia razoável de que se está em um caminho reto de ciência. Só as coisas mal conhecidas é que se tornam mais complexas à medida que se vai trabalhando nelas. Sugerimos que leia este livro até ao fim. Quando chegar ao fim, já deverá ter um excelente domínio do assunto. O livro está organizado de modo que isso aconteça. Cada fato relacionado com a terapia de Dianética é apresentado de várias maneiras e introduzido repetidamente. Deste modo, os fatos importantes terão sido levados à sua atenção. Quando terminar o livro, poderá voltar ao princípio, examiná-lo e estudar aquilo que acha que precisa de saber. Quase toda a filosofia básica e certamente todas as derivações da matéria principal de Dianética foram excluídas desta obra, em parte porque este volume tinha de ser menor que meio milhão de palavras e em parte porque o lugar delas é em um livro separado, onde podem receber uma apresentação adequada. Não obstante, encontrará neste volume o âmbito da ciência, além da terapia propriamente dita. Você está a começar uma aventura. Trate-a como uma aventura. E oxalá que nunca mais seja o mesmo. ****** Capítulo 1 O Âmbito da Dianética ****** Uma ciência da mente é um objetivo que tem absorvido milhares de gerações humanas. Exércitos, dinastias e civilizações inteiras pereceram por não a possuírem. Roma desfez-se em pó por esta lhe faltar. A China nada em sangue por necessitar desta ciência. E no arsenal há uma bomba atômica, com a sua ogiva esperançosa, completamente armada e com total ignorância dela. Nenhuma busca foi prosseguida mais inexoravelmente ou foi mais violenta. Nenhuma tribo primitiva, por mais ignorante que fosse, deixou de reconhecer o problema como sendo um problema, nem deixou de apresentar pelo menos uma tentativa de formulação. Hoje encontramos o aborígene da Austrália a substituir uma ciência da mente por um "cristal de cura mágico". O xamã da Guiana Inglesa tenta substituir as leis mentais com a sua canção monótona e o charuto consagrado. O tambor pulsante do xamã Goldi substitui uma técnica adequada para aliviar a falta de serenidade nos pacientes. A Idade de Ouro e iluminada da Grécia tinha, apesar de tudo, apenas superstição nos seus principais sanatórios para as doenças mentais, o templo de Asclépio. O máximo que os romanos podiam fazer pela paz de espírito dos doentes era apelar aos Penates, as divindades domésticas, ou oferecer sacrifícios a Febris, a deusa das febres. E séculos mais tarde, podemos encontrar um rei de Inglaterra nas mãos de exorcistas, que procuravam curá-lo dos seus delírios ao expulsarem os demônios que o possuíam. Desde os tempos mais remotos até ao presente, na tribo mais primitiva ou na civilização mais magnificamente ornamentada, o ser humano tem-se encontrado em um estado de impotência temerosa quando confrontado com os fenômenos de doenças estranhas ou aberrações. O seu desespero nos seus esforços para tratar o indivíduo alterou-se muito pouco durante toda a sua história e, até meados deste século XX, as percentagens de alívio, em termos de perturbações mentais individuais, foram iguais aos sucessos dos xamãs confrontados com os mesmos problemas. Segundo um escritor moderno, o único avanço da psicoterapia foi arranjar aposentos mais limpos para os loucos. Em termos de brutalidade no tratamento dos insanos, os métodos do xamã ou de "Bedlam"{2} foram bastante superados pelas técnicas "civilizadas" de destruição dos tecidos nervosos com a violência do choque e da cirurgia - tratamentos que não eram justificados pelos resultados obtidos e que não teriam sido tolerados na sociedade primitiva mais cruel, uma vez que reduzem a vítima a um mero estado de morto-vivo, destruindo a maior parte da sua personalidade e ambição e transformando-a em nada mais do que um animal controlável. Longe de ser uma crítica às práticas do "neurocirurgião", da "operação de punção"{3}, e do picador de gelo que ele enfia e torce nas mentes insanas, estas práticas são apresentadas aqui apenas para demonstrar a profundidade do desespero a que o ser humano pode chegar ao defrontar-se com o problema aparentemente insolúvel das mentes perturbadas. Na esfera mais vasta das sociedades e nações, a falta dessa ciência da mente nunca foi tão evidente; porque as ciências físicas, avançando impensadamente muito à frente da capacidade humana para compreender o ser humano, deram-lhe armas terríveis e eficazes que apenas aguardam outra eclosão da insanidade social da guerra. Estes problemas não são ligeiros: encontram-se atravessados no caminho de cada humano; aguardam juntamente com o seu futuro. Desde que o ser humano reconheceu que a sua principal superioridade sobre o reino animal era uma mente pensante, desde que ele compreendeu que a sua mente era a sua única arma, ele procurou, ponderou e postulou, esforçando-se por encontrar uma solução. Tal como um puzzle espalhado por uma mão descuidada, as equações que levariam a uma ciência da mente e, acima disso, levariam a uma ciência mestra do universo, foram reformuladas vezes sem conta. Algumas vezes seriam unidos dois fragmentos. Outras vezes, como no caso da Idade de Ouro da Grécia, construía-se uma seção inteira. O filósofo, o xamã, o curandeiro, o matemático: cada um deles olhou para as peças. Alguns acharam que elas deviam pertencer a puzzles diferentes. Outros pensaram que pertenciam todas ao mesmo puzzle. Alguns disseram que havia realmente seis puzzles; outros disseram que eram dois. E as guerras prosseguiram e as sociedades adoeceram ou foram dispersas, e escreveram-se doutos livros sobre as hordas de loucos que não paravam de crescer. Com os métodos de Bacon, com a matemática de Newton, as ciências físicas progrediram, consolidando e ampliando as suas fronteiras. E tal como um batalhão negligente, que não se importa com o número de fileiras aliadas que expõe à destruição pelo inimigo, os estudos da mente ficavam para trás. Mas, afinal, há apenas um determinado número de peças em qualquer puzzle. Antes e depois de Francis Bacon, Herbert Spencer e de mais alguns indivíduos, muitas das pequenas seções tinham sido juntadas e muitos fatos corretos tinham sido observados. Para se aventurar nos milhares de variáveis que compunham esse puzzle, o ser humano só precisava de distinguir o certo do errado, o verdadeiro do falso e usar todo a Humanidade e a Natureza como o seu tubo de ensaio. De que se deve compor uma ciência da mente? 1. Uma resposta para o objetivo do pensamento. 2. Uma única fonte de todas as insanidades, psicoses, neuroses, compulsões, repressões e perturbações sociais. 3. Uma prova científica invariável quanto à natureza básica da mente humana e os dados básicos do seu funcionamento. 4. Técnicas (a arte de aplicação) pelas quais a fonte única que foi descoberta poderia ser invariavelmente curada; excetuando, é claro, as insanidades dos cérebros ou sistemas nervosos malformados, obliterados ou patologicamente feridos e, particularmente, as psicoses iatrogênicas (as provocadas pelos médicos e que envolvem a destruição do próprio cérebro vivo). 5. Métodos de prevenção da perturbação mental. 6. A causa e a cura de todas as doenças psicossomáticas, que abrangem, segundo alguns, 70 por cento dos males humanos classificados. Tal ciência excederia as condições mais severas previamente estipuladas para ela em qualquer época, mas qualquer computação sobre o assunto deveria descobrir que uma ciência da mente deveria ser capaz de ser e de fazer exatamente estas coisas. Uma ciência da mente, para ser verdadeiramente digna desse nome, deveria estar no mesmo plano que a física e a química, quanto a precisão experimental. Não poderia haver "casos especiais" de exceções às suas leis. Não poderia haver qualquer recurso à Autoridade. A bomba atômica explode quer Einstein dê ou não a sua permissão. As próprias leis da Natureza regulam a explosão dessa bomba. Os técnicos, aplicando técnicas derivadas de leis naturais descobertas, podem fazer uma ou um milhão de bombas atômicas, todas iguais. Depois do corpo de axiomas e da técnica ter sido organizado e de estar a funcionar como uma ciência da mente a par das ciências físicas, descobrir-se-ia que esta tem pontos de concordância sobre o pensamento com quase todas as escolas de pensamento que alguma vez existiram. Isto também é uma virtude e não um defeito. Embora simples, Dianética faz, e é, as seguintes coisas: 1. É uma ciência do pensamento organizada, construída sobre axiomas definidos: declarações de leis naturais da mesma ordem que as leis das ciências físicas. 2. Contêm uma técnica terapêutica com a qual todas as doenças mentais inorgânicas e todas as doenças psicossomáticas orgânicas podem ser tratadas, com a certeza de cura completa em casos não selecionados. 3. Produz uma condição de capacidade e racionalidade para o ser humano muito além da norma corrente acentuando o seu vigor e personalidade em vez de os destruir. 4. Dianética dá uma compreensão completa das potencialidades totais da mente, descobrindo que estas são muito superiores ao que se supunha no passado. 5. A natureza humana básica é descoberta em Dianética ao invés de ser adivinhada ou postulada, visto que essa natureza básica pode ser totalmente posta em ação em qualquer indivíduo. E descobriu-se que essa natureza básica é boa. 6. A única fonte de perturbação mental é descoberta e demonstrada em uma base clínica ou laboratorial por Dianética. 7. A extensão capacidade de armazenagem e de recordação da memória humana é finalmente estabelecida por Dianética. 8. As capacidades totais de gravação da mente são descobertas por Dianética, concluindo-se que estas são bastante diferentes das suposições anteriores. 9. Dianética apresenta a teoria não microbiana da doença, complementando a bioquímica e a obra de Pasteur sobre a teoria microbiana, para abranger esse campo. 10. Com Dianética termina a "necessidade" de destruir o cérebro por meio de choque ou cirurgia para obter a "docilidade" dos pacientes mentais e para os "ajustar". 11. Em Dianética existe uma explicação funcional dos efeitos fisiológicos das drogas e das substâncias endócrinas, e muitos dos problemas apresentados pela endocrinologia são respondidos. 12. Vários estudos educativos sociológicos, políticos, militares e outros estudos humanos são melhorados por Dianética. 13. O campo da citologia, bem como outros campos da pesquisa, é auxiliado por Dianética. Isto é então um esqueleto geral do que seria o âmbito de uma ciência da mente e de qual é o âmbito de Dianética. ****** Capítulo 2 O Clear ****** Em dianética o indivíduo ótimo é chamado Clear. Esta palavra aparecerá muitas vezes neste volume, portanto, será bom dedicar-lhe algum tempo, aqui logo de início, para estabelecer exatamente aquilo a que se pode chamar um Clear, o objetivo da terapia de Dianética. Um Clear pode ser testado quanto a toda e qualquer psicose, neurose, compulsão e repressão (todas elas aberrações) e pode ser examinado em relação a quaisquer doenças autogênicas (autogeradas) referidas como doenças psicossomáticas. Esses testes confirmam que o Clear está totalmente livre dessas doenças ou aberrações. Testes adicionais a sua inteligência indicam que esta está muito acima da norma corrente. A observação da sua atividade demonstra que ele prossegue a existêncía com vigor e satisfação. Além disso, esses resultados podem ser obtidos em uma base comparativa. Um indivíduo neurótico, que também tenha doenças psicossomáticas, pode ser testado quanto a essas aberrações e doenças, comprovando a existência delas. Ele pode então receber terapia de Dianética com a finalidade de clarear essas neuroses e doenças. No fim, ele pode ser examinado, obtendo os resultados acima citados. A propósito, esta é uma experiência que foi efetuada muitas vezes com resultados invariáveis. O fato, de que todos os indivíduos dotados de sistemas nervosos orgânicos intactos respondem desse modo ao clareamento de Dianética, é uma questão de teste laboratorial. Além disso, o Clear possui atributos, fundamentais e inerentes, mas nem sempre disponíveis em um estado não clareado, cuja existência no humano não se suspeitava e que não foram incluídos em estudos anteriores sobre as suas capacidades e comportamento. Em primeiro lugar, há a questão das percepções. Mesmo as pessoas supostamente normais nem sempre vêem as cores completas, ouvem os tons inteiros ou têm uma percepção ótima com os seus órgãos de olfato, paladar, tato e sensação orgânica. Estas são as principais linhas de comunicação com o mundo finito que a maioria das pessoas reconhece como realidade. Um comentário interessante é que, embora os observadores precedentes sentissem que encarar a realidade era uma necessidade absoluta se o indivíduo aberrado quisesse ficar são, não foi apresentada nenhuma definição de como isto devia ser feito. Para se encarar a realidade no presente ter-se-ia, certamente, de ser capaz de a sentir através dos canais de comunicação mais vulgarmente usados pelo humano nas suas atividades. Qualquer uma das percepções humanas podem ser aberradas por perturbações psíquicas que se negam a permitir que as sensações recebidas sejam captadas pela porção analítica da mente do indivíduo. Por outras palavras, embora seja possível que nada esteja errado nos mecanismos de recepção de cores, podem existir circuitos na mente que apagam as cores antes de permitir que a consciência veja o objeto. Verificar-se-á que o daltonismo é relativo ou existe em graus, de tal modo que as cores parecem ser menos brilhantes, embotadas ou, no máximo, estarão totalmente ausentes. Qualquer indivíduo conhece pessoas para quem as cores "vivas" são detestáveis e pessoas que as consideram insuficientemente "vivas" para serem notadas. Este grau variável de daltonismo não foi reconhecido como um fator psíquico, mas quando isto foi notado, de algum modo, assumiu-se nebulosamente que se tratava de algum tipo de condição da mente. Há pessoas para quem os barulhos são bastante incômodos, para quem, por exemplo, o gemido insistente de um violino se assemelha a uma broca a perfurar o tímpano; e há aquelas para quem cinquenta violinos, a tocarem bem alto, seria uma coisa relaxante; e há aquelas que, diante de um violino, expressam desinteresse e tédio; e há outras para quem o som de um violino, mesmo que esteja a tocar uma melodia muito intricada, parece uma monotonia. Estas diferenças de percepção sônica (ouvido) foram, tal como a cor e outros erros visuais, atribuídas à natureza inerente, à deficiência orgânica ou não foram atribuídas a coisa alguma. De forma semelhante, os cheiros, as sensações tácteis, as percepções orgânicas, a dor e a gravidade variam ampla e aleatoriamente de pessoa para pessoa. Um exame rápido dos nossos amigos mostrar-nos-á que existem enormes diferenças de percepção para estímulos idênticos. Uma pessoa acha que o cheiro de um peru no forno é maravilhoso, outra cheira-o com indiferença e outra poderá nem sequer consegui-lo cheirar. E, como caso extremo, outra pessoa poderá afirmar que o peru a assar cheira a óleo para cabelo. Até obtermos Clears, a razão da existência de tais diferenças permanecerá obscura, pois, na sua grande maioria, essas qualidades e quantidades aleatórias de percepção devem-se à aberração. Graças a experiências agradáveis no passado e à sensibilidade inerente, haverá alguma diferença entre os Clears e não se deve presumir automaticamente que a resposta de um Clear seja um meio-termo estandardizado e ajustado, que foi o objetivo pálido e odioso de doutrinas do passado. O Clear obtém uma resposta máxima compatível com o seu próprio desejo pela resposta. A cordite a arder ainda lhe cheira a perigo, mas não o põe doente. Um peru a assar cheira-lhe bem, se ele tiver fome e gostar de peru, e nessa altura o seu cheiro passa a ser muito agradável. Os violinos tocam melodias e não monotonias, não provocam dor e são plenamente apreciados, se o Clear apreciar violinos por uma questão de gosto - se não os apreciar, ele apreciará timbales, saxofones ou de fato, conforme a sua disposição, não apreciará nenhuma música em absoluto. Por outras palavras, há duas variáveis em ação. Uma, a mais aleatória, é a variável causada pelas aberrações. A outra, bastante racional e compreensível, e causada pela personalidade. Assim, as percepções de um aberrado{4} (indivíduo não-Clareado) diferem grandemente daquelas do indivíduo Clareado (não-aberrado). No entanto, há as diferenças dos órgãos de percepção e os erros ocasionados por estes. Alguns destes erros, um mínimo, são orgânicos: tímpanos perfurados não são mecanismos de gravação sonora competentes. A maioria dos erros percépticos (mensagens sensoriais) na esfera orgânica é causada por erros psicossomáticos. Em toda a parte nós vemos óculos em cima de narizes, até em crianças. A maioria desses óculos está empoleirada na cara em um esforço para corrigir uma condição que o próprio corpo está a lutar por descorrigir novamente. A visão, quando se entra no estágio dos óculos (não devido aos óculos), está a deteriorar-se com base no princípio psicossomático. E esta observação é quase tão irresponsável como a declaração de que as maçãs, quando caem das árvores, normalmente obedecem à gravidade. Uma das coisas incidentais que acontecem a um Clear é que a sua visão, se era má quando aberrado, geralmente melhora acentuadamente e, se receber alguma atenção, com o tempo recuperará a percepção ótima. (Longe de ser um argumento do oculista contra Dianética, isto assegura bons negócios, pois sabe-se de Clears que no fim do tratamento tiveram de comprar cinco pares de óculos em rápida sucessão, para compensar a visão que se foi ajustando, e muitos aberrados, quando Clareados já tarde na vida, estabilizam, em termos oculares, em um máximo que está um pouco abaixo do ótimo.) Num aberrado, a visão foi reduzida em uma base orgânica pelas suas aberrações, de modo que estas também reduziram o funcionamento ótimo do próprio órgão de percepção. Com a remoção das aberrações, testes repetidos provaram que o corpo faz um esforço valente para reconstruir o ótimo. Além de outros percépticos, o ouvido varia organicamente em uma faixa larga. Depósitos de cálcio, por exemplo, podem fazer os ouvidos "zumbir" incessantemente. A remoção das aberrações permite ao corpo ir-se reajustando em direção ao ponto ótimo que este pode alcançar: o depósito de cálcio desaparece e os ouvidos param de zumbir. Mas para além deste caso específico, existem grandes diferenças no ouvido em termos de base orgânica. Tanto orgânica como aberrativamente, o ouvido pode tornar-se extremamente ampliado ou muito inibido, podendo uma pessoa ouvir passos a um quarteirão de distância como uma coisa normal, e outra não ouvir um bombo a trovejar à porta da sua usa. Que as várias percepções diferem bastante de um indivíduo para outro em uma base aberrativa e psicossomática é a menos importante das descobertas aqui delineadas. A capacidade de recordar é de longe muito mais fantástica na sua variação de pessoa para pessoa. Um processo de recordar inteiramente novo, que era inerente à mente mas que não tinha sido notado, foi descoberto no processo de observação de Clears e aberrados. Este processo de recordação, no seu sentido mais pleno, apenas é possível em uma pequena proporção de aberrados. Contudo, em um Clear, este é standard. Naturalmente, não se faz aqui nenhuma insinuação de que os sábios do passado foram pouco observadores. Estamos aqui a lidar com um objeto de inspeção inteiramente novo e até agora inexistente: o Clear. Aquilo que um Clear pode fazer facilmente, muitas pessoas conseguiram fazer parcialmente, de tempos a tempos, no passado. Uma capacidade inerente, não ensinada, dos mecanismos de lembrança da mente pode ser designada, como uma palavra técnica de Dianética, por retorno. É usada no sentido dado pelo dicionário, acrescentando-se o fato de que a mente a possui, como uma função normal de lembrança, como se segue: a pessoa pode "enviar" uma porção da sua mente a um período do passado em uma base mental ou em uma combinação mental e física, e pode reexperimentar incidentes que ocorreram no seu passado, do mesmo modo e com as mesmas sensações que antes. Em tempos passados, uma arte conhecida como hipnotismo usava uma coisa chamada "regressão" em sujeitos hipnotizados; o hipnotizador mandava o sujeito voltar, utilizando uma de duas maneiras, a incidentes no seu passado. Isto era feito com técnicas de transe, drogas e uma tecnologia considerável. Era possível mandar o sujeito hipnotizado voltar "inteiramente" a um determinado momento, de modo que ele tinha toda a aparência de ter a idade a que foi retornado, sendo aparentes apenas as faculdades e recordações que ele possuía nesse momento: chamou-se a isto "revivificação" (reviver). A "regressão" era uma técnica pela qual, parte do Eu do indivíduo permanecia no presente e parte voltava ao passado. Supunha-se que estas capacidades da mente apenas eram naturais no hipnotismo, sendo apenas usadas na técnica hipnótica. Esta arte é muito antiga, remontando milhares de anos atrás, e existe hoje em dia na Ásia como existiu, aparentemente, desde o início dos tempos. Aqui, a "regressão" é substituída por retorno, porque esta não é uma coisa comparável e porque a "regressão", como palavra, tem alguns significados negativos que interromperiam o seu uso. Em Dianética, a "revivificação" é substituída por reviver porque, em Dianética, os princípios do hipnotismo encontram-se explicados e, como será exposto posteriormente, o hipnotismo não é usado na terapia de Dianética. Assim, a mente tem uma outra capacidade para lembrar. Parte da mente pode "retornar", mesmo quando a pessoa está completamente desperta, e reexperimentar incidentes passados na sua íntegra. Se quiser fazer um teste, tente-o em várias pessoas até descobrir uma que o faça facilmente. Completamente desperta, ela pode "retornar" a momentos do seu passado. Até que lhe peçam que o faça, ela provavelmente não saberá que tem essa capacidade. Se a tivesse, ela provavelmente pensaria que toda a gente podia fazer isso (o tipo de suposição que impediu que grande parte destes dados fosse descoberta antes). Ela pode voltar a um tempo em que estava a nadar e nadar com plena recordação auditiva, com a visão, o paladar, o cheiro, a sensação orgânica, o tato, etc. Um cavalheiro "douto" uma vez gastou algumas horas a demonstrar a um grupo que a recordação de um cheiro como sensação, por exemplo, era totalmente impossível, uma vez que a "neurologia provou que os nervos olfativos não estavam ligados ao tálamo". Duas pessoas nessa reunião descobriram esta capacidade de retornar e, apesar desta prova, o douto cavalheiro continuou a afirmar que a recordação olfativa era impossível. Uma verificação desta faculdade entre os presentes na reunião, independente do retorno, revelou o fato de que metade das pessoas ali presentes se lembrava de um odor através de cheirá-lo outra vez. O retorno é o desempenho total da recordação imagética. A memória completa é capaz de fazer com que as áreas dos órgãos sintam novamente os estímulos em um incidente passado. A recordação parcial é comum: não tão comum que seja normal, mas o suficiente para ter merecido um estudo considerável, pois esta também é uma variável aleatória. A percepção do presente seria um método de encarar a realidade. Mas se alguém não pode encarar a realidade do passado, então ele em parte não está a encarar alguma porção da realidade. Se concordarmos que é desejável encarar a realidade, então também teremos de encarar a realidade de ontem, se quisermos ser considerados inteiramente "sãos" segundo a definição contemporânea. "Encarar o passado" exige a disponibilidade de uma certa condição de recordação. A pessoa precisaria de ser capaz de lembrar-se. Mas quantas maneiras de lembrar é que existem? Primeiro, há o retorno. Esse é novo. Oferece a vantagem de examinar as imagens em movimento e outras percepções sensoriais gravadas no momento do acontecimento, com todos os sentidos presentes. A pessoa também pode retornar às conclusões e imaginações passadas. Ser capaz de estar novamente no lugar, onde a informação desejada foi inspecionada pela primeira vez, é uma ajuda considerável no estudo, na pesquisa e na vida comum. Depois, há as recordações mais comuns. A recordação ótima é obtida pelo método de retorno de sentidos simples ou múltiplos, permanecendo o próprio indivíduo em tempo presente. Por outras palavras, algumas pessoas, quando pensam em uma rosa, vêem-na, cheiram-na e sentem-na. Elas vêem com as cores todas, vividamente - com os "olhos da mente", para usar uma velha expressão coloquial. Elas cheiram-na vividamente. E até conseguem sentir-lhe os espinhos. Estão a pensar em rosas através da recordação real de uma rosa. Essas pessoas, ao pensarem em um navio, vêem um navio específico, sentem os seus movimentos como se pensassem que estavam a bordo, cheiram o alcatrão do pinheiro ou mesmo outros odores menos agradáveis, e ouvem qualquer som que haja à volta deste. Veriam o navio com cor-movimento completo e ouvi-lo-iam com tom-audio completo. No aberrado, essas faculdades variam bastante. Alguns, quando lhes dizem que pensem em uma rosa, só conseguem visualizá-la. Outros conseguem sentir-lhe o perfume, mas não conseguem vê-la. Outros vêem-na sem cor ou em uma cor muito pálida. Quando lhes pedem que pensem em um navio, alguns aberrados vêem apenas uma imagem plana, sem cor e imóvel, tal como uma pintura ou a fotografia de um navio. Outros percepcionam uma embarcação em movimento, sem cor, mas com som. Outros ouvem-lhe o som, mas não conseguem ver nada. Outros simplesmente pensam em um navio como um conceito de que existem navios e do que sabem a respeito destes, sendo incapazes de ver, sentir, ouvir, cheirar ou percepcionar seja o que for com base na recordação. Alguns observadores precedentes chamaram "imagética" a isto, mas o termo é tão inaplicável ao som e ao tato, à sensação orgânica e à dor, que se usa uniformemente a recordação como o termo técnico de Dianética. O valor da recordação, nesta atividade da vida, tem recebido tão pouca atenção que o conceito total nunca foi previamente formulado. Por essa razão, este foi bastante detalhado aqui, tal como dado acima. É muito simples testar as recordações. Se alguém perguntar aos seus companheiros quais são as capacidades deles, ele obterá uma excelente idéia de como essa capacidade varia tanto de um indivíduo para outro. Uns têm uma maneira de recordar, alguns têm outra e outros não têm nenhuma, operando apenas com base em conceitos da recordação. E lembre-se que, se fizer um teste àqueles que o rodeiam, qualquer percepção está arquivada na memória e, por conseguinte, tem uma recordação que deve incluir dor, temperatura, ritmo, paladar e peso, juntamente com a vista, ouvido, tato e olfato acima mencionados. Os nomes de Dianética para essas recordações são: visio (vista), sônico (som), táctil (tato), olfativo (cheiro), rítmico e cinestésico (peso e movimento), somático (dor), térmico (temperatura) e orgânico (sensações internas e, por nova definição, a emoção). Existe também outro conjunto de atividades mentais que podem ser resumidas sob os títulos de imaginação e imaginação criativa. Aqui também encontramos material abundante para testes. A imaginação é a recombinação de coisas já sentidas, pensadas ou trazidas à existência através de computação intelectual, mas que não têm necessariamente existência. Este é o método da mente para visualizar objetivos desejáveis ou prever futuros. A imaginação é extremamente valiosa como parte de soluções essenciais em qualquer problema mental e na vida quotidiana. O fato de ser uma recombinação não diminui de modo nenhum a sua vasta e maravilhosa complexidade. Um Clear usa a imaginação na sua totalidade. Existe uma impressão imaginária para os sentidos da vista, cheiro, gosto, som - em suma, para cada uma das percepções possíveis. São impressões fabricadas com base em modelos existentes nos bancos de memória, combinadas com idéias e construções conceituais. Novas estruturas físicas, o amanhã em termos de hoje, o ano que vem em termos do ano passado, prazeres a serem alcançados, feitos a serem realizados, acidentes a serem evitados, todas estas são funções imaginativas. O Clear tem plena imaginação de cor-visio, tom-sônico, táctil, olfativa, rítmica, cinestésica, térmica e orgânica em boas condições. Se lhe pedirmos que se imagine a andar em uma carruagem dourada puxada por quatro cavalos, ele "vê" o equipamento a mover-se com todas as cores, "ouve" todos os sons que deveriam estar presentes, "cheira" os cheiros que acha que deveriam estar ali e "sente" os estofados, o movimento e a sua própria presença na carruagem. Além da imaginação standard, há a imaginação criativa. Esta é uma capacidade muito ampla, sem dimensão, variando muito de um indivíduo para outro e que alguns possuem em enormes quantidades. Foi incluída aqui, não como uma porção do funcionamento da mente tratada como uma parte usual de Dianética, mas para a isolar como uma entidade existente. Em um Clear que já possuía imaginação criativa, mesmo se inibida quando era um aberrado, esta está presente e é demonstrável. É-lhe inerente. Só pode ser aberrada pela proibição da sua prática geral, isto é, ao aberrar a persistência na sua aplicação ou ao enquistar a mente inteira. Mas a imaginação criativa, essa capacidade com que se criam obras de arte, se erguem estados e se enriquece o ser humano, pode ser vista como uma função especial, de operação independente, e cuja existência não depende de modo nenhum de uma condição aberrada no indivíduo, uma vez que o exame da sua atividade e uso, por um Clear que a possua, demonstra adequadamente o seu caráter inerente. Esta raramente está ausente em qualquer indivíduo. Finalmente, temos a última, mas a mais importante atividade da mente. O humano deve ser considerado um ser senciente. A sua natureza senciente depende da sua capacidade para resolver problemas ao percepcionar ou criar e compreender situações. Esta racionalidade é a função primária, de escalão superior, daquela parte da mente que faz dele um humano e não apenas mais um animal. Lembrando, percepcionando, imaginando, ele tem a capacidade notável de resolver conclusões e de usar conclusões resolvidas para resolver mais conclusões. Este é o ser humano racional. A racionalidade, desligada da aberração, apenas pode ser estudada em uma pessoa Clareada. As aberrações do aberrado dão-lhe a aparência de irracionalidade. Embora se possa dar nomes mais suaves a essa irracionalidade, como "excentricidade" ou "erro humano" ou até "idiossincrasia pessoal", esta é, não obstante, irracionalidade. A personalidade não depende de quão irracionalmente um humano possa agir. Não é um traço de personalidade, por exemplo, conduzir embriagado e matar uma criança em um cruzamento - ou mesmo arriscar-se a matar uma criança ao conduzir embriagado. A irracionalidade é apenas isto: a incapacidade de obter respostas certas a partir dos dados. No entanto, é uma coisa curiosa que embora "toda a gente saiba" (e essa afirmação permite circular uma quantidade horrível de informação errônea) que "errar é humano", a porção senciente da mente que computa as respostas aos problemas humanos, e que constitui o ser humano, é totalmente incapaz de errar. Quando feita, esta foi uma descoberta espantosa, mas não precisava de ter sido. Esta poderia ter sido deduzida algum tempo antes, porque isto é bastante simples e fácil de compreender. A capacidade real de computação humana nunca se engana, nem mesmo em uma pessoa severamente aberrada. Ao observar a atividade de uma pessoa tão aberrada poder-se-ia supor, impensadamente, que as computações dessa pessoa estivessem erradas. Isto, porém, seria um erro do observador. Qualquer pessoa, aberrada ou Clear, computa perfeitamente com base nos dados armazenados e percepcionados. Tome, por exemplo, uma máquina de calcular comum (e a mente é um instrumento excepcionalmente magnífico, muito superior a qualquer máquina que ela venha a inventar em eras vindouras) e dê-lhe um problema para solucionar. Multiplique 7 vezes 1. Ela responderá, corretamente, 7. Agora, multiplique 6 vezes 1, mas continue a pressionar a tecla do 7; 6 vezes 1 é 6, mas a resposta que obterá é 42. Continue a pressionar a tecla do 7 e introduza outros problemas na máquina. Eles estão errados, não como problemas, mas como respostas. Agora, fixe a tecla do 7 de modo que ela permaneça presa independentemente de quais as teclas que são usadas e tente dar essa máquina a alguém. Ninguém a aceitará porque a máquina está, obviamente, maluca. Esta diz que 10 vezes 10 são 700. Mas a porção calculadora da máquina estará realmente errada ou estará simplesmente a receber dados errados? Da mesma maneira, a mente humana, a que se requer que resolva problemas de uma magnitude e com variáveis suficientes para confundir qualquer simples máquina de calcular mil vezes em uma hora, é vítima de dados incorretos. Estes dados incorretos entram na máquina. A máquina dá respostas erradas. Dados incorretos entram nos bancos de memória humanos e a pessoa reage de uma "maneira anormal". Então, em essência, o problema de resolver a aberração é o problema de encontrar um "7 pressionado". Mas haverá muito mais acerca disso, mais adiante. De momento, atingimos os nossos fins imediatos. Estas são as várias capacidades e atividades da mente humana na sua tarefa constante de resolver e solucionar uma multiplicidade de problemas. Ela percepciona, recorda ou retorna, imagina, concebe e depois resolve. Auxiliada pelas suas extensões - os percépticos, os bancos de memória e as imaginações - a mente apresenta respostas invariavelmente corretas, sendo as soluções modificadas apenas pela observação, educação e ponto de vista. E os propósitos básicos dessa mente e a natureza humana básica, como se podem descobrir em um Clear, são construtivos e bons, uniformemente construtivos e uniformemente bons, sendo modificados apenas pela observação, educação e ponto de vista. O humano é bom. Remova as suas aberrações básicas e com elas irá o mal tão apreciado pelo Escolástico e pelo Moralista. A única porção humana removível é a porção "má". E quando esta é removida, a sua personalidade e vigor intensificam-se. E ele tem prazer em ver a porção "má" desaparecer, porque esta era dor física. Mais adiante, há experiências e provas destas coisas e elas podem ser medidas com a precisão que é tão querida ao cientista das ciências físicas. O Clear não é, então, uma pessoa "ajustada", forçada à atividade pelas suas repressões agora totalmente enquistadas. Ele é uma pessoa sem repressões, a operar com base no autodeterminismo. E as suas capacidades de percepcionar, recordar, retornar, imaginar, criar e computar são delineadas como já vimos atrás. O Clear é o objetivo da terapia de Dianética, um objetivo que pode ser realizado com alguma paciência e um pouco de estudo e trabalho. Qualquer pessoa pode ser Clareada, a menos que tenha sido tão desafortunada que lhe tenham removido grande parte do cérebro ou que tenha nascido com uma estrutura nervosa bastante malformada. Vimos aqui o objetivo de Dianética. Inspecionemos agora o objetivo do ser humano. ****** Capítulo 3 O Objetivo do Ser Humano ****** O objetivo do ser humano, o mínimo denominador comum de todas as suas atividades, o Princípio Dinâmico da sua Existência, tem sido procurado durante muito tempo. Se essa resposta fosse descoberta, seria inevitável que dela fluíssem muitas outras respostas. Ela explicaria todos os fenômenos do comportamento, levaria à solução dos maiores problemas humanos e, acima de tudo, deveria ser funcional. Considere todo o conhecimento como estando abaixo ou acima de uma linha de demarcação. Tudo o que está acima dessa linha é desnecessário para a solução das aberrações humanas e dos seus defeitos gerais e não é conhecido com precisão. Pode-se considerar que esse campo de pensamento abrange coisas como a metafísica e o misticismo. Pode-se considerar que, abaixo dessa linha de demarcação, está o universo finito. Todas as coisas do universo finito, sejam elas conhecidas ou ainda desconhecidas, podem ser sentidas, experimentadas ou medidas. Os dados conhecidos no universo finito podem ser classificados como verdade científica, depois de terem sido sentidos, experimentados e medidos. Todos os fatores necessários à resolução de uma ciência da mente foram encontrados dentro do universo finito e foram descobertos, sentidos, medidos e experimentados, e tornaram-se verdade científica. O universo finito contêm Tempo, Espaço, Energia e Vida. Descobriu-se que não eram necessários outros fatores à equação. O Tempo, o Espaço, a Energia e a Vida têm um único denominador em comum. Como analogia, poder-se-ia considerar que o Tempo, o Espaço, a Energia e a Vida tiveram início em algum ponto de origem e foram mandados continuar na direção de algum destino quase infinito. Só lhes foi dito o que fazer. Eles obedecem a uma única ordem e essa ordem é: "SOBREVIVER!" O princípio dinâmico da existência é a SOBREVIVÊNCIA. Pode-se considerar que o objetivo da vida é a sobrevivência infinita. Pode-se demonstrar que o ser humano, como uma forma de vida, obedece em todas as suas ações e propósitos a um só comando: SOBREVIVER! Não é novidade que o ser humano está a sobreviver. Que ele seja motivado apenas pela sobrevivência é uma idéia nova. Que o seu único objetivo seja a sobrevivência não significa que ele seja o mecanismo de sobrevivência ótimo que a vida alcançou ou desenvolverá. O objetivo do dinossauro também era a sobrevivência e ele já não existe. A obediência a este comando: SOBREVIVER! não significa que toda a tentativa para lhe obedecer seja uniformemente bem-sucedida. Mudanças de ambiente, mutações e muitas outras coisas militam contra qualquer organismo que tente alcançar técnicas ou formas infalíveis de sobrevivência. As formas de vida mudam e morrem, à medida que novas formas de vida se desenvolvem, tão seguramente como um organismo vivo, carecendo de imortalidade em si próprio, cria outros organismos vivos e, em seguida, morre como ele próprio. Um método excelente, se alguém quisesse fazer com que a vida sobrevivesse durante um período muito longo, seria estabelecer meios pelos quais ela pudesse assumir muitas formas. E a própria morte seria necessária para facilitar a sobrevivência da própria força vital, uma vez que só a morte e a decadência poderiam eliminar as formas velhas quando novas alterações no ambiente exigissem formas novas. A vida como uma força existindo durante um período quase infinito, necessitaria de um aspecto cíclico nas suas formas e organismos unitários. Quais seriam as características de sobrevivência ótimas das várias formas de vida? Elas precisariam de ter várias características fundamentais, diferindo de uma espécie para outra, tal como um ambiente difere de outro. Isto é importante, pois outrora deu-se muito pouca atenção ao fato de que um conjunto de características de sobrevivência em uma espécie não seria as características de sobrevivência em outra espécie. Os métodos de sobrevivência podem ser resumidos sob os títulos de alimentação, proteção (defensiva e ofensiva) e procriação. Não existem formas de vida que careçam de soluções para estes problemas. Cada forma de vida erra, de um modo ou de outro, ao manter uma característica durante demasiado tempo ou ao desenvolver características que poderão levar à sua extinção. Mas os desenvolvimentos que resultam no êxito da forma são muito mais impressionantes do que os seus erros. O naturalista e o biólogo estão constantemente a explicar as características desta ou daquela forma de vida ao descobrirem que é a necessidade, mais do que o capricho, que governa esses desenvolvimentos. As dobradiças na concha da amêijoa e a admirável cara nas asas da borboleta têm um valor de sobrevivência. Assim que a sobrevivência foi isolada como sendo a única dinâmica{5} de uma forma de vida que explicaria todas as suas atividades, foi necessário estudar ainda mais a ação da sobrevivência. E descobriu-se que, quando se considerava a dor e o prazer, tinha-se à mão todos os ingredientes necessários para formular a ação que a vida empreende no seu esforço para sobreviver. Como veremos no gráfico à seguir, concebeu-se um espectro de vida para abranger desde o zero da morte ou da extinção até ao infinito de imortalidade potencial. Considerou-se que este espectro contêm uma infinidade de linhas, estendendo-se como uma escada em direção ao potencial de imortalidade. Cada linha, à medida que a escada subia, foi espaçada com uma largura um pouco maior do que a anterior, em uma progressão geométrica. O impulso da sobrevivência é para longe da morte e em direção à imortalidade. A dor suprema poderia ser concebida como existindo imediatamente antes da morte e o prazer supremo poderia ser concebido como imortalidade. Poder-se-ia dizer que a imortalidade tem um tipo de força atrativa, e que a morte tem uma força repulsiva, na consideração do organismo unitário ou da espécie. Mas a medida que a sobrevivência sobe cada vez mais em direção à imortalidade, encontram-se espaços cada vez mais amplos até que os intervalos são finitamente impossíveis de transpor. O impulso é para se afastar da morte, que tem uma força repulsiva e para ir em direção a imortalidade, que tem uma força atrativa; a força atrativa é o prazer, a força repulsiva é a dor. Para o indivíduo, o comprimento da seta poderia ser considerado como estando em um potencial elevado dentro da quarta zona. Aqui, o potencial de sobrevivência seria excelente e o indivíduo desfrutaria da existência. Os anos poderiam ser traçados da esquerda para a direita. O impulso para o prazer é dinâmico. A recompensa é o prazer; e a busca da recompensa - objetivos de sobrevivência - seria um ato de prazer. E para assegurar que a sobrevivência é alcançada pela ordem SOBREVIVER!, parece que se estipulou que o decréscimo de um potencial elevado traria dor. A dor é proporcionada para repelir o indivíduo da morte; o prazer é proporcionado para o atrair para a vida ótima. A busca e obtenção do prazer não são menos validas na sobrevivência do que o evitar da dor. Na verdade, segundo algumas provas observadas, o prazer parece ter um valor muito maior no esquema cósmico do que a dor. Imortalidade Potencial - Prazer Supremo [dinamica_individuo_sobreviver.jpg] Figura 3.1: Gráfico Descritivo da Sobrevivência * linha contínua - Sobrevivência do Ser Humano * linha tracejada - O Seu Filho * linha tracejada com x - O Seu Neto Linhas numa progressão geométrica de espaços, sendo as larguras interiores tanto a quantidade de prazer possível como a sobrevivência prevista para o organismo. Mostra graus de sobrevivência cada vez maiores à medida que se aproxima da imortalidade. O Supressor de Sobrevivência são todas as coisas contrárias a vida e a sobrevivência. A Dinâmica de Sobrevivência como um nível de ser físico ou mental. Todo o impulso vai na direção ascendente como uma repulsão da dor e uma atração para o prazer. Seria bom definir-se o que se quer dizer com prazer completamente à parte da sua ligação com a imortalidade. O dicionário diz que o prazer é "agrado; emoções mentais ou físicas agradáveis; satisfação transitória; oposto de dor". O prazer pode ser encontrado em tantas coisas e atividades, que só um catálogo de todas as coisas e atividades que o ser humano tem, faz ou poderá considerar agradáveis, poderia completar a definição. E o que queremos dizer com dor? O dicionário diz: "sofrimento mental ou físico; punição". Estas duas definições, por acaso, são demonstrativas de um tipo de pensamento intuitivo que permeia a linguagem. Assim que se tem uma coisa que leva a resolução de problemas que até então não estavam resolvidos, vê-se que até mesmo os dicionários "sempre o souberam". Se desejássemos fazer este gráfico para um ciclo de uma forma de vida, este seria idêntico, exceto que o valor dos anos seria ampliado para medir éones, pois, ao que parece, não há qualquer diferença, exceto em magnitude, no âmbito do indivíduo e no âmbito da espécie. É possível chegar a essa conclusão mesmo sem evidências tão extraordinárias como o fato de um ser humano, desenvolvendo-se de zigoto até adulto, evoluir através de todas as formas pelas quais se supõe que a espécie inteira evoluiu. Contudo, neste gráfico há mais do que aquilo que foi comentado até agora. O estado físico e mental do indivíduo varia de hora para hora, de dia para dia, de ano para ano. Sendo assim, o nível de sobrevivência formaria uma curva diária ou a curva de uma vida, com medidas da posição horária ou anual nas zonas. E isto possibilitaria fazer duas curvas: a curva física e a curva mental. Quando chegarmos ao fim deste livro, veremos que as relações entre estas duas curvas são vitais e também veremos que, geralmente, uma decaída na curva mental precederá uma decaída na curva física. As zonas podem, então, ser aplicadas a duas coisas: o ser físico e o ser mental. Sendo assim, essas quatro zonas podem ser chamadas zonas dos estados de ser. Se uma pessoa é mentalmente feliz, o nível de sobrevivência pode ser colocado na Zona 4. Se a pessoa está muito doente fisicamente, ela poderá, com base na estimativa da sua doença, ser situada na Zona 1 ou próximo da morte. Foram atribuídas designações muito imprecisas, porém descritivas, a essas zonas: A Zona 3 é de felicidade e bem-estar geral. A Zona 2 é um nível de existência tolerável. A Zona 1 é de ira. A Zona 0 é a zona de apatia. Estas zonas podem ser usadas como uma Escala de Tom pela qual é possível classificar o estado mental. Logo acima da morte, que é 0, estaria a apatia mental mais baixa ou o nível mais baixo de vida física, 0,1. Um Tom 1, em que o corpo está a lutar contra a dor ou doença física ou em que o ser está a lutar em ira, poderia ser classificado a partir de 1,0, que seria ressentimento ou hostilidade, passando pelo Tom 1,5, que seria uma ira furiosa, até 1,9, que seria simplesmente uma inclinação conflituosa. Do Tom 2,0 até 3,0, haveria um interesse crescente pela existência e assim por diante. Acontece que o estado do ser físico ou do ser mental não permanece estático durante muito tempo. Por conseguinte, há várias flutuações. No decurso de um só dia, um aberrado poderá passar de 0,5 a 3,5, para cima e para baixo, como ser mental. Um acidente ou doença poderia causar uma flutuação semelhante em um dia. Estes números podem, então, ser atribuídos a quatro coisas: o estado mental numa base aguda e o estado mental numa base geral ou média, o ser físico numa base aguda e o ser físico numa base geral. Em Dianética, não empregamos muito a Escala de Tom física. No entanto, a Escala de Tom mental é de uma importância vasta e vital! Estes valores de felicidade, existência tolerável, ira e apatia não são valores arbitrários. São deduzidos da observação do comportamento de estados emocionais. Em um dia médio, normalmente encontra-se um Clear a variar, mais ou menos, à volta do Tom 4. Ele é um Tom 4 geral, que é uma das condições inerentes a ser Clear. A norma na sociedade atual, em um palpite feito à sorte, está provavelmente por volta de um Tom geral de 2,8. Neste gráfico descritivo, que é bidimensional, os dados vitais para a solução do problema da dinâmica da vida estão combinados de modo funcional. As linhas horizontais estão traçadas em termos de progressão geométrica, começando com a linha zero, imediatamente acima da morte. Há dez linhas para cada zona e cada zona denota um estado de ser físico ou mental, como já foi mencionado. A progressão geométrica, usada desta forma, deixa espaços cada vez maiores entre as linhas. A largura deste espaço é o potencial de sobrevivência existente no momento em que a ponta superior da seta da dinâmica de sobrevivência está dentro desse espaço. Quanto mais longe da morte estiver a ponta superior da seta da dinâmica de sobrevivência, mais possibilidade o indivíduo tem de sobrevivência. A progressão geométrica estende-se para cima até ao impossível do infinito e não pode, naturalmente, alcançá-lo. O organismo está a sobreviver através do tempo, da esquerda para a direita. A sobrevivência ótima - a imortalidade - encontra-se em termos de tempo para a direita. Só o potencial é medido verticalmente. A dinâmica de sobrevivência reside de fato dentro do organismo, tal como foi herdada da espécie. O organismo faz parte da espécie, tal como se pode dizer que uma travessa faz parte de um caminho-de-ferro quando vista por um observador que vai no comboio, estando o observador sempre no "agora" - embora esta analogia talvez não seja a melhor. O organismo possui, dentro de si, uma força repulsiva em relação às fontes de dor. A fonte de dor, tal como o espinheiro que fere a mão, não é uma força impulsionadora, pois o organismo repele o potencial de dor de um espinho. Ao mesmo tempo, o organismo tem em ação uma força que o atrai para as fontes de prazer. Não é o prazer que magnetiza o organismo para fazê-lo aproximar-se. É o organismo que possui a força de atração. Esta é-lhe inerente. A repulsão de fontes de dor une-se a atração pelas fontes de prazer para operar como um impulso combinado para longe da morte e em direção à imortalidade. O impulso para longe da morte não é mais poderoso do que o impulso em direção à imortalidade. Por outras palavras, em termos da dinâmica de sobrevivência, o prazer é tão válido como a dor. Não se deve deduzir daqui que a sobrevivência é sempre uma questão de estar de olho no futuro. A contemplação do prazer, a pura satisfação, a contemplação de prazeres passados, todas estas coisas se combinam em harmonias que, embora funcionem automaticamente como uma subida em direção ao potencial de sobrevivência pela sua ação física dentro do organismo, estas não exigem o futuro como uma parte ativa da computação mental nessa contemplação. Um prazer que reage para ferir o corpo fisicamente, como no caso de deboche, mostra que há uma relação entre o efeito físico (que é deprimido em direção à dor) e o efeito mental do prazer experimentado. Há um enfraquecimento consequente da dinâmica de sobrevivência. Normalmente, a possibilidade de tensão futura devida ao ato, acrescentada ao estado de ser no momento em que o deboche foi experimentado, também deprime a dinâmica de sobrevivência. Devido a isto, vários tipos de deboche têm sido mal vistos pelo humano ao longo da sua história. Esta é a equação dos "prazeres imorais". E qualquer ação que tenha provocado a supressão da sobrevivência ou que possa provocá-la, quando exercida como prazer, tem sido condenada em diferentes épocas da história humana. Originalmente põe-se o rótulo de imoralidade a algum ato ou classe de ações porque elas deprimem o nível da dinâmica de sobrevivência. A imposição futura de estigmas morais poderá depender em grande parte do preconceito e da aberração, havendo, consequentemente, uma querela contínua sobre o que é moral e o que é imoral. Porque certas coisas praticadas como prazer são, na realidade, dores - e será muito fácil descobrir porquê quando tiver acabado de ler este livro - e por causa da equação moral acima, o prazer em si, em qualquer sociedade aberrada, pode vir a ser condenado. Uma certa maneira de pensar, sobre a qual daremos mais detalhes posteriormente, permite uma péssima diferenciação entre um objeto e outro. Um exemplo disso seria confundir-se um político desonesto com todos os políticos. Nos tempos antigos, o Romano apreciava os seus prazeres e algumas das coisas a que ele chamava prazer eram um pouco extenuantes para outras espécies, como os Cristãos. Quando o Cristianismo derrubou o Estado pagão, a antiga ordem de Roma passou a ter um papel de vilão. Por isso, qualquer coisa que fosse romana era detestável. Isto atingiu tamanha proporção, que o prazer do Romano pelo banho tornou o banho tão imoral que a Europa ficou sem tomar banho durante quase mil e quinhentos anos. O Romano transformara-se numa fonte de dor tão geral que tudo o que era romano era mau, e assim permaneceu muito depois de o paganismo romano ter perecido. Deste modo, a imoralidade tende a tornar-se em um assunto complexo. Neste caso, esta tornou-se tão complexa que estigmatizou o próprio prazer. Quando metade do potencial de sobrevivência é riscada da lista das coisas legais, há realmente uma redução considerável na sobrevivência. Considerando este gráfico numa escala racial, a redução do potencial de sobrevivência para metade faz prever que coisas medonhas aguardam a raça. Na realidade, porque o ser humano é, afinal de contas, o ser humano, nenhum conjunto de leis, por mais que seja imposto, pode apagar completamente a atração do prazer. Mas neste caso, foi removido e proibido o suficiente para ocasionar precisamente o que aconteceu: a Idade das Trevas e a recessão da sociedade. A sociedade só se reavivou nos períodos em que o prazer se tornou menos ilegal, como na Renascença. Quando uma raça ou indivíduo desce para a segunda zona como está marcado no gráfico, e o tom geral vai da primeira zona e mal chega a terceira, segue-se uma condição de insanidade. Insanidade é irracionalidade. É também um estado em que se chegou tão próximo da não-sobrevivência, tão continuamente, que a raça ou o organismo se entrega a todo o tipo de soluções vulgares. Numa interpretação adicional desse gráfico descritivo, existe a questão do supressor de sobrevivência. Este, como veremos, empurra a raça ou organismo, representado como a dinâmica de sobrevivência, para baixo, forçando-o a afastar-se da imortalidade potencial. O supressor de sobrevivência é uma combinação de ameaças variáveis à sobrevivência da raça ou organismo. Essas ameaças vêm de outras espécies, do tempo e de outras energias. Estas também estão empenhadas na luta da sobrevivência para a imortalidade potencial em termos das suas próprias espécies ou identidades. Sendo assim, isto envolve um conflito. Todas as outras formas de vida ou energia poderiam ser representadas em um gráfico descritivo como a dinâmica de sobrevivência. Se usássemos a dinâmica de sobrevivência de um pato em um gráfico descritivo, veríamos o pato a procurar um nível de sobrevivência elevado e o ser humano seria uma parte do supressor do pato. O equilíbrio e a natureza das coisas não permitem que se alcance o infinito do objetivo de imortalidade. Em um equilíbrio flutuante e numa complexidade quase ilimitada, a vida e as energias fluem e refluem, saindo do nebuloso para as formas e, através da decadência, novamente para o nebuloso{6}. Seria possível retirar muitas equações disto, mas isso está fora da esfera do nosso interesse atual. Em termos das zonas do gráfico descritivo, é de importância relativa saber qual é a extensão da força do supressor contra a dinâmica de sobrevivência. A dinâmica é inerente aos indivíduos, grupos e raças, que evoluíram através de éones para resistir ao supressor. No caso humano, ele traz consigo outro nível de técnicas ofensivas e defensivas: as suas culturas. A sua tecnologia primária de sobrevivência é a atividade mental que governa a ação física no escalão senciente. Mas cada forma de vida tem a sua própria tecnologia, formada para solucionar os problemas de alimentação, proteção e procriação. O grau de funcionalidade da tecnologia desenvolvida por qualquer forma de vida (carapaça ou cérebros, rapidez de locomoção ou modo de se disfarçar) é um índice direto do potencial de sobrevivência, a imortalidade relativa, dessa forma de vida. Houve grandes perturbações no passado: o ser humano, quando se transformou no animal mais perigoso do mundo (ele pode matar e mata ou escraviza qualquer forma de vida, não é?), sobrecarregou o supressor em muitas outras formas de vida e estas diminuíram em número ou desapareceram. Uma grande alteração climatérica, igual à que prendeu tantos mamutes no gelo siberiano, poderá sobrecarregar o supressor numa forma de vida. Em tempos não muito distantes, uma longa seca no sudoeste dos Estados Unidos eliminou a maior parte de uma civilização dos índios. Um cataclismo, como uma explosão do centro da Terra, se tal fosse possível, ou a bomba atômica ou a cessação súbita da combustão no sol, eliminaria todas as formas de vida que existem na Terra. E uma forma de vida pode até sobrecarregar o seu próprio supressor. Um dinossauro destrói todo o seu alimento e assim destrói o dinossauro. O bacilo da peste bubônica ataca tão violentamente as suas vítimas e com tal apetite, que toda uma geração de Pasteurella pestis desaparece. O suicida não pretende que estas coisas sejam suicidas: a forma de vida deparou-se com uma equação que possui uma variável desconhecida e esta, infelizmente, continha valor suficiente para sobrecarregar o supressor. Esta é a equação de "eu não sabia que a arma estava carregada". E se o bacilo da peste bubônica sobrecarrega o seu próprio supressor numa área e depois deixa de incomodar o seu alimento e abrigo (os animais), então os animais consideram-se beneficiados. Temerário, esperto e quase indestrutível, o ser humano seguiu um caminho que está longe de ser "unhas e dentes" em todas as esferas. E o mesmo fizeram a sequóia e o tubarão. Simplesmente como forma de vida, o ser humano, como todas as formas de vida, é "simbiótico". A vida é um esforço de grupo. Os líquenes, plâncton e algas poderão satisfazer-se apenas com a luz solar e minerais, mas eles são os elementos construtivos. Acima dessa existência, à medida que as formas se tornam mais complexas, existe uma tremenda interdependência. Talvez, alguém argumente que certas árvores matam voluntariamente todas as outras espécies de árvores à volta delas e depois deduza que as árvores têm uma "atitude" especiosa. Ele que olhe novamente. O que é que fez o solo? O que é que fornece os meios para manter o equilíbrio do oxigênio? O que é que torna possível a queda de chuva em outras áreas? E os esquilos plantam árvores. E o ser humano planta árvores. As árvores abrigam árvores de outros tipos. E os animais fertilizam as árvores. E as árvores abrigam os animais. E as árvores prendem o solo de modo que plantas menos enraizadas possam crescer. Observe em qualquer lugar e em todo o lugar, e verá a vida a ajudar a vida. A multiplicidade de complexidades da vida, como afinidades pela vida, não é dramática. Mas elas são a razão constante, prática e importante pela qual a vida pode sequer continuar a existir. Uma sequóia poderá estar a favor das sequóias como prioridade e embora faça um excelente trabalho de parecer existir apenas como sequóia, um exame mais minucioso mostrará que ela depende de outras coisas e que outras coisas dependem dela. Assim sendo, pode ver-se que a dinâmica de qualquer forma de vida é auxiliada por muitas outras dinâmicas e que se combina com elas contra os fatores supressivos. Nenhuma sobrevive sozinha. Tem-se afirmado que a necessidade é uma coisa muito maravilhosa. Mas a necessidade é uma palavra que muito descuidadamente se tem tomado como certa. Parece que a necessidade tem sido muitas vezes interpretada como oportunismo. O que é a necessidade? Além de ser a "mãe da invenção", será também uma coisa dramática e súbita que instiga guerras e assassínios, que apenas toca em um humano quando ele está prestes a morrer de fome? Ou será que a necessidade é uma quantidade mais suave e menos dramática? Segundo Leucipo: "Tudo é impulsionado pela necessidade". Esta é a tônica de muita teorização através dos tempos. Impulsionado, essa é a chave do erro. Impulsionado, as coisas são impulsionadas. A necessidade impulsiona. A dor impulsiona. A necessidade e a dor, a dor e a necessidade. Recordando o dramático e ignorando o importante, o ser humano tem-se imaginado, de tempos a tempos, como sendo o objeto de perseguição da necessidade e da dor. Estas eram as duas coisas antropomórficas (semelhantes ao humano) que, completamente armadas, atiravam as suas lanças sobre ele. Pode-se dizer que este conceito está errado, simplesmente porque não funciona para produzir mais respostas. Toda e qualquer necessidade está dentro dele. Nada o está a impulsionar, exceto o seu ímpeto original para sobreviver. E ele transporta este dentro de si próprio ou do seu grupo. Dentro dele está a força com que se defende da dor. Dentro dele está a força com que atrai o prazer. Acontece ser um fato científico que o ser humano é um organismo autodeterminado dentro dos limites máximos em que qualquer forma de vida o pode ser, pois ele ainda depende de outras formas de vida e do seu ambiente geral. Mas ele é autodeterminado. Este é um assunto que será abordado mais adiante. Mas é necessário indicar aqui que ele não é inerentemente um organismo determinado no sentido de que ele é impulsionado nesta base de estímulo-resposta maravilhosa que fica tão bem em certos livros e que não funciona de modo nenhum no mundo humano. As infelizes ilustrações sobre ratos, não servem quando estamos a falar do humano. Quanto mais complexo for o organismo, menos fiavelmente funciona a equação do estímulo-resposta. E quando se atinge essa complexidade humana mais elevada, alcançou-se um grau elevado de variabilidade em termos de estímulo-resposta. Quanto mais senciente e racional for um organismo, mais esse organismo é autodeterminado. Como todas as coisas, o autodeterminismo é relativo. Contudo, comparado com um rato, o ser humano é realmente muito autodeterminado. Este é apenas um fato científico porque pode ser facilmente provado. Quanto mais senciente for o ser humano, menos ele será um instrumento de "botão de pressão". Aberrado e reduzido é natural que ele possa, em um grau limitado, ser levado a agir como uma marioneta; mas nesse caso entende-se que quanto mais aberrada for uma pessoa, mais ela se aproxima do quociente de inteligência de um animal. É interessante notar aquilo que um humano faz com o autodeterminismo quando este lhe é dado. Embora ele nunca possa escapar à equação de "não sabia que a arma estava carregada" em termos de cataclismo ou do ganho inesperado de alguma outra forma de vida, ele opera numa zona, de nível elevado, do potencial de sobrevivência. Mas aqui ele é autodeterminado, racional, com a sua arma primária, a mente, em excelente estado de funcionamento. Quais são os seus instintos de necessidade? De acordo com o dicionário, esse objeto muito senciente, embora de assuntos muito variados, a necessidade é "o estado de ser necessário; aquilo que é inevitável; compulsão". Este também acrescenta que a necessidade é uma "pobreza extrema", mas nós não queremos essa. Nós estamos a falar de sobrevivência. A compulsão mencionada pode ser reavaliada em termos de dinâmica de sobrevivência. Essa está no interior do organismo e da raça. E o que é "necessário" à sobrevivência? Vimos, e podemos provar clinicamente, que há dois fatores em ação. A necessidade de evitar a dor é um fator porque, pouco a pouco, pequenas coisas que em si mesmas não são muito, podem tornar-se grandes dores que, combinadas nessa rápida progressão geométrica, trazem a morte. Dor é a tristeza de se ser repreendido por um mau trabalho, porque isso poderá levar à perda do emprego, que poderá levar à fome, que poderá levar à morte. Resolva qualquer equação em que a dor tenha entrado e pode ver-se que ela se reduz à possível não-sobrevivência. E se isto fosse tudo o que houvesse em relação a sobreviver, e se a necessidade fosse um pequeno gnomo maldoso com uma forquilha, parece bastante óbvio que haveria pouca razão para continuar a viver. Há, porém, a outra parte da equação: o prazer. Esta é uma arte mais estável do que a dor ao contrário do que diziam os estóicos, como o provam os testes clínicos em Dianética. Há, por conseguinte, uma necessidade de prazer; de trabalho - como se pode definir a felicidade - na direção de objetivos conhecidos através de obstáculos que não são incognoscíveis. E a necessidade de prazer é tal que é possível suportar uma grande quantidade de dor para o alcançar. O prazer é algo positivo. E o prazer do trabalho, a contemplação das coisas bem feitas; é um bom livro ou um bom amigo; é esfolar os joelhos ao escalar o Matterhorn; é ouvir o bebê dizer "papá" pela primeira vez; é uma zaragata no Bund em Xangai ou o assobio do amor à porta; é aventura e esperança e entusiasmo e "algum dia aprenderei a pintar"; é comer uma boa refeição ou beijar uma bela rapariga ou jogar um renhido jogo de "bluff" na bolsa. E aquilo que o ser humano faz e gosta de fazer; é o que ele faz e gosta de contemplar; é o que ele faz e gosta de lembrar; e poderá ser apenas falar de coisas que ele sabe que nunca fará. O humano suportará muita dor para obter um pouco de prazer. Leva muito pouco tempo para confirmar isto no laboratório do mundo. E como é que a necessidade se encaixa neste quadro? Há uma necessidade de prazer, uma necessidade tão viva, palpitante e vital como o próprio coração humano. Quem disse que um humano com dois pães deve vender um para comprar jacintos brancos, falou a verdade. O criativo, o construtivo, o belo, o harmonioso, o aventuroso e sim, até mesmo escapar das garras do oblívio, essas coisas são prazer e são necessidade. Houve uma vez um homem que caminhou milhares de quilômetros só para ver uma laranjeira e houve outro, que era um monte de cicatrizes e de ossos mal arranjados, que estava ansioso por ter uma oportunidade de "domar mais um cavalo". É muito bonito viver em algum cume olímpico e escrever um livro de penalidades e é muito bonito ler para descobrir aquilo que os escritores dizem que os outros escritores disseram, mas isso não é muito prático. A teoria do estímulo pela dor não funciona. Se alguns destes fundamentos de Dianética fossem apenas poesia sobre o estado humano idílico eles poderiam ser justificados como tal. Mas acontece que estes fundamentos funcionam no laboratório do mundo. O ser humano, em afinidade com o ser humano, sobrevive. E essa sobrevivência é prazer. ****** Capítulo 4 As Quatro Dinâmicas ****** Nas equações originais de Dianética, quando a pesquisa ainda estava no começo, acreditava-se que a sobrevivência poderia ser considerada apenas em termos pessoais e ainda assim dar resposta a todas as condições. Uma teoria é apenas tão boa quando funciona. E funciona tão bem quanto explique os dados observados e preveja novo material que se verificará existir, de fato. A sobrevivência em termos pessoais foi computada até que toda a atividade humana podia ser teoricamente explicada apenas em termos do Eu. A lógica parecia bastante válida. Mas depois foi aplicada ao mundo. Alguma coisa estava errada: ela não resolvia problemas. Na verdade, a teoria da sobrevivência apenas em termos pessoais era tão inexequível que deixava por explicar a maioria dos fenômenos do comportamento. Podia, contudo, ser computada e ainda parecia boa. Foi então que ocorreu uma idéia quase intuitiva. A compreensão humana desenvolvia-se na razão do seu reconhecimento da sua irmandade com o Universo. Isto era voar alto, mas deu resultados. Seria a própria humanidade uma irmandade de seres humanos? Ele desenvolveu-se e tornou-se forte como ser gregário, um animal que caçava em bandos. Aparentemente todas as suas atividades podiam ser computadas em termos de sobrevivência do grupo. Essa computação foi feita. Esta parecia ser boa. Postulou-se que o ser humano sobrevivia apenas em termos da sobrevivência do seu grupo. Parecia bom, mas deixava a maioria dos fenômenos observados por explicar. Tentou-se, então, explicar o comportamento humano apenas em termos de Humanidade, isto é, presumiu-se que a Humanidade sobrevivia pela Humanidade de um modo altamente altruísta. Isto seguia diretamente o caminho silvestre de Jean Jacques Rousseau. Era possível computar que o ser humano vivia apenas para a sobrevivência de toda a Humanidade. Mas quando esse postulado foi dirigido ao laboratório - o mundo - este não funcionou. Finalmente, foi recordado que alguns tinham pensado que toda a atividade e comportamento humano podiam ser explicados ao pressupor que ele vivia apenas para o sexo. Esta suposição não era original. Mas fizeram-se algumas computações originais a esse respeito e era verdade que, com algumas alterações rápidas da equação, a sua atividade de sobrevivência podia ser resolvida apenas com base no sexo. Mas quando foi aplicada aos dados observados, mais uma vez, esta teoria falhou em explicar todos os fenômenos. Examinou-se, então, o que já tinha sido tentado. Havia-se suposto que o ser humano sobrevivia apenas para si próprio como indivíduo; tinha-se computado que ele sobrevivia apenas para o grupo, para o bando, para a sociedade; postulara-se que ele sobrevivia apenas para a Humanidade e, finalmente, usou-se a teoria de que ele vivia apenas para o sexo. Nenhuma funcionava sozinha. Fez-se uma nova computação quanto à dinâmica de sobrevivência. Para quê, exatamente, estava o ser humano a sobreviver? Todos esses quatro fatores, o Eu, o sexo, o grupo e a Humanidade, foram introduzidos numa nova equação. Descobriu-se que agora se tinha na mão uma teoria que funcionava. Explicava todos os fenômenos observados e predizia novos fenômenos cuja existência se veio a descobrir. Era, portanto, uma equação científica! Deste modo, a partir da dinâmica de sobrevivência, desenvolveram-se as quatro dinâmicas. Por dinâmica de sobrevivência queríamos dizer o comando básico: "SOBREVIVER!" que está subjacente a todas as atividades. Por dinâmica queríamos dizer uma das quatro divisões de propósito do princípio dinâmico total. As quatro dinâmicas não eram forças novas, mas subdivisões da força primária. A Dinâmica um é o impulso para a sobrevivência suprema da parte do indivíduo e para ele próprio. Esta inclui os simbiotas{7} imediatos, a extensão da cultura para seu próprio benefício e a imortalidade do nome. A Dinâmica dois é o impulso do indivíduo para a sobrevivência suprema da família através do ato sexual, da concepção e da criação de filhos. Esta inclui os seus simbiotas, a extensão da cultura para eles e a sua provisão futura. A Dinâmica três é o impulso do indivíduo para a sobrevivência suprema do grupo. Esta inclui os simbiotas do grupo e a extensão da sua cultura. A Dinâmica quatro inclui o impulso do indivíduo para a sobrevivência suprema de toda a Humanidade. Esta inclui os simbiotas da Humanidade e a extensão da sua cultura. A vida, o átomo, o universo e a própria energia estão incluídos sob a classificação de simbiotas. Percebe-se imediatamente que estas quatro dinâmicas são realmente um espectro sem linhas de divisão nítidas. Pode ver-se que a dinâmica , de sobrevivência parte do indivíduo para abranger a espécie inteira e os seus simbiotas. Nenbuma dessas dinâmicas é necessariamente mais forte do que qualquer das outras. Cada uma é forte. São as quatro estradas que um humano toma para a sobrevivência. E as quatro estradas são, na realidade, uma só estrada. Esta estrada única é, de fato, um espectro de milhares de estradas contidas dentro das quatro. São todas em termos de passado, presente e futuro, considerando que o presente poderá ser uma soma do passado e o futuro poderá ser o produto do passado e do presente. Pode considerar-se que todos os propósitos humanos se encontram dentro desse espectro e isso explica todo o comportamento. É uma afirmação válida que o ser humano é egoísta, quando se refere a um humano aberrado. É igualmente válido dizer-se que o ser humano é anti-social, se for acrescentado o modificador, aberração. Outras afirmações desse tipo resolvem-se da mesma forma. Acontece, porém, que podemos ver essas quatro dinâmicas a competir umas com as outras na sua operação dentro do indivíduo ou de uma sociedade. Há uma razão racional para isto. A frase "competição social" é um composto de comportamento aberrado e dificuldades sencientes. Qualquer humano, grupo ou raça poderá estar em competição com qualquer raça, grupo ou humano e mesmo em competição com o sexo, a um nível inteiramente racional. A Equação da Solução Ótima seria que um problema foi bem resolvido quando prevê o máximo bem para o número maior de dinâmicas. Isto quer dizer que qualquer solução, modificada pelo tempo disponível para levar a solução a efeito, deve ser criativa ou construtiva para o maior número possível de dinâmicas. A solução ótima para qualquer problema seria aquela que alcançasse o benefício máximo em todas as dinâmicas. Isto quer dizer que um humano, quando toma decisões sobre algum projeto, seria mais bem-sucedido se ele beneficiasse todas as coisas relacionadas com as quatro dinâmicas, na medida em que o seu projeto as afetasse. Ele também teria, então, de se beneficiar a si próprio para que a solução fosse ótima. Por outras palavras, beneficiar as Dinâmicas do Grupo e da Humanidade, mas bloqueando a Dinâmica do Sexo e a Dinâmica do Eu, seria uma solução muito inferior à solução ótima. O padrão de conduta de sobrevivência é construído sobre esta Equação da Solução Ótima. Esta é a equação básica de todo o comportamento racional e é a equação em que o Clear funciona. Esta é inerente ao humano. Por outras palavras, a melhor solução para qualquer problema é a que trará o maior bem para o maior número de seres, incluindo o Eu, a progênie, os familiares, os grupos políticos e raciais e, por fim, toda a Humanidade, o maior bem poderá exigir, também, alguma destruição, mas a solução deteriora-se na proporção da destruição empregada. O auto-sacrifício e o egoísmo são igualmente redutores da equação de ação ótima, ambos têm sido suspeitados e com razão. Tudo isto é uma questão de: será que funciona? Mesmo numa base não-aberrada, há alturas em que uma ou outra dessas dinâmicas tem de ser retirada da computação de alguma atividade e, de fato, poucos problemas são de uma intensidade tão grande que seja preciso tomar todas as dinâmicas em consideração. Mas quando um problema alcança tal intensidade, e o tempo não é um fator importante, há erros graves que podem seguir-se à omissão de uma ou outra das dinâmicas entre os fatores considerados. No caso de um Napoleão a "salvar a França" à custa do resto da Humanidade na Europa, a Equação da Solução Ótima foi tão negligenciada que se perderam todos os ganhos revolucionários do povo francês. No caso de César a "salvar Roma", a equação foi tão mal feita que causou impedimentos à sobrevivência de Roma. Mas há casos especiais em que a Equação da Solução Ótima se torna tão envolvida com o tempo que é preciso desprezar certas dinâmicas para permitir que outras dinâmicas persistam. O caso de um marinheiro que da a sua própria vida para salvar o navio responde à Dinâmica do Grupo. Tal ação é uma solução válida para um problema. Mas viola a solução ótima, porque não respondeu pela Dinâmica Um: o Eu. Poderiam ser citados aqui muitos exemplos de vários tipos em que uma ou outra das dinâmicas deve, necessariamente, receber prioridade, tudo numa base inteiramente racional. Numa base aberrada, a equação ainda é válida, mas esta é complicada por irracionalidades que não têm nada a ver com a situação. Muitas soluções são más simplesmente por causa dos dados falsos educacionais ou da falta completa de dados. Mas ainda assim são soluções. No caso das soluções aberradas, as dinâmicas são real e ativamente impedidas, como se descreverá completamente mais adiante. ****** Capítulo 5 Sumário ****** O princípio dinâmico da existência é a SOBREVIVÊNCIA. Esta sobrevivência pode ser graduada em quatro zonas, cada uma das quais prediz progressivamente uma maior oportunidade de atingir o potencial de imortalidade. A Zona 0 confina com a morte e inclui a apatia; a Zona 1 confina com a apatia e inclui o esforço violento; a Zona 2 confina com a violência, indo até um sucesso medíocre, mas não inteiramente satisfatório; a Zona 3 confina com o medíocre, indo até à oportunidade excelente. Essas zonas são, cada uma delas, ocasionadas pela relação proporcional entre o supressor e a dinâmica de sobrevivência. Em apatia, a Zona 0, o supressor parece grande de mais para ser vencido. Na área de violência, a Zona 1, o supressor mais ou menos prevalece sobre a dinâmica de sobrevivência, exigindo um esforço enorme que, quando despendido sem resultado, faz o organismo cair na Zona 0. Na área da mediocridade, a Zona 2, o supressor e a dinâmica de sobrevivência estão, mais ou menos, uniformemente equilibrados. Na área da Zona 3, a dinâmica de sobrevivência venceu o supressor e, como as possibilidades de sobrevivência são excelentes, esta é a área de uma resposta elevada aos problemas. Essas quatro zonas poderiam ser classificadas como a zona de desesperança, a zona de ação violenta, a área de equilíbrio e a área de grande esperança. A base dessas zonas é a experimentação clínica, uma vez que elas seguem um progresso do ser mental ou físico à medida que ele sobe da área de morte para uma existência elevada. As quatro dinâmicas são subdivisões da dinâmica de sobrevivência e são, na Humanidade, o impulso para a sobrevivência potencial em termos de entidades. Elas abrangem todos os propósitos, atividades e comportamentos da Humanidade. Pode-se dizer que estas são um padrão de conduta de sobrevivência. A primeira destas, mas não necessariamente a mais importante nem a que receberá prioridade em vários esforços, é a Dinâmica Individual, a Dinâmica um, que inclui a sobrevivência pessoal do indivíduo como pessoa viva e a sobrevivência dos seus simbiotas pessoais. A Dinâmica dois é o impulso para a imortalidade potencial através dos filhos e inclui toda a atividade familiar, bem como os simbiotas das crianças e o sexo. A Dinâmica três é a sobrevivência em termos do grupo, o que poderá incluir coisas como um clube, uma companhia militar, uma cidade, um estado, uma nação; isto incluiria os simbiotas do grupo. A Dinâmica quatro é o impulso para a imortalidade potencial da Humanidade como espécie e dos simbiotas da Humanidade. Estas classificações incluem qualquer parte da existência, qualquer forma de matéria e, de fato, o Universo. Qualquer problema ou situação passível de descoberta, no âmbito das atividades ou propósitos da Humanidade, está incluído nestas dinâmicas. A Equação da Solução Ótima é inerente ao organismo e, modificada pela educação ou ponto de vista e adicionalmente modificada pelo tempo, é o método operativo dos indivíduos, grupos ou Humanidade não-aberrados. A Equação da Solução Ótima está sempre presente, mesmo em indivíduos severamente aberrados e é usada tal como é modificada pela sua educação, ponto de vista e tempo disponível. A aberração não remove a atividade das dinâmicas de sobrevivência. A conduta aberrada é uma conduta de sobrevivência irracional, tendo em si toda a intenção de levar à sobrevivência. O fato de a intenção não ser o ato, não erradica a intenção. Estes são os axiomas fundamentais de dianética: O Princípio Dinâmíco da Existência: SOBREVIVER! A sobrevivência, considerada como o Propósito simples e único, subdivide-se em quatro dinâmicas. Simbiota significa todas as entidades e energias que auxiliam a sobrevivência. A Dinâmica um é o impulso do indivíduo em direção à sobrevivência para o indivíduo e os seus simbiotas. A Dinâmica dois é o impulso do indivíduo em direção à sobrevivência através da procriação; esta inclui não só o ato sexual como também a criação da progênie, o cuidado dos filhos e dos seus simbiotas. A Dinâmica três é o impulso do indivíduo em direção à sobrevivência para o grupo ou o impulso do grupo em direção à sobrevivência para o grupo e inclui os simbiotas desse grupo. A Dinâmica quatro é o impulso do indivíduo em direção à sobrevivência para a Humanidade, ou o impulso da Humanidade em direção à sobrevivência para a Humanidade, assim como o impulso do grupo em direção à sobrevivência para a Humanidade, etc., e inclui os simbiotas da Humanidade. O objetivo absoluto da sobrevivência é a imortalidade ou a sobrevivência infinita. Este é procurado pelo indivíduo em termos de si próprio como um organismo, como um espírito ou como um nome, ou como os seus filhos, como um grupo de que ele seja membro ou como Humanidade e a progênie e os simbiotas dos outros bem como os seus próprios. A recompensa da atividade de sobrevivência é o prazer. A penalidade suprema da atividade destrutiva é a morte ou não-sobrevivência completa, e é a dor. Os sucessos aumentam o potencial de sobrevivência em direção à sobrevivência infinita. Os fracassos diminuem o potencial de sobrevivência em direção à morte. A mente humana está empenhada em percepcionar e reter dados, compor ou computar conclusões e colocar e resolver problemas relativos a organismos ao longo de todas as quatro dinâmicas, e o propósito da percepção, retenção, conclusão e resolução de problemas é dirigir o seu próprio organismo e simbiotas e outros organismos e simbiotas ao longo das quatro dinâmicas em direção à sobrevivência. A inteligência é a capacidade de percepcionar, colocar e resolver problemas. A dinâmica é a tenacidade para a vida e vigor e persistência na sobrevivência. A dínâmica e a inteligência são ambas necessárias para persistir e levar alguma coisa a cabo, e nenhuma das duas é uma quantidade constante de indivíduo para indivíduo, de grupo para grupo. As dinâmicas são inibidas por engramas, que põem obstáculos a estas e dispersam a força vital. A inteligência é inibida por engramas, que fornecem dados falsos ou incorretamente classificados ao analisador. A felicidade é a superação de obstáculos não desconhecidos em direção a um objetivo conhecido e, transitoriamente, a contemplação ou a satisfação do prazer. A mente analítica é a porção da mente que percepciona e retém os dados da experiência para compor e resolver problemas e dirige o organismo ao longo das quatro dinâmicas. Esta pensa em diferenças e semelhanças. A mente reativa é a porção da mente que arquiva e retém a dor física e a emoção dolorosa e que procura dirigir o organismo unicamente numa base de estímulo-resposta. Esta pensa só em identidades. A mente somática é a mente que, dirigida pela mente analítica ou pela mente reativa, leva a efeito as soluções no nível físico. Um padrão de treino é o mecanismo de estímulo-resposta determinado pela mente analítica para cuidar da atividade de rotina ou atividade de emergência. E mantido na mente somática e pode ser mudado à vontade pela mente analítica. O hábito é a reação de estímulo-resposta ditada pela mente reativa a partir do conteúdo de engramas e é levado a efeito pela mente somática. Só pode ser mudado por aquelas coisas que mudam os engramas. As aberrações, que incluem todo o comportamento perturbado ou irracional, são causadas por engramas. São estímulo-resposta pró- e contra-sobrevivência. As doenças psicossomáticas são causadas por engramas. O engrama é a única fonte de aberrações e doenças psicossomáticas. Momentos de "inconsciência", quando a mente analítica está atenuada em maior ou menor grau, são os únicos momentos em que os engramas podem ser recebidos. O engrama é um momento de "inconsciência", contendo dor física e emoção dolorosa e todas as percepções, e não está à disposição da mente analítica como experiência. A emoção é três coisas: a resposta engrâmica a situações, o fornecimento regulado de fluidos endócrinos ao corpo para fazer face a situações em um nível analítico e a inibição ou avanço da força vital. O valor potencial de um indivíduo ou de um grupo poderá ser expresso pela seguinte equação: VP = IDx em que I é a Inteligência e D é a Dinâmica. O mérito de um indivíduo é computado em termos do alinhamento, em qualquer dinâmica, do seu valor potencial com sobrevivência ótima ao longo dessa dinâmica. Um VP alto poderá, por um vetor invertido, resultar em um mérito negativo, como no caso de algumas pessoas severamente aberradas. Um VP alto em qualquer dinâmica assegura um mérito elevado apenas na pessoa não-aberrada. =============================================================================== **** Notas de Rodapé: **** {1} Internet: "http://www.dianetics.org". {2} Livro: "Psiquiatria (Materialista) uma Indústria de Morte (Mental)", Capítulo 1: "Uma história cruel", Item 1.1: "As origens da psiquiatria", Parágrafo 5. {3} Livro: "Psiquiatria (Materialista) uma Indústria de Morte (Mental)", Capítulo 2: "Tratamentos brutais", Item 2.1.2: "A operação punção". {4} Aberrado é um neologismo que significa uma pessoa aberrada. {5} De modo a estabelecer uma nomenclatura em Dianética que não fosse demasiado complexa para o propósito, as palavras normalmente consideradas como adjetivos ou verbos foram ocasionalmente usadas como substantivos. Isto foi feito com base no princípio válido de que a terminologia existente, significando tantas coisas diferentes, não poderia ser usada por Dianética sem tornar necessário esclarecer significados antigos para criar um significado novo. Para remover o passo de explicar o significado antigo e depois dizer que não é isso que se quer dizer - emaranhando assim, inextricavelmente, as nossas comunicações - e para evitar o velho costume de combinar sílabas ponderosas e trovejantes a partir das línguas grega e latina, adotou-se este e alguns outros princípios para a nomenclatura. Dinâmica é usada aqui como substantivo e continuará a sê-lo neste volume. Somático, percéptico e alguns outros serão objeto de uma nota, e definidos quando usados. {6} Os Vedas; também "Da Natureza das Coisas" de Lucrécio. {7} O significado de simbiota em Dianética é alargado para além da definição do dicionário, para querer dizer "todas e quaisquer formas de vida ou de energia que estão mutuamente dependentes para a sobrevivência". O átomo depende do Universo, o Universo depende do átomo.